segunda-feira, 31 de março de 2008

Testemunhos III - Peregrinação a Fátima 2007

Peregrinei para encontrar-me e encontrei-me

Os horizontes da vida são muitas vezes estreitos de mais. Por isso inscrevi-me a medo, embora confiante, na Peregrinação dos jovens Carmelitas. Não os conhecia e era isso que me assustava. Nos primeiros 100 metros eu caminhava como eles, era como eles, rezava como eles. Enfim, era peregrino.
O Ano de 2007 foi difícil para mim. Eu andava à procura. Buscava mais, algo mais, um não sei quê. Sei o que era mas tenho dificuldade em desenhá-lo num testemunho. Sei bem. Fez-me bem ir. Aconselho a todos que o façam. Se encontrarem um grupo fixe, não custa nada. Eu andava à procura de qualquer coisa. Eu sei que ela existe e por isso quero ir outra vez.
Peregrinei também em memória de meu pai, recentemente falecido. Aprendi com ele a caminhar na vida. Estimo muito a sua memória e por isso fez-me bem ouvir a sua voz e senti-lo caminhando comigo.
Peregrinei para encontrar-me e encontrei-me, mas não tanto quanto precisava. Irei outra vez. Mas não irei só.


JOSÉ HENRIQUES - 29 anos - Aveiro

terça-feira, 25 de março de 2008

Provincial dos Carmelitas Descalços

O Movimento Carmo Jovem felicita-o
O P. Pedro Lourenço Ferreira, foi reeleito para mais um triénio como Superior Provincial da Ordem dos Padres Carmelitas Descalços.

Que o Espírito Santo recai-a sobre ele e que ele se deixe abrir às exortações capitulares, que as encarne na sua vida, na vida das comunidades, fraternidades e grupos carmelitas.

Alegremo-nos, rezemos por ele e pelo bom andamento dos trabalhos do X Capítulo Provincial.

Continuemos a pedir e a confiar nas nossas orações o Capítulo Provincial para que tudo decorra da melhor forma para todos, e para bem da Ordem da Província Portuguesa de Nossa Senhora do Carmo.

X CAPÍTULO PROVINCIAL


A Província Portuguesa de Nossa Senhora do Carmo celebrará de 25 a 28 de Março de 2008 o seu X Capítulo Provincial. A reunião magna dos nossos irmãos Carmelitas Descalços acontece de três em três anos, com o objectivo de avaliar o percurso feito e definir novas prioridades do governo da Província eleito em cada encontro capitular.
Este acontecimento terá lugar no Centro de Espiritualidade S. Teresa de Jesus, em Avessadas, Marco de Canaveses, e congrega 15 dos 28 religiosos da Província.
A Província Portuguesa foi criada em 1981 e até ao momento quatro religiosos ocuparam o ofício de Provincial: Jeremias Vechina, Pedro Ferreira, Agostinho Leal e Alpoim Portugal. Confira em
http://carmelitas.pt

Durante esta semana pascal também o Movimento do Carmo Jovem é convidado a confiadamente ter presente nas suas orações as intenções da nossa Província religiosa. Entregamos os trabalhos capitulares ao olhar materno de Nossa Senhora do Carmo e pedimos-lhe que sob o abrigo da sua capa branca possam tomar-se as melhores resoluções.

Que o Espírito do Senhor Ressuscitado desça sobre o Capítulo Provincial e anime cada um dos religiosos capitulares, em benefício do bem de todos e da Santa Igreja.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Testemunhos II - Peregrinação a Fátima 2007

Estarei onde precisarem de mim!

Já não sou jovem. Mas gosto de ajudar como se ainda o fosse. Por isso quando os jovens do Carmo Jovem me pediram apoio eu fiquei lisongeado. Há uma faceta que marca a minha vida: ser prestável a quem precisa de mim. Foi isso que fiz, nada mais. Esse é o meu estilo.
Acompanhar os jovens Carmelitas a Fátima foi para mim muito agradável. Eu já tinha ido a Fátima três ou quatro vezes no apoio a peregrinos a pé. Por isso, me sensibilizei ainda mais, porque eram jovens e inexperientes, desconhecedores dos sacrifícios e das distâncias.
Outra coisa me surpreendeu: eram jovens de vários lugares do norte do País. Isso para mim foi inesperado. E mais me surpreendeu o entendimento entre eles, a maneira como obedeciam à voz de comando, sem que ninguém abafasse ninguém.
Gostei da organização. E gostei muito da maneira como foram recebidos aqui e além. Não eram conhecidos em lado nenhum, mas deram-se a conhecer e fizeram-se receber muito bem. Onde pernoitaram havia sempre almas boas a recebê-los! Isso tem muito mérito!
Gostei de os ver rezar. Eram simples e eu entrava nas orações deles. Aliás, foram cuidadosos: ofereceram-me o guião das orações e a faixa do Movimento. Guardei o guião para rezar em casa durante o ano e a faixa ainda a trago no carro. Eu rezei com eles e afligi-me por eles, como um pai. Consolei-os, animei-os, recolhi os mais cansados ou desesperados, ri com eles.
Quem vai ajudar peregrinos sofre muita solidão. É preciso servi-los e animá-los. Adiantamo-nos a eles, ficamos a vê-los a aparecer e desaparecer. As falas são curtas porque não os podemos empatar. E há sempre a preocupação de não estar a ajudar onde se é mais preciso. É por isso que é muito difícil apoiar os que vão a caminho. Mas a verdade é que foram eles quem mais me apoiou. Fui eu o mais beneficiado. Eu é que ganhei mais amizades, mais boas palavras e carinhos! Ó quantos amigos tenho eu mais!
Gostei tanto deles que na última noite dormi com eles no chão duma casa! Ó que noite bem dormida! Afinal eu era peregrino como eles, peregrino com, e precisava de me sentir em família, acolhido em família, eu, que durante o dia os servia e por isso os via tão pouco!
O lema da Peregrinação era parecido a «Ir para Maria». Ora foram eles que me ajudaram a ir para ela, a aproximar-me dela e de Jesus. Sinto-me mais da Igreja, mais amado e acarinhado. Isso conseguiram eles para mim.
No último dia toda a minha família caminhou com eles! Foi um dia lindo! O Santuário ainda estava longe, mas eles cantavam, eles riam, eles rezavam, eles levavam a minha família toda com e eles. E eu tenho que lhes agradecer isso, porque foi realmente muito bom!
No fim eu estava mais novo, eles mais amigos e eu mais confortado com a Igreja que é uma espécie de mãe para mim! Muito obrigado, pois, ao Carmo Jovem. Estarei onde precisarem de mim!

ANTÓNIO BRANCO - 60 anos - Gafanha da Nazaré

domingo, 23 de março de 2008

Aleluia! Aleluia!

«Uma vez que ressuscitastes com Cristo, aspirai as coisas do alto, onde Cristo Se encontra sentado à direita de Deus, afeiçoai-vos às coisas do alto, não às coisas da terra. Pois vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus». (Col 3, 1-3)
Olhemos para o nosso Rei, vitorioso!
Ressuscitou e esta connosco para Sempre!

Que este dia de Páscoa que começamos a saborear e que continuaremos a viver com grandiosa alegria, seja de verdade o começo duma vida nova, a única vida que é Vida.

Que o aceitemos e o acolhamos em nossas vidas!
A bênção de Jesus Cristo Ressuscitado desça sobre nós!
Aleluia! Aleluia!

terça-feira, 18 de março de 2008

Testemunhos I - Peregrinação a Fátima 2007

A Grande Carminhada

Durante os dias 28, 29, 30 de Abril e 1 de Maio de 2007, nós, Jovens Carmelitas, leigos em movimento, pusemos os pés ao caminho para mais uma Carminhada. Porém, logo à partida, esta não seria mais uma das Carminhadas que temos realizado, esta seria “A Grande Carminhada”, aquela que nos aproximaria de Maria… e nos levaria até Fátima.
Nunca tinha vivido algo assim... Uma nova experiência, que jamais se apagará da minha memória... Quatro longuíssimos dias de caminhada que deixaram feias e dolorosas marcas no corpo, mas a alma cheia de Fé e Esperança. Valeu a pena... sim, valeu muito a pena percorrer todos os metros deste caminho que nos levou até Maria.
Valeu a pena, porque a meu lado caminharam os meus amigos, aqueles que partilharam comigo outros inesquecíveis momentos e experiências, aqueles que me acolheram no movimento e fizeram “pingar” no meu coração a gotinha Carmelita, e ainda aqueles de quem pouco ou nada conhecia, que fui conhecendo e que quero continuar a conhecer. A todos e a cada um, obrigado por serem as pessoas que são, obrigado pela amizade, pelo carinho, pela ajuda e pela força. Obrigado por serem Jovens Carmelitas. Valeu a pena porque, como alguém disse, no caminho para Fátima vêem-se anjos que nos ajudam, nos apoiam, e nos dão força para continuar. Eu também os vi, mas não só vi anjos no caminho, vi e senti anjos que nos ampararam as costas, nos pegaram pela mão e nos guiaram até Maria. Sem esses anjos seria muito mais duro e difícil o nosso caminho. Foi difícil, doloroso… Houve altos e baixos… Sol e chuva… houve momentos em que estava-mos mais alegres, outras vezes, mais cabisbaixos e pensativos… Quase sempre cansados, mas cheios de vontade de continuar…
Durante estes quatro dias, senti como nunca, que Deus estava a meu lado, que caminhava connosco por montes e ribeiras, pontes e estradas, intermináveis rectas e florestas cheias de vida. Foi essa a minha maior alegria e o que melhor guardo: levar Deus às pessoas que passavam por nós e por quem nós passava-mos, às pessoas que amavelmente nos receberam em suas casas e nos deram alimento, nos locais onde pernoitamos e ainda e principalmente àqueles a quem passamos despercebidos.
É bom ser Jovem Carmelita.
Agora, nunca mais quero parar, quero caminhar com Deus, com esses anjos que estão ao fundo da recta e com os meus amigos, para levarmos a todos a mensagem que Ele existe, que está em cada um de nós e que caminha sempre ao nosso lado.
“O peregrino não muda a sua vida só no regresso, a mudança já começou no caminho”
Vale a pena ser Jovem Carmelita e levar sempre Jesus no coração!
Vale a pena Carminhar!
“ O Caminho, faz-se Carminhando… convosco e com Ele!”
TIAGO GONÇALVES - 19 Anos - Braga

segunda-feira, 17 de março de 2008

PEREGRINAÇÃO A PÉ FÁTIMA

[In obsequii Iesu Christi]
No seguimento de Jesus Cristo!

– 1 a 4 de Maio –
4 passos, 4 dias

4 dias a caminho
em busca do que levamos dentro.

4 dias jovens caminhando com Maria,
seguindo Jesus como discípulos
nas asas do Espírito Santo
ao encontro do Pai.

4 dias impelidos pelo brisa serena
que nos banha os côncavos da alma
e nos impele suavemente pelas costas.

4 dias de disponibilidade
para a fraternidade repartida como pão
e para a oração e acção de graças.

4 dias em que o caminho nos afasta do lar
e nos aproxima dos campos, das flores,
das aves, dos grilos, das sombras e dores.

4 dias em que os caminhos se estendem
e nos abraçam, os ribeiros nos cantam
e o imenso firmamento nos abençoa.

4 dias intensos, diferentes e radicais
que depois de chegarmos cansados
são de chorar (por mais).

4 dias diferentes,
de purificação dos pulmões, de renovação da mente e do coração.

4 dias de dores e de bolhas,
de amigos que animam e rezam por nós,
e de mãos que acariciam, cuidam e saram.

A tua família é maior que o teu sangue.
Mas até para os abraços e os beijos
tens de sair do conforto mirrado
e da estreiteza das tuas fronteiras.

Vem,
caminha connosco a pé,
na Peregrinação dos jovens carmelitas
a Fátima,
In obsequii Iesu Christi!
No seguimento de Jesus Cristo!


ASPECTOS A TER EM ATENÇÃO:
- Dá-se preferência aos peregrinos com idades entre os 21 e os 35 anos;
- Os participantes deverão levar saco-cama e haverá carrinhas para transportar as bagagens de cada um dos peregrinos, já que nem tudo é necessário para peregrinar;
- As inscrições poderão ser efectuadas até ao dia 12 de Abril;
- Custo de participação: 70,00 € (indicativo)
Informações adicionais poderão ser obtidas através do e-mail
carmojovem@gmail.com

Mandinga

Este texto serviu de motivação numa das pausas da Carminhada do passado sábado, em Caíde de Rei.

1. Era uma vez em que certa pessoa andava procurando o Senhor. Tinham-lhe falado de um convite que Ele a todos fazia para que entrassem no seu Reino onde, segundo se dizia, Ele tinha um lugar reservado para cada um dos seus amigos. E ele também tinha vontade de ser amigo do Senhor. E porque não? Não era verdade que outros o tinham conseguido? O que é que o impedia de conseguir ser dos amigos do Senhor?
Averiguando acerca do paradeiro, inteirou-se de que o Senhor tinha ido para o monte com uma machadinha na mão, com a intenção de tudo preparar para que seus amigos tivessem d'Ele tudo o que precisariam para a viagem. E partiu à sua procura. Os golpes duma machada guiaram-no até um matagal. Atravessou a clareira e meteu-se por entre rimas de canas e montículos de arbustros, procurando chegar ao lugar donde lhe vinham os golpes da machada. Os espinheiros agarravam-se-lhe à roupa e iam-no picando e as ramagens altas impediam-lhe a visão, mas como era decidido não conseguiram desanimá-lo.
Por fim chegou. E encontrou-se frente a frente com o próprio Senhor, o Nosso Senhor, que se ocupava em arranjar as cruzes para cada um dos seus amigos, visto que dentro em pouco partiria para Sua casa a fim de preparar o lugar para cada um deles.
— Que fazes?, perguntou o jovem ao Senhor.
— Preparo para cada um dos meus amigos a cruz que terão de carregar para me seguir e assim poderem entrar no meu Reino!
— E eu também posso ser um dos teus amigos?, perguntou-lhe o rapaz.
— Claro que sim!, respondeu-lhe Jesus. Eu estava mesmo à espera que me pedisses para ser meu amigo! Mas se queres ser meu amigo de verdade terás de pegar numa cruz e seguir os meus passos. Pois eu tenho que ir caminhando à frente para vos preparar um lugar.
— E qual é a minha cruz, Senhor?
— Esta mesma que acabei de fazer. Sabendo que vinhas e sabendo que os obstáculos não te deteriam pus-me a preparar-te esta com todo o cuidado e carinho por ti.

2. O rapaz viu a cruz e reparou que ela não estava lá muito bem acabada. Na realidade eram dois troncos cortados com a machadinha; dois tronco mal cortados e sem qualquer acabamento. As ramas dos troncos tinha sido cortadas de baixo para cima, pelo que ainda se podiam ver os restos mal cortados espreitando por todas as partes. Era uma cruz de madeira rija, bastante pesada, mas sobretudo muito mal acabada. Ao vê-la o jovem pensou que afinal o Senhor não se tinha esmerado muito na sua construção. Mas como tinha grande vontade em entrar no Reino decidiu carregá-la aos ombros, iniciando o longo caminho seguindo os passos do Mestre. Mal tinha carregado a cruz às costas apareceu Mandinga, o Diabo. Ele tem por costume aparecer nestas ocasiões. E naquela altura foi exactamente o que fez. Na verdade por onde anda Deus também se encontra o Diabo.
Foi pelas costas que o grito atingiu o jovem que já se tinha posto a caminhar:
— Ei, rapaz, esqueceste-te duma coisa!
Espantado por aquele grito, o rapaz olhou para trás e viu Mandinga muito comedido, que se aproximava sorridente com a machadinha na mão para lha entregar.
— Não é possível!, respondeu-lhe meio aborrecido o rapaz. Não é possível. Então, ainda tenho de levar a machadinha?
— Não sei, disse-lhe o Diabo fazendo-se de inocente. Mas parece que estou a ver que existe alguma conveniência em que a leves, pois podes precisar dela pelo caminho. Além disso, seria uma pena deixar aqui perdida uma machadinha tão bonita!
A proposta pareceu-lhe razoável. Enfim pareceu tão razoável que, sem pensar muito, pegou na machadinha e fez-se de novo ao caminho.

3. Duro caminho era aquele! Por várias razões. Primeiro, e sobretudo por causa da solidão. O rapaz julgara que faria a viagem em companhia do Mestre. Mas na verdade Ele tinha-se ido embora e apenas havia deixado as pegadas. O carregar a cruz de cada um tem muito a ver com a solidão, e por vezes a ausência do Mestre é o que mais dói na solidão, pois durante o caminho não se sente a Deus caminhando ao nosso lado. Parece até que Ele nos abandona.
O caminho era duro, ainda por outros motivos: A verdade é que não existia caminho. O mais que se via era pegadas, montanha acima montanha abaixo, por entre silvas e giesteiras e por entre tojos e carrasqueiras. Naquele duro Inverno fazia muito frio e a cruz era muito pesada. Sobretudo, era muito incómoda por estar mal acabada. Parecia que os ramos mal cortados se empenhavam em prender-se a tudo o que podia impedir de andar. E também se cravavam na sua carne, e isso tornava mais custosa a viagem para o Reino.
Certa noite, noite particularmente fria e cheia de solidão, o rapaz parou um pouco para descansar. Pousou a cruz no chão e rapidamente se apercebeu da utilidade da machadinha. (Talvez o Maligno, que o seguia disfarçado e às escondidas, tenha ajudado um pouco atirando-lhe com esta ideia através do brilho do ferro da machadinha...)
O certo é que, tal como pensou assim o fez!, pôs-se a arranjar a cruz. Descansadamente e com vagar foi tirando um a um todos os nós que o aleijavam. Primeiro cortou as ramas mal aparadas, que tantos incómodos lhe estavam a dar durante o caminho. E conseguiu assim duas coisas. Conseguiu melhorar o madeiro. E conseguiu juntar um montinho de lenha que parecia pedir-lhe que acendesse uma pequena fogueira para aquecer as suas mãos trémulas de frio.
Nessa noite dormiu tranquilamente. Na manhã seguinte reiniciou o caminho. E nas noites seguintes, noite após noite, a sua cruz foi melhorada, alindada, polida pelo trabalho que nela ia realizando. A verdade é que depois de nela se ocupar, melhorando-a, a cruz se tornava mais fácil de levar, e também conseguia ter lenha suficiente para a fogueirinha amiga de todas as noites. Quase, quase se sentiu agradecido a Mandinga que lhe tinha sugerido levar consigo a machadinha. Na realidade tinha sido uma boa ideia e uma grande sorte contar com aquele instrumento que lhe permitia trabalhar a sua cruz.

4. Estava muito satisfeito com o seu trabalho, e até sentia um orgulho especial na sua obra de arte!
A cruz tinha agora um trabalho razoável e um peso bem menor. Reparando bem, via-se nelae um trabalho cuidadoso que exigira algum aturado trabalho de mãos. À luz, bem polida, a cruz brilhava sob os raios de sol e já quase não lhe custava carregá-la aos ombros. Encurtando-a um pouco ela poderia finalmente ser levada apenas numa mão levantada (como se fosse um estandarte!) permitindo assim identificar-se diante dos outros homens como seguidor do Crucificado. E até — pensou — se lhe dessem tempo, conseguiria perfeiçoá-la de tal maneira que presa por uma voltinha a colocaria ao peito como um adorno, para alegria de Deus e testemunho perante os outros.

5. E alcançou a sua meta. Melhor, alcançou as suas metas. Pois, que, quando chegou às muralhas do Reino, deu-se conta que graças ao seu trabalho chegara descansado e até podia apresentar uma cruz muito bonita, o que certamente poderia ficar como recordação no Museu da Casa do Pai.
Porém, nem tudo foi assim tão simples. O certo é que a porta de entrada no Reino estava colocada bem no alto da muralha. Tratava-se duma porta estreita, aberta, parecida a uma janela, embora a uma altura impossível de atingir. Era preciso chamar. Chamou gritando, anunciando com voz forte a sua chegada. E, por fim, desde o alto apareceu o Senhor convidando-o a entrar.
— Mas, como, Senhor? Como posso entrar? Não posso, pois a porta está demasiado alta e eu não a consigo alcançar.
— Apoia a tua cruz contra a muralha e depois trepa por ela acima utilizando-a como escada, respondeu-Lhe Jesus. Pois foi de propósito que eu deixei os nós dos galhos para que eles te ajudassem a subir. Além disso, a cruz que te dei tem o tamanho certo para que possas chegar até à entrada.
Foi nesse momento que o jovem se deu conta de que realmente a cruz que tinha recebido tinha sentido e que o Senhor a tinha preparado bem e com todo o cuidado. Mas agora era demasiado tarde. A sua cruz pequenina, polida, brilhante, aperfeiçoada, parecia-lhe um boneco inútil. De facto era uma cruz lindíssima, mas não o ajudava a entrar no Reino.

6. Afinal, Mandinga tinha sido um mau conselheiro e um amigo ainda pior. O Senhor, porém, é bondoso e compassivo. Ele não conseguia ignorar a boa vontade do rapaz e a sua generosidade em O querer seguir. Deu-lhe por isso um conselho e uma nova oportunidade. E disse ao jovem:
— Volta para trás. Segue as tuas pegadas. Encontrarás seguramente no caminho alguém que já não pode mais e que se encontra caído debaixo do peso da cruz. Ajuda-o a trazer a cruz. Desta maneira conseguirás que ele percorra o seu caminho e chegue até aqui. Quando chegardes, ele te ajudará a entrares no meu Reino para poderes gozar do lugar que eu te preparei.

M.Menapace

domingo, 16 de março de 2008

Fotos - Carminhada - Caíde de Rei (Lousada) - 15 de Março






















Notas Finais... Carminhada - Caíde de Rei (Lousada) - 15 de Março

Os crentes
Coração que ama ainda que durma está vigilante. Foi assim que às 6h19 deste Sábado, dia 15, recebi uma mensagem dizendo que «aqui chove». Aqui era em Caíde. No meu aqui também chovia e eu também acordara com a chuva.
A chuva será a marca do dia. A carminhada de Caíde, a segunda que ali fazemos, esteve sempre com chuva ou no horizonte ou por cima de nós. Ao levantar-me espiei o horizonte e o céu de 600m2 que os vizinhos me deixaram livres e a alma alegrou-se-me com o sol luzente que se pressentia. Afinal vai estar bom, pensei.
Fiz-me à estrada, sozinho, cantando e louvando o Senhor porque tudo corria às mil maravilhas. Mas...
Mas em aproximando-me do norte a coisa mudava de figura. O sol perdia-se, desvanecia-se, não penetrava nas nuvens escuras e densas como chumbo denso. Cheguei ao Porto e a chuva era intensa. Parei. Parei 40 minutos. Parei, mas não a chuva.
Em Caíde andava tudo numa fona, a pôr a terra linda para os estrangeiros. E seriam muitos! Em Caíde de Rei não chovia e dali me reclamavam, mas eu pensei que seria uma questão de minutos até a poeira assentar. E, por fim, também ali começou a chover e o pessoal recolheu-se na Igreja de São Pedro. Não, qual quê! Nã, senhora! Em Caíde não havia desanimados, mas crentes. Afinal o padroeiro é São Pedro, o dono das chaves. E eles sabem bem que o Santo tem muitas obrigações e uma delas — digamo-lo assim — é mandar chuva, que os lavradores bem precisam dela. E ele mandou. Abriu generosamente as torneiras do céu e choveu regularmente naquele início de manhã invernosa.

Um dom
A receber-nos estava o Pároco de São Pedro, Padre Fernando Carvalho, que se encontra a celebrar os vinte e cinco anos de paroquialidade e os oitenta e um de vida! Haja alegria e Deus seja louvado na vida do seu servo.
Creio existir nos velhos um dom que só a idade permite revelar. Vejo-o bem no Padre Fernando Carvalho, que conheço há talvez 10 anos. E o dom é este: os velhos que Deus amadura (e se deixam amadurar nas mãos de Deus) acreditam nos jovens! Eu sinto-o nele e por ele alargo-o aos outros. Quando cheguei à sacristia saudou-me tão feliz que para cumprir todo o preceito só faltou contar-me a última anedota do cardápio (não houve tempo!), pois sempre tem uma nova para me contar!
— Olhe, ainda dizem que não há fé, ciciou-me. Claro que há! É cedo, está a chover e estão ali os jovens da Paróquia. Há coisas assim. Veja como cantam! E isto é só o ensaio. Claro que há fé, há muita fé nos jovens e quando assim é o mundo está salvo. Estou contente por os ver assim, animados, preocupados, com vontade de carminhar. Isto é a casa deles, é o mundo deles. Estamos aqui para eles.
A mim restava-me ouvir e agradecer e foi o que fiz, intimamente.
— Então vão caminhar, não vão?
(A pergunta talvez fosse desafio, talvez uma pontinha de inveja, ou até censura...) Acabei respondendo que o tempo não é coisa que se desafie, que seria o que Deus quisesse. Mas para além de caminhar caminhos e palmilhar quilómetros há uma carminhada interior a fazer, bem maior que a outra, atirei-lhe.
Não houve tempo para resposta, porque, entretanto, chegara a embaixada da Figueira da Foz formada por um autocarro, duas carrinhas e dois carros. Havia que recebê-los e não havia como inventar. E como só num sítio não chovia entramos todos para a Igreja de São Pedro.
Falta dizer que o lema da carminhada era Sigamos o Rei. Ora, apesar da decepção da chuva, a ideia mais positiva era segui-l’O onde e como Ele quisesse ser seguido. Assim seria. Assim se faria.
Também falta dizer que existe um Plano B pensado para estas situações. É um plano inclinado para o interior, que não dá para muito tempo. Dá, porém, para muito mais que o simples entreter e ninguém poderá dizer que não se carminhando fisicamente se cai no vazio.

O Plano B
Foi assim que passámos à execução do Plano B. A saudação foi mais calorosa e espaçada, a oração da manhã mais mastigada e saboreada. Foi tudo mais. Até o Plano B, que não se dirá aqui todo entrou neste mais! Depois das saudações e das oportunas instruções do Speaker que foi pondo água da chuva fria na fervura, falou o Padre Carvalho. Não, não, dizia ele! Eu não concordo nada com o Speaker Ricardo! Se a chuva cair todo o dia haverá carminhada na mesma! Porque há uma carminhada interior a fazer e ninguém pode dispensar-se dela!
A assembleia que lotava a Igreja Paroquial bateu palmas. Tenho para mim que não perceberam todas as palavras, pois o que eles querem é comer caminhos! E a coisa ficou por ali. Lá fora a chuva caía, cá dentro saía de cena quem não era de cena e pusemos a rolar a fita do Plano B. Havia silêncio.
Cá atrás, bem atrás da cortina, estava eu junto ao Sacrário. Ali está o Rei. Que seria que Ele queria? Iria parar a chuva? Qual seria a alternativa? Como refazer o programa sem defraudar?
Terminada a fita terminara o plano. E o tempo seguia concentrado e amorrinhado. Só havia uma solução: libertar a multidão, dar um tempo para desopilar, cheirar o tempo, e decidir.
Durante o intervalo reuniu-se o Estado Maior da coisa e tomou-se uma decisão prudente: caminharíamos dois quilómetros e depois se veria. Não havia seguranças de nada, só esperança e vontade de caminhar. No fim dos dois quilómetros haveria um abrigo onde caberíamos todos, se necessário.

A sorte protege os audazes
Não foi necessário. A sorte protege os audazes (e não desampara os prudentes). Ao chegarmos à linha do combóio não nos refugiamos na protecção do cais da estação, mas decidimos avançar, cruzar a linha, fazermo-nos ao monte como as cabras. Iria ser um monte duro de roer. Lá em cima, no meio da subida, havia outro refúgio preparado para as eventualidades. A Maria da Luz e a Fernanda, irmãs que noutros tempos carminharam andanças como estas, abriram-nos a casa para o necessário. E foi assim que em vez de dois quilómetros fizemos quatro, sendo que os segundos dois foram sempre a subir, até à Fonte Santa, que fica no coração dum monte. Da fonte não vimos nada e de santidade também não. Mas rezam as crónicas que aquelas eram águas boas e sadias, que calmavam sedes, tonificavam e devolviam forças e saúdes. Deve ser verdade, até porque o povo do lugar lamenta as ervas bravias que não deixam ver a água nem chegar-se a ela. Mas ninguém as limpa!
Foi ali à sombra da fonte que aproveitando uma suada pausa nos dispusemos para a oração. O carminho tem destas coisas, não se exercitam só os músculos e os pulmões, também o coração e a alma. Em redor havia tojo arnês, o mais maldoso de todos os tojos. Por isso, ficamos dispostos e quietos numa clareira que parecia propositada. Quem inesperadamente nos visse diria que éramos um rebanho em descanso sereno, ora alinhado ora agrupado por famílias, quer dizer por grupos de origem e afinidade.
Terminada a oração devolvemos pés ao caminho e cruzamos de novo uma floresta de eucaliptos que exalavam aquele cheiro característico que ao entrar nos pulmões os purifica. Chegávamos de novo a casa da Fernanda e da Maria da Luz. E era hora de comer. Por isso, ala a estender mantas pelo empedrado do caminho ou em volta da fonte ou a aproveitar a garagem da casa e as mesas generosamente ali dispostas com toalha e tudo! (Creio que não esperavam tantos convivas, mas ainda assim a delicadeza do gesto foi marcante!

Sem medo
Depois dum repasto repousado sob cerejeiras a despontar e com uma aldeia em fundo, preparávamos as pernas para andar quando nos vieram dizer que uma nuvem anunciava chuva. E era verdade. Recolhemo-nos todos na garagem e como não se pode estar sem fazer nada toca a rezar. Rezamos uma dezena, a prometida, e finda esta voltamos de novo ao caminho que por ser a descer se fez mais rápido, até porque para baixo ajudam todos os santos e o vento também. Não fazia frio, não fazia calor. O grupo Sementinhas conduzia o rebanho e livrava-nos dos carros. As estradas eram secundárias e municipais, mas o povo tem de fazer a vida e claro foi para os carros que as estradas fizeram. Mas nós éramos tantos...
Agora que penso nisto, três coisas me prenderam a atenção neste carminhar pós-prandial.
Um: os jovens já não dizem caminhada, dizem carminhada. Já não dizem padre, mas frei. Há palavras que vão passando, interrogações que vão germinando e rebentam quando rebentam. Agora sabem que existem paróquias e conventos e ordens religiosas. Não é muito nem é tudo, mas já é alguma coisa porque eles sabem que há algo mais ao nível da experiência da fé para além do que se costuma viver e celebrar.
Dois: A carminhada da tarde foi bastante longa e dura: ora descíamos muito, ora subíamos muito. Assim se cumpria o que estava escrito no texto de lançamento da carminhada — Sigamos o Rei — e que se pode confrontar no que segue:

Sigamos o Rei!
Desçamos ao vinco dos vales, bebamos fontes.
Sigamos atrás de muito mais que a fantasia:
subamos promontórios e montes,
subamos com amor e com alegria.

Sigamos o Rei antes que morra!
Sigamo-l’O. A viva água
serena desça dos olhos ao coração
e banhe em nós os rios imensos de mágoa
e banhe em nós os cofres de solidão.

Sigamos o Rei depois da cruz!
Sigamo-l’O a vida inteira
aonde quer que Ele vá.
Sigamo-l’O como a vez primeira,
Sigamo-l’O ontem, hoje e amanhã.


E assim foi, de facto. Descemos e subimos várias vezes, porque várias vezes se acercou e outras tantas de nós se afastou o horizonte. Mas o que mais me espantou foi que, para além de jamais o cajado ser ultrapassado (uma das regras das carminhadas), no pelotão da frente iam os miúdos do 6º Ano da catequese de Caíde de Rei e a Catequista logo atrás. Eram miúdos de 11 e 12 anos, muito rijos, muito certinhos e direitinhos. Estou certo que lhes fez muito bem a carminhada e a mim fez-me muito bem vê-los a carminhar em grupo, solidários com a Catequista e connosco. Estou como o Padre Carvalho: «Claro que ainda há fé, então não se vê?»
Em terceiro lugar apreciei muito o trabalho dos Sementinhas sempre preocupados connosco, atentos aos cruzamentos perigosos, às curvas e ao trânsito, ao vento e ao sol, à sede e aos pesos. Gostei e é sinal que quando mais carminhamos mais aprendemos que o mais importante é chegarmos todos bem ao fim. O bem de um é o de todos. Aqui o elogio vai também para os carros-vassoura, que, como é habitual, estiveram à altura da função e da dignidade do pelotão.


Mandinga
E depois desta parte encomiástica que aqui só fica por dever de ofício e para representar o quanto foi dura e longa a carminhada da tarde, fale-se agora da pausa merecida ao cimo da terrível encosta da Subida do Crasto.
Antes de re-entrarmos na aldeia impunha-se uma pausa e um descanso para não chegarmos a casa esbaforidos e a cuspir os bofes. Foi o que fizemos. Depois da encosta do Crasto repousamos e retemperamos as forças sobre um generoso tapete fofo de relva macia. Mas não foi descansar por descansar. Aproveitando o reagrupar dos grupos lemos o conto Mandinga que se publicará noutro lugar e que fala do seguimento do Senhor até ao seu Reino. Depois de lido e brevemente comentado escutámos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, segundo São Mateus. Desamparados de tudo e de todos os apegos e só com ramos de oliveira nas mãos, em silêncio e recolhimento escutámos o Evangelho. Acto seguido retomamos o caminho em silêncio. Caminhamos assim durante 15 minutos, entrando e cruzando parte da aldeia até, sossegados, nos determos aos pés do altar da Igreja Paroquial onde rezamos a oração da tarde. Restavam escassos 25 minutos para ultimar a Eucaristia, afinar vozes, gargantas, violas e dedos. Refrescar as têmporas, bebericar um gole d’água, ajustar um ramo ou uma túnica.

A Eucaristia
A Eucaristia foi iniciada com uma bela procissão com ramos de palmeira nas mãos que seguiam a bela Cruz Paroquial. Depois de benzidos os ramos saudamos longamente a Cristo que mansamente entrava na Jerusalém dos nossos corações. Logo após escutamos a Palavra de Deus, particularmente a longa Narração da Paixão do Senhor. Não menos longa foi a homilia do Frei João. Ao longo do dia tínhamos sido vastamente catequizados, pois Deus falara abundantemente e de muitas maneiras, mas connosco estava reunida a comunidade de Caíde de Rei. A estes nossos irmãos (e também a nós) o Frei João procurou despertar para a alegria de acompanhar o Rei até ao fim sem jamais nos determos, sem jamais adormecermos. Oportunas palavras! Porque se é verdade que os primeiros discípulos cederam à doce tentação do cansaço, também não é menos verdade que hoje, muitas vezes, frequentemente, nos embrulhamos nas asas do sono e O deixamos ir só. E Ele vai. E se acaso, vai só.
— Já é hora de acordar! Não é hora de dormir! Acordemos!, concluía a homilia.
Houve ainda tempo para rezarmos pelos pais (este ano a Festa de S. José foi antecipada para o dia 15!) e de saudarmos o Padre Fernando Carvalho. O Movimento do Carmo Jovem, pelas mãos e coração da Verónica Parente, que ali se deslocou de Viana do Castelo, apesar dum pé partido, saudou o venerando sacerdote depondo nas mãos do seu conselheiro Agostinho Martins uma pequenina cruz de prata. Uma coisa nos atrai neste sacerdote que se encontra em jubileu: a maneira como acolhe os jovens, a maneira como sempre abraça o Carmo Jovem, a maneira como nos anima a carminhar, a maneira como nos abre as portas e as deixa abertas até nos pedir que as fechemos nós. (As correntes de ar constipam em todos os lados!)
Terminamos a Eucaristia era já quase noite. Faltava recolher tudo, que nisto procuramos ser exímios: deixar os locais por onde passamos ou repousamos melhor que quando os encontramos. Satisfeita a premissa perdera-se um telemóvel importante. Mas como quem anda com Deus até o vento lhe junta a lenha, logo apareceu sem se rezar o responso a S. António.
Mordidas as últimas sandes e porque já as galinhas descansavam no poleiro, foi hora de regressar: uns para Avessadas, outros para Braga; uns para Caíde, outros para Nespereira; uns para Aveiro, outros para a Guarda; outros para Viana; e outros muitos para Alhadas, Esperança, Maiorca, Moinhos da Gândara e Santo Amaro, que são freguesias e comunidades da Figueira da Foz.
Quando entrava no carro de regresso, o S. Pedro piscou-me o olho desde o cimo do pórtico principal da Igreja Paroquial. Julgo que não me enganei, e o Santo lá sabe. A missão fora cumprida, com um bom sentido de dever e de amor.
E é isto que o escriba escreve. E o escriba escreve o que viu e noutros casos julgou ouver. Aqui não se diz tudo e até bastaria bem menos. Outros escreveriam outro tanto e até mais e melhor. Ficará para a próxima.
Resta dizer que nesta carminhada estreámos a Gotinha das Carminhadas: é a Gotinha do Movimento com dois pés dentro da gota dispostos a subir o monte.

E de alguma maneira nos podemos apropriar também de um novo lema que o Padre Carvalho nos entregou ao saudar-nos: Deixai-me ir que o mundo vai sorrir ao ver-me passar!
E por fim se deve dizer, porque das outras vezes também foi dito: éramos mais de 200 jovens a carminhar em terras do Rei! Aqui o escriba não teme errar e funda-se em factos.
Que o Senhor nos continue a animar a segui-l’O por mais duzentas carminhadas, mesmo que elas só tenham quatro ou cinco carminheiros!
Páscoa feliz para todos.
Que sempre sigamos o Rei. Amen.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Dia da Juventude em Caíde


Felizmente para muitos, se não para todos a chuva veio visitar-nos. Se viesse de noite e mansinha nem davamos conta, mas como veio de dia...
O Carmo Jovem deseja a todos uma boa semana com chuva ou sem ela. E estamos aqui para dizer que tudo está preparado e mobilizado para no próximo Sábado, dia 15 de Março, nos encontrarmos em Caíde de Rei, Lousada, para celebrarmos essa jornada jovem em comunhão como Papa e todos os jovens!
Que ninguém desanime! Tudo está previsto e preparado. E em Caíde quem manda é o S. Pedro, que é o padroeiro!
Bom dia, boa semana!

domingo, 9 de março de 2008

Carminhada - Caíde de Rei (Lousada) - 15 de Março

Como chegar a Caíde de Rei (Lousada)
VINDOS DO PORTO
Auto-estrada A4 Porto – Vila Real durante cerca de 40 km -- saída 14 em direcção a Marco de Canaveses / A11 Felgueiras -- seguir pela A11 durante 1,5 km -- sair na 1ª saída – Caíde de Rei -- Portagem -- Rotunda a 50 mt e virar na terceira saída -- Seguir até a uma rotunda a 400 mt e virar na 1.º saída -- seguir em frente até a rotunda a 700 mt e virar na 1.º saída a 100 mt, virar a esquerda Largo da Igreja de Caíde de Rei (Junta de Freguesia)

VINDOS DE BRAGA / VIANA DO CASTELO
Auto-estrada A11 Braga – Felgueiras / Lousada / A11 durante cerca de 40 km -- sair na 1ª saída – Caíde de Rei -- Portagem -- Rotunda a 50 mt e virar na terceira saída -- Seguir até a uma rotunda a 400 mt e virar na 1.º saída -- seguir em frente até a rotunda a 700 mt e virar na 1.º saída a 100 mt, virar a esquerda Largo da Igreja de Caíde de Rei (Junta de Freguesia)

COMBOIO
Existe também como alternativa, o comboio, sendo Caíde de Rei uma estação da Linha do Douro (Porto – Marco de Canavezes / Régua) (consultar os horários disponibilizados pela CP) – caso seja necessário, é facultado transporte gratuito até ao local de concentração (2 km da estação ferroviária)

quarta-feira, 5 de março de 2008

Carminhada - Caíde de Rei (Lousada) - 15 de Março

SIGAMOS O REI!
O Papa e os jovens carmelitas carminham em Caíde de Rei
No Dia Mundial da Juventude e na celebração da Paixão do Senhor



Sigamos o Rei!
Desçamos ao vinco dos vales, bebamos fontes.
Sigamos atrás de muito mais que a fantasia:
subamos promontórios e montes,
subamos com amor e com alegria.

Sigamos o Rei antes que morra!
Sigamo-l’O. A viva água
serena desça dos olhos ao coração
e banhe em nós os rios imensos de mágoa
e banhe em nós os cofres de solidão.

Sigamos o Rei depois da cruz!
Sigamo-l’O. A vida inteira
aonde quer que Ele vá.
Sigamo-l’O como a vez primeira,
Sigamo-l’O ontem, hoje e amanhã.

Aspectos a ter em atenção:
- As carminhadas são abertas a todos os jovens;
- Início às 9h00, na Igreja Paroquial de Caíde de Rei (Lousada);
- A carminhada tem 12 km;
- Eucaristia às 17h00 no Auditório do Centro Paroquial de Caíde de Rei;
- A carminhada termina após a Eucaristia;
- O almoço será partilhado, devendo cada participante levar de casa. Levar uma manta para colocar no chão;
- Procura levar calçado confortável e já usado; roupa conveniente (um impermeável…);
- Haverá um carro vassoura (podem lá deixar ficar as mochilas com a comida), mas a maior honra dos condutores de carros vassoura é chegar ao fim vazios;
- Carminha ligeiro de equipagem;
- Nem tudo é necessário para carminhar…;
- Quem participou já em outras Carminhadas já tem a faixa “JOVENS LEIGOS CARMELITAS”. Devem levá-la.

CONFIRMAÇÃO
A confirmação de participação na Carminhada deverá ser efectuada até ao dia 10 de Março para:
Carmo Jovem
carmojovem@gmail.com