sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

I Domingo da Quaresma

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo
segundo São Marcos [Mc 1, 12-15]
Naquele tempo,
o Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto.
Jesus esteve no deserto quarenta dias
e era tentado por Satanás.
Vivia com os animais selvagens
e os Anjos serviam-n’O.
Depois de João ter sido preso,
Jesus partiu para a Galileia
e começou a pregar o Evangelho, dizendo:
«Cumpriu-se o tempo
e está próximo o reino de Deus.
Arrependei-vos e acreditai no Evangelho».

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Quaresma: a carminho do Cristo Ressuscitado

Jovem carmelita, depõe o passado na misericórdia de Deus, no presente sê-lhe fiel, no futuro crê na Providencia Divina… e o carminho do Cristo Ressuscitado surgirá pela via do Amor …

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Homilia da Eucaristia da X Carminhada

X carminhada.
Vós jovens carmelitas, aceitaste hoje um grande convite. Aceitastes o convite de vos pordes de novo a caminho. Um caminho que não foi feito a sós. Fizeram um plano e escolheram fazer um caminho acompanhado por outros; escolheram um caminho onde não foi preciso e-mails, telemóveis, computadores. Fizeram um caminho com presenças reais porque não há melhor comunicação que a presença. Hoje deixaste-vos acompanhar pela presença dos amigos, do outro que caminhou a vosso lado; deixaste-vos acompanhar pela presença de Deus e isto é muito importante. Vivemos numa sociedade onde as pessoas comunicam sem se verem, falam sem se falarem, mas hoje nós escolhemos outro caminho. Para comunicar temos de nos encontrar com o outro, precisamos de ver-nos, precisamos de tocar-nos, precisamos de olhar nos olhos dos amigos e dizer: estou aqui para fazer caminho contigo, preciso do encontro. Por isso, eu felicito os organizadores e os responsáveis das carminhadas e todos aqueles que responderam à chamada. Que esta seja a vossa resposta, o vosso compromisso para muitas mais carminhadas. Em Moinhos da Gândara lá estaremos para a XI carminhada. Na carminhada que fazeis existe também uma outra parte que não se vê e que é muito importante: o que é que vos move? O Que vos move já se encontra em vós, já está dentro de vós. Com certeza que poderemos pensar na curiosidade de vir conhecer Avessadas, vir até ao Santuário do Menino Jesus. O encontro com os amigos, a curiosidade, a possibilidade de um novo encontro são razões para carminhar. Mas o que nos move verdadeiramente é aquilo que em nós é mais puro. É a nossa fé, é a nossa identidade de jovens carmelitas, é a necessidade que temos de partilhar juntos os carminhos que vivemos, é o desejo de não parar no caminho que começamos e de fortalecer esse caminho em cada novo dia com a força da oração. Ao longo do carminho no meio da natureza vós parastes para rezar, fizestes festa com o Amigo. Cantaram, leram, rezaram a Palavra de Deus. É muito bom que entre vós vos deixeis cativar pela Palavra de Deus. É muito bom ouvir a palavra humana por entre montes e vales, mas é mais sublime ouvir a palavra humana alicerçada à Palavra de Deus. É bom rezar em tempo de aflição, mas também é bom rezar em tempo de calma. É bom rezar na igreja, mas também é bom rezar pelos caminhos. Esta outra dimensão faz parte de vós, pertence aquilo que não conseguimos ver e que Deus vê por nós. Li por alto o guião das vossas paragens. Vi como foi preparado e lá se encontrava um trecho de uma carta de São Paulo aos Coríntios que dizia: «eu vou mostrar-vos um caminho mais sublime», o caminho do amor cristão, o caminho daquele que dá um passo para ir ao encontro do outro. Vós, jovens carmelitas, já fizestes muitos caminhos: em Viana do Castelo, Caíde de Rei, Alhadas, Braga, Aveiro. Quero dizer-vos que há um caminho sempre melhor, há um caminho interior que tem de ser feito, um caminho que tem de ser percorrido dia a dia, um caminho de amor. Este amor encontrai-lo nas carminhadas que nos fazem viver e arrecadar forças para um carminho de cada novo dia. Neste tempo de mudança, vós, jovens, tendes que ser capazes de construir o amanhã. E, nós mais velhos, não podemos parar, pois, vós, jovens, pedis-nos para continuar a carminhar. Há caminhos novos para percorrer; não podemos ficar tristes nem desorientados. Li nas estatísticas que nós os portugueses somos pessoas muito desconfiadas, tristes. Não o podemos ser, pois há caminhos novos a percorrer. Um dos caminhos é-nos apresentado por São Paulo a Timóteo, na segunda leitura. Esta é palavra verdadeira, as promessas de Deus são sempre um sim ao seu Filho. Nós somos felizes não só a cantar cânticos, mas somos felizes por, também, ouvir e interiorizar a Palavra de Deus, quando a praticamos por palavras e obras. A oração colecta deste domingo é um convite que devemos levar a sério: “Concedei-nos sempre, ó Deus, fazer o que vos agrada…” Estas carminhadas deixam-nos um desafio: que nos adianta a nós termos pernas para andar se não sabemos para onde havemos de ir? Portanto, os passos que dais nas carminhadas que fazeis são para vós, jovens carmelitas, um compromisso a fazerdes caminho em vossas vidas quotidianas, são um rumo ao futuro. Ide por caminhos que vos tragam felicidade! Olhai à vossa volta e descobri caminhos com saída! Olhai à vossa volta e vede quantos jovens e adultos percorrem caminhos de folia que não trazem felicidade! Deixo-vos um exemplo: quando andei com as Relíquias de Santa Teresinha por Portugal de lés a lés, tive a oportunidade de entrar em várias prisões e reparei nos olhares que nos olhavam. Uma das coisas que mais me impressionou foi ver que as cadeias estavam repletas de olhares jovens. Faço um voto: que procuremos juntos caminhos de felicidade verdadeira, para que aconteça a mensagem que Jesus deixou no Evangelho. Não andemos fora de nós. Olhemos para Jesus para O podermos ver em verdade. Jovens, criai caminhos de futuro no mundo de hoje! Construi o caminho do perdão e da reconciliação. Como no Evangelho de hoje, eu digo-vos: Levantai-vos e carminhai. Precisamos de forças que nos levantem. É preciso encontrar forças que nos levantem. E onde as havemos de buscar? No céu? Só no céu? Não, também na terra. Hoje de manhã, fui visitar o Pe. Pereira, nosso pároco, ao Hospital de Santo António, que ali se encontra hospitalizado. Ao sair do hospital li num carro que se encontrava estacionado o seguinte letreiro: Anjos da noite. Vim na viagem a pensar naquilo, foi a minha oração da manhã. De facto se nós ficarmos só presos ao céu, não evoluímos. São necessários anjos na terra, com carro ou sem carro. Convido-vos neste Santuário a olhar para o Menino Jesus. Que Ele nos dê a luz e a força para sermos anjos na terra, pois se existirem anjos na terra, também, os haverá anjos no céu. Sem querer protagonizar as coisas, não quero deixar de recordar o caminho que um de vós tantas vezes fez convosco e que agora percorre outro caminho. É o Ricardo. Há já um mês que o Ricardo vive com estes pobres frades nesta comunidade de Avessadas, a Comunidade do Menino Jesus. Contudo, com a sua vinda a lotação não está esgotada. Existe aqui lugar para mais um. Rezai por ele, rezai pela sua família, porque a oração é importante… Que este caminho que ele neste momento trilha seja um caminho de vida. Peço que o recordeis, ele que tanto caminhou convosco. Depois de acabar o seu curso universitário, trabalhou 7 anos e agora caminha na Ordem dos Padres Carmelitas Descalços. Fostes vós que o trouxestes. Agora no vosso caminho, não deixeis de rezar por ele. Ele precisa da força da vossa oração. Que o amor do Menino Jesus de Praga vos ajude. Levai esse amor aos vossos e não vos esqueçais que Ele vos ama. Recebei o Sua bênção… Pe. Agostinho dos Reis Leal Santuário do Menino Jesus de Praga, Avessadas 21 de Fevereiro de 2009

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

NOTAS FINAIS... Carminhada 21 FEV'09

Voltemos às carminhadas. O nosso estilo é carminhar. Nós somos o Carmo Jovem. Voltou a Primavera, e, como famintos de pão e de ar livre, voltámos aos caminhos e aos carreiros, que, noutros tempos, mas ainda não muito longe, eram de lavradores e caseiros, de rebanhos e bois que levavam sementes para campos e vessadas, donde depois se tirava pão e cevada, trigo e centeio, batatas e abóboras, milho e feijão, vinho e pêras. Voltámos às carminhadas num ano novo, num tempo novo, com actores novos, com o mesmo jeito e gosto de carminhar. Bem, os autores não são exactamente novos. O Jorge é o novo Coordenador, mas antigo no Carmo Jovem; o Ricardo é antigo no Carmo Jovem, mas novo no estatuto e nos galões; a Verónica é antiga, mas novo novo nela é o jeito de estar muito calada; a Vera, a Fatinha, o Filipe, a Zaira, o Adão é tudo gente velha, mas nova neste jeito sempre novo e empenhado de carminhar, de fazer e nos ajudar a carminhar. Havia mais gente velha, mas a crónica não pode dizer tudo. Basta dizer que o novo e o velho, a experiência e a novidade carminharam juntos lado a lado de mãos dadas. Há concerteza gente nova, gente com futuro que faz prever um futuro com gente. Gente com jeito para amar e carminhar. Está garantido. Palavra de quem viu. E carminhou. Lado a lado.
E tínhamos o Pe. Agostinho Leal e o Pe. Vasco Nuno, velhos lobos do mar habituados a estes carminhos, para quem as tormentas mais duras já não supõem surpresa. Homens de fé que sabem ler as estrelas e traçar rotas por cima das bravias ondas de tojos e silvas. Homens feitos para o carminho, que não faltam quando é preciso, mesmo que seja à mesa. A do almoço ou a do altar. A X Carminhada prometia ser diferente. Foi diferente. Com pés fortes, corações animosos, e muita gente jovem e corajosa. O dia começou cedo, quando todos saímos de nossas casas para nos encontrarmos com os elementos dos nossos grupos, a fim de rumarmos ao Santuário do Menino Jesus de Praga, em Avessadas, Marco de Canaveses. Começar cedo é uma maneira de falar. Começar, começou cedo para uns. Outros outrora mais afoitos ficaram na cama. Não é, A. Pedro? Estava um dia bonito de sol. Um dia bonito para rezar com os pés, com a cabeça, com a alma, com o corpo todo. E alguns ainda na cama. E alguns a correr pelas estradas ao nosso encontro. Um dia de sol que nos convidaria ao encontro com os amigos, ao encontro com «Aquele que sabemos que nos ama» e nos faz reunir em seu Nome, como jovens carmelitas que somos!Pelas nove horas da manhã já estavam no Santuário os grupos da casa (Avessadas e Rosém) para fazer o acolhimento. Logo depois, foram chegando os grupos de Alhadas (Figueira da Foz), Braga, Caíde de Rei (Lousada), de Moinhos da Gândara (Figueira da Foz), de Viana do Castelo. Éramos muitos nas escadarias do Santuário, 120 jovens a olhar para os montes de Avessadas e com uma enorme vontade de colocarmos os pés ao carminho! Como jovens carmelitas que somos fizemos a nossa oração da manhã, com a alegria de nos revermos e de estarmos junto ao Menino Jesus. Cânticos, palmas, orações… Escutámos as palavras do anfitrião, Pe. Vasco Nuno, dando “tom” para a carminhada e ouvimos as indicações práticas por parte da Vera Lúcia. E avançámos para o terreno! E entretanto, chegou o casal da Gafanha da Nazaré, a Susana e o A. Pedro, que logo começou a carminhar connosco, mas primeiro rezou e consagrou-se ao Menino Jesus. Claro que estavam desculpados, mas que não volte a acontecer! À frente, com o cajado indicando o caminho, foi sempre a menina da casa, a Stéphani ou Sté, a estrela que nos orientou. E todos a seguimos... Também é conhecida por Ferrugem, mas se a tem não mostrou porque manteve sempre vivo e pautado o ritmo da carminhada. É verdade que ainda estámos a começar, mas não é por ela que ficaremos no caminho. Os caminhos foram bonitos. Uns eram bravios, outros bíblicos. Outros faziam lembrar o Paraíso, outros só eram carminhos porque a mão humana os rasgou para que passássemos. Caminhámos por carreiros junto a ribeiros, por meio de montes com lama a sujar as sapatilhas de pano e a fazer com que os pés das damas mais desprevenidas ficassem molhados. Oh, que pena! Os caminhos fizeram-se para quem sabe carminhar, para quem tem alma de carminheiro. E a conta da lavandaria vai para casa do Menino Jesus, em Nazaré, Palestina. De quando em vez, ouviam-se os habitantes da aldeia a gozar connosco, julgando que éramos betinhos da cidade, “muito bem, sintam este ar puro pois não é igual ao da vossa terra!” Descemos toda a Quinta da Moria, chegamos à ponte de pedra. Este não é de todo um empreendimento maior, mas é eficaz. Leva-nos para a outra margem como convém. A partir daqui atingimos o ponto de não retorno: o caminho é mesmo sempre em frente. Ao longo do carminho fomos fazendo as pausas necessárias quer para reunirmos as tropas, quer para rezarmos juntos, deixando-nos guiar pelo tema da carminhada «Pela graça de Deus sou o que sou.» (1Cor 15,10). Ao passarmos a ponte de Canaveses, pudemos fazer memória das tropas de Napoleão, que por ali passaram antes de nós. E também nós a passámos. Chegamos à Igreja de Sobretâmega, onde fizemos um breve momento de oração. Depois almoçámos no parque junto ao rio Tâmega (melhor paisagem não poderíamos ter!), a que se seguiram momentos de diálogo ameno e daquele convívio que faz crescer a amizade. Ao almoço juntaram-se a nós o Pe. Leal, o Gualter e o Pe. Vasco. Ahhhh, grandes carminheiros, assim sim! A foto de grupo não podia faltar com tão belas sapatilhas por ali! Por volta das catorze horas iniciámos o regresso. O tempo apesar de bom urgia. Agora esperavam-nos as terríveis subidas até Avessadas. Obviamente que o que antes descera, agora subia. Onde antes voámos, agora trepávamos a gosto, com língua de fora, o corpo a doer, os braços pesados, os pés de chumbo. Mas lá fomos, com calma e... acompanhados, que a companhia fortalece as pernas e quando no caminho nos deixamos acompanhar ele torna-se mais suave. Nem parece que sobe. E se foi subir! Mas não é a subir que nos ensina S. João da Cruz? Parámos ainda no adro da Igreja do Divino Salvador de Tuías, onde tivemos outro momento de oração. Uma oração ágil e animada porque dali víamos o Menino Jesus muito perto de nós. E dali partimos, já com o Santuário a olhar para nós... Foi dura esta carminhada, talvez a mais dura e, por isso, diferente... mas bela... como os espaços envolventes do Convento até agora desconhecidos para nós! Foi uma carminhada cheia de riachos e subidas, rios e ribeiras, tojos e mato, urzes e mimosas já em flor, e montes e vales que nos convidaram a «entrar mais adentro na espessura»... Chegados ao Santuário do Menino Jesus, ultimámos os pormenores que faltavam para que tudo corresse bem na Eucaristia e fizemos a procissão de entrada (como tão bem nos ensinou e gosta o Frei João!!!). Por falar nisso, Frei João por onde é que anda? Agora já não vem à Carminhada? Julga que já carminhou tudo? A Eucaristia foi presidida pelo Pe. Agostinho Leal, superior da Comunidade Carmelita e concelebrada pelo Pe. Vasco Nuno e por todos nós e, ainda por um grupo de senhoras que não perdeu a oportunidade de carminhar connosco a recta final da nossa X Carminhada. Na homília o Pe. Leal referiu a importância dos jovens carmelitas decidirem fazer carminho em conjunto e não apenas a sós; de fazer um caminho de interioridade acompanhado pelos amigos e pela presença de Deus. Felicitou os membros da Coordenação do Movimento e todos aqueles que responderam sim à chamada. E questionou os jovens: «-O que vos move?». E respondeu ele mesmo: “O que vos move já se encontra dentro de vós. Não busqueis fora Quem dentro mora. O que move verdadeiramente cada jovem carmelita é aquilo que nele de mais puro existe: a sua fé, a sua identidade de jovens leigos carmelitas e a necessidade que têm de partilhar juntos o amor que vivemos.” Disse-nos também que não deveríamos parar jamais de carminhar e que cada carminho fosse fortalecido pela força da oração. E acrescentou, «O que vos adianta a vós, jovens, ter pernas para andar se não sabeis para onde haveis de ir? Que os passos que derdes vos comprometam para a vida, pautados pela mensagem que Jesus nos deixou no Evangelho. Jovem carmelita, levanta-te e vai carminhar, pois são precisos anjos na terra porque se não existirem na terra também não os encontrareis no céu.» Ao finalizar a sua homília sinalizou o Ricardo Luís e pediu-nos a todos que não nos esquecêssemos dele nas nossas orações, pois muito caminhou ao nosso lado e agora iniciou outro caminho. Assim faremos. Na Eucaristia contámos ainda com a presença dos grupos de catequese de Avessadas do 9.º e 10.º anos (que belas e melodiosas vozes!), que asseguraram o coro acompanhados à viola pelo Pe. Vasco Nuno e pelo Jorge Teixeira! Depois da acção de graças, o Coordenador do Movimento Carmo Jovem, Prof. Jorge Teixeira, com a simplicidade que lhe reconhecemos, e como grande carmelita que é, agradeceu o acolhimento que a Comunidade dispensou aos jovens, e sublinhou ainda a presença amiga de todos os carminheiros. Depois, informou as próximas actividades do Movimento e convidou-nos a participar nelas, “porque o carminho não termina aqui”. Antes de nos separarmos, os jovens de Avessadas distribuíram as lembranças a todos os participantes: o Director das Edições Carmelo, Pe. Alpoim Portugal, ofereceu um livro da Coroinha do Menino Jesus e o Reitor do Santuário, Pe. Agostinho Leal, ofereceu o último número de Mensageiro do Menino Jesus Praga. Da Eucaristia recordaremos ainda o cântico final – Se queres que Jesus cresça – que todos cantaram com alegria, fazendo todos os gestos que o Pe. Leal nos ensinou (que lindos macaquinhos de imitação!). E até a Maria, de 2 anos, (filha da Márcia e do Miguel, outro casal de Aveiro que veio para rezar connosco) bateu palminhas ao Menino Jesus! Era a hora do regresso! Mas as despedidas são sempre demoradas, todos querem ficar... nem que seja só mais um bocadinho. E depois de um lanche improvisado, dos abraços e dos beijos de despedida regressámos a nossas casas com a certeza profunda de que é muito bom sabermos que não carminhamos sós... Até ao dia 4 de Abril em Moinhos da Gândara, na Figueira da Foz. Estamos todos convidados.
(Este texto foi escrito a oito mãos e por não menos corações.)

Nuno Álvares Pereira

Canonização marcada para 26 de Abril
O Vaticano agendou a canonização de Nuno Álvares Pereira para 26 de Abril, inserindo o novo santo português no primeiro grupo de cinco novos santos que serão canonizados no mesmo dia, pelo Papa Bento XVI. Os outros cinco, do grupo dos dez novos santos apresentados em Consistório, vão ser canonizados a 11 de Outubro. Ao lado de Nuno Álvares Pereira, no dia 26 de Abril, subirão aos altares quatro italianos – dois homens e duas mulheres – todos fundadores de congregações. A cura milagrosa que permitiu a canonização de Nuno de Santa Maria refere-se ao processo de Guilhermina de Jesus, uma sexagenária de Vila Franca de Xira, que sofreu lesões no olho esquerdo por ter sido atingida com salpicos de óleo a ferver quando estava a cozinhar.
Guerra atrasou processo A história do processo de Nuno Álvares Pereira já poderia ter conhecido o epílogo quando, em 1947, o Papa Pio XII se manifestou interessado em canonizar o Beato português por decreto. O estado de uma Europa destruída pela II Guerra Mundial fez, porém, com que a Igreja portuguesa recusasse este motivo de festa. Trabalhos levados a cabo pelos Cardeais Patriarcas de Lisboa D. José III (1883-1907) e D. António I (1907-1929), secundados pela Ordem do Carmo, culminaram com o Decreto da Congregação dos Ritos “Clementissimus Deus” de 15 de Janeiro de 1918, ratifi cado e aprovado pelo Papa Bento XV no mesmo ano. Esses trabalhos, retomados pelo Episcopado Português, culminaram com a referida permissão de Pio XII para que o processo da canonização prosseguisse.

Encontro de (In)Formação

Jovem carmelita, torna-te modelo, não descures o que já se encontra em ti! Prossegue o teu carminho e voa em direcção aos outros voa em direcção a Deus… «Ninguém te despreze por seres jovem»

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Carminhada - Avessadas - 21FEV'09

D. Nuno Álvares Pereira

Futuro Santo português granjeou admiração pela sua capacidade enquanto militar e pela sua humildade, após assumir a vida de Carmelita
Nuno Álvares Pereira, fundador da Casa de Bragança, nasceu em Cernache do Bonjardim em 24 de Julho de 1360. Filho de D. Álvaro Gonçalves Pereira, entrou aos 13 anos na corte de D. Fernando (rei de 1367 a 1383) como pajem da rainha D. Leonor de Teles. Destacando-se logo em jovem num ataque dos castelhanos a Lisboa, foi armado cavaleiro. Em 1385, D. Nuno foi nomeado por D. João I como o Condestável do Reino. Conquistou o Minho para a causa e, depois da vitória de Trancoso em Maio ou Junho, cortou a arrojada avançada castelhana com a memorável Batalha de Aljubarrota, a 14 de Agosto de 1385. Ao serviço do Reino de Portugal foi militar invencível na guerra da independência, tendo granjeado enorme admiração entre os seus contemporâneos. Já nos seus Lusíadas, Camões apresenta o herói de Aljubarrota como forte, feroz, leal, verdadeiro, grande, valoroso, entre outros adjectivos que ressaltam as suas qualidades físicas, morais e éticas. Assegurado o Reino, Nuno Álvares começou a dedicar-se a outras obras. Mandou construir a Capela de São Jorge de Aljubarrota em Outubro de 1388 e o Convento do Carmo em Lisboa, terminado em Julho de 1389 e onde entraram em 1397 os Frades Carmelitas. Dedicou em Vila Viçosa uma capela à Virgem para a qual mandou vir de Inglaterra uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, que 250 anos depois seria proclamada Rainha de Portugal. A morte da filha, D. Beatriz, em 1414, cortou o último laço com o mundo e abriu o desejo da clausura. Ainda participou na expedição a Ceuta de 1415, primeiro passo da gesta ultramarina portuguesa, onde o seu valor ficou de novo marcado. Mas em breve olharia para outras fronteiras. Em 1422, distribuiu os títulos e propriedades pelos netos, e a 15 de Agosto de 1423, festa da Assunção, aniversário do seu casamento e dia seguinte ao da Batalha de Aljubarrota, professou no Convento do Carmo. Descalço, de hábito carmelita donato, túnica que descia aos calcanhares, com escapulário e samarra de estamenha, passou sete anos pelas ruas a pedir esmola para os pobres da capital, tendo dado a todos, durante a sua vida, um exemplo de oração, penitência, amor aos pobres e devoção a Nossa Senhora. Frei Nuno de Santa Maria morreu na sua pobre cela, rodeado do Rei e dos Príncipes. Foi beatificado pelo Papa Bento XV a 23 de Janeiro de 1918 e, até agora, a sua festa é liturgicamente assinalada a 6 de Novembro. No início do século passado, o Santo Condestável apresentava-se como um modelo de “santidade patriótica” num período particular conturbado das relações Igreja-Estado.

VII Domingo do Tempo Comum

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo
segundo São Marcos [Mc 2, 1-12]
Quando Jesus entrou de novo em Cafarnaume se soube que Ele estava em casa, juntaram-se tantas pessoas que já não cabiam sequer em frente da porta; e Jesus começou a pregar-lhes a palavra.Trouxeram-Lhe um paralítico, transportado por quatro homens; e, como não podiam levá-lo até junto d’Ele, devido à multidão, descobriram o tecto por cima do lugar onde Ele Se encontrava e, feita assim uma abertura, desceram a enxerga em que jazia o paralítico. Ao ver a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: «Filho, os teus pecados estão perdoados». Estavam ali sentados alguns escribas, que assim discorriam em seus corações: «Porque fala Ele deste modo? Está a blasfemar. Não é só Deus que pode perdoar os pecados?» Jesus, percebendo o que eles estavam a pensar, perguntou-lhes:«Porque pensais assim nos vossos corações? Que é mais fácil? Dizer ao paralítico ‘Os teus pecados estão perdoados’ou dizer ‘Levanta-te, toma a tua enxerga e anda’? Pois bem. Para saberdes que o Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados,‘Eu to ordeno __ disse Ele ao paralítico __levanta-te, toma a tua enxerga e vai para casa’».O homem levantou-se, tomou a enxerga e saiu diante de toda a gente, de modo que todos ficaram maravilhadose glorificavam a Deus, dizendo:«Nunca vimos coisa assim».

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

VI Domingo do Tempo Comum

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo
Segundo São Marcos [Mc 1, 40-45]
Naquele tempo,
veio ter com Jesus um leproso.
Prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe:
«Se quiseres, podes curar-me».
Jesus, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse:
«Quero: fica limpo». No mesmo instante o deixou a lepra
e ele ficou limpo.
Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem:
«Não digas nada a ninguém,
mas vai mostrar-te ao sacerdote
e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou,
para lhes servir de testemunho».
Ele, porém, logo que partiu,
começou a apregoar e a divulgar o que acontecera,
e assim, Jesus já não podia entrar abertamente
em nenhuma cidade.
Ficava fora, em lugares desertos,
e vinham ter com Ele de toda a parte.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Somos o que somos!

Somos o que somos! Pela graça de Deus, somos o que somos… Empenhamo-nos a chegar a um ideal? Mas o que é ideal? Sonhamos, lutamos e muitas vezes idolatramos … o brilho dos holofotos sobre a nossa face! O palco da vida, do medo, encontram-se com a luz dos Homens, não com a luz de Deus! Alicercemos o nosso carminho pessoal em Deus, reguemos esse carminho com o Seu misericordioso Amor, e recebamos a Sua gloriosa bênção… Quer amemos, quer sirvamos, coloquemo-nos diante de Deus e deixemo-nos guiar nos seus carminhos. Nestes, chegaremos a descobrir o jardim florido do júbilo! Sejamos felizes, sendo o que somos! Sobre nós brilhará a luz da Sua graça e seremos grandes, seremos templos de Deus, o Seu Espírito, a Sua vida, a sua eterna luz, residirá em nós no meio do jardim florido do Mundo!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Quarto aniversário da morte da Irmã Lúcia

Cerca de 14 mil pessoas visitaram em 2008 o Memorial da Irmã Lúcia, junto ao Carmelo de Coimbra, onde sexta-feira uma missa presidida pelo Bispo D. Albino Cleto assinala o quatro aniversário da morte da vidente. E o Carmo Jovem já lá esteve.
O corpo da religiosa encontra-se sepultado na Basílica de Fátima desde Fevereiro de 2006 e está em curso o processo para a beatificação da vidente, para o qual é considerada importante toda a correspondência escrita e recebida por si e que está a ser catalogada por quatro freiras do Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra. Lúcia de Jesus e a sua vida continuam a questionar muita gente, tendo motivado a construção de um Memorial, onde se pode conhecer um pouco da sua actividade no Carmelo, espaço de clausura. No Memorial podem encontrar-se desde objectos pessoais, alguns usados no tempo das aparições (1917), outras ofertas papais, a fotografias da sua vida em clausura. Porém, é a réplica da cela onde viveu 56 anos e na qual faleceu que mais interesse suscita. «Sente-se algo especial que fala ao coração e que nem sempre se consegue definir» , é o depoimento de muitas das pessoas que visitam o Memorial, umas por turismo, outras por curiosidade, mas «a maioria por devoção», contou hoje a prioreza do Carmelo, irmã Maria Celina. A responsável considera que, «sendo tão pobres os objectos que ali se podem ver, é surpreendente que causem tanto impacto nos visitantes». Depois dos portugueses, os visitantes são sobretudo de Itália e da Irlanda, havendo também quem chegue de países como Argentina, Brasil, China, Estados Unidos da América, Cabo Verde, Congo, Filipinas, Hungria, Japão, Polónia ou S. Tomé e Príncipe. Ao longo da vida, a Irmã Lúcia correspondeu-se com milhares de pessoas, guardando muito do correio recebido - que «ela a princípio queimava». Metódica, anotava em agenda as cartas que recebia, os países de origem e as que escrevia. «Neste momento, estamos com muito trabalho para ordenar toda a correspondência que ela recebeu e guardou em cerca de 70 malas (de viagem) e aquela que nos vai sendo devolvida a quem a irmã Lúcia escrevia» , afirmou a prioreza do Carmelo, referindo que o conteúdo das cartas «não será divulgado». Há também «uma grande quantidade de cartas com a notícia de muitas graças obtidas e atribuídas à intercessão» da irmã Lúcia. Todo o trabalho de catalogação da correspondência destina-se ao processo de beatificação da vidente e ocupa em exclusivo quatro irmãs, tendo inclusive obrigado à suspensão do fabrico das hóstias para a Diocese de Coimbra, acrescentou. Sexta-feira, será publicado o primeiro número de um boletim que pretende dar a conhecer a vida e graças concedidas pela Irmã Lúcia e outras informações do Processo para a Beatificação. O boletim terá periodicidade trimestral e será distribuído no final da missa presidida pelo Bispo de Coimbra.
Lusa / SOL

X Carminhada

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Que descanse em paz

Ontem à tarte, sábado, enquanto rezávamos a Eucaristia, morreu o nosso irmão Josué, avô materno da Maria João. Para ela que cantou a Missa Vespertina em dor (mas cantou e cantou-a na força da esperança!) e também para a sua mãe e restante família vai o nosso abraço e oração na fé. Que descanse em paz.

V Domingo Tempo Comum

Da Primeira Epístola de S. Paulo aos Coríntios

Irmãos: Anunciar o Evangelho não é para mim um título de glória, é uma obrigação que me foi imposta. Ai de mim se não anunciar o Evangelho! Se o fizesse por minha iniciativa, teria direito a recompensa. Mas, como não o faço por minha iniciativa, desempenho apenas um cargo que me está confiado. Em que consiste, então, a minha recompensa? Em anunciar gratuitamente o Evangelho, sem fazer valer os direitos que o Evangelho me confere. Livre como sou em relação a todos, de todos me fiz escravo, para ganhar o maior número possível. Com os fracos tornei-me fraco, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de ganhar alguns a todo o custo. E tudo faço por causa do Evangelho, para me tornar participante dos seus bens. [1 Cor 9, 16-19.22-23 ]

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Já está reservado na agenda?

O Menino Jesus de Praga espera por ti... Já marcaste na agenda, dia 21 de Fevereiro, Carminhada no Santuário do Menino. Não te esqueças... Esperamos por ti!

Eencontro de (In) Formação: 28 FEV e 1 MAR'09 em Viana do Castelo

Jovem carmelita, «Ninguém te despreze por seres jovem.» Sê um bom servidor do amor de Cristo. Não descuides o maravilhoso dom da graça que há em ti! Quem ama não teme, encontra-O! E encontrado-O sê uma centelha da chama do seu amor no meio do MUNDO! JUNTA-TE A NÓS...
Convento de Nossa Senhora do Carmo em Viana do Castelo
Neste HOJE!
ATREVE-TE!
Confirmação
A confirmação de participação no Encontro de (IN) Formação deverá ser efectuada até ao dia 22 de Fevereiro para:

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Reflexão sobre o I Entre Fitas e Palavras

Os Jovens Sementinhas reuniram-se e reflectiram sobre o filme Favores em Cadeia. Começámos por dialogar acerca do desafio colocado pelo professor e considerámo-lo difícil, assustador, mas também pertinente. Quanto ao facto da ideia do Trevor ser exequível, as opiniões foram, por vezes, distintas, uma vez que alguns julgavam que era uma ideia utópica e que nunca se iria alcançar o mundo perfeito, outros consideravam que a ideia podia funcionar, muito embora depois as pessoas voltassem à sua vida banal e rotineira. Outro factor que considerámos neste ponto foi o facto de muitas pessoas envolvidas nos favores em cadeia fazerem uma espécie de contra-favores, na medida em que não se ajudavam a si próprias. Relativamente a aplicarmos na vida real esta ideia, começámos por afirmar que pode ser difícil sabermos como ajudar os outros, muito embora o possamos “descobrir” se estivermos atentos às pessoas. De seguida, procurámos identificar características de algumas pessoas com as de algumas das personagens. Estabelecemos os seguintes paralelos: - Trevor e Jesus (estes porque, sobretudo, entregaram a sua vida); - a mãe de Trevor e Maria (pelo apoio dado ao filho e pelo sofrimento causado pela sua morte); - João Baptista e o professor Simonet (por “abrirem” o caminho a alguém tão importante); - Flávio Josefo e o jornalista (pela procura da verdade). Obviamente, chegámos à conclusão que o mundo espera algo de todos nós.. dar a mão a alguém, pequenos grandes gestos... darmo-nos é tornar a nossa vida e a das outras pessoas especial, estando atentos à singularidade de cada um. Todos nós somos seres únicos e irrepetíveis e, portanto, merecedores de sermos “alvo” da cadeia de favores...
Jovens Sementinhas - Caíde de Rei

Resquícios do «I Entrefitas, palavras»

FAVORES EM CADEIA 1. Uma ideia, um projecto. Uma boa nova. Mudar o mundo. Poder mudar o mundo com um pequeno desafio. Pensa numa ideia para mudar o mundo e põe-a em acção. Mesmo que tenhas de dar a vida! 2. Dá-te e viverás. O que é que o mundo espera de nós? Nada? Olhemos o mundo à nossa volta: vamos alterar o que não gostamos. É possível? Mas podem-se alterar as pessoas? Os primeiros a mudar temos de ser cada um de nós… Que tal se mostrássemos o amor de Jesus aos que nos rodeiam sem pedir nada em troca? Não é esta uma responsabilidade dos cristãos? Se estamos cansados das “palavras” porque é que custa tanto passar “à acção”? Quem mais poderia mostrar o amor desinteressado pelos outros senão os que têm a Jesus no seu coração? Recordemos o que Jesus fez dos mais esquecidos e dos últimos. Recordemos as acções da primeira comunidade de cristãos. Recordemos Madre Teresa de Calcutá e tantos outros que deram a sua vida a quem passava pelas maiores dificuldades na vida. O que é que nós podemos fazer? 3. Dar a vida por um ideal. Jesus deu a sua vida por cada um de nós. A sua mensagem incómoda fez-se palavra anunciada a tantos homens e mulheres do mundo. Chegou até nós hoje. A sua mensagem de amor passou, de boca em boca, fez-se boa nova de amor, para que vivamos hoje, como irmãos. Nem sempre as coisas correm da melhor maneira. Mas a vida é sempre mais. E basta uma luz, uma luz que seja capaz de se multiplicar, para inundar a nossa cidade, o nosso mundo com a Luz. Que significado teve a ideia do jovem Trevor? Dar a vida por um ideal: até onde estás capaz de ir? Lembra-te de Jesus e dos primeiros cristãos que deram a sua vida pelo Evangelho de Jesus… Que significado tem na nossa sociedade a possibilidade do martírio pelo evangelho? É preciso acreditar em nós e acreditar nos outros. Esta é uma dimensão fundamental da “esperança cristã”: se quisermos, nós podemos. Jesus quer que tenhamos esta esperança que nos salva, como recentemente no-lo indicou Bento XVI (Spe Salvi). (Uma leitura cristã do filme, tirada da Revista «Catequistas», 35, Janeiro de 2008)

O Menino Jesus de Praga

História Esta devoção, embora já muito conhecida, precisa de ser explicada para que o povo todo possa apreciar a sua origem, os seus fundamentos teológicos, a sua importância soberana e a sua utilidade actual.A devoção ao Menino Jesus data de Belém; passou pelos anjos, por Maria e José, pelos pastores e Reis Magos e é continuada pelos santos através dos séculos, seguindo ainda o seu curso sempre ascendente. Tomou uma forma concreta e universal sob o título do Menino Jesus de Praga. E sob este título, essa devoção foi eminentemente carmelitana em sua origem, até que se tornou tesouro universal do cristianismo. É na verdade uma flor delicada e divina que germinou e floriu no jardim do Carmelo e que, desabrochando sob o calor vivificador da Chama Divina, despede pelo mundo inteiro o seu consolador e suave aroma.O CONVENTO DE PRAGAO Soberano Pontífice Paulo V nomeou o venerável P. Domingos de Jesus Maria (Geral dos Carmelitas Descalços e confessor de Sua Santidade), seu Legado junto do Imperador da Áustria, Fernando II, que defendia os direitos de Deus e da Igreja Católica contra o príncipe palatino de Pfalz, encarniçado calvinista, que se apoderou do trono e se fez coroar rei na cidade de Praga. Fernando II pôs toda a sua esperança na intercessão de Maria Santíssima e nas orações do Venerável P. Domingos. No dia da Assunção o Senhor revelou a este santo religioso a vitória dos exércitos católicos. Antes de entrar na batalha, impôs o Escapulário do Carmo ao Imperador da Áustria, ao Duque da Baviera e a todos os soldados; monta a cavalo e, tendo o Crucifixo numa das mãos e mostrando com a outra um quadrozinho da Sagrada Família, que tinha sido profanado pelos hereges, exorta os soldados a implorar a protecção de Maria contra os inimigos do catolicismo. Três horas bastaram para dispersar o grande exército calvinista de 100.000 homens. O Imperador como testemunho de gratidão, fundou conventos de Carmelitas em Viena, Gratz e Praga. É este convento de Praga que o Menino Jesus vai escolher para fazer brilhar o seu poder e amor soberanos.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Ai de mim se não evangelizar

Pois é essa a missão de todo o cristão A segregação do consagrado, não é evasão, é compromisso. Consagração a Deus e nele ao mundo dos seus irmãos os homens. O consagrado não é o único que tem a missão de evangelizar, pois é essa a missão de todo o cristão. Mas quem duvida que o consagrado, que vive sinceramente a sua vocação, seja uma clara afirmação, de que Deus está vivo, num mundo que se empenha em afirmar que Ele morreu? Deste modo, o consagrado é um grito de Deus na noite do mundo. Não pretendais encontrar, neste ou naquele texto do evangelho, uma definição teológica da Vida Religiosa. Tomai o evangelho todo que é Jesus, e empreendei o apaixonante mas difícil caminho de traduzi-lo hoje!

Dia do Consagrado

«PARA MIM, VIVER É CRISTO»
[Fil 1, 21]
«Na tradição da Igreja a vida consagrada é considerada como um singular e fecundo aprofundamento da consagração baptismal, visto que nela a união íntima com Cristo, já inaugurada no Baptismo, evolui para o dom de uma conformação expressa e realizada mais perfeitamente”… e é o Espírito “que forma e plasma o espírito dos que são chamados, configurando-os a Cristo». [João Paulo II]