quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Momentos Carmo Jovem 2008

Momentos Carmo Jovem 2008...

Um ano passou, um ano de projectos, sonhos, risos, choros, alegrias, cânticos, palavras trocadas e lidas, santos, carminhos pautados pelo terno amor de Deus ... É tempo de agradecermos todos os momentos que passamos, olhares que se espelham em espaços nos quais nos encontramos, em que nos lemos como jovens carmelitas a carminho. É tempo de agradecermos o ano que encerra. Nunca agradeceremos demais, nunca louvaremos demais... que este desejo de rever certos momentos de 2008 nos animem transformando-nos naquilo que possamos ser neste jardim florido em 2009... a «estrada se abre passo após passo»... e nos carminhos jovens carmelitas Ele nos espera!

sábado, 27 de dezembro de 2008

«Como a família é verdade!»

«Família de Nazaré… Por misterioso desígnio de Deus, nela viveu o Filho de Deus escondido por muitos anos: é, pois, protótipo e exemplo de todas as famílias cristãs. E aquela Família, única no mundo, que passou uma existência anónima e silenciosa numa pequena localidade da Palestina; que foi provada pela pobreza, pela perseguição, pelo exílio; que glorificou a Deus de modo incomparavelmente alto e puro, não deixará de ajudar as famílias cristãs, ou melhor, todas as famílias do mundo, na fidelidade aos deveres quotidianos, no suportar as ânsias e as tribulações da vida, na generosa abertura às necessidades dos outros, no feliz cumprimento do plano de Deus a seu respeito.
Que São José, «homem justo», trabalhador incansável, guarda integérrimo dos penhores que lhe foram confiados, as guarde, proteja e ilumine.
Que a Virgem Maria, Mãe da Igreja, seja também a Mãe da «Igreja doméstica» e, graças ao seu auxílio materno, cada família cristã possa tornar-se verdadeiramente uma «pequena Igreja», na qual se manifeste e reviva o mistério da Igreja de Cristo. Seja Ela, a Escrava do Senhor, o exemplo de acolhimento humilde e generoso da vontade de Deus; seja Ela, Mãe das Dores aos pés da Cruz, a confortar e a enxugar as lágrimas dos que sofrem pelas dificuldades das suas famílias.
E Cristo Senhor, Rei do Universo, Rei das famílias, como em Caná, esteja presente em cada lar cristão a conceder-lhe luz, felicidade, serenidade, fortaleza.» [João Paulo II]

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

P. Luigi Gaetani, OCD

Estimado y "carissimi amici" del Carmo jovem,
Navidad es siempre una historia de asombro: Dios se hizo humano, la inmensidad se trazó limites, la omnipotencia se hizo niño, el Verbo se convirtió en nuestro hermano...
Que en estas Navidades y a lo largo del año 2009 vivamos nuestra vida como hermanos especialmente para la Iglesia, el mundo, la Orden de nuestra Señora.
Muy felices navidades y un año lleno de gracia a todos.
Roma, Natale 2008
P. Luigi Gaetani, OCD

Natal'08

A Caminho...

«Pelos campos caminham José, Maria

com um Deus escondido, ninguém sabia.

Pelos campos se perdem sonhando o calor

porque agora à tardinha o sol não dá flor.

Olham as flores do campo, flores do olhar

de quem espera o encanto que vai chegar,

onde vêm as flores crescendo ao sol pôr

do luar dos amores de um parto sem dor.

Pelos campos caminham José, Maria

à procura de abrigo que a noite é fria.

Pelos campos caminham José, Maria

com um Deus escondido, ninguém sabia.

Uma estrela brilhante num céu de alegria

guia os caminhantes José e Maria,

por caminhos cansados que à gruta vão dar

vão os dois namorados, estão quase a chegar.

E uma pomba tão branca voa a sorrir

mostrando a quem avança por onde há-de ir.

Já a gruta está perto, já daqui se vê.

Parabéns ao Menino, à Maria e José.

Pelos campos caminham José, Maria

com um Deus escondido, ninguém sabia.

Pelos campos caminham José, Maria

com um Deus escondido, ninguém sabia.»

domingo, 21 de dezembro de 2008

MAGNIFICAT

A minha alma glorifica o Senhor
E o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua Serva:
De hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração
Sobre aqueles que o temem.
Manifestou o poder do seu braço
E dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos
E exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
E aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo,
Lembrado da sua misericórdia,
Como tinha prometido a nossos pais,
A Abraão e à sua descendência para sempre.
Glória ao Pai e ao Filho E ao Espírito Santo,
Como era no princípio,
Agora e sempre. Amen.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Papa escolhe temas das JMJ até Madri 2011

«Enraizados e edificados em Cristo, inabaláveis na fé»: tema desse encontro CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 16 de dezembro de 2008 (ZENIT.org).- O Papa já fixou os temas das três próximas Jornadas Mundiais da Juventude, segundo a Santa Sé deu a conhecer nesta terça-feira. Estes lemas, dois deles tomados das cartas de São Paulo e um do Evangelho, «favorecerão o itinerário espiritual que culminará com a celebração internacional prevista em Madri (Espanha), de 16 a 21 de agosto de 2011», afirma a mensagem. O lema da próxima JMJ, que acontecerá no Domingo de Ramos de 2009, em Roma e em cada diocese, é: «Pusemos nossa esperança no Deus vivo» (1 Tm 4, 10). O da seguinte Jornada, que acontecerá também no âmbito diocesano no Domingo de Ramos de 2010, será «Bom Mestre, o que devo fazer para herdar a vida eterna?» (Mc 10, 17). O da 26ª JMJ 2011, que acontecerá em Madri, será: «Enraizados e edificados em Cristo, inabaláveis na fé» (cf. Col 2, 7).

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Que amo eu, quando Vos amo?

«Que amo eu, quando Vos amo? Não amo a beleza dos corpos, nem a glória temporal, nem a claridade da luz – essa luz a meus olhos tão cara – nem as doces melodias das canções omnímodas, nem o suave cheiro das flores, dos perfumes ou dos aromas, nem o maná ou o mel, nem os membros feitos aos abraços da carne. Nada disto amo, quando Vos amo a Vós. E contudo, amo uma luz, uma voz, um perfume, um alimento e um abraço, quando amo o meu Deus, luz, voz, perfume e deleite do homem interior, onde brilha para a minha alma uma luz que nenhum espaço contém, onde ressoa uma voz que o tempo não arrebata, onde cheira um perfume que o vento não dissipa, onde se saboreia uma comida que sofreguidão alguma fará desaparecer, onde se sente um contacto que a saciedade não desfaz. Eis o que amo, quando amo a Deus.»
[Santo Agostinho]

sábado, 13 de dezembro de 2008

São João da Cruz

Nasceu em Fontiveros, perto de Ávila, Espanha. Foi em Medina del Campo, no ano de 1567, que a Madre Teresa de Jesus o conheceu e ficou prendada das suas qualidades e santidade. Na sequência convida-o para primeiro Carmelita Descalço e fundador entre os frades do novo estilo de vida que ela mesma havia iniciado entre as freiras. No dia 28 de Novembro de 1568, primeiro domingo do Advento, deu-se início oficialmente à nossa Ordem. As rivalidades levaram-no à prisão, durante nove meses, de Dezembro a Agosto. Frei João esteve preso no cárcere conventual de Toledo, quase morrendo de frio no Inverno, quase asfixiando de calor no Verão. Foge na noite de 16 de Agosto, porque não lhe deixaram celebrar Missa de Nossa Senhora. No dia 7 de Dezembro soube que morreria a 14, por ser Sábado, dia de Nossa Senhora. À meia-noite, ouvindo o sino, exclama: "Vou cantar Matinas para o Céu" e adormeceu, dizendo: "Nas Tuas mãos Senhor entrego o meu espírito". Era o dia 14 de Dezembro de 1591, Sábado.

Novena de São João da Cruz | 9.º Dia

Serenidade
Ant. Bem eu sei a fonte que mana e corre, embora seja noite. Aquela eterna fonte não a vê ninguém e bem sei onde é e donde vem, embora seja noite. V. Rogai por nós, Santo Pai, João da Cruz. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oração a São João da Cruz Ó glorioso S. João da Cruz, que vivestes sempre com o desejo de vos assemelhardes a Jesus Cristo, e Este, Crucificado, e nada desejastes com tanto ardor até ao último instante da vossa santa vida, senão manifestardes no vosso corpo a imagem viva do Senhor Jesus Cristo. O vosso coração generoso enchia-se de santa paz no meio dos maiores sofrimentos e aflições. Eu vos peço, pela glória que merecestes por tantos sofrimentos, dignai-vos interceder por nós e ajudai-nos a suportar corajosamente as tribulações e adversidades. Fazei-nos caminhar sempre com os olhos postos na coroa gloriosa que nos está reservada no céu e que o Senhor como justo Juiz nos dará a nós como vos cingiu a fronte, no dia da vossa glória. Do seio de Deus, onde reinais brilhante de glória, escutai, eu vos peço as nossas suplicas e apresentai-as à benevolência com que Deus vos escuta. Obtende-me a graça que vos peço e fazei que eu viva sempre para glória do senhor, seguindo os vossos exemplos na terra, possa eu ser vosso companheiro no céu. Ámen. Meditação do poema de São João da Cruz, o Pastorinho Um Pastorinho, só, está penando, privado de prazer e de contento, posto na pastorinha o pensamento, seu peito de amor ferido, pranteando. Não chora por tê-lo o amor chagado, pois não lhe pena o ver-se assim dorido, embora o coração esteja ferido, mas chora por pensar que é esquecido. Que só o pensar que está esquecido por sua bela pastora, é dor tamanha, que se deixa maltratar em terra estranha, seu peito por amor mui dolorido. E disse o Pastorinho: Ai, desditado! de quem do meu amor se faz ausente e não quer gozar de mim presente, seu peito por amor tão magoado! Passado tempo em árvore subido ali seus belos braços alargou, e preso a eles o Pastor se ficou, seu peito por amor mui dolorido. Comentário A nossa vida sobre a terra deve ser como foi a de Jesus: vida de amor. Por amor incarnou no seio de Maria e por amor entregou os seus belos braços à cruz. Por amor veio à terra, e por amor sofreu nela porque o seu amor pela humanidade, a sua bela Pastora, não foi correspondido. São João da Cruz em toda a sua vida sentiu no coração uma fogueira de amor que o levava a entregar-se aos outros, à Igreja e a Cristo. Foi um homem dum só voo, um pássaro solitário em ásperos caminhos, por isso, com admirável serenidade soube superar as tempestades deste mundo. [in Música Calada em Oração - OCD]

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Novena de São João da Cruz | 8.º Dia

Plenitude

Ant. Bem eu sei a fonte que mana e corre, embora seja noite. Aquela eterna fonte não a vê ninguém e bem sei onde é e donde vem, embora seja noite. V. Rogai por nós, Santo Pai, João da Cruz. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oração a São João da Cruz Ó glorioso S. João da Cruz, que vivestes sempre com o desejo de vos assemelhardes a Jesus Cristo, e Este, Crucificado, e nada desejastes com tanto ardor até ao último instante da vossa santa vida, senão manifestardes no vosso corpo a imagem viva do Senhor Jesus Cristo. O vosso coração generoso enchia-se de santa paz no meio dos maiores sofrimentos e aflições. Eu vos peço, pela glória que merecestes por tantos sofrimentos, dignai-vos interceder por nós e ajudai-nos a suportar corajosamente as tribulações e adversidades. Fazei-nos caminhar sempre com os olhos postos na coroa gloriosa que nos está reservada no céu e que o Senhor como justo Juiz nos dará a nós como vos cingiu a fronte, no dia da vossa glória. Do seio de Deus, onde reinais brilhante de glória, escutai, eu vos peço as nossas suplicas e apresentai-as à benevolência com que Deus vos escuta. Obtende-me a graça que vos peço e fazei que eu viva sempre para glória do senhor, seguindo os vossos exemplos na terra, possa eu ser vosso companheiro no céu. Ámen.
Meditação «Quer coma, quer beba, quer fale, quer faça qualquer outra coisa, ande sempre desejando a Deus» [São João da cruz]. Viver todos os momentos da vida unido a Deus, é o segredo mais seguro para a alegria, a tranquilidade, a fé, a santidade e a plenitude. São João da Cruz conheceu e viveu este segredo, por isso viveu sempre em plenitude e nunca perdeu a serenidade e a paz. Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai.
[in Música Calada em Oração - OCD]

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Santa Maria Maravilhas de Jesus, virgem

Celebramos hoje, a Memória de Maria de las Maravillas de Jesus Pidal y Chico de Guzmán e nasceu em Madrid no ano 1891. Entrou nas Carmelitas Descalças de El Escorial, Madrid (Espanha) no dia 12 de Outubro de 1919. Em 1924, movida por uma inspiração divina, fundou um Carmelo no “Cerro de los Ángeles” (o centro geográfico de Espanha), junto ao monumento do Coração de Jesus,. A esta fundação seguiram-se outras nove na sua pátria e uma na Índia. Concedeu sempre a primazia à oração e à imolação. Tinha verdadeira paixão e zelo pela glória de Deus e pela salvação das almas.
A partir da clausura, e vivendo uma vida pobre, socorreu os necessitados, fomentando iniciativas apostólicas e obras sociais e caritativas.
Ajudou de modo particular a sua Ordem, os sacerdotes e diversas congregações religiosas. Morreu com 83 anos no mosteiro de La Aldehuela (Madrid) no dia 11 de Dezembro de 1974.
Foi beatificada a 10 de Maio de 1998 e canonizada no dia 4 de Maio de 2003 por João Paulo II.

Novena de São João da Cruz | 7.º Dia

Consolação
Ant. Bem eu sei a fonte que mana e corre, embora seja noite. Aquela eterna fonte não a vê ninguém e bem sei onde é e donde vem, embora seja noite. V. Rogai por nós, Santo Pai, João da Cruz. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oração a São João da Cruz Ó glorioso S. João da Cruz, que vivestes sempre com o desejo de vos assemelhardes a Jesus Cristo, e Este, Crucificado, e nada desejastes com tanto ardor até ao último instante da vossa santa vida, senão manifestardes no vosso corpo a imagem viva do Senhor Jesus Cristo. O vosso coração generoso enchia-se de santa paz no meio dos maiores sofrimentos e aflições. Eu vos peço, pela glória que merecestes por tantos sofrimentos, dignai-vos interceder por nós e ajudai-nos a suportar corajosamente as tribulações e adversidades. Fazei-nos caminhar sempre com os olhos postos na coroa gloriosa que nos está reservada no céu e que o Senhor como justo Juiz nos dará a nós como vos cingiu a fronte, no dia da vossa glória. Do seio de Deus, onde reinais brilhante de glória, escutai, eu vos peço as nossas suplicas e apresentai-as à benevolência com que Deus vos escuta. Obtende-me a graça que vos peço e fazei que eu viva sempre para glória do senhor, seguindo os vossos exemplos na terra, possa eu ser vosso companheiro no céu. Ámen.
Meditação «Sede mais amigos de dar aos outros do que a vós mesmos. E assim não haverá nem inveja nem predomínio» [São João da cruz]. Amar a Deus e aos irmãos: dois inseparáveis no coração de todos os que se dizem cristãos. Às vezes pensamos amar os irmãos só porque não fazemos mal. È necessário procurar gratuitamente o seu bem. Amar o mais pequenino dos irmãos é amar a Deus. São João da Cruz aprendeu com Cristo e como mestre nos ensina que amar é fazer sempre o bem. Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai.
[in Música Calada em Oração - OCD]

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Novena de São João da Cruz | 6.º Dia

Humildade
Ant. Bem eu sei a fonte que mana e corre, embora seja noite. Aquela eterna fonte não a vê ninguém e bem sei onde é e donde vem, embora seja noite. V. Rogai por nós, Santo Pai, João da Cruz. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oração a São João da Cruz Ó glorioso S. João da Cruz, que vivestes sempre com o desejo de vos assemelhardes a Jesus Cristo, e Este, Crucificado, e nada desejastes com tanto ardor até ao último instante da vossa santa vida, senão manifestardes no vosso corpo a imagem viva do Senhor Jesus Cristo. O vosso coração generoso enchia-se de santa paz no meio dos maiores sofrimentos e aflições. Eu vos peço, pela glória que merecestes por tantos sofrimentos, dignai-vos interceder por nós e ajudai-nos a suportar corajosamente as tribulações e adversidades. Fazei-nos caminhar sempre com os olhos postos na coroa gloriosa que nos está reservada no céu e que o Senhor como justo Juiz nos dará a nós como vos cingiu a fronte, no dia da vossa glória. Do seio de Deus, onde reinais brilhante de glória, escutai, eu vos peço as nossas suplicas e apresentai-as à benevolência com que Deus vos escuta. Obtende-me a graça que vos peço e fazei que eu viva sempre para glória do senhor, seguindo os vossos exemplos na terra, possa eu ser vosso companheiro no céu. Ámen.
Meditação «Mais vale estar carregado junto do forte que aliviado junto do fraco: quando estás carregado, estás junto de Deus que é a tua fortaleza e estás com os tribulados; quando estás aliviado estás contigo mesmo» [São João da cruz]. No contacto com os outros, precisamos de nos armar com as virtudes da humildade, da compreensão e da paciência. A caridade supõe humildade. Só com esta se consegue a verdadeira felicidade, pois caso contrario viveremos continuamente de alma inquieta. São João da Cruz soube viver em contínua paz no meio da guerra e das turbulências deste mundo. Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai.
[in Música Calada em Oração - OCD]

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Novena de São João da Cruz | 5.º Dia

PAZ
Ant. Bem eu sei a fonte que mana e corre, embora seja noite. Aquela eterna fonte não a vê ninguém e bem sei onde é e donde vem, embora seja noite. V. Rogai por nós, Santo Pai, João da Cruz. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oração a São João da Cruz Ó glorioso S. João da Cruz, que vivestes sempre com o desejo de vos assemelhardes a Jesus Cristo, e Este, Crucificado, e nada desejastes com tanto ardor até ao último instante da vossa santa vida, senão manifestardes no vosso corpo a imagem viva do Senhor Jesus Cristo. O vosso coração generoso enchia-se de santa paz no meio dos maiores sofrimentos e aflições. Eu vos peço, pela glória que merecestes por tantos sofrimentos, dignai-vos interceder por nós e ajudai-nos a suportar corajosamente as tribulações e adversidades. Fazei-nos caminhar sempre com os olhos postos na coroa gloriosa que nos está reservada no céu e que o Senhor como justo Juiz nos dará a nós como vos cingiu a fronte, no dia da vossa glória. Do seio de Deus, onde reinais brilhante de glória, escutai, eu vos peço as nossas suplicas e apresentai-as à benevolência com que Deus vos escuta. Obtende-me a graça que vos peço e fazei que eu viva sempre para glória do senhor, seguindo os vossos exemplos na terra, possa eu ser vosso companheiro no céu. Ámen.
Meditação «Dá-te à tranquilidade afastando de ti os cuidados e não te preocupando com o que acontece; servirás a Deus a Seu gosto e n´Ele gozarás» [São João da cruz]. Muitas pessoas confundem o que fazem com o bem. Mas quem tem uma fé grandiosa vê com os olhos de Deus e descobre o bem e o mal em si e nos outros, tal como Deus o vê. È preciso desconfiar do demónio do mal e unir-se intimamente a Deus tal como em sua vida o fez e o ensinou a fazer São João da cruz. Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai.
[in Música Calada em Oração - OCD]

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Novena de São João da Cruz | 4.º Dia

Paciência

Ant. Bem eu sei a fonte que mana e corre, embora seja noite. Aquela eterna fonte não a vê ninguém e bem sei onde é e donde vem, embora seja noite. V. Rogai por nós, Santo Pai, João da Cruz. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oração a São João da Cruz Ó glorioso S. João da Cruz, que vivestes sempre com o desejo de vos assemelhardes a Jesus Cristo, e Este, Crucificado, e nada desejastes com tanto ardor até ao último instante da vossa santa vida, senão manifestardes no vosso corpo a imagem viva do Senhor Jesus Cristo. O vosso coração generoso enchia-se de santa paz no meio dos maiores sofrimentos e aflições. Eu vos peço, pela glória que merecestes por tantos sofrimentos, dignai-vos interceder por nós e ajudai-nos a suportar corajosamente as tribulações e adversidades. Fazei-nos caminhar sempre com os olhos postos na coroa gloriosa que nos está reservada no céu e que o Senhor como justo Juiz nos dará a nós como vos cingiu a fronte, no dia da vossa glória. Do seio de Deus, onde reinais brilhante de glória, escutai, eu vos peço as nossas suplicas e apresentai-as à benevolência com que Deus vos escuta. Obtende-me a graça que vos peço e fazei que eu viva sempre para glória do senhor, seguindo os vossos exemplos na terra, possa eu ser vosso companheiro no céu. Ámen.

Meditação «Olha que Deus só reina numa alma pacífica e desinteressada» [São João da cruz]. Todo o cristão deve semear à sua volta o bem. Trabalhar e rezar com assiduidade na construção do reino de Deus. Trabalho e oração, no entanto, devem ser sempre acompanhados pela humildade e paciência. São João da Cruz deu fruto apreciado porque se exercitou na humilde pequenez e na paciência de Cristo. Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai.

[in Música Calada em Oração - OCD]

Solenidade da Imaculada Conceição

domingo, 7 de dezembro de 2008

Novena de São João da Cruz | 3.º Dia

Santidade
Ant. Bem eu sei a fonte que mana e corre, embora seja noite. Aquela eterna fonte não a vê ninguém e bem sei onde é e donde vem, embora seja noite. V. Rogai por nós, Santo Pai, João da Cruz. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oração a São João da Cruz Ó glorioso S. João da Cruz, que vivestes sempre com o desejo de vos assemelhardes a Jesus Cristo, e Este, Crucificado, e nada desejastes com tanto ardor até ao último instante da vossa santa vida, senão manifestardes no vosso corpo a imagem viva do Senhor Jesus Cristo. O vosso coração generoso enchia-se de santa paz no meio dos maiores sofrimentos e aflições. Eu vos peço, pela glória que merecestes por tantos sofrimentos, dignai-vos interceder por nós e ajudai-nos a suportar corajosamente as tribulações e adversidades. Fazei-nos caminhar sempre com os olhos postos na coroa gloriosa que nos está reservada no céu e que o Senhor como justo Juiz nos dará a nós como vos cingiu a fronte, no dia da vossa glória. Do seio de Deus, onde reinais brilhante de glória, escutai, eu vos peço as nossas suplicas e apresentai-as à benevolência com que Deus vos escuta. Obtende-me a graça que vos peço e fazei que eu viva sempre para glória do senhor, seguindo os vossos exemplos na terra, possa eu ser vosso companheiro no céu. Ámen.
Meditação «O que nasce do mundo mundo é, e o que nasce da carne, é carne, e o espírito bom nasce do espírito de Deus, o qual não se comunica nem pelo mundo nem pela carne» [São João da Cruz]. As pessoas que sentem e vivem no Espírito Santo, alegram-se nas coisas de Deus e amam-se nas coisas de Deus. São João da Cruz foi um homem interior, sobrenatural e divino, para quem a oração e a contemplação eram tão importantes como a respiração. Imitemo-lo Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai.
[in Música Calada em Oração - OCD]

sábado, 6 de dezembro de 2008

Novena de São João da Cruz | 2.º Dia

Austeridade
Ant. Bem eu sei a fonte que mana e corre, embora seja noite. Aquela eterna fonte não a vê ninguém e bem sei onde é e donde vem, embora seja noite. V. Rogai por nós, Santo Pai, João da Cruz. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oração a São João da Cruz Ó glorioso S. João da Cruz, que vivestes sempre com o desejo de vos assemelhardes a Jesus Cristo, e Este, Crucificado, e nada desejastes com tanto ardor até ao último instante da vossa santa vida, senão manifestardes no vosso corpo a imagem viva do Senhor Jesus Cristo. O vosso coração generoso enchia-se de santa paz no meio dos maiores sofrimentos e aflições. Eu vos peço, pela glória que merecestes por tantos sofrimentos, dignai-vos interceder por nós e ajudai-nos a suportar corajosamente as tribulações e adversidades. Fazei-nos caminhar sempre com os olhos postos na coroa gloriosa que nos está reservada no céu e que o Senhor como justo Juiz nos dará a nós como vos cingiu a fronte, no dia da vossa glória. Do seio de Deus, onde reinais brilhante de glória, escutai, eu vos peço as nossas suplicas e apresentai-as à benevolência com que Deus vos escuta. Obtende-me a graça que vos peço e fazei que eu viva sempre para glória do senhor, seguindo os vossos exemplos na terra, possa eu ser vosso companheiro no céu. Ámen.
Meditação «Deus prefere de ti o menor grau de pureza de consciência a quantas obras possas fazer» [São João da Cruz]. Duas virtudes agradam imenso ao Senhor nos seus santos: a pureza de coração e a conversão contínua que se manifesta na penitência evangélica. São João da Cruz viveu com insistência estas duas virtudes e diz-nos que uma não pode ser vivida sem a outra. Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai.
[in Música Calada em Oração - OCD]

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Novena de São João da Cruz | 1.º Dia

Fortaleza
Ant. bem eu sei a fonte que mana e corre, embora seja noite. Aquela eterna fonte não a vê ninguém e bem sei onde é e donde vem, embora seja noite. V. Rogai por nós, Santo Pai, João da Cruz. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oração a São João da Cruz Ó glorioso S. João da Cruz, que vivestes sempre com o desejo de vos assemelhardes a Jesus Cristo, e Este, Crucificado, e nada desejastes com tanto ardor até ao último instante da vossa santa vida, senão manifestardes no vosso corpo a imagem viva do Senhor Jesus Cristo. O vosso coração generoso enchia-se de santa paz no meio dos maiores sofrimentos e aflições. Eu vos peço, pela glória que merecestes por tantos sofrimentos, dignai-vos interceder por nós e ajudai-nos a suportar corajosamente as tribulações e adversidades. Fazei-nos caminhar sempre com os olhos postos na coroa gloriosa que nos está reservada no céu e que o Senhor como justo Juiz nos dará a nós como vos cingiu a fronte, no dia da vossa glória. Do seio de Deus, onde reinais brilhante de glória, escutai, eu vos peço as nossas suplicas e apresentai-as à benevolência com que Deus vos escuta. Obtende-me a graça que vos peço e fazei que eu viva sempre para glória do senhor, seguindo os vossos exemplos na terra, possa eu ser vosso companheiro no céu. Ámen.
Meditação
«Que Cristo crucificado lhe baste e com Ele sofra e descanse» [S. João da Cruz]. Não há vida que não seja marcada pelo sofrimento, portanto, viver é sofrer. È necessário aprender a sofrer cristãmente, ciência admirável que se aprende com Maria junto da cruz de Jesus. S. João da Cruz aprendeu e praticou excepcionalmente esta doutrina. Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai.
[in Música Calada em Oração - OCD]

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Advento: tempo de Esperança...

Jovens carmelitas, sentinelas da luz, continuemos vigilantes neste tempo de Advento, neste tempo de Esperança… Sejamos neste tempo de Advento mensageiros da luz. Que esta luz aqueça o nosso coração e que este se mantenha desperto para O receber. Acolhamos Aquele que esperamos com tanta impaciência e amor. VEM SENHOR JESUS!
Na enseada Noite… Sendo noite, é preciso que adoptemos a luz! Sendo noite, é preciso que reavivemos a esperança na «chama de amor viva»! Sendo noite, é urgente não privilegiar ataques de intolerância! Mesmo sendo noite, não poderemos deixar que este negro véu cubra a aragem da terra. Mesmo sendo noite, um só sentido nos unirá! Mesmo sendo noite, uma só luz nos aquecerá! Na noite das encruzilhadas dos caminhos percorridos como sentinelas nos colocaremos. Na noite das encruzilhadas dos caminhos percorridos, só o sentido do silêncio privilegiaremos para o receber. Na força da escuridão da noite que tentamos desvanecer? - Perduram sinais que incentivam a perseverar. Na força da escuridão da noite O que aprisionamos? - Perduram sinais que nos incentivam a amar. Na força da escuridão da noite evocaremos sem cessar… Vem Senhor Jesus, embelezar o gigantesco formigueiro humano antes que entre em ebulição. Vem Senhor Jesus, antes que anoiteça sem anoitecer em Ti. Vem Senhor Jesus, fortalecer a nossa fé, animar e avivar a nossa confiança! Vem Senhor Jesus, permanece na nossa pequena gota e jorra torrentes de água viva em nós filhos de Maria. Vem Senhor Jesus, porque sem Ti não há horizonte! Vem Senhor Jesus; e empenha-nos no aqui e agora a sermos neste tempo do Advento: Mensageiros da Luz!

A noite cai lentamente, crónica do retiro

A noite cai lentamente, a porta da cela abre-se ao mundo e o coração encara com muita força e coragem a estrada da vida… É assim que termina o nosso retiro de silêncio, durante o qual estivemos, quais monges eremitas, dentro das celas do Castelo Interior da nossa alma. O sábado amanheceu chuvoso e frio, tendo-nos obrigado a alterar o plano cativante de silenciar diante da beleza da criação, lá em cima, no monte do Castelinho, trocando-o pela música calada do Convento. Talvez o Pai nos quisesse dizer alguma coisa diferente daquela que estávamos à espera… Logo no início do caminho (interior, porque desta vez a carminhada era dentro de nós), o Frei João expressou verbalmente o que vínhamos vivendo nos últimos dias: o retiro já começou! Começou no momento em que nos predispusemos a vir, no momento em que marcamos nas nossas agendas esta data, ou mesmo, cada vez que abríamos o blog e líamos o que os nossos guias nos iam deixando para reflectir… Toc! Toc! Toc! “Eu estou à porta e chamo, quem me abrir a sua porta, eu entrarei e cearei com ele”. Era Jesus, que vinha desde há muito a bater à porta do nosso coração e esta era a oportunidade de lha abrirmos. Fomos desde o início alertados que, abrindo a porta, poderíamos fazer uma viagem com duas possibilidades: descobrirmos coisas maravilhosas sobre Deus, nós e os outros; ou olhar para algumas feridas por sarar, que no dia-a-dia se encontram protegidas pela enumerável quantidade de solicitações que nos ocupam. Fosse qual fosse a viagem, uma coisa era certa: não estávamos sós! Feito o aviso, ninguém olhou para trás ou quis recuar um passo, e foi a mais nova do grupo que falou convictamente: eu estou disposta a ficar toda a tarde de silêncio na cela com o Santíssimo! Depois disto, quem teria coragem de desistir? Não era o nosso Mestre que nos dava sempre o exemplo dos mais pequeninos? Tomada a decisão, o Frei João explicou a razão da existência de uma mala de viagem vazia no centro da sala: cada um deixaria ali os utensílios que habitualmente nos metem em contacto com o mundo e não nos deixam livres para ouvir a voz do Espírito: telemóveis (os pessoais e os do trabalho); mp3; máquinas fotográficas e … inclusivamente o portátil do Ricardo. Começava assim a tarde de oração silenciosa na presença do Santíssimo Sacramento a “quem falámos como a um Amigo” e alguns até deram cambalhotas…uns com o corpo todo, outros apenas com a vida. Outros ainda, com a vida diante de Deus, bailaram, ao jeito das lindas borboletas, que antes de o serem, são apenas feios casulos. Valia tudo, desde que se entrasse na casa da nossa alma para ver, ouvir e sentir o que Deus nos queria mostrar em cada compartimento, começando pelo mais sombrio e frio até ao mais luminoso. No final, rezámos juntos a oração da tarde com as nossas vidas simbolicamente representadas em diversos objectos colocados diante do Santíssimo: rezámos, cantámos, partilhámos… À noite, para afugentar o frio, como filhos de Maria que somos, rezamos o terço com meditações sobre Maria do Monte Carmelo, em peregrinação pelos claustros do Convento. E, no final, tivemos um momento de convívio, em que se cultivou a amizade que a nossa Madre Teresa tanto recomendava àqueles que são amigos de Deus: com histórias, canções, conversas, brincadeiras à luz e calor da lareira (mesmo com algum fumo à mistura). No Domingo, dia do Senhor, reflectimos a partir de um texto “meio tosco”, segundo o Frei João, mas muito profundo, sobre a Eucaristia. Convidava-nos a colocar no Altar todo o esforço do dia-a-dia, não só o nosso mas o de toda Humanidade, como uma elevada acção de graças. Um texto que não se entendeu à primeira, mas que ficou para ser lido e relido, e para assim, depois de voltarmos às nossas casas, podermos continuar a procurar viver com maior perfeição a Eucaristia. E foi deste modo que, quase já a terminar o nosso retiro, nos reunimos como irmãos na mesma Capela onde tínhamos vivido em companhia silenciosa do nosso Amigo, para essa oferenda de acção de graças: a Eucaristia. Preparada com simplicidade, vivida com naturalidade e desde o interior, deu lugar a momentos de partilha e silêncio, e ainda a surpresas que alegram os irmãos! E quantos abraços tão profundos! E antes de partir de viagem, como já se rasgava timidamente o sol, subimos até à mata para deixar algum registo, que não fosse só o da memória do coração, a foto de família, ora de frente…ora de lado…ora de costas… ;) E depois…partirmos… A noite cai lentamente, a porta da cela abre-se ao mundo e o coração encara com muita força e coragem a estrada da vida…deixando ecoar um grande OBRIGADA no carminho!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Paulo, o revolucionário (I)

Entrevista com Romano Penna, docente de Novo Testamento na Lateranense Por Renzo Allegri

ROMA, segunda-feira, 1º de dezembro de 2008 (ZENIT.org).- Desde 29 de junho de 2008 se celebra o Ano Paulino, com manifestações, conferências, congressos e celebrações litúrgicas que se sucedem em todas as Igrejas do mundo para recordar os dois mil anos do nascimento do apóstolo Paulo, o maior missionário de todos os tempos.

Em Roma, encontramos Dom Romano Penna, considerado um dos maiores especialistas na vida e nas obras de Paulo de Tarso. Dedicou sua vida de pesquisador e professor universitário ao apóstolo dos povos, publicando vários livros que se distinguem por seu rigor científico e exposição apaixonada, apresentada com uma linguagem cativante e moderna. São fundamentais suas exegeses das diversas cartas do apóstolo, em especial os três consistentes volumes sobre a Carta aos Romanos e seu belíssimo ensaio «O DNA do cristianismo». Por ocasião de seus 70 anos, os mais renomados biblistas do mundo colaboraram na redação de um volume de 500 páginas titulado «Novo Testamento: teologias em diálogo cultural. Escritos em honra de Romano Penna em seu 70º aniversário».

– Comecemos com uma pergunta ligada a estes dois mil anos. Sabe-se qual é o ano exato do nascimento de São Paulo? – Penna: Não. O Ano Paulino que celebramos se fundamenta em uma hipótese tradicional, segundo a qual Paulo teria nascido em torno do ano 8 d.C. Mas são só hipóteses. Além do mais, não se conhece com precisão nem sequer o nascimento de Cristo. Em minha opinião, Paulo era contemporâneo de Jesus.

– Onde ele nasceu? – Penna: Em Tarso, capital da Cilícia, de pais judeus de observância farisaica. Os Atos dos Apóstolos o consideram cidadão romano e ele diz que o era por nascimento. Por isto, junto ao nome judaico de Saulo, tinha também o nome romano de Paulo.

– Ele pertencia a uma família rica? – Em uma carta sua, diz que ganhava a vida fabricando tendas. Em geral, naquele tempo, os filhos aprendiam o ofício do pai e se supõe que o pai de Paulo desempenhava este trabalho. Era um ofício normal, do povo, que permitia viver e manter a família, nada mais.

– Que tipo de educação recebeu em sua família? – Penna: Os pais de Paulo eram judeus da diáspora, ou seja, judeus que, obrigados pelas perseguições e por outras razões, migraram longe de sua terra, mas se mantinham fiéis às suas tradições. Paulo estava circundado, foi educado e instruído na observância da lei mosaica. Mas sendo Tarso uma cidade cosmopolita, quando saía de casa, o jovem respirava uma atmosfera helênica e aberta a diversas culturas. Em sua família, falava hebraico e aramaico, mas fora de casa, grego. Cresceu, portanto, com uma mentalidade aberta. Pelo menos até os 12 ou 13 anos.

– E depois? – Penna: A essa idade se mudou para Jerusalém para dedicar-se totalmente ao estudo da Torá, sob a guia do rabino Gamaliel o Velho, conhecidíssimo mestre. Desde então, seu interesse intelectual se dirigiu só e exclusivamente à lei judaica e à cultura israelense.

Ingrid Betancourt e Santa Teresinha

Ingrid Betancourt, ex-candidata presidencial da Colômbia e refém durante mais de seis anos das FARC, foi libertada em Julho passado na selva colombiana. A notícia impressionou o mundo, e teve um enorme eco na imprensa mundial. Foi depois recebida em audiência papal por Bento XVI, visitou o Santuário de Lourdes e esteve em Lisieux. Em todos os lugares manifestou o seu agradecimento ao Senhor e falou sempre em favor da libertação dos reféns políticos. No seu livro « La rage de vaincre» oferece aos leitores um precioso testemunho sobre a sua veneração a Santa Teresinha, a partir da dura experiência que lhe coube viver; escreve: «Sempre me seduziu a expressão do amor absoluto, o abandono de si mesmo a Deus. A vida de Teresa de Lisieux é para mim a expressão desta força enorme, da absoluta certeza de que Deus está do nosso lado […] Como mulher adulta descobri que existe uma imensa liberdade de não nos agarrarmos à vida — não pelo gosto da morte, mas por amor. E é isso mesmo que me parece inaudito quando o ser se realiza verdadeiramente…»