domingo, 28 de fevereiro de 2010

Viagem Apostólica Bento XVI a Portugal

.
. CONTIGO CAMINHAMOS NA ESPERANÇA
. SABEDORIA E MISSÃO .

. O cartaz, o tema e o logótipo da viagem do Papa Bento XVI a Portugal, que decorre de 11 a 14 de Maio

.LISBOA, FÁTIMA, PORTO - 11 · 14 MAIO

LISBOA, DIA 11

. 11:00 CHEGADA AO AEROPORTO

. 18:15 EUCARISTIA PRAÇA DO COMÉRCIO

DIA 12

. 10:00 ENCONTRO / CULTURA CENTRO CULTURAL DE BELÉM

FÁTIMA, DIA 12

. 18:00 VÉSPERAS / ANO SACERDOTAL IGREJA DA SANTÍSSIMA TRINDADE

.DIA 13

. 10:00 EUCARISTIA SANTUÁRIO DE FÁTIMA

. 17:00 ENCONTRO / PASTORAL SOCIAL IGREJA DA SANTÍSSIMA TRINDADE

.PORTO, DIA 14

. 10:15 EUCARISTIA AVENIDA DOS ALIADOS

. 13:30 DESPEDIDA NO AEROPORTO

MAIS INFORMAÇÕES: http://www.bentoxviportugal.pt/

sábado, 27 de fevereiro de 2010

SANTO ANTÓNIO

SANTO ANTÓNIO (de Lisboa)
[1195-1231]
Padre António de Lisboa, entre nós conhecido por Santo António, nasceu em 1195, em Lisboa. Filho da fidalga D. Teresa Tavera e de Martins de Bulhões, recebeu no batismo o nome de Fernando Martins de Bulhões. Viviam em casa própria no bairro da Sé. Fernando frequentou a escola da Sé e até aos 15 anos viveu com os pais e com uma irmã de nome Maria. Aos 20 anos professou nos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho em Lisboa, no Mosteiro de São Vicente de Fora. Nesta ordem monástica prosseguirá os seus estudos teológicos. Rumou a Coimbra ao mosteiro de Santa Cruz, onde tinha à sua disposição a melhor biblioteca monacal do País. Segundo os seus biógrafos, Santo António terá lido muito, e não foi por acaso que se tornaria pregador. O mundo cristão vivia intensamente a época das Cruzadas. A chamada «guerra santa» desencadeada contra o Islão. De Oriente a Ocidente os exércitos batalham, e neste turbilhão surgem novas formas de espiritualidade. Em 1209 Francisco de Assis (S. Francisco) abandona o conforto e luxo da casa paterna, para, com outros companheiros, se recolher numa pequena comunidade, dando origem a uma nova reflexão sobre a vivência do Evangelho. É a aproximação à Natureza, à vida simples e à redescoberta da dignidade da pobreza preconizada pelos primeiros cristãos. Em Janeiro de 1220 são degolados em Marrocos, pelos muçulmanos, cindo frades menores (franciscanos) e todo o mundo cristão sofre um enorme abalado. Por cá o nosso futuro Santo António, já ordenado padre, decide mudar de Ordem religiosa e também ele passa a envergar o hábito dos franciscanos. É nesta ocasião que muda o nome de baptismo de Fernando para António e vai viver com outros frades no ermitério de Santo Antão (ou António) dos Olivais. Em meados de 1220 chegam, com grande pompa religiosa, ao convento de Santa Cruz de Coimbra, as relíquias dos mártires de Marrocos e esse acontecimento vai ser decisivo no rumo da vida de Santo António. Parte para Marrocos, sentindo também ele que é chamado a participar na conversão dos chamados infiéis. Porém adoece gravemente e não podendo cumprir aquilo a que se propunha, teve de embarcar de regresso a Lisboa. Só que o barco é apanhado numa tempestade e o Santo vê o seu itinerário alterado ao sabor de uma vontade superior. Acaba por aportar à Sicília num período de grandes conflitos armados nessa região. Em Maio de 1221 os franciscanos vão reunir-se no chamado Capítulo Geral da Ordem, onde Santo António está presente. Findo aquele período de reflexão, como que um noviciado, os frades franciscanos são chamados à cidade de Forlì para serem ordenados e Santo António é escolhido para fazer a conferência espiritual. E começa a falar. Ninguém até ali percebera até que ponto ele era conhecedor das Escrituras e como a sua fé e os seus dotes oratórios eram invulgares. Pelo que se sabe quando começou a falar imediatamente cativou os outros frades e a sua vida seria a partir daquele dia de pregador da palavra de Cristo. Percorrerá diversas regiões da actual Itália, entre 1223 e 1225. Quando S. Francisco morre, em 1226, Santo António vai viver para Pádua. Aqui vai começar por fazer sermões dominicais, mas as suas palavras tão cheias de alegorias eram de tal modo acessíveis ao povo, que passam palavra e cada vez mais se junta gente nas igrejas para o ouvir. Da igreja passa para os adros para conter as multidões que não param de engrossar. Dos adros passa a falar em campo aberto e é escutado por mais de 30 mil pessoas. Sentindo-se doente, o santo pediu que o levassem para Pádua onde queria morrer, mas foi na trajectória, num pequeno convento de Clarissas, em Arcela, que Santo António «emigrou felizmente para as mansões dos espíritos celestes». Era o dia 13 de Junho de 1231. Foi canonizado, em 1232, ainda se não completara um ano sobre a sua morte. Caso único na história da Igreja Católica, já que nem São Francisco de Assis teve tal privilégio. O seu sumptuoso sepulcro, em mármore verde em Pádua, na igreja de Santo António é o tributo do povo que o amou e é muito mais do que um lugar de peregrinação e de oração. Através dos séculos, a sua fama espalhou-se por todos os continentes. No dia 13 de Junho de cada ano, Lisboa e Pádua comemoram igualmente a passagem por este mundo de um português que pregou a fé e morreu em Pádua. Como todos os santos é universal.
[Filipe Madureira - Avessadas]

II Domingo da Quaresma

.
A Quaresma convida-nos
a «estacar» tendas no Senhor,
a escutar o Seu Filho muito amado,
mas não a lá ficar para sempre...
Parados conseguimos escutá-Lo,
descendo do monte conseguimos
nos carminhos anuncia-Lo!
.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

IV ENTREFITAS

- DÚVIDA-

“Ele veio a ti para poderes ir a Ele.”

Padre António de Lisboa (1195-1231)

Não duvides, VEM!

SÁB’27 FEVEREIRO - 20h30 - Viana do Castelo

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

IV ENTREFITAS

- DÚVIDA -

“Ele veio a ti para poderes ir a Ele.”

Padre António de Lisboa (1195-1231)

Se tens DÚVIDA, aparece!

SÁB’27 FEVEREIRO - 20h30 - Viana do Castelo

I Noite Escura

poema: José Rui Teixeira

ilustração: Susana Pinto

Abbé Pierre (1912 – 2007)

«Viver é aprender a amar.»

I Noite Escura - sessão de poesia

13 de Março - Viana do Castelo

Com a presença do poeta José Rui Teixeira

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

IV ENTREFITAS

- DÚVIDA -

Baseado numa peça premiada com o prémio Pulitzer e quatro Tonys, adaptada para o cinema e dirigida pelo seu próprio autor, John Patrick Shanley, o filme “DÚVIDA” foi considerado pela crítica como um dos melhores do ano de 2009. Vencedor de um troféu do Sindicato dos Actores dos EUA através da representação de Meryl Streep e também nomeado, em 2009, para cinco Óscares da academia nas categorias de melhor actriz, com a interpretação da mesma Meryl Streep; melhor actor secundário, pela prestação de Philip Seymour Hoffman; melhor actriz secundária, através das prestações de Amy Adams e Viola Davis; e ainda melhor argumento adaptado para o próprio John Patrick Shanley; este é um filme a não perder, repleto de interpretações inesquecíveis. A dúvida do título, acompanha o nosso estado de espírito ao longo de todo o filme e é também esse, o sentimento final, que o filme desperta.

“Ele veio a ti para poderes ir a Ele.”

Padre António de Lisboa (1195-1231)

Se duvidas (?), APARECE!

SÁB’27 FEVEREIRO - 20h30 - Viana do Castelo

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Gotinha do Carmo Jovem!

.

. O pin, a gotinha do Carmo Jovem fica bem em todas as idades!

Maria Puga Araújo, filha do jovem casal,

Carlos Araújo (Caló) e Sameiro Puga com 1 ano e 2 meses..

IV ENTREFITAS

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Profissão Solene do Frei João Rego do Menino Jesus

.
.
«Quem de verdade
começa a servir ao Senhor,
o menos que Lhe pode oferecer é a vida»
[Santa Teresa de Jesus (C12,2)]
.
.
. Hoje dia 20 de Fevereiro, em que a Igreja celebra os Bem-aventurados Francisco Marto e Jacinta Marto, videntes de Fátima, que os familiares e amigos em alegria e com espírito de oração, compartilharam com Frei João Rego do Menino Jesus a sua entrega total, na Igreja Stella Maris no Porto. Frei João Rego do Menino Jesus, professou solenemente nas mãos do Padre Provincial Frei Pedro Ferreira.
Estamos certos que a nossa Província ficou mais engrandecida com o dom deste nosso jovem irmão.
Nós jovens carmelitas, o acompanharemos com a nossa oração e fraterna amizade desejando que o Espírito Santo o abençoe e o fortaleça em cada novo dia, para que ele esteja sempre ao serviço do Reino.
.
Parabens Frei João Rego do Menino Jesus.
.

I Domingo da Quaresma

.

.

Senhor

Senhor sempre te adiei
Embora soubesse que me vias
Quis ver o mundo em si e não em ti
E embora nunca te negasse te apartei.
[Sophia de Mello Breyner Andresen, 1987]
.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

IV ENTREFITAS

O ano é 1964 e o cenário é a escola St. Nicholas, no bairro nova-iorquino do Bronx. O vibrante e carismático padre Flynn (Philip Seymour Hoffman), tem tentado acabar com os rígidos costumes da escola, que há muito são guardados e seguidos ferozmente pela irmã Aloysius Beauvier (Meryl Streep), a directora com mãos de aço que acredita no poder do medo e da disciplina. Os ventos das mudanças políticas sopram pela comunidade e, de facto, a escola acaba de aceitar seu primeiro aluno negro, Donald Miller. Mas quando a irmã James (Amy Adams), uma freira inocente e esperançosa conta à irmã Aloysius sobre a sua suspeita, induzida pela culpa, de que o padre Flynn dá atenção exagerada a Donald, a irmã Aloysius vê-se motivada a empreender uma cruzada para descobrir a verdade e banir o padre da escola. Agora, sem nenhuma prova ou evidência, excepto a sua certeza moral, a irmã Aloysius trava uma batalha de determinação com o padre Flynn, uma batalha que ameaça dividir a Igreja e a escola com consequências devastadoras.

Se tens DÚVIDA, aparece!

SÁB’27 FEVEREIRO - Viana do Castelo

Quaresma 2010

.

.
Que este tempo que inicia permita que a vida ressoe em nós e encha o âmago da nossa alma enamorada de uma forma mansa, humilde e paciente! E, tal como nos deixou escrito São João da Cruz no capítulo 26, da Subida ao Monte Carmelo: «Tratando-se de pura contemplação, a alma vê claramente que é impossível dizer alguma coisa».
.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O nosso pastor por um dia

.
.
P. Luís Francisco Cordeiro Marques
. O padre Luís Francisco Cordeiro Marques, foi o pastor do Carmo Jovem por um dia. No dia 13 de Fevereiro estivemos em Cantanhede na XIII Carminhada.
.
Luís Francisco Cordeiro Marques, nasceu em Coimbra e viveu até aos doze anos em São Pedro D’Alva. Durante os seus anos escolares passou pela Figueira da Foz, Aveiro e Leiria. Frequentou o Seminário de Coimbra durante seis anos e em 2003 terminou sua Licenciatura de Teologia na Universidade Católica de Lisboa.
. Em 2003 passou a estagiário Acolito instituído e fez parte de uma equipa de Padres de 13 paróquias do Sul da cidade de Coimbra. Foi ordenado Diácono em Dezembro de 2003, e sacerdote em Junho de 2004.
. Nesse mesmo ano assumiu as Paróquias de Antanhol, Cernache, Assafarge e Almalaguês.
. Em 2005 acumulou São Martinho do Bispo onde residia e permaneceu até ao Verão de 2009. Em Outubro de 2009 foi nomeado Pároco de Cantanhede.
. Neste momento frequenta o Mestrado de Sociologia na Universidade de Coimbra.
.
[Cecília João Oliveira - Cantanhede]
.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

viagem no deserto

abre-nos, Deus, a porta

através das águas

para a grande viagem no deserto:

o combate com a morte no campo da vida,

a travessia dos limites, a nebulosa dos olhos

não se ensurdeça o nosso coração

porque a luta noctuma com o teu Nome

nos deixou no corpo marcas

dá-nos a graça de atravessar o riacho da vida

mesmo coxeando;

que caminhemos com a ligeireza

e a elegância do animal

que busca o esplendor do verdadeiro

nas coisas provisórias

e que desse combate com as imagens

nos aproximemos do horizonte da tua casa

donde vejamos as sementes do amor cobrindo a eira,

Deus que ligas o céu e a terra no teu Filho Jesus


e no Espírito

José Augusto Mourão In O Nome e a Forma, ed. Pedra Angular Fotografia: Patrizio del Duca/Grand Tour/Corbis

retirado de SNPC

IV ENTREFITAS

-"DÚVIDA"-
("Doubt")
2008
Um filme de John Patrick Shanley,
Com paticipação de Meryl Streep, Philip Seymour Hoffman, Amy Adams e Viola Davis, entre outros.
SÁB'27 FEVEREIRO - Viana do Castelo

Somos Pó

.

. Esta nossa chamada vida, não é mais do que um círculo que fazemos de pó a pó: do pó que fomos ao pó que havemos de ser. Uns fazem o círculo maior, outros menor, outros mais pequeno, outros mínimo: De utero translatus ad tumulum: Mas ou o caminho seja largo, ou breve, ou brevíssimo; como é círculo de pó a pó sempre e em qualquer parte da vida somos pó. Quem vai circularmente de um ponto para o mesmo ponto, quanto mais se aparta dele, tanto mais se chega para ele: e quem, quanto mais se aparta, mais se chega, não se aparta. O pó que foi nosso princípio, esse mesmo e não outro é o nosso fim, e porque caminhamos circularmente deste pó para este pó, quanto mais parece que nos apartamos dele, tanto mais nos chegamos para ele: o passo que nos aparta, esse mesmo nos chega; o dia que faz a vida, esse mesmo a desfaz; e como esta roda que anda e desanda juntamente, sempre nos vai moendo, sempre somos pó.

.
-. [Padre António Vieira, in "Sermões"]
.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

No meu coração vai um grande sentimento de gratidão.

.

.

Olá a todos!!!

É complicado começar um texto quando no meu coração vai um grande sentimento de gratidão por todos vocês (Carmo Jovem).

O dia 13 de Fevereiro de 2010 ficará marcado na minha memória por tamanha força, ternura e amizade que recebi destes verdadeiros amigos. Foi um dia preenchido, caminhamos juntos, na mesma fé, na mesma direcção e sempre com o mesmo objectivo (“Nunca quis outro caminho senão o da Cruz”), mas sempre longe de imaginar a “grande surpresa” que o Frei João havia preparado.

Mais do que todas as emoções vividas durante o dia, foi muito importante para mim cada abraço recebido, cada palavra dirigida, o sentimento de apoio e sobretudo a amizade de cada um de vocês, em particular.

Agradeço, também, os 411,63€ que rendeu a colecta onde humildemente cada um de vocês participou, um acto que me deixou, verdadeiramente sem palavras e sem saber a forma como vos dizer OBRIGADO! Foi emocionante ver a forma como todos ajudaram, como todos quiseram participar dando o seu contributo e partilhar esta emoção comigo! “Um caderno que não nos faz falta, poderá fazer falta a muita gente.”.

Por fim, quero-vos dizer que parto com o coração repleto pela força que vocês me deram, parto feliz com todo o sentimento que vivi naquela pequena igreja, em Cantanhede, que com os vossos gestos se encheu de ternura. Levo cada um de vocês no meu coração, da mesma forma que levo toda a vossa amizade e sobretudo levo a pequena gotinha que sempre me acompanhou e que todos vocês ajudaram a fortalecer!

Obrigada Frei João, obrigada a cada um de vocês e obrigada a Nossa Senhora do Carmo!

Com a promessa que sempre que puder darei notícias, recebam um abraço do tamanho daquele que me deram!!!

[Betinha - Braga]

Números!

.

.

Os números contam pouco, muito pouco. Mas às vezes ajudam a contar a história.
.
1. Foi a 13ª Carminhada, num dia 13 (de Fevereiro).
.
2. Cerca de 15 quilómetros foi o percurso da carminhada, dividido em 2 grandes etapas: Olhos da Fervença > Igreja de São José; Igreja de São José > Capela de Nossa Senhora da Misericórdia > Igreja de São José.
.
3. As contagens variam: fomos 180 ou 200 jovens? Não interessa, mas que éramos muitos lá isso éramos.
.
4. Aumentou o número de lugares de proveniência: Alhadas; Âncora; Braga; Caíde de Rei; Coimbra; Avessadas, Paços de Gaiolo e Rosém (Marco de Canaveses), Moinhos da Gândara, Viana do Castelo; e ainda a comunidade de São José da Varziela: Lírios, Franciscas e Tarelhos; e ainda o Miguel Paixão de Aveiro que regressou ao nosso convívio.
.
5. Dois autocarros, uma carrinha, muitos carros familiares e dois carrinhos de bebé transportaram-nos até ao lugar do acontecimento.
.
6. Vários avós, seis casais, dois pares de noivos e uma grávida não se dispensaram de caminhar connosco.
.
7. O artesão cesteiro sr. Manuel Fernando fez mais de duzentas cruzes de vime, São pequeninas, mas muito belas. E também fez 3 ou quatro grandes!
.
8. Como a Betinha vai em cooperação para Cabo Verde fizemos um peditório àquela gente que vive de mesada em tempo de crise. O peditório rendeu 411,63€. Muito obrigado. Foram muito generosos.
.
9. Como sempre a homilia e a missa duraram muito, mas ninguém deu por nada nem é por isso que deixará de vir. Bem pelo contrário.
.
10. Não foi a carminhada mais distante (Alhadas e Moinhos) mas uma das mais distantes. Sinal de que para nós não há distâncias que nos assustem.
.
.

«Nunca quis outro caminho senão o da cruz.»

.

«Nunca quis outro caminho senão o da cruz.», eis o título da XIII carminhada, em que eu mais uma vez participei com o Carmo Jovem, com muito gosto e muita felicidade.

O dia 13 de Fevereiro começou muito cedo para mim, e também para todos os meus amigos do caminho, pois eu acordei as 06h00. Eram 7h quando saímos de Viana do Castelo, metemos pés e coração ao caminho e o rumo era Cantanhede (terra desconhecida para mim e para muitos outros). Partimos à descoberta para continuar a descobrir que este Amor por Jesus Cristo vale a pena e faz sentido ser vivido, faz sentido acreditarmos que Ele nos guia, que nos anima, que nos ouve e acolhe. Faz sentido partilhar este amor!
Depois de nos termos encontrado com os outros amigos na estrada chegamos ao local onde começamos a andar. Um parque muito bonito. Quando lá chegamos, foi-nos distribuído um guião, em que o que me chamou atenção foi a frase: «Nunca quis outro caminho senão o da cruz.» e a cruz que lá se encontrava na capa (muito bonita). A frase que li fez com que surgisse em mim dúvidas, e incertezas. Mas pensei para mim, vamos lá carminhar talvez encontre umas pistas para me ajudar a compreender esta frase, e deixar de lado as duvidas. Começamos a andar; este andar ia lento, rápido, tinha todo o tipo de andares. Ao longo do caminho falava com uns e com outros. Estive novamente com muitos amigos e coloquei a conversa em dia.
Nesta carminhada outra frase que me fez sentido foi: «o céu é o nosso melhor tecto», isto faz-me lembrar que o céu nos protege sempre, que nos acompanha. Compreendi que por Ele existe união, força, coragem para enfrentar este mundo que tanto tem para mudar e tanto tem de aprender com Ele. No carminho cruzei-me com uma amiga enfermeira (chama-se Célia), que me dizia que hoje em dia existe uma enorme falta de valores, que a minha geração cultiva esta falta de valores e tudo isto se resolvia se todos as pessoas tivessem a oportunidade de participar numa carminhada como os jovens do Carmo Jovem tem. Como eu tenho. É bem verdade!
Eu adorei esta nova aventura que mais uma vez me enriqueceu. Me encheu de esperança, para novas etapa, estou com mais força e garra para carminhar! Trago a cruz na testa e no coração! Continuarei a caminhar neste caminho descobrindo Deus na minha jovem vida a meu lado tenho a cruz que me entregaram e que a guardarei sempre. Obrigada amigos!

[Joana Costa - Viana do Castelo]

http://joana-costa.blogspot.com

Acreditar no amor

.

.

Palavaras do Vigário Geral da Ordem aos carminheiros
da XIII carminhada
Queridos amigos do Carmo Jovem: Paz!
Mais uma vez o caminho vos chama, visto que o Carmo não se entende sem caminhar. É assim que vos encontrais prontos para mais uma Carminhada. Desta vez caminhais lado a lado com Francisco Palau, que nos diz que Jesus não quis outro caminho que o da Cruz, e assim é que vos entrega o lema para esta jornada!
Dá-nos um bocado de medo, não dá? Pois dá, mas não existe outro caminho para além do da cruz! Isso assusta-nos, porque ao vermos a cruz pensamos em sofrimento, na dor, nas muitas coisas de que todos os dias fugimos, nas coisas que não temos vontade de fazer. Contudo, não é aquilo que nos custa e implica sacrifício que realmente vale a pena? Sim, só nascem frutos saborosos onde existe sacrifício, esforço e dedicação, sejam coisas mais ou menos complicadas.
Tudo o que conseguimos sem esforço de nada serve, e acaba por ser desprezado. Nesta vossa Carminhada será muito valioso o esforço que puserdes em cada passo que derdes. As cãibras de amanhã serão mais que dores: serão testemunhas e memória dum dia muito belo, de que todos nos sentiremos orgulhosos por havermos concluído mais uma Carminhada.
Queridos amigos, a cruz não é tanto um sinal de dor e de sofrimento; ela é um caminho e uma entrega, sobretudo uma entrega apaixonada! São João da Cruz ensina que o amor dá valor a todas as coisas. Estou certo, por isso, que o amor acrescentará valor a cada um dos vossos passos de hoje. E não apenas aos passos físicos, mas também aos que constituem o caminho espiritual que é a alma da vossa Carminhada.
Desde o início da Carminhada até à Eucaristia — passando pela Igreja de São José, onde escutareis que o messianismo de Jesus consiste, não é um caminho de vitória e aplausos, mas o abraço enamorado à cruz — sereis convocados para esta jornada para acreditardes no amor a fim de crescerdes no amor.
Desejo-vos uma jornada cheia de paz. Que este dia seja uma espécie de ensaio geral de todo o ano, vivido em Carminhada pelo trilho da cruz, imitando o Pastorzinho que, enamorado, abraça a dor de todos para a todos levar o amor e a consolação.
Feliz Carminhada!
O vosso irmão no Carmelo:
P. Emilio J. Martínez, ocd.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

NOTAS FINAIS - XIII Carminhada, Cantanhede - 13Fev'10

.
O dia começou, para alguns de nós, bem cedo. Embora o calor e o conforto das nossas casas fosse tentador, havia algo no nosso interior que nos fazia enfrentar o frio, algo a que nós, jovens carmelitas, temos vindo a habituar-nos.

Estávamos no dia 13 de Fevereiro, era a data ideal para a 13ª Carminhada.

Ao chegar a Cantanhede fomos todos recebidos pelo já esperado frio e pelo calor de outros carminhantes. Estava tudo pronto para começar uma nova carminhada, desta vez na companhia de Frei Francisco Palau.

Foi entre saudações, risos e sorrisos que demos início à nossa carminhada com uma oração, que emoldurava na perfeição aquela maravilhosa paisagem (na qual a transparência das águas do lago se conjugava com o verde das plantas que o envolviam).

Enquanto carminhavamos, observávamos os pormenores do ambiente que nos rodeava. Alegria, surpresa e admiração. Estava assim na altura de fazer a segunda paragem deste nosso percurso.

Encontrávamo-nos no “Templo da mãe Natureza”, o nosso chão era terra enfeitada por folhas e ramos deixados cair acidentalmente pelas nossas paredes (as árvores), tomamos como tecto algo que nos sugere reflexão, paz e sossego (o céu). O objectivo era não só fazer silêncio no nosso exterior mas também “fazer silêncio no nosso interior” de modo a ouvir a brisa do vento que embalava carinhosamente os ramos das árvores sob as nossas cabeças.

Após este momento de silêncio recomeçamos o nosso percurso tentando contemplar toda a paisagem que nos rodeava sem esquecer as brincadeiras habituais. Já com as pernas a dar sinais de abrandamento avistamos a nossa terceira paragem, a Capela das Almas.

Foi envolta desta capela caiada, que formamos duas filas (rodas em forma de abraço) e meditamos um pouco sobre aqueles que já deixaram de carminhar neste mundo, recordando momentos, expressões ou acções que valorizem a ou as pessoas em causa. E a nós também. Já a fome nos visitava quando voltamos ao nosso carminho, sempre alegres e bem-dispostos. Foi então que encontramos a tão esperada igreja que teimava em acolher-nos na sua sombra. Foi nos pátios na Igreja de São José que fizemos a nossa terceira oração, reflectindo um pouco sobre o “Carminho da Cruz” e tudo aquilo que este significa para nós, Jovens Carmelitas. Foi também neste local que o nosso querido e sempre bem-disposto Frei João informou que à nossa espera estaria uma refeição que englobava três leitões. Esta informação deixou os mais esfomeados bastante sobressaltados.

Deu-se assim início ao tão esperado almoço. Estava na hora de recarregar as energias e, com toda a comida preparada pelos anfitriões — A Comunidade de São José de Tarelhos, Cantanhede —, esta tarefa não seria difícil de concretizar principalmente por parte dos mais comilões. A carminhar com as energias recarregadas, dirigimo-nos ao Moinho do Ti Fernando Claro onde, fomos convidados pelo Frei João não a simplesmente ouvir mas sim a escutar o som da mó a moer os grãos de milho. Após a oração foi dada a oportunidade aos curiosos de ver a mó mais de perto. Desta paragem no moinho ficou-nos marcado algo que o Frei João disse e que nos deixou a todos a meditar: “Os Homens que cultivam a terra e sabem fazer o melhor pão estão a desaparecer”. (Dos 15 moinhos que existiam na aldeia agora só há um!)

Após uma brevíssima pausa, voltamos à estrada e só paramos de caminhar quando chegamos a uma Capela muito bem situada, com uma vista característica da região onde estávamos (campos cultivados). Após a chegada de todos, dirigimo-nos para dentro da capela e curiosamente, em todas as carminhadas e nesta sem excepção, por muito pequeno que seja o local onde paramos e oramos, nunca nenhum carminhante fica sem um pequeno espaço para si. Já todos dentro da capela, fomos informados que estávamos na Capela de Nossa Senhora da Misericórdia, uma capela-túmulo de D. Jorge de Meneses com uma história muito antiga (1530) e onde se pensa, que Pedro e Inês tenham estado juntos, feito a sua promessa de amor eterno e unido os seus laços. Pelos vistos, esta informação não estava totalmente certa, pois a única certeza é que Pedro e Inês realmente estiveram juntos na zona onde nos encontrávamos, mas a construção da Capela só aconteceu após a sua presença em Cantanhede. Entretanto, depois da lição de história voltamos a rezar, desta vez pelos casais e famílias: Havia entre nós 6 casais: dois com filhos e a carminhar com dois carrinhos de bebé, e os bebés, claro!, um grávida!, e dois pares de namorados! Seguidamente às orações que realizamos na Capela, fizemos uma pausa para lanchar e só depois prosseguimos a marcha de volta à Igreja de São José, onde decorreram todos os preparativos para darmos início à celebração de encerramento da XIII Carminhada. Como não podia deixar de ser, a celebração foi muito animada pois com o Frei João a presidir a mesma, aborrecida não poderia ser. Na homilia, falou-nos de São Pedro, Apóstolo, e contou-nos uma história acerca da sua morte e “crucificação de cabeça para baixo”. Diria que o ponto alto da celebração foi no momento do ofertório quando todos ficamos a saber que uma amiga carminhante, a Elisabete, também conhecida por Betinha, vai para Cabo Verde dar aulas voluntariamente durante 3 meses; e a pedido do Frei João, o valor do ofertório seria para material escolar que a Elisabete iria comprar e entregar em nosso nome. Como recordação desta carminhada foi entregue a cada um de nós uma pequena cruz de vime que, segundo o Frei João, deveríamos colocar onde melhor entendêssemos, mas de “cabeça para baixo” à semelhança do pedido de Pedro que foi crucificado ao contrário de Jesus. No final da celebração foi o já acostumado e demorado momento da despedida e da partida em que, como tem sido hábito, todos os carminhantes fazem promessas de participarem na carminhada seguinte, de tal que é a vontade de carminhar com a família sempre em expansão do Carmo Jovem.

Obrigado Carmo Jovem.

[Maria Babo Martins e Francisco Babo Martins - Caíde de Rei ]