sábado, 15 de agosto de 2015

DOMINGO XX DO TEMPO COMUM



Evangelho segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é minha carne, que Eu darei pela vida do mundo». Os judeus discutiam entre si: «Como pode Ele dar-nos a sua carne a comer?». E Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia. A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele. Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim. Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais, que o comeram e morreram: quem comer deste pão viverá eternamente».

domingo, 9 de agosto de 2015

DOMINGO XIX DO TEMPO COMUM





Evangelho segundo São João

Naquele tempo, os judeus murmuravam de Jesus, por Ele ter dito: «Eu sou o pão que desceu do Céu». E diziam: «Não é Ele Jesus, o filho de José? Não conhecemos o seu pai e a sua mãe? Como é que Ele diz agora: ‘Eu desci do Céu’?». Jesus respondeu-lhes: «Não murmureis entre vós. Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que Me enviou, não o trouxer; e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia. Está escrito no livro dos Profetas: ‘Serão todos instruídos por Deus’. Todo aquele que ouve o Pai e recebe o seu ensino vem a Mim. Não porque alguém tenha visto o Pai; só Aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. No deserto, os vossos pais comeram o maná e morreram. Mas este pão é o que desce do Céu, para que não morra quem dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, que Eu darei pela vida do mundo».

Edith Stein | 9 de Agosto


Edith Stein nasceu a 12 de Outubro de 1891, no seio de uma família de judeus. A cidade que a viu nascer chama-se Breslau, na Alemanha. Apaixonadíssima pela busca e conhecimento da verdade, procurou-a com toda a força da sua alma, desde a sua juventude. Não encontrou a verdade, nem na religião judaica nem na filosofia que entretanto estudou e ensinou como professora na Universidade de Gottingen. Um dia, encontrando o Livro da Vida, escrito pela Nossa Santa Madre Teresa de Jesus, exclamou entusiasmada: «Esta é a verdade!», e não parou de ler enquanto não terminou o livro. 
Baptizou-se em 1922, tomando o nome de Teresa. Em 1933 entrou no Carmelo da Cidade de Colónia, tomando o nome de Teresa Benedita da Cruz; pois, como dizia, foi Santa Teresa quem a despertou para a Verdade e, em S. João da Cruz, nosso pai, encontrou a perfeita vivência do mistério da Paixão, a razão do seu viver. Imitando-o tomou o nome da Cruz. Ofereceu-se como vítima de Deus, pelo seu povo e pela paz. 
Antes de ingressar no Carmelo, algumas pessoas influentes tentaram demovê-la da sua decisão, dizendo-lhe que era mais útil na Universidade que no convento. Ao que Edith Stein respondeu dizendo: «Não é a actividade humana que nos há-de salvar, mas a Paixão de Cristo. Tomar parte nela é a minha aspiração». E depois de se ter tornado carmelita acrescentou: «A oração e o sacrifício valem muito mais do que se possa pensar… Por toda e qualquer oração, mesmo pela mais pequenina, acontece algo na Igreja… Aprendamos a servir-nos da oração, para que à hora, de cada dia, fazermos uma obra de eternidade». 
A perseguição anti-semita punha a sua vida em perigo. Os superiores decidiram, por isso, que deixasse a Alemanha, e transferiram-na para um Carmelo na Holanda. Foi-lhe muito difícil abandonar o Carmelo de Colónia onde entrara na Festa de Santa Teresa, a 15 de Outubro de 1933. Acerca do Carmelo escreveu dizendo: É o santuário mais íntimo que a Igreja tem. Sempre me pareceu que Deus me tinha reservado, no Carmelo, alguma coisa que em nenhuma outra parte do mundo me poderia dar». 
Após a invasão da Holanda por Hitler, a terrível polícia SS foi arrancá-la à clausura do Carmelo. A Irmã Teresa da Cruz saudou os polícias com a saudação cristã «Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo», porque como disse, estava convencida que com «aquela saudação não saudava a polícia alemã, antes os representantes daquela luta antiga entre Cristo e o Demónio». No dia 9 de Agosto de 1942, foi conduzida à câmara de gás, repetindo pela última vez o que já deixara escrito antes: «Não sou nada e nada valho, mas… quero oferecer-me ao Coração de Jesus como vítima pela verdadeira paz. Que seja derrubado o poder do Anti-Cristo e a ordem se volte a estabelecer». Diante da morte soube manter-se serena até ser acolhida pelas mãos de Deus, das quais deixou dito: «Aquelas mãos dão e pedem ao mesmo tempo. Vós sábios, deponde a vossa sabedoria e tornai-nos simples como crianças. Segui-me porque é preciso decidir entre a luz e as trevas». Morreu no campo de concentração de Aushwitz, repetindo a sua doação como vitima pela paz e pelo seu povo de Israel. 
Mulher de singular inteligência e cultura, afamada professora universitária de Filosofia, deixou-nos numerosos escritos de elevada doutrina e profunda espiritualidade. O centro da sua vida e da sua contemplação na oração, pode comprovar-se pelos seus escritos, era o mesmo de S. João da Cruz: o mistério grandioso de Cristo Crucificado. (fonte: www.carmelitas.pt)