quinta-feira, 30 de abril de 2009
"Andai sempre alegres." (1 Tes 5,16)
quarta-feira, 29 de abril de 2009
III Peregrinação a Pé a Fátima: saudação
SEMANA DAS VOCAÇÕES (IV)

"A consciência de sermos salvos pelo amor de Cristo, que cada Eucaristia alimenta nos crentes e de modo especial nos sacerdotes, não pode deixar de suscitar neles um confiante abandono a Cristo que deu a vida por nós. Deste modo, acreditar no Senhor e aceitar o seu dom leva a entregar-se a Ele com ânimo agradecido aderindo ao seu projecto salvífico. Se tal acontecer, o «vocacionado» de bom grado abandona tudo e entra na escola do divino Mestre; inicia-se então um fecundo diálogo entre Deus e a pessoa, um misterioso encontro entre o amor do Senhor que chama e a liberdade do ser humano que Lhe responde no amor, sentindo ressoar no seu espírito as palavras de Jesus: «Não fostes vós que Me escolhestes, fui Eu que vos escolhi e vos nomeei para irdes e dardes fruto, e o vosso fruto permanecer» (Jo 15, 16)."
da mensagem de Bento XVI para o 46º Dia Mundial de Oração pelas Vocações
terça-feira, 28 de abril de 2009
SEMANA DAS VOCAÇÕES (III)
Pintura e escultura da Igreja de Santo Condestável

segunda-feira, 27 de abril de 2009
SEMANA DAS VOCAÇÕES (IV)

Semana das Vocações (II)

domingo, 26 de abril de 2009
Oração da Semana das Vocações

Semana das Vocações (I)

São Nuno de Santa Maria [1360 – 1431]
sábado, 25 de abril de 2009
Canonização de Nuno de Santa Maria
III Domingo da Páscoa
segunda-feira, 20 de abril de 2009
P. Saverio Cannistrà, novo Geral

O Movimento Carmo Jovem sauda Superior Geral: P. Saverio Cannistrà

domingo, 19 de abril de 2009
«Nunca me sinto só», diz o Papa

Quatro anos de pontificado de Bento XVI

II Domingo da Páscoa!
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João [Jo 20, 19-31] Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes serão retidos». Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa, e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!» Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.
sábado, 18 de abril de 2009
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Papa Bento XVI comemora 82 anos

quarta-feira, 15 de abril de 2009
«Vossa sou, para Vós nasci»

Fátima acolhe o Capítulo Geral dos Carmelitas Descalços

A Vida
terça-feira, 14 de abril de 2009
segunda-feira, 13 de abril de 2009
domingo, 12 de abril de 2009
Domingo de Páscoa: Juntos na Ressurreição!

sábado, 11 de abril de 2009
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Sexta-feira Santa - Não fiques longe de Mim!

Não fiques longe de Mim, acompanha-Me mesmo que te tentem afastar… Não fiques longe de Mim, escuta a minha voz e segue-Me no caminho de Dor! Não fiques longe de Mim, acompanha-Me com o teu olhar ao cimo do Calvário, porta do Céu… Não fiques longe de Mim, estende para Mim a tua mão, Eu levantar-te-ei… Não fiques longe de Mim, sobe comigo, dulcifica um pouco o Meu doloroso caminhar, com as tuas atenções, as tuas delicadezas, o teu sorriso, as tuas lágrimas Não fiques longe de Mim, serve-Me cada vez com mais Amor e o Meu rosto gravar-se-á em ti. Imita-me, fica comigo, Não fiques longe de Mim...
Sexta-feira Santa – O Salvador pende da cruz

quinta-feira, 9 de abril de 2009
Quinta-feira Santa: Celebração da Ceia do Senhor

Que bem sei eu a fonte que mana e corre...

quarta-feira, 8 de abril de 2009
Capítulo Geral dos Carmelitas Descalços em Fátima

«Exemplo heróico em tempo de crise»

Jornada Mundial da Juventude de Madrid renovará fé, diz o Papa

Contem com o Carmo Jovem!
Ecos da Carminhada - Moinhos da Gândara
domingo, 5 de abril de 2009
Notas finais - XI Carminhada - Moinhos da Gândara - 4ABR'09
Como gente grande. E assim se confirma que é imprudente e pouco sensato medir as mulheres aos palmos. A organização, gente adulta e atenta, parece ter ou muita experiência ou muito cuidado e muito gosto, ou tudo junto e mais. Pois sempre que nos fazemos à estrada alguma cabeça madura se adianta e corta o trânsito lá bem ao longe para que nenhum motor nos incomode com o seu rancor. Entrámos na floresta. Os pinheiros são alinhados «à linha, como quem planta uma vinha». O caminho é de areia muito fina, que, depois de calcorreada por mais de duzentos e oitenta pés — É fazer as contas! É fazer as contas, como dizia o outro Primeiro! — levanta uma nuvem de pó. Caminhamos a bom caminhar, mas de repente, vê-se que o pessoal escolhe caminhar pelo monte, que é um pouco mais duro. Quase só a Filipa e a Mariana vão pelo caminho. Os outros vão pelas bermas, que hão-de ser dificultuosas, em algum lugar até com urtigas! Por fim, o inesperado: uma lagoa grande, vinda do nada aparece-nos ali plantada! Depois de tanto pó apetece mesmo um banho. Apetece mesmo o banho, não o silêncio e a oração. Por fim lá se consegue. Rezámos ali um belo salmo de confiança, lemos um trecho da Carta aos Romanos. E ala! Ala não, que há uma surpresa. Depois da fotografia de grupo somos presenteamos com broinhas de pão doce e água fresca. A manhã já vai adiantada, o caminho ainda não vai a meio e o pão e a água vêm mesmo a calhar. Ó que boa ideia! Como mandam as boas regras só tirei uma broinha, mas oxalá tirara doze, que doze comeria de tão boas que eram.
E lá vamos nós ao pó. Andámos pelo monte como as cabras e pelos caminhos como gente, e se alguma estrada nos cortava o passo podem ter a certeza que a organização ia cortar o trânsito com a autoridade de General da Guarda Nacional Republicana: e os poucos condutores obedeciam cordatamente! (E não éramos tão poucos e tão lestos assim a atravessar!) E as valas? As valas se havia que atravessá-las a Junta de Freguesia mandara limpar-lhes os acessos e reforçar os passadiços. (Sei do que falo, porque bem vi que algumas tábuas eram novas e os pregos também!)
E que belos campos por ali há, cheios de verde e de vida. E valas como veias que os regam e lhes alimentam a vida! A carminhada foi tão diversa que não houve variedade ou diferença que não víssemos, como quem em dia de colheita tudo recolhe para o celeiro. E se a orientação se fazia difícil logo víamos São Paulo numas placas preparadas a preceito indicando o caminho. E não foram tão poucas assim, que alguém se deu ao trabalho de começar a coleccionar os cromos. Até que se cansou! Não sei o que mais me impactou pela manhã. Mas não me estranharia que tivesse sido a visita ao moinho que uma associação cultural local recuperou. Tudo está ali bem: bem recuperado, bem documentado, bem apresentado. Éramos 130? Éramos. Ou mais. E entrámos todos dentro do moinho, que outrora fora engenho e lar do moleiro, que ali tanto trabalhou e adormeceu tecendo as freimas e os seus sonhos ao ritmo do rom-rom da mó e das pás do moinho.
Belo! Ali rezámos como propusera o grupo Somos Um. Ali ouvimos por calmos momentos a mó a moer. Ali rezámos ainda em silêncio, por aquelas e aqueles a quem o inesperado da vida planta uma mó na cabeça que vai moendo, moendo, moendo. Rodando, moendo.
Vimos ainda um outro moinho, este a vento. A foto não podia escapar e bem andou quem dela se lembrou.
Saímos dum, a água, e subimos o morrozinho do outro, a vento. E, ó surpresa!, ao chegarmos sai-nos uma lebre correndo por entre as pernas da moçarada, julgando que a quereríamos para almoço. Não queríamos, embora a barriga o reclamasse. Subimos um pouco mais e nova surpresa: o moinho tem rodas. Sim, rodas! Estará o leitor a pensar: a hora vai adiantada e o escriba ou teve um ataque de ilusão, semelhante ao do cavaleiro da Triste Figura, ou, por causa da fome, julga ver rodas o que são mós, ou vê um carro e julga ver um moinho! Mas não, protesto eu! É mesmo um moinho, um moinho de vento e com rodas! E a coisa passa-se assim: Como não haveria jeito de o descer dali, para que servirão (ainda hoje servem!) as rodas? Servem obviamente para rodar o moinho sobre um eixo em busca do melhor vento que mova as velas! Imagine-se! Quero ainda declarar que vi este moinho moer. É dos poucos, nós visitámos ou visitaremos três. Mas a terra teve imensos, porque era uma terra farta de grão, de veias generosas e bom vento que fizessem girar pás e velas. Pelo que, penso eu, quando este povo jovem nos trata tão bem, como já ficou dito e mais à frente ainda melhor se dirá, mais não fazem que repartir fartura e bem fazer como bem repartiram os seus antepassados e eles aprenderam, porque em casa farta uma mancheia de farinha que se reparte com os pobres nunca faz falta. É o relato bíblico da viúva de Sarepta que o diz. E quero ainda declarar que vi o que jamais vira: o moleiro vestir as velas ao moinho. Assim como uma mãe, pela manhã, veste o filho pequenito e lhe vai ronronando para que erga os braços afim de vestir a camisa, depois a camisola e por fim o casaco, assim, o moleiro: por debaixo do braço caça a vela, e com as mãos vai rodando os braços à roda, e uma a uma lhe veste todas as velas. Podem discordar e dizer que nada há ali de belo, mas eu raramente vi cuidar dum engenho como quem aconchega um filho! Como quem faz a manhã longa encurta a tarde, parámos algures, num lugar que a Filipa sabia, ou que se não sabia sabia pelo menos ler São Paulo nas tabuletas.
Era um parque de merendas espaçoso, com água, WC, mais água, sabão líquido, toalhas limpas, baloiços, escorregas, flores, sombras, convívio e um bom convite para descansar. Só luxos. Eram tantos os luxos que dei comigo a pensar qual dentre nós seria o rei, pois, pelo tratamento, éramos a comitiva! Mas havia que comer e depois de comer, tínhamos de caminhar embora nos apetecesse dormir. Mas para que caminhássemos sem sono, antes de partir, ali um pouco ao lado e à sombra, brotou uma máquina de café que não se cansou enquanto não fomos todos servidos. Vocês ouviram bem: ali um pouco ao lado e à sombra brotou uma máquina de café que não se cansou e foi debitando saboroso café, enquanto não fomos todos saciados! Ó maravilha! Façam muitas dessas que não nos custa nada regressarmos e mais cedo do que julgam! (E depois de calmamente abandonarmos o parque, ficou uma equipa duma rapariga só, que recolheu a máquina, as toalhas, o lixo que sempre fica, e desligou as luzes. Fantabulástico!) Estamos agora no início da tarde, percorrendo a rua mais movimentada da localidade. Avisam-nos. Mas porque é sábado talvez não haja trânsito. Claro que há. Mas não tanto assim. Cruzam-se dois camiões enormes, um é da terra e o outro do estrangeiro. Não sei se o local está informado, sei que pára e fica respeitosamente a apreciar a longa e ordeira fila de gente jovem.
E quando o último de nós passa, ele liga o motor e arranca. E lá vai à vida. E nós à nossa. Parámos agora numa encruzilhada de verde e de sombra.
Dum e doutro lado e dos outros dois também há verde e mais verde e mais dois verdes, e nenhum igual: é trigo afoito. Parámos para rezar em mais um momento bem conduzido pelo Somos Um. Depois arrancámos. Mais uma viragem de estrada e outra mais além, e já vamos de novo areia fora, pinhal adentro. Dizem-me baixinho que vamos para o Moinho do Sr. José Augusto Rodrigues. É um moinho-casa. Pode ver-se agora o que de manhã não fora possível, visto a reconstrução ter sido quase de raiz. Destes moinhos já eu vira uma vez e fiquei deveras impressionado. A porta está aberta e o dono não responde. Saberemos depois que como não estamos a horas fora à nossa procura. Chegáramos entretanto por outro caminho. Por isso, entrámos. O espanto maior é dos novos. Dei, no que se podia dar, a volta à casa. Pelo lado norte chega uma levada forte que não precisa de bater à porta porque logo ali morre e descai para as pás do moinho que fazem girar a mó. A casa é baixa e de planta rectangular. Tem duas portas, se bem me recordo, frente a frente. Do lado da levada tem um cruz vermelha e do lado da frente duas. Entrando pela frente chega-se uma sala ampla que ocupa um quarto do espaço. Deve ser a arrecadação da semente e até talvez da farinha. Do lado direito duas portas denunciam os quartos ou um quarto e uma cozinha que não chegámos a visitar. Do lado esquerdo, num pequeno quartinho, como se fora um membro mais da família, gira docemente uma mó.
Estão por ali alguns apetrechos indispensáveis à vida e à lida do moleiro e há depois ainda outra porta que não chega a abrir-se. E a mim dá-me inveja só de pensar ser ali um quarto onde se possa dormir ouvindo a água a cair embalando canções à mó e ao moleiro! Quando chego ao terreiro apresentam-me o livro de honra. Leio a acta onde se declara o júbilo do dia e a alegria de estarmos ali vendo a vida a girar. Já assinaram todos os representantes dos grupos, uns onze ou doze, e por fim, assino eu. Eis senão quando nos aparece, sorridente, o Dono da casa, o Sr. José.
Somos mais de cem e ele é um só. Mas os tempos são de paz e homem vem alegre, nunca tivera tantas visitas em casa duma vez só! É ele quem apõe a sua assinatura em último lugar como que validando um dia que valeu a pena. Paramento-me segundo as normas litúrgicas do dia. E, surpresa, mais uma!, dum cabeço vem descendo por um carreiro a Dona Maria da Luz com um macho pela mão, rapaz novo e forte, que ainda trabalha. Mais afeito à carroça que a ser levado pela arreata.
Ele que é burro mas sabe contar, vai, em deixando a dona, rodando a cabeça e sacudindo as orelhas com ligeiros puxões. Não, moscas ali não há. Mas há gente como moscas e eu estou seguro que nos vai contando um a um. Por cima do lombo deitam-lhe uma manta e para que fique parecido connosco, deitam-lhe também uma faixa do Carmo Jovem.
Assim sim! Somos todos criaturas de Deus, valha a verdade! Junto do burro postam-se dois moçoilos fortes com palmas nas mãos. O cenário compõe-se. Chega por fim uma cruz enorme de madeira, que, erguida, ganha presença e domina o terreiro. Seguram-na outros dois fortalhaços, mas para ser levada terão de levá-la, julgo eu, com o amparo de mais dois. Mas depois se verá. Começa a bênção dos ramos com um silêncio profundo para propiciar o melhor ambiente. Segue-se a bênção e a leitura do Santo Evangelho da entrada triunfante de Jesus em Jerusalém. Podemos caminhar em paz, diz o presidente da celebração e lá vamos. Primeiro a cruz, depois os jovens quatro a quatro, depois os ministros, por fim o Frei João que presidiu e ao lado a Dona Maria da Luz e o macho. Ele garboso, ela com pena. Ele garboso porque um seu antepassado teve a sorte de alombar com o Príncipe da Paz na sua entrada triunfante em Jerusalém; ela com pena, «porque toda a gente gosta de assistir à Missinha» e hoje não poderá fazer porque terá de devolver o macho em segurança a casa. (Mas descanse, Dona Maria da Luz, porque a organização já lhe conhece as penas e por isso providenciou segurança para o bicho e a si a possibilidade descansada para «ver a Missinha»!) Enquanto líamos o Santo Evangelho chegou uma carrinha branca Kangoo.
Abriram-se as portas e lá dentro brilham sacos grandes. Abrem o primeiro e a carrinha arranca lentamente e quatro mulheres espalham verdes por onde há-de passar a procissão! A carrinha ganha-nos avanço, a cruz arranca, a procissão organiza-se e estende-se, tudo se põe em marcha e até o macho pouco habituado a estas andanças colabora. Foram mais de dois quilómetros, primeiro a cantar e em júbilo, depois em silêncio e respeito. Os trolhas páram de trabalhar e descobrem a cabeça, o trânsito pára, as mulheres levam bebés nos carrinhos, os cafés desligam as televisões, e nas traseiras seguem bicicletas e silenciosas motorizadas levadas à mão.
Belo. Belo e respeitoso.
Ao chegarmos à Casa da Mãe, a Igreja de Nossa Senhora da Saúde, iniciámos a Eucaristia, uma bela Eucaristia que terminará duas horas depois. Preside o Frei João. Canta o grupo coral. Os representantes dos grupos sustentam palmas, os leitores são variados.
É a Eucaristia no Dia Mundial da Juventude, e também do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, dia contraditório e paradoxal, por ser dia da memória jubilosa da entrada festiva de Jesus em Jerusalém, mas também memória da sua paixão e seu martírio, às mãos iníquas dum discípulo traidor que se aliou às temerosas forças do poder para O assassinar! E logo Ele que era o melhor de nós!
Na homilia lembrámos os que sofrem, em cujo corpo campeia a dor e o sofrimento. Rezámos por eles e elas para que unidos à dor de Jesus sejam fortes e valentes no combate, tantas vezes horrível e desigual, que o sofrimento lhes propõe. Recordámos ainda a vida do jovem mártir zairense B. Isidoro Bakanja — amigo de Nossa Senhora, crente no Evangelho e discípulo de Jesus — que, porque jamais se envergonhou do Evangelho, morreu mártir perdoando a quem tão extemporaneamente lhe arrancara a vida, como quem arranca a cana de trigo antes da espiga crescer e amadurecer. E recordámos o discípulo que na noite da prisão de Jesus o acompanha embrulhado num lençol, mas que vendo-se denunciado e reconhecido abandona o lençol antes que lhe deitem mãos e foge nu! Não assim nós! Não queremos ser como este, Senhor! Não nós. E por fim a Eucaristia acabou com mil abraços e mil palmas e mil agradecimentos para quem se deslocou àquelas terras tão belas e não menos agradecimentos nem palmas nem abraços para quem tão bem soube acolher. A fé não se faz só. E se é certo que no fim do dia estávamos cansados, certo era também que mais amigos, mais irmãos, mais renovados, mais fortalecidos. Havia que regressar? Havia. Não era fácil, mas havia. Nos sacos havia ainda restos de comida para comer e partilhar. Porque o regresso era longo para alguns, logo ali se alimentou o corpo porque a alma já estava. Termine-se com a exclamação do salmista: Ó como é bom e agradável viverem os irmãos em harmonia! Em Moinhos da Gândara houve comunhão: a farinha que nos deram recordar-nos-á sempre os grãos imperfeitos que ainda somos, que só seremos completamente belos quando moídos na mó do moinho para que, juntos, reunidos e em enfarinhada comunhão, nos dermos como alimento uns aos outros! Termina cansada a crónica, porque foi isso que a Célita pediu. Mas o espírito, como ela bem sabe, estava renovado e retemperado. A carminhada de Moinhos da Gândara foi diferente, e ainda bem. Nada é igual a nada, e o que conta é o amor a Jesus e à Mãe. Sim o que fazemos é por amor a Jesus. É por amor a ti, Jesus! Fizemo-nos de novo à estrada, para o regresso, porque lá como aqui, alguns tinham uma noite de trabalho pela frente. E se queremos que a devoção não complique a obrigação é preciso fazer tudo certinho. Enquanto a carrinha comia quilómetros, o Dinis entretinha as hostes e eu dormitei. Comecei a aforrar sono para a próxima carminhada que se fará de noite, em Aveiro no dia 22 de Maio. E que por ser de noite se chamará clarminhada. Para ela virão aqueles que não se assustam nem com o susto nem com a noite. Até lá, abreijos! Páscoa feliz para os grupos de Alhadas, Esperança, Ferreira-a-Nova, Maiorca e Moinhos da Gândara (Figueira da Foz); Avessadas (Marco de Canaveses); Aveiro; Caíde de Rei (Lousada); Coimbra; Gafanha da Nazaré (Ílhavo); Matosinhos e Viana do Castelo!