quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Momentos Carmo Jovem 2008

Momentos Carmo Jovem 2008...

Um ano passou, um ano de projectos, sonhos, risos, choros, alegrias, cânticos, palavras trocadas e lidas, santos, carminhos pautados pelo terno amor de Deus ... É tempo de agradecermos todos os momentos que passamos, olhares que se espelham em espaços nos quais nos encontramos, em que nos lemos como jovens carmelitas a carminho. É tempo de agradecermos o ano que encerra. Nunca agradeceremos demais, nunca louvaremos demais... que este desejo de rever certos momentos de 2008 nos animem transformando-nos naquilo que possamos ser neste jardim florido em 2009... a «estrada se abre passo após passo»... e nos carminhos jovens carmelitas Ele nos espera!

sábado, 27 de dezembro de 2008

«Como a família é verdade!»

«Família de Nazaré… Por misterioso desígnio de Deus, nela viveu o Filho de Deus escondido por muitos anos: é, pois, protótipo e exemplo de todas as famílias cristãs. E aquela Família, única no mundo, que passou uma existência anónima e silenciosa numa pequena localidade da Palestina; que foi provada pela pobreza, pela perseguição, pelo exílio; que glorificou a Deus de modo incomparavelmente alto e puro, não deixará de ajudar as famílias cristãs, ou melhor, todas as famílias do mundo, na fidelidade aos deveres quotidianos, no suportar as ânsias e as tribulações da vida, na generosa abertura às necessidades dos outros, no feliz cumprimento do plano de Deus a seu respeito.
Que São José, «homem justo», trabalhador incansável, guarda integérrimo dos penhores que lhe foram confiados, as guarde, proteja e ilumine.
Que a Virgem Maria, Mãe da Igreja, seja também a Mãe da «Igreja doméstica» e, graças ao seu auxílio materno, cada família cristã possa tornar-se verdadeiramente uma «pequena Igreja», na qual se manifeste e reviva o mistério da Igreja de Cristo. Seja Ela, a Escrava do Senhor, o exemplo de acolhimento humilde e generoso da vontade de Deus; seja Ela, Mãe das Dores aos pés da Cruz, a confortar e a enxugar as lágrimas dos que sofrem pelas dificuldades das suas famílias.
E Cristo Senhor, Rei do Universo, Rei das famílias, como em Caná, esteja presente em cada lar cristão a conceder-lhe luz, felicidade, serenidade, fortaleza.» [João Paulo II]

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

P. Luigi Gaetani, OCD

Estimado y "carissimi amici" del Carmo jovem,
Navidad es siempre una historia de asombro: Dios se hizo humano, la inmensidad se trazó limites, la omnipotencia se hizo niño, el Verbo se convirtió en nuestro hermano...
Que en estas Navidades y a lo largo del año 2009 vivamos nuestra vida como hermanos especialmente para la Iglesia, el mundo, la Orden de nuestra Señora.
Muy felices navidades y un año lleno de gracia a todos.
Roma, Natale 2008
P. Luigi Gaetani, OCD

Natal'08

A Caminho...

«Pelos campos caminham José, Maria

com um Deus escondido, ninguém sabia.

Pelos campos se perdem sonhando o calor

porque agora à tardinha o sol não dá flor.

Olham as flores do campo, flores do olhar

de quem espera o encanto que vai chegar,

onde vêm as flores crescendo ao sol pôr

do luar dos amores de um parto sem dor.

Pelos campos caminham José, Maria

à procura de abrigo que a noite é fria.

Pelos campos caminham José, Maria

com um Deus escondido, ninguém sabia.

Uma estrela brilhante num céu de alegria

guia os caminhantes José e Maria,

por caminhos cansados que à gruta vão dar

vão os dois namorados, estão quase a chegar.

E uma pomba tão branca voa a sorrir

mostrando a quem avança por onde há-de ir.

Já a gruta está perto, já daqui se vê.

Parabéns ao Menino, à Maria e José.

Pelos campos caminham José, Maria

com um Deus escondido, ninguém sabia.

Pelos campos caminham José, Maria

com um Deus escondido, ninguém sabia.»

domingo, 21 de dezembro de 2008

MAGNIFICAT

A minha alma glorifica o Senhor
E o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua Serva:
De hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração
Sobre aqueles que o temem.
Manifestou o poder do seu braço
E dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos
E exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
E aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo,
Lembrado da sua misericórdia,
Como tinha prometido a nossos pais,
A Abraão e à sua descendência para sempre.
Glória ao Pai e ao Filho E ao Espírito Santo,
Como era no princípio,
Agora e sempre. Amen.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Papa escolhe temas das JMJ até Madri 2011

«Enraizados e edificados em Cristo, inabaláveis na fé»: tema desse encontro CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 16 de dezembro de 2008 (ZENIT.org).- O Papa já fixou os temas das três próximas Jornadas Mundiais da Juventude, segundo a Santa Sé deu a conhecer nesta terça-feira. Estes lemas, dois deles tomados das cartas de São Paulo e um do Evangelho, «favorecerão o itinerário espiritual que culminará com a celebração internacional prevista em Madri (Espanha), de 16 a 21 de agosto de 2011», afirma a mensagem. O lema da próxima JMJ, que acontecerá no Domingo de Ramos de 2009, em Roma e em cada diocese, é: «Pusemos nossa esperança no Deus vivo» (1 Tm 4, 10). O da seguinte Jornada, que acontecerá também no âmbito diocesano no Domingo de Ramos de 2010, será «Bom Mestre, o que devo fazer para herdar a vida eterna?» (Mc 10, 17). O da 26ª JMJ 2011, que acontecerá em Madri, será: «Enraizados e edificados em Cristo, inabaláveis na fé» (cf. Col 2, 7).

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Que amo eu, quando Vos amo?

«Que amo eu, quando Vos amo? Não amo a beleza dos corpos, nem a glória temporal, nem a claridade da luz – essa luz a meus olhos tão cara – nem as doces melodias das canções omnímodas, nem o suave cheiro das flores, dos perfumes ou dos aromas, nem o maná ou o mel, nem os membros feitos aos abraços da carne. Nada disto amo, quando Vos amo a Vós. E contudo, amo uma luz, uma voz, um perfume, um alimento e um abraço, quando amo o meu Deus, luz, voz, perfume e deleite do homem interior, onde brilha para a minha alma uma luz que nenhum espaço contém, onde ressoa uma voz que o tempo não arrebata, onde cheira um perfume que o vento não dissipa, onde se saboreia uma comida que sofreguidão alguma fará desaparecer, onde se sente um contacto que a saciedade não desfaz. Eis o que amo, quando amo a Deus.»
[Santo Agostinho]

sábado, 13 de dezembro de 2008

São João da Cruz

Nasceu em Fontiveros, perto de Ávila, Espanha. Foi em Medina del Campo, no ano de 1567, que a Madre Teresa de Jesus o conheceu e ficou prendada das suas qualidades e santidade. Na sequência convida-o para primeiro Carmelita Descalço e fundador entre os frades do novo estilo de vida que ela mesma havia iniciado entre as freiras. No dia 28 de Novembro de 1568, primeiro domingo do Advento, deu-se início oficialmente à nossa Ordem. As rivalidades levaram-no à prisão, durante nove meses, de Dezembro a Agosto. Frei João esteve preso no cárcere conventual de Toledo, quase morrendo de frio no Inverno, quase asfixiando de calor no Verão. Foge na noite de 16 de Agosto, porque não lhe deixaram celebrar Missa de Nossa Senhora. No dia 7 de Dezembro soube que morreria a 14, por ser Sábado, dia de Nossa Senhora. À meia-noite, ouvindo o sino, exclama: "Vou cantar Matinas para o Céu" e adormeceu, dizendo: "Nas Tuas mãos Senhor entrego o meu espírito". Era o dia 14 de Dezembro de 1591, Sábado.

Novena de São João da Cruz | 9.º Dia

Serenidade
Ant. Bem eu sei a fonte que mana e corre, embora seja noite. Aquela eterna fonte não a vê ninguém e bem sei onde é e donde vem, embora seja noite. V. Rogai por nós, Santo Pai, João da Cruz. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oração a São João da Cruz Ó glorioso S. João da Cruz, que vivestes sempre com o desejo de vos assemelhardes a Jesus Cristo, e Este, Crucificado, e nada desejastes com tanto ardor até ao último instante da vossa santa vida, senão manifestardes no vosso corpo a imagem viva do Senhor Jesus Cristo. O vosso coração generoso enchia-se de santa paz no meio dos maiores sofrimentos e aflições. Eu vos peço, pela glória que merecestes por tantos sofrimentos, dignai-vos interceder por nós e ajudai-nos a suportar corajosamente as tribulações e adversidades. Fazei-nos caminhar sempre com os olhos postos na coroa gloriosa que nos está reservada no céu e que o Senhor como justo Juiz nos dará a nós como vos cingiu a fronte, no dia da vossa glória. Do seio de Deus, onde reinais brilhante de glória, escutai, eu vos peço as nossas suplicas e apresentai-as à benevolência com que Deus vos escuta. Obtende-me a graça que vos peço e fazei que eu viva sempre para glória do senhor, seguindo os vossos exemplos na terra, possa eu ser vosso companheiro no céu. Ámen. Meditação do poema de São João da Cruz, o Pastorinho Um Pastorinho, só, está penando, privado de prazer e de contento, posto na pastorinha o pensamento, seu peito de amor ferido, pranteando. Não chora por tê-lo o amor chagado, pois não lhe pena o ver-se assim dorido, embora o coração esteja ferido, mas chora por pensar que é esquecido. Que só o pensar que está esquecido por sua bela pastora, é dor tamanha, que se deixa maltratar em terra estranha, seu peito por amor mui dolorido. E disse o Pastorinho: Ai, desditado! de quem do meu amor se faz ausente e não quer gozar de mim presente, seu peito por amor tão magoado! Passado tempo em árvore subido ali seus belos braços alargou, e preso a eles o Pastor se ficou, seu peito por amor mui dolorido. Comentário A nossa vida sobre a terra deve ser como foi a de Jesus: vida de amor. Por amor incarnou no seio de Maria e por amor entregou os seus belos braços à cruz. Por amor veio à terra, e por amor sofreu nela porque o seu amor pela humanidade, a sua bela Pastora, não foi correspondido. São João da Cruz em toda a sua vida sentiu no coração uma fogueira de amor que o levava a entregar-se aos outros, à Igreja e a Cristo. Foi um homem dum só voo, um pássaro solitário em ásperos caminhos, por isso, com admirável serenidade soube superar as tempestades deste mundo. [in Música Calada em Oração - OCD]

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Novena de São João da Cruz | 8.º Dia

Plenitude

Ant. Bem eu sei a fonte que mana e corre, embora seja noite. Aquela eterna fonte não a vê ninguém e bem sei onde é e donde vem, embora seja noite. V. Rogai por nós, Santo Pai, João da Cruz. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oração a São João da Cruz Ó glorioso S. João da Cruz, que vivestes sempre com o desejo de vos assemelhardes a Jesus Cristo, e Este, Crucificado, e nada desejastes com tanto ardor até ao último instante da vossa santa vida, senão manifestardes no vosso corpo a imagem viva do Senhor Jesus Cristo. O vosso coração generoso enchia-se de santa paz no meio dos maiores sofrimentos e aflições. Eu vos peço, pela glória que merecestes por tantos sofrimentos, dignai-vos interceder por nós e ajudai-nos a suportar corajosamente as tribulações e adversidades. Fazei-nos caminhar sempre com os olhos postos na coroa gloriosa que nos está reservada no céu e que o Senhor como justo Juiz nos dará a nós como vos cingiu a fronte, no dia da vossa glória. Do seio de Deus, onde reinais brilhante de glória, escutai, eu vos peço as nossas suplicas e apresentai-as à benevolência com que Deus vos escuta. Obtende-me a graça que vos peço e fazei que eu viva sempre para glória do senhor, seguindo os vossos exemplos na terra, possa eu ser vosso companheiro no céu. Ámen.
Meditação «Quer coma, quer beba, quer fale, quer faça qualquer outra coisa, ande sempre desejando a Deus» [São João da cruz]. Viver todos os momentos da vida unido a Deus, é o segredo mais seguro para a alegria, a tranquilidade, a fé, a santidade e a plenitude. São João da Cruz conheceu e viveu este segredo, por isso viveu sempre em plenitude e nunca perdeu a serenidade e a paz. Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai.
[in Música Calada em Oração - OCD]

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Santa Maria Maravilhas de Jesus, virgem

Celebramos hoje, a Memória de Maria de las Maravillas de Jesus Pidal y Chico de Guzmán e nasceu em Madrid no ano 1891. Entrou nas Carmelitas Descalças de El Escorial, Madrid (Espanha) no dia 12 de Outubro de 1919. Em 1924, movida por uma inspiração divina, fundou um Carmelo no “Cerro de los Ángeles” (o centro geográfico de Espanha), junto ao monumento do Coração de Jesus,. A esta fundação seguiram-se outras nove na sua pátria e uma na Índia. Concedeu sempre a primazia à oração e à imolação. Tinha verdadeira paixão e zelo pela glória de Deus e pela salvação das almas.
A partir da clausura, e vivendo uma vida pobre, socorreu os necessitados, fomentando iniciativas apostólicas e obras sociais e caritativas.
Ajudou de modo particular a sua Ordem, os sacerdotes e diversas congregações religiosas. Morreu com 83 anos no mosteiro de La Aldehuela (Madrid) no dia 11 de Dezembro de 1974.
Foi beatificada a 10 de Maio de 1998 e canonizada no dia 4 de Maio de 2003 por João Paulo II.

Novena de São João da Cruz | 7.º Dia

Consolação
Ant. Bem eu sei a fonte que mana e corre, embora seja noite. Aquela eterna fonte não a vê ninguém e bem sei onde é e donde vem, embora seja noite. V. Rogai por nós, Santo Pai, João da Cruz. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oração a São João da Cruz Ó glorioso S. João da Cruz, que vivestes sempre com o desejo de vos assemelhardes a Jesus Cristo, e Este, Crucificado, e nada desejastes com tanto ardor até ao último instante da vossa santa vida, senão manifestardes no vosso corpo a imagem viva do Senhor Jesus Cristo. O vosso coração generoso enchia-se de santa paz no meio dos maiores sofrimentos e aflições. Eu vos peço, pela glória que merecestes por tantos sofrimentos, dignai-vos interceder por nós e ajudai-nos a suportar corajosamente as tribulações e adversidades. Fazei-nos caminhar sempre com os olhos postos na coroa gloriosa que nos está reservada no céu e que o Senhor como justo Juiz nos dará a nós como vos cingiu a fronte, no dia da vossa glória. Do seio de Deus, onde reinais brilhante de glória, escutai, eu vos peço as nossas suplicas e apresentai-as à benevolência com que Deus vos escuta. Obtende-me a graça que vos peço e fazei que eu viva sempre para glória do senhor, seguindo os vossos exemplos na terra, possa eu ser vosso companheiro no céu. Ámen.
Meditação «Sede mais amigos de dar aos outros do que a vós mesmos. E assim não haverá nem inveja nem predomínio» [São João da cruz]. Amar a Deus e aos irmãos: dois inseparáveis no coração de todos os que se dizem cristãos. Às vezes pensamos amar os irmãos só porque não fazemos mal. È necessário procurar gratuitamente o seu bem. Amar o mais pequenino dos irmãos é amar a Deus. São João da Cruz aprendeu com Cristo e como mestre nos ensina que amar é fazer sempre o bem. Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai.
[in Música Calada em Oração - OCD]

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Novena de São João da Cruz | 6.º Dia

Humildade
Ant. Bem eu sei a fonte que mana e corre, embora seja noite. Aquela eterna fonte não a vê ninguém e bem sei onde é e donde vem, embora seja noite. V. Rogai por nós, Santo Pai, João da Cruz. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oração a São João da Cruz Ó glorioso S. João da Cruz, que vivestes sempre com o desejo de vos assemelhardes a Jesus Cristo, e Este, Crucificado, e nada desejastes com tanto ardor até ao último instante da vossa santa vida, senão manifestardes no vosso corpo a imagem viva do Senhor Jesus Cristo. O vosso coração generoso enchia-se de santa paz no meio dos maiores sofrimentos e aflições. Eu vos peço, pela glória que merecestes por tantos sofrimentos, dignai-vos interceder por nós e ajudai-nos a suportar corajosamente as tribulações e adversidades. Fazei-nos caminhar sempre com os olhos postos na coroa gloriosa que nos está reservada no céu e que o Senhor como justo Juiz nos dará a nós como vos cingiu a fronte, no dia da vossa glória. Do seio de Deus, onde reinais brilhante de glória, escutai, eu vos peço as nossas suplicas e apresentai-as à benevolência com que Deus vos escuta. Obtende-me a graça que vos peço e fazei que eu viva sempre para glória do senhor, seguindo os vossos exemplos na terra, possa eu ser vosso companheiro no céu. Ámen.
Meditação «Mais vale estar carregado junto do forte que aliviado junto do fraco: quando estás carregado, estás junto de Deus que é a tua fortaleza e estás com os tribulados; quando estás aliviado estás contigo mesmo» [São João da cruz]. No contacto com os outros, precisamos de nos armar com as virtudes da humildade, da compreensão e da paciência. A caridade supõe humildade. Só com esta se consegue a verdadeira felicidade, pois caso contrario viveremos continuamente de alma inquieta. São João da Cruz soube viver em contínua paz no meio da guerra e das turbulências deste mundo. Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai.
[in Música Calada em Oração - OCD]

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Novena de São João da Cruz | 5.º Dia

PAZ
Ant. Bem eu sei a fonte que mana e corre, embora seja noite. Aquela eterna fonte não a vê ninguém e bem sei onde é e donde vem, embora seja noite. V. Rogai por nós, Santo Pai, João da Cruz. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oração a São João da Cruz Ó glorioso S. João da Cruz, que vivestes sempre com o desejo de vos assemelhardes a Jesus Cristo, e Este, Crucificado, e nada desejastes com tanto ardor até ao último instante da vossa santa vida, senão manifestardes no vosso corpo a imagem viva do Senhor Jesus Cristo. O vosso coração generoso enchia-se de santa paz no meio dos maiores sofrimentos e aflições. Eu vos peço, pela glória que merecestes por tantos sofrimentos, dignai-vos interceder por nós e ajudai-nos a suportar corajosamente as tribulações e adversidades. Fazei-nos caminhar sempre com os olhos postos na coroa gloriosa que nos está reservada no céu e que o Senhor como justo Juiz nos dará a nós como vos cingiu a fronte, no dia da vossa glória. Do seio de Deus, onde reinais brilhante de glória, escutai, eu vos peço as nossas suplicas e apresentai-as à benevolência com que Deus vos escuta. Obtende-me a graça que vos peço e fazei que eu viva sempre para glória do senhor, seguindo os vossos exemplos na terra, possa eu ser vosso companheiro no céu. Ámen.
Meditação «Dá-te à tranquilidade afastando de ti os cuidados e não te preocupando com o que acontece; servirás a Deus a Seu gosto e n´Ele gozarás» [São João da cruz]. Muitas pessoas confundem o que fazem com o bem. Mas quem tem uma fé grandiosa vê com os olhos de Deus e descobre o bem e o mal em si e nos outros, tal como Deus o vê. È preciso desconfiar do demónio do mal e unir-se intimamente a Deus tal como em sua vida o fez e o ensinou a fazer São João da cruz. Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai.
[in Música Calada em Oração - OCD]

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Novena de São João da Cruz | 4.º Dia

Paciência

Ant. Bem eu sei a fonte que mana e corre, embora seja noite. Aquela eterna fonte não a vê ninguém e bem sei onde é e donde vem, embora seja noite. V. Rogai por nós, Santo Pai, João da Cruz. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oração a São João da Cruz Ó glorioso S. João da Cruz, que vivestes sempre com o desejo de vos assemelhardes a Jesus Cristo, e Este, Crucificado, e nada desejastes com tanto ardor até ao último instante da vossa santa vida, senão manifestardes no vosso corpo a imagem viva do Senhor Jesus Cristo. O vosso coração generoso enchia-se de santa paz no meio dos maiores sofrimentos e aflições. Eu vos peço, pela glória que merecestes por tantos sofrimentos, dignai-vos interceder por nós e ajudai-nos a suportar corajosamente as tribulações e adversidades. Fazei-nos caminhar sempre com os olhos postos na coroa gloriosa que nos está reservada no céu e que o Senhor como justo Juiz nos dará a nós como vos cingiu a fronte, no dia da vossa glória. Do seio de Deus, onde reinais brilhante de glória, escutai, eu vos peço as nossas suplicas e apresentai-as à benevolência com que Deus vos escuta. Obtende-me a graça que vos peço e fazei que eu viva sempre para glória do senhor, seguindo os vossos exemplos na terra, possa eu ser vosso companheiro no céu. Ámen.

Meditação «Olha que Deus só reina numa alma pacífica e desinteressada» [São João da cruz]. Todo o cristão deve semear à sua volta o bem. Trabalhar e rezar com assiduidade na construção do reino de Deus. Trabalho e oração, no entanto, devem ser sempre acompanhados pela humildade e paciência. São João da Cruz deu fruto apreciado porque se exercitou na humilde pequenez e na paciência de Cristo. Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai.

[in Música Calada em Oração - OCD]

Solenidade da Imaculada Conceição

domingo, 7 de dezembro de 2008

Novena de São João da Cruz | 3.º Dia

Santidade
Ant. Bem eu sei a fonte que mana e corre, embora seja noite. Aquela eterna fonte não a vê ninguém e bem sei onde é e donde vem, embora seja noite. V. Rogai por nós, Santo Pai, João da Cruz. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oração a São João da Cruz Ó glorioso S. João da Cruz, que vivestes sempre com o desejo de vos assemelhardes a Jesus Cristo, e Este, Crucificado, e nada desejastes com tanto ardor até ao último instante da vossa santa vida, senão manifestardes no vosso corpo a imagem viva do Senhor Jesus Cristo. O vosso coração generoso enchia-se de santa paz no meio dos maiores sofrimentos e aflições. Eu vos peço, pela glória que merecestes por tantos sofrimentos, dignai-vos interceder por nós e ajudai-nos a suportar corajosamente as tribulações e adversidades. Fazei-nos caminhar sempre com os olhos postos na coroa gloriosa que nos está reservada no céu e que o Senhor como justo Juiz nos dará a nós como vos cingiu a fronte, no dia da vossa glória. Do seio de Deus, onde reinais brilhante de glória, escutai, eu vos peço as nossas suplicas e apresentai-as à benevolência com que Deus vos escuta. Obtende-me a graça que vos peço e fazei que eu viva sempre para glória do senhor, seguindo os vossos exemplos na terra, possa eu ser vosso companheiro no céu. Ámen.
Meditação «O que nasce do mundo mundo é, e o que nasce da carne, é carne, e o espírito bom nasce do espírito de Deus, o qual não se comunica nem pelo mundo nem pela carne» [São João da Cruz]. As pessoas que sentem e vivem no Espírito Santo, alegram-se nas coisas de Deus e amam-se nas coisas de Deus. São João da Cruz foi um homem interior, sobrenatural e divino, para quem a oração e a contemplação eram tão importantes como a respiração. Imitemo-lo Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai.
[in Música Calada em Oração - OCD]

sábado, 6 de dezembro de 2008

Novena de São João da Cruz | 2.º Dia

Austeridade
Ant. Bem eu sei a fonte que mana e corre, embora seja noite. Aquela eterna fonte não a vê ninguém e bem sei onde é e donde vem, embora seja noite. V. Rogai por nós, Santo Pai, João da Cruz. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oração a São João da Cruz Ó glorioso S. João da Cruz, que vivestes sempre com o desejo de vos assemelhardes a Jesus Cristo, e Este, Crucificado, e nada desejastes com tanto ardor até ao último instante da vossa santa vida, senão manifestardes no vosso corpo a imagem viva do Senhor Jesus Cristo. O vosso coração generoso enchia-se de santa paz no meio dos maiores sofrimentos e aflições. Eu vos peço, pela glória que merecestes por tantos sofrimentos, dignai-vos interceder por nós e ajudai-nos a suportar corajosamente as tribulações e adversidades. Fazei-nos caminhar sempre com os olhos postos na coroa gloriosa que nos está reservada no céu e que o Senhor como justo Juiz nos dará a nós como vos cingiu a fronte, no dia da vossa glória. Do seio de Deus, onde reinais brilhante de glória, escutai, eu vos peço as nossas suplicas e apresentai-as à benevolência com que Deus vos escuta. Obtende-me a graça que vos peço e fazei que eu viva sempre para glória do senhor, seguindo os vossos exemplos na terra, possa eu ser vosso companheiro no céu. Ámen.
Meditação «Deus prefere de ti o menor grau de pureza de consciência a quantas obras possas fazer» [São João da Cruz]. Duas virtudes agradam imenso ao Senhor nos seus santos: a pureza de coração e a conversão contínua que se manifesta na penitência evangélica. São João da Cruz viveu com insistência estas duas virtudes e diz-nos que uma não pode ser vivida sem a outra. Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai.
[in Música Calada em Oração - OCD]

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Novena de São João da Cruz | 1.º Dia

Fortaleza
Ant. bem eu sei a fonte que mana e corre, embora seja noite. Aquela eterna fonte não a vê ninguém e bem sei onde é e donde vem, embora seja noite. V. Rogai por nós, Santo Pai, João da Cruz. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oração a São João da Cruz Ó glorioso S. João da Cruz, que vivestes sempre com o desejo de vos assemelhardes a Jesus Cristo, e Este, Crucificado, e nada desejastes com tanto ardor até ao último instante da vossa santa vida, senão manifestardes no vosso corpo a imagem viva do Senhor Jesus Cristo. O vosso coração generoso enchia-se de santa paz no meio dos maiores sofrimentos e aflições. Eu vos peço, pela glória que merecestes por tantos sofrimentos, dignai-vos interceder por nós e ajudai-nos a suportar corajosamente as tribulações e adversidades. Fazei-nos caminhar sempre com os olhos postos na coroa gloriosa que nos está reservada no céu e que o Senhor como justo Juiz nos dará a nós como vos cingiu a fronte, no dia da vossa glória. Do seio de Deus, onde reinais brilhante de glória, escutai, eu vos peço as nossas suplicas e apresentai-as à benevolência com que Deus vos escuta. Obtende-me a graça que vos peço e fazei que eu viva sempre para glória do senhor, seguindo os vossos exemplos na terra, possa eu ser vosso companheiro no céu. Ámen.
Meditação
«Que Cristo crucificado lhe baste e com Ele sofra e descanse» [S. João da Cruz]. Não há vida que não seja marcada pelo sofrimento, portanto, viver é sofrer. È necessário aprender a sofrer cristãmente, ciência admirável que se aprende com Maria junto da cruz de Jesus. S. João da Cruz aprendeu e praticou excepcionalmente esta doutrina. Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai.
[in Música Calada em Oração - OCD]

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Advento: tempo de Esperança...

Jovens carmelitas, sentinelas da luz, continuemos vigilantes neste tempo de Advento, neste tempo de Esperança… Sejamos neste tempo de Advento mensageiros da luz. Que esta luz aqueça o nosso coração e que este se mantenha desperto para O receber. Acolhamos Aquele que esperamos com tanta impaciência e amor. VEM SENHOR JESUS!
Na enseada Noite… Sendo noite, é preciso que adoptemos a luz! Sendo noite, é preciso que reavivemos a esperança na «chama de amor viva»! Sendo noite, é urgente não privilegiar ataques de intolerância! Mesmo sendo noite, não poderemos deixar que este negro véu cubra a aragem da terra. Mesmo sendo noite, um só sentido nos unirá! Mesmo sendo noite, uma só luz nos aquecerá! Na noite das encruzilhadas dos caminhos percorridos como sentinelas nos colocaremos. Na noite das encruzilhadas dos caminhos percorridos, só o sentido do silêncio privilegiaremos para o receber. Na força da escuridão da noite que tentamos desvanecer? - Perduram sinais que incentivam a perseverar. Na força da escuridão da noite O que aprisionamos? - Perduram sinais que nos incentivam a amar. Na força da escuridão da noite evocaremos sem cessar… Vem Senhor Jesus, embelezar o gigantesco formigueiro humano antes que entre em ebulição. Vem Senhor Jesus, antes que anoiteça sem anoitecer em Ti. Vem Senhor Jesus, fortalecer a nossa fé, animar e avivar a nossa confiança! Vem Senhor Jesus, permanece na nossa pequena gota e jorra torrentes de água viva em nós filhos de Maria. Vem Senhor Jesus, porque sem Ti não há horizonte! Vem Senhor Jesus; e empenha-nos no aqui e agora a sermos neste tempo do Advento: Mensageiros da Luz!

A noite cai lentamente, crónica do retiro

A noite cai lentamente, a porta da cela abre-se ao mundo e o coração encara com muita força e coragem a estrada da vida… É assim que termina o nosso retiro de silêncio, durante o qual estivemos, quais monges eremitas, dentro das celas do Castelo Interior da nossa alma. O sábado amanheceu chuvoso e frio, tendo-nos obrigado a alterar o plano cativante de silenciar diante da beleza da criação, lá em cima, no monte do Castelinho, trocando-o pela música calada do Convento. Talvez o Pai nos quisesse dizer alguma coisa diferente daquela que estávamos à espera… Logo no início do caminho (interior, porque desta vez a carminhada era dentro de nós), o Frei João expressou verbalmente o que vínhamos vivendo nos últimos dias: o retiro já começou! Começou no momento em que nos predispusemos a vir, no momento em que marcamos nas nossas agendas esta data, ou mesmo, cada vez que abríamos o blog e líamos o que os nossos guias nos iam deixando para reflectir… Toc! Toc! Toc! “Eu estou à porta e chamo, quem me abrir a sua porta, eu entrarei e cearei com ele”. Era Jesus, que vinha desde há muito a bater à porta do nosso coração e esta era a oportunidade de lha abrirmos. Fomos desde o início alertados que, abrindo a porta, poderíamos fazer uma viagem com duas possibilidades: descobrirmos coisas maravilhosas sobre Deus, nós e os outros; ou olhar para algumas feridas por sarar, que no dia-a-dia se encontram protegidas pela enumerável quantidade de solicitações que nos ocupam. Fosse qual fosse a viagem, uma coisa era certa: não estávamos sós! Feito o aviso, ninguém olhou para trás ou quis recuar um passo, e foi a mais nova do grupo que falou convictamente: eu estou disposta a ficar toda a tarde de silêncio na cela com o Santíssimo! Depois disto, quem teria coragem de desistir? Não era o nosso Mestre que nos dava sempre o exemplo dos mais pequeninos? Tomada a decisão, o Frei João explicou a razão da existência de uma mala de viagem vazia no centro da sala: cada um deixaria ali os utensílios que habitualmente nos metem em contacto com o mundo e não nos deixam livres para ouvir a voz do Espírito: telemóveis (os pessoais e os do trabalho); mp3; máquinas fotográficas e … inclusivamente o portátil do Ricardo. Começava assim a tarde de oração silenciosa na presença do Santíssimo Sacramento a “quem falámos como a um Amigo” e alguns até deram cambalhotas…uns com o corpo todo, outros apenas com a vida. Outros ainda, com a vida diante de Deus, bailaram, ao jeito das lindas borboletas, que antes de o serem, são apenas feios casulos. Valia tudo, desde que se entrasse na casa da nossa alma para ver, ouvir e sentir o que Deus nos queria mostrar em cada compartimento, começando pelo mais sombrio e frio até ao mais luminoso. No final, rezámos juntos a oração da tarde com as nossas vidas simbolicamente representadas em diversos objectos colocados diante do Santíssimo: rezámos, cantámos, partilhámos… À noite, para afugentar o frio, como filhos de Maria que somos, rezamos o terço com meditações sobre Maria do Monte Carmelo, em peregrinação pelos claustros do Convento. E, no final, tivemos um momento de convívio, em que se cultivou a amizade que a nossa Madre Teresa tanto recomendava àqueles que são amigos de Deus: com histórias, canções, conversas, brincadeiras à luz e calor da lareira (mesmo com algum fumo à mistura). No Domingo, dia do Senhor, reflectimos a partir de um texto “meio tosco”, segundo o Frei João, mas muito profundo, sobre a Eucaristia. Convidava-nos a colocar no Altar todo o esforço do dia-a-dia, não só o nosso mas o de toda Humanidade, como uma elevada acção de graças. Um texto que não se entendeu à primeira, mas que ficou para ser lido e relido, e para assim, depois de voltarmos às nossas casas, podermos continuar a procurar viver com maior perfeição a Eucaristia. E foi deste modo que, quase já a terminar o nosso retiro, nos reunimos como irmãos na mesma Capela onde tínhamos vivido em companhia silenciosa do nosso Amigo, para essa oferenda de acção de graças: a Eucaristia. Preparada com simplicidade, vivida com naturalidade e desde o interior, deu lugar a momentos de partilha e silêncio, e ainda a surpresas que alegram os irmãos! E quantos abraços tão profundos! E antes de partir de viagem, como já se rasgava timidamente o sol, subimos até à mata para deixar algum registo, que não fosse só o da memória do coração, a foto de família, ora de frente…ora de lado…ora de costas… ;) E depois…partirmos… A noite cai lentamente, a porta da cela abre-se ao mundo e o coração encara com muita força e coragem a estrada da vida…deixando ecoar um grande OBRIGADA no carminho!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Paulo, o revolucionário (I)

Entrevista com Romano Penna, docente de Novo Testamento na Lateranense Por Renzo Allegri

ROMA, segunda-feira, 1º de dezembro de 2008 (ZENIT.org).- Desde 29 de junho de 2008 se celebra o Ano Paulino, com manifestações, conferências, congressos e celebrações litúrgicas que se sucedem em todas as Igrejas do mundo para recordar os dois mil anos do nascimento do apóstolo Paulo, o maior missionário de todos os tempos.

Em Roma, encontramos Dom Romano Penna, considerado um dos maiores especialistas na vida e nas obras de Paulo de Tarso. Dedicou sua vida de pesquisador e professor universitário ao apóstolo dos povos, publicando vários livros que se distinguem por seu rigor científico e exposição apaixonada, apresentada com uma linguagem cativante e moderna. São fundamentais suas exegeses das diversas cartas do apóstolo, em especial os três consistentes volumes sobre a Carta aos Romanos e seu belíssimo ensaio «O DNA do cristianismo». Por ocasião de seus 70 anos, os mais renomados biblistas do mundo colaboraram na redação de um volume de 500 páginas titulado «Novo Testamento: teologias em diálogo cultural. Escritos em honra de Romano Penna em seu 70º aniversário».

– Comecemos com uma pergunta ligada a estes dois mil anos. Sabe-se qual é o ano exato do nascimento de São Paulo? – Penna: Não. O Ano Paulino que celebramos se fundamenta em uma hipótese tradicional, segundo a qual Paulo teria nascido em torno do ano 8 d.C. Mas são só hipóteses. Além do mais, não se conhece com precisão nem sequer o nascimento de Cristo. Em minha opinião, Paulo era contemporâneo de Jesus.

– Onde ele nasceu? – Penna: Em Tarso, capital da Cilícia, de pais judeus de observância farisaica. Os Atos dos Apóstolos o consideram cidadão romano e ele diz que o era por nascimento. Por isto, junto ao nome judaico de Saulo, tinha também o nome romano de Paulo.

– Ele pertencia a uma família rica? – Em uma carta sua, diz que ganhava a vida fabricando tendas. Em geral, naquele tempo, os filhos aprendiam o ofício do pai e se supõe que o pai de Paulo desempenhava este trabalho. Era um ofício normal, do povo, que permitia viver e manter a família, nada mais.

– Que tipo de educação recebeu em sua família? – Penna: Os pais de Paulo eram judeus da diáspora, ou seja, judeus que, obrigados pelas perseguições e por outras razões, migraram longe de sua terra, mas se mantinham fiéis às suas tradições. Paulo estava circundado, foi educado e instruído na observância da lei mosaica. Mas sendo Tarso uma cidade cosmopolita, quando saía de casa, o jovem respirava uma atmosfera helênica e aberta a diversas culturas. Em sua família, falava hebraico e aramaico, mas fora de casa, grego. Cresceu, portanto, com uma mentalidade aberta. Pelo menos até os 12 ou 13 anos.

– E depois? – Penna: A essa idade se mudou para Jerusalém para dedicar-se totalmente ao estudo da Torá, sob a guia do rabino Gamaliel o Velho, conhecidíssimo mestre. Desde então, seu interesse intelectual se dirigiu só e exclusivamente à lei judaica e à cultura israelense.

Ingrid Betancourt e Santa Teresinha

Ingrid Betancourt, ex-candidata presidencial da Colômbia e refém durante mais de seis anos das FARC, foi libertada em Julho passado na selva colombiana. A notícia impressionou o mundo, e teve um enorme eco na imprensa mundial. Foi depois recebida em audiência papal por Bento XVI, visitou o Santuário de Lourdes e esteve em Lisieux. Em todos os lugares manifestou o seu agradecimento ao Senhor e falou sempre em favor da libertação dos reféns políticos. No seu livro « La rage de vaincre» oferece aos leitores um precioso testemunho sobre a sua veneração a Santa Teresinha, a partir da dura experiência que lhe coube viver; escreve: «Sempre me seduziu a expressão do amor absoluto, o abandono de si mesmo a Deus. A vida de Teresa de Lisieux é para mim a expressão desta força enorme, da absoluta certeza de que Deus está do nosso lado […] Como mulher adulta descobri que existe uma imensa liberdade de não nos agarrarmos à vida — não pelo gosto da morte, mas por amor. E é isso mesmo que me parece inaudito quando o ser se realiza verdadeiramente…»

domingo, 30 de novembro de 2008

A oferenda

Visto que, uma vez mais, Senhor, já não nas florestas do Aisne, mas nas estepes da Ásia, não tenho nem pão, nem vinho, nem altar, elevar-me-ei acima dos símbolos até à pura majestade do real, e oferer-Vos-ei, eu, vosso sacerdote, no altar da terra inteira, o trabalho e a dor do mundo. O sol acaba de iluminar, ao longe, a franja extrema do primeiro Oriente. Uma vez mais, sob o pano movente dos seus lumes, a superfície viva da terra desperta, estremece, e recomeça o seu labor tremendo. Colocarei na minha patena, ó meu Deus, a colheita esperada deste novo esforço. Derramarei no meu cálice e seiva de todos os frutos que serão hoje esmagados. O meu cálice e a minha patena são as funduras de uma alma largamente aberta a todas as forças que, dentro de um instante, se elevarão de todos os pontos do Globo e convergirão a caminho do Espírito. – Venham, pois, a mim a recordação e a presença mística daqueles que a luz desperta para uma nova jornada! Um a um, Senhor, que eu os veja e os ame, aqueles que me destes como arrimo e encanto naturais da minha existência. Um a um, também, quero contá-lo, aos membros dessa outra e tão querida família que, pouco a pouco, à minha volta, foram reunidos a partir dos elementos mais díspares pelas afinidades do coração, da investigação científica e do pensamento. Mais confusamente, mas todos sem excepção, evoco ainda aqueles cuja concentração anónima forma a massa inumerável dos seres vivos: os que me rodeiam e me apoiam sem que eu na verdade ou através doo erro, à sua mesa de trabalho, no seu laboratório ou na fábrica, acreditam no progressos das coisas, e hoje apaixonadamente correrão atrás da luz. Esta multiplicidade agitada, toldada ou distinta, cuja imensidão nos assombra, este Oceano Humano cujas oscilações lentas e monótonas lançam a perturbação nos corações mais crentes - quero que neste momento o meu ser ressoe do seu murmúrio profundo. Tudo o que aumentará no Mundo, ao longo deste dia, tudo o que diminuirá – tudo o que morrerá, igualmente -, eis, Senhor, o que me esforço para acolher em mim para Vo-lo estender; eis a matéria do meu sacrifício, o único de que tenhais vontade. Outrora, eram traduzidas ao vosso templo as premissas das colheitas e a flor dos rebanhos. A oferenda que verdadeiramente esperais, aquela de que misteriosamente necessitais a cada dia para apaziguar a vossa fome, para estancar a vossa sede, é nada menos do que o crescimento do Mundo arrebatado pelo devir universal. Recebei, Senhor, esta Hóstia total que a Criação, movida pelo vosso apelo, Vos apresenta na nova aurora. Este pão do nosso esforço não é, por si próprio, bem o sei, mais do que uma imensa desagregação. Este vinho da nossa dor não é ainda por desgraça, mais do que uma bebida dissolvente. Mas, no fundo desta massa informe, Vós pusestes – tenho a certeza, porque o sinto – um desejo irresistível e santificador que nos faz gritar a todos, do ímpio ao fiel: “ Senhor, fazei-nos um!” Porque, à falta do zelo espiritual e da sublime pureza dos vossos santos, Vós me destes, ó meu Deus, uma simpatia irresistível por tudo o que se move na matéria obscura – porque, irremediavelmente reconheço em mim, bem mais do que um filho do Céu, um filho da terra -, subirei, hoje, em pensamento, aos altos lugares, carregado com as esperanças e as misérias da minha mãe; e daí – com a força de um sacerdócio que só Vós, como creio, me destes - , sobre tudo o que, na Carne Humana, se prepara para nascer ou perecer sob o Sol que se ergue, invocarei o Fogo. [Teilhard de Chardin]

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Retiro de silêncio - Indo contigo!

Retiro de silêncio - Estaremos unidos!

«Unamo-nos para fazer dos nossos dias uma comunhão contínua: pela manhã, acordamos no Amor e, durante todo o dia, entreguemo-nos ao Amor, isto é, fazendo a vontade de Deus, sob o seu olhar, com Ele, n’Ele e só por Ele. Entreguemo-nos o tempo todo da maneira que Ele quiser. E depois, ao chegar a noite, depois de um diálogo de amor que nunca termina no nosso coração, adormeçamos ainda no Amor» [Isabel da Trindade].

AMIGOS, como sabeis estaremos em retiro de silêncio junto do Menino Jesus em Avessadas Marco de Canaveses nos próximos dias 29 e 30 de Novembro. O retiro de silêncio é um momento privilegiado de oração, de encontro com Deus, nosso Pai, connosco mesmos e com os outros. Pedimos-vos a vossa oração para que seja um tempo de graça, de glória para todos nós. Porque nos encontraremos no silêncio, estaremos em comunhão. Lembrar-nos-emos de todos vós nas nossas orações, nos momentos de silêncio, de acção de graças e louvor. Estaremos unidos: vós na luta, nós no silêncio e na oração.

Dia da Fundação da Ordem do Carmo Descalço

«Nas coisas que faço por DEUS, não quero recompensa de ninguém. Só d´Ele!» [São João da Cruz]
Decorria o ano de 1568, quando nascia o primeiro convento do Carmo Descalço, a primeira comunidade da família carmelita.
Leitura do Livro das fundações escrito por Santa Teresa de Jesus «Saímos de manhã para Duruelo, mas como não sabíamos o caminho perdemo-nos. E, sendo o lugar pouco conhecido, ninguém sabia dar indicações precisas. Quando entrámos na casa, estava de tal maneira que não nos atrevemos a ficar ali naquela noite. Tinha um portal razoável, uma sala, um sótão e uma pequena cozinha. Pensei que do portal se podia fazer uma igreja, o sótão servir bem para o coro e a sala para dormir. As minhas companheiras diziam-me: «Madre, não há com certeza, homem, por santo que seja, que resista a viver nesta casa». Mas Frei João da Cruz concordava com a pobreza da casa para convento. Combinámos, pois, que o padre Frei João da Cruz fosse acomodar a casa para poderem entrar. Tardou pouco o arranjo da casa, porque ainda que se quisesse fazer muito, não havia dinheiro. No primeiro Domingo do Advento deste ano de 1568 celebrou-se a primeira Missa naquele pequeno portal de Belém. Chamo-lhe assim, porque não creio que fosse melhor do que o presépio. Os quartos tinham feno por cama, porque o lugar era muito frio, e, pedras por cabeceira. Muitas vezes depois de rezarem levavam muita neve nos hábitos que neles caíam pelos buracos do telhado. Iam pregar a muitos lugares próximos dali, o que me deixou muito contente. Iam descalços e com muita neve e frio; porque no princípio, não usavam calçado, como mais tarde lhes mandaram. Em tão pouco tempo, alcançaram tanta estima das pessoas, nunca lhes faltava alimentos, pois traziam-lhes mais do que o necessário. Isto foi para mim grande consolo, quando o soube. Praza ao Senhor fazê-los perseverar no caminho que agora começaram».
Oração
Senhor, nosso Deus,
que chamastes S. João da Cruz ao Carmo
para o fazerdes experimentar a doçura do vosso amor
e o constituístes pai espiritual duma multidão de filhos e filhas,
fazei que, seguindo o seu exemplo e doutrina na Subida do Monte Carmelo,
pela senda da fé, da esperança e do amor,
iluminados na Noite Escura pela Chama Viva do vosso amor,
alcancemos a perfeita liberdade dos vossos filhos,
para entoarmos um dia o Cântico Espiritual
que para sempre ressoa nas moradas eternas.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A Ajuda do silêncio

«Optaram radicalmente pelo silêncio e vivem plenamente felizes. Abandonaram tudo por uma coisa maior e mais atractiva do que aquilo que já tinham. O dia de hoje é dedicado pela Igreja aos mosteiros de clausura. No frenesim em que andamos, a vida contemplativa é uma espécie de oxigénio: centra-nos no essencial. A este propósito posso contar a história verdadeira de duas amigas minhas, ambas com carreiras profissionais brilhantes, que deixaram tudo, abandonaram o mundo em que viviam e foram para freiras de clausura rigorosa. Uma delas é francesa e a outra é portuguesa. A francesa era jornalista de sucesso numa rádio de Paris e, habituada a viajar pelo mundo. Apesar de uma vida preenchida, deixou tudo e vive hoje no meio dos Alpes, como eremita num mosteiro de rigoroso silêncio, inspirado na experiência da Cartuxa. A outra amiga portuguesa, com uma vida social intensa e uma carreira promissora no campo das relações internacionais, foi para carmelita há mais de dez anos e vive para sempre atrás das grades da clausura. Ambas optaram radicalmente pelo silêncio e vivem plenamente felizes. Abandonaram tudo por uma coisa maior e mais atractiva do que aquilo que já tinham. Algo — garantem elas e muitos outros contemplativos espalhados pelo mundo — que só é possível alcançar no meio do silêncio. Que bom que é para todos nós a vida dos contemplativos!» [Aura Miguel]

domingo, 23 de novembro de 2008

Retiro de silêncio - Laurinda Alves

«Preciso de um silêncio diário, para juntar o que em mim anda disperso; por isso vou à missa todos os dias, desde há três anos. Preciso daquelas frases que dão sentido ao dia. Sou eu que quero. Ninguém me impôs. É um compromisso comigo própria, que abre outras portas de fidelidade: ao que amamos, àqueles com quem trabalhamos. Estas fidelidades contagiam-se. O silêncio é regenerador, provocador. Quanto mais a vida profissional é agitada, mais necessidade há de silêncio, para poder responder a todas as solicitações. O silêncio é vital. Daí que eu sinta a necessidade, por exemplo, de fazer retiros de silêncio. Ajuda-me a viver, a recuperar, a enfrentar dificuldades familiares, a fazer caminho. O silêncio é de introspecção, mas é muito mais de relação. Se há quinze anos me dissessem que eu precisava de silêncio, eu pensava que estavam doidos. A vida vai-se desenhando e leva-nos por caminhos que não sonhámos. (…)» [Laurinda Alves]

JESUS CRISTO, Rei e Senhor do Universo!

Neste Domingo, celebramos a Solenidade de JESUS CRISTO, Rei e Senhor do Universo. Neste Domingo tudo e todos, leituras e pessoas nos falam do amor, do cuidado, do carinho d´Ele por cada um de nós num hoje e num amanhã… Jovem carmelita, sabias que fomos e somos em cada novo dia chamados ao Amor? Chamados tal como foram os discípulos de Jesus. Chamados a edificar, a semear na história das nossas vidas a semente do amor! Admirável. Deixemos que esta semente enraíze em terra fértil, cresça forte no mundo que há-de vir… Num agora em que a noite cai, o dia declina e a luz da ponte que vejo da minha janela transforma o meu olhar, tudo muda neste entardecer. Tudo muda e parece ficar refulgente. Vivamos toda a nossa vida pautados pela máxima legada por São João da Cruz e que de uma forma peculiar a ouvi neste fim-de-semana: «No entardecer da vida seremos examinados pelo amor!» É no silêncio que encontramos as palavras que irrompem d´Ele. Palavras que são sementes! Que as possamos colher no entardecer da nossa vida, onde o encontro, o tempo breve em que todas as coisas simples em que meditamos nos falam d´Ele. Neste olhar o silêncio das palavras germina num já… E é no silêncio que as encontraremos. OBRIGADA!

sábado, 22 de novembro de 2008

Etty Hillesum - importância do silêncio

Agora, preciso de me ajoelhar, às vezes de repente, até mesmo numa noite fria de inverno, em frente à minha cama. E o «escutar-se». O deixar-me guiar, não mais por aquilo que me atinge exteriormente, mas por aquilo que emana de dentro de mim. Ainda é só um começo. Eu sei. Mas não um começo desequilibrado, já tem alicerces.
Etty Hillesum, Diário, Assírio & Alvim.

Já não ia tão só.

Um jovem pôs-se a caminho. Como não é fácil o caminho cansou-se. Cansado de tanto caminhar, encontra um espaço para tranquilizar. Encontra um banco do jardim a seu lado uma árvore. A frescura e o lugar ameno convidam ao descanso. Senta-se na ânsia de retemperar forças. A natureza chilreava ao seu redor… O caminho fora longo, nem sempre recto e por vezes muito estreito. Sentia-se desprotegido na aventura começada. Pensava em desistir quando um Amigo de nome Jesus se faz encontrado.
Jesus: Olha para mim e tudo te parecerá mais fácil. Diz-me quem és!… Porque estás cansado? Será que sentes que caminhas só?
Rapaz: Ando preocupado, Jesus. Pergunto-me: devo abandonar todas as coisas para Te seguir?
Jesus: Sabes, o caminho é o abandono e a confiança. Abandona-te nas mãos do Pai. Nesse abandono não te enchas de muitas coisas. O que levas nessa mochila?
Rapaz: Tudo o que preciso para ser feliz, tudo o que faz de mim aquilo que sou, toda a minha história, toda a minha vida, família, amigos, trabalho... tudo!
Jesus: Eh!!!!! Não caminhes com muita coisa. O melhor de tudo é nada possuir. Carregas menos e caminhas melhor. No nada encontrarás o Tudo. No caminho encontrarás a paz e o conforto… Não te percas em recordações. Silencia diante do Pai.
Rapaz: Mas, como é possível. Neste caminho estou tão solitário! O silêncio perturba-me, inquieta-me, desassossega! Obriga-me a desinstalar-me!
Jesus: Sê forte. Já te disse que tens de confiar, e que chegarás mais longe quanto menos carregares. Deves agir por amor a Deus. Elimina os desejos da tua própria vontade. «Que não se faça a tua vontade mas a vontade do Pai». Aí te encontrarás e serás ditoso!
Rapaz: Mas isso supõe muito desconforto e até sofrimento. Queres que sofra. Que me aconselhas? Como devo continuar o caminho?
Jesus: Crê em mim. Quando sentes que a tua alma sofre crê que estou mais junto de ti. Quando estás mais fraco, a minha presença torna-se mais forte. O Amor está mais contigo. Em segredo Ele te ensinará a amar. A Sua missão é fazer-te forte na debilidade. Entrega-te totalmente nas asas do espírito e a mansidão regressará ao teu coração!
Rapaz: Vejo que tenho de travar uma longa batalha… não sei se serei capaz!
Jesus: Não estás só! Mas estás muitas vezes fazendo-te guerra a ti mesmo. Busca-te em Mim e em Mim alcançaras a glória! Enraíza-te. Ama o silêncio! O recolhimento tudo te ensinará. Encontra-te n´Ele, acolhe-O em ti. E o teu caminho será de paz.
Rapaz: Sabes, Jesus, não quero ir para a presença de Deus, nosso Pai, como alguém que ainda não começou a servi-l’O. Por isso o meu coração abraça a Noite e faz dela certeza do caminho.
Jesus: Tem calma. Não sabes como eu acalmei as tempestades e alisei os caminhos para os meus amigos. No fim todos me abandonaram, mas eu não deixei de os amar! Aproveita a pobreza, o sofrimento, a discrição do amor porque aí habita Deus. Não temas. Já reparaste que os campos também têm beleza no Inverno? Só Deus sabe o que é bom para ti. Ama a oração solitária porque aí estou mais em Ti.
Rapaz: É tão difícil. Aprendi demasiado a andar com os outros e agora não vejo ninguém como eu! Como devo fazer?
Jesus: Ama o amor que te leguei. Ama a Cruz. Age com transparência na presença de Deus e o teu coração estará seguro. Esse é o caminho …
Rapaz: Jesus, na escuridão da Noite dobro os meus joelhos ante ti, e entrego-me inteiramente à vontade do Pai!
E o rapaz prosseguiu o seu caminho. Já não ia tão só.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Não tenhas medo de Viver!

Não tenhas medo de viver! O primeiro a saltar o muro foi Deus. Foi Ele que lançou a pedra da liberdade contra as vitrinas do futuro. Portanto, não tenhas medo de viver. A partir de hoje, o primeiro homem é o próprio Deus. Não tenhas, pois medo de viver! Não tenhas medo! Foi Deus o primeiro a passar a noite, esteve de vigia à claridade quando o túnel saía do seu poço. Não tenhas medo de viver! A partir de hoje, o primeiro homem é o próprio Deus. Não tenhas, pois medo de viver! Não tenhas medo! Foi Deus o primeiro a vencer a morte. Não tenhas, pois, medo de viver! A partir de hoje, o primeiro homem é o próprio Deus. Não tenhas, pois, medo de viver! Não tenhas medo! Deus já matou o medo. Chegou a altura em que as portas da cárcere Se abrem de manhã como as flores. Não tenhas medo. Que, a partir de hoje, O primeiro home é o próprio Deus. Não tenhas, pois, medo de viver! J. Debruynne

Retiro de silêncio - Laurinda Alves

«Conhecendo-me como conheço sei que tenho a tentação de escapar a tudo o que me querem impor e, daí, a minha gratidão comovida a quem um dia se lembrou de me desafiar a ter estas conversas no silêncio. E é disso mesmo que se trata: de uma longa conversa, viva e desafiadora, sobre o essencial, no sentido de pôr a vida em perspectiva, de arrumar melhor as ideias, de ler o passado recente e projectar o futuro próximo. Uma longa conversa no sentido metafórico, de quem sabe que é possível manter um diálogo interior que interpela e leva mais longe, mas também no sentido literal porque falamos todos os dias com quem nos orienta e ouvimos este mesmo orientador falar várias vezes por dia, nas pequenas conferências que antecedem os tempos de meditação. O silêncio, neste enquadramento e com esta exigência de profundidade, faz todo o sentido e não é nenhuma provação. Muito menos uma penitência. O objectivo é desligar da confusão, reduzir os excessos, diluir os barulhos, eliminar os ruídos na comunicação, depurar as conversas e limpar o olhar. Só isto. Para quem está de fora, o silêncio pode parecer um teste ou uma prova olímpica de endurance mas, para quem está dentro, o silêncio sai sem esforço». [Laurinda Alves]

RETIRO EM SILÊNCIO [29 e 30 de Novembro – Avessadas]

Jovem Carmelita, um lema para ti:

Anima-te e vem silenciar… É no silêncio que te tornas mais autonomo, educado no pensar… mais livre para poderes agir!

O Mestre espera por ti…

Entrega-lhe: Os teus dias e projectos, trabalho e descanso, provações e fadigas, tristezas e alegrias, lutas e fracassos, TUDO… Dá-lhe tudo, absolutamente tudo. Nada conserves tudo só para ti! Torna-te numa alma com DEUS!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Etty Hillesum

Dentro de mim há um poço muito fundo. E lá dentro está Deus. Às vezes consigo lá chegar. Mas acontece mais frequentemente haver pedras e cascalho no poço, e aí Deus está soterrado. Então é preciso desenterrá-lo. Imagino que há pessoas que rezam com os olhos apontados ao céu. Esses procuram Deus fora de si. Há igualmente pessoas que curvam profundamente a cabeça e a escondem nas mãos, penso que essas procuram Deus dentro de si.
Etty Hillesum, Diário, Assírio & Alvim.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Bento XVI fala aos jovens

«Queridos jovens, colocai Jesus no centro da vossa vida e recebereis d’Ele luz e valentia»
[Bento XVI]
Em preparação para a Solenidade de Cristo Rei (próximo Domingo, último do Tempo Comum) o Papa Bento XVI deixou nesta quarta-feira, dia 19 de Novembro, um conselho aos jovens presentes na Praça de São Pedro. Esta exortação é para nós também…

São Rafael Kalinowski

«Amava tanto sua Pátria que por ela sacrificou a sua vida» [João Paulo II, na homilia de canonização de 1991]

«Naquelas velhas imagens, uma chama-me particularmente a atenção: o Menino Jesus espera docemente, porque quer encontrar uma digna morada no coração humano. Para começar, é o nosso próprio Salvador que arruma o nosso coração, purifica-o, fortalece-o e adorna-o com a sua graça; por fim, o Divino Menino entra nele e encontra uma morada agradável… Menino Jesus perdoa os pecados do homem, e dá-lhe força para que se possa revestir de virtudes; concedei-lhe as vossas bênçãos». [São Rafael Kalinowski]

http://carmojovem.blogspot.com/2007/11/so-rafael-kalinowski.html

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Escuta-O, repousa n´Ele!

«Um jovem sonha que entra numa grande loja. Atrás do balcão encontra-se um anjo. O jovem pergunta: - Que vendes aqui? - Tudo o que quiseres – responde sorridente o anjo. Então o jovem começa a dizer coisas, umas atrás das outras... - Se vendes tudo o que eu quiser, então eu quero que terminem todas as guerras no mundo, que se elimine todo o tipo de pobreza, que todos os marginalizados se possam integrar na sociedade, que a Igreja seja realmente fraterna e servidora, que… - Um momento! – O anjo corta-lhe a palavra. – Talvez não tenhas compreendido bem, ou eu não me expliquei bem. Aqui não vendemos frutos, somente vendemos sementes». Colher os frutos depende de cada um de nós. Depende de mim, de ti. Anima-te a semear as sementes que recebes em cada novo dia, e espera o recolher da colheita. Silencia diante de Deus. Escuta-O, repousa n´Ele e encontrarás o silêncio da eternidade. Torna-te uma jovem alma carmelita presente em Deus e encontrarás a dom da paz!

domingo, 16 de novembro de 2008

ORAÇÃO DA SEMANA DOS SEMINÁRIOS

Deus santo, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, Vós criastes o mundo pela vossa primeira e última palavra E pela primeira e última o salvastes; Lançai no coração dos nossos jovens sementes de amor, capazes de crescer e de fazer deles agentes do vosso desígnio de salvação. Vós chamastes profetas para dizer palavras de verdade, justiça e caridade ao povo que, por amor, escolhestes e reunistes. Colocai as vossas palavras santas na boca dos nossos jovens para que não sejam espectadores passivos mas actores atentos ao mundo que os rodeia e, dando-se sem reservas, disponíveis para amar, encontrem um sentido para a sua vida e deixem a semente germinar. Vós enviastes a Sabedoria do santo céu, do trono da vossa glória, e com a vossa voz derrubastes os cedros e abalastes o deserto. Atendei às inquietações dos nossos jovens, aos seus gritos e sussurros, e despertai neles um amor pela Igreja, vosso templo e corpo do vosso Filho, para que, sem complexos nem angústias, tenham coragem e discernimento para responder com um sim entusiasmado à ternura do vosso abraço. Senhor Jesus Cristo, Filho de Maria, a serva da Palavra, Vós semeastes a Palavra com abundância para que frutificasse e pelo sangue que derramastes, sangue que não tinge mas branqueia, fostes digno de tomar o Livro escrito por dentro e por fora e de abrir as suas páginas seladas; Derramai o vosso Espírito sobre os nossos seminários e fazei com que, acolhendo as vossas palavras de vida eterna, sejam centelhas de esperança e sementes de futuro para a Igreja, no seguimento fiel e generoso da vossa vontade. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo. Ámen.

Retiro em silêncio

«Não vos lembreis do passado, não penseis nas coisas antigas; eis que vou fazer uma obra nova: ela está a começar agora, e vós não a vedes? Abrirei um caminho no deserto, rios em lugar seco». [Is 43, 18-19]

sábado, 15 de novembro de 2008

15 de Novembro | Comemoração de todos os defuntos da ordem do Carmo

Quer na vida quer na morte não
nos cansemos de procurar a face de Deus!
Rezemos por todos os carmelitas que em silêncio e na solidão serviram o Mundo.
ORAÇÃO
Senhor Deus,
criador e redentor nosso,
glória dos vossos fiéis,
concedei aos nossos irmãos defuntos,
a quem nos une o mesmo Baptismo e o mesmo chamamento
e vocação à família do Carmo,
graça de Vos comtemplarem eternamente
como prémio das suas vidas consagradas
ao serviço de Cristo e da Virgem Maria.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Retiro em silêncio

Retiro em silêncio

Não seria necessário falar tanto Se as nossas obras dessem testemunho verdadeiro (S. João Crisóstomo)

O voo espacial de Santa Teresinha

No dia 17 de Agosto as Carmelitas Descalças de New Caney (USA) tiveram uma prometida e muito esperada visita do seu amigo astronauta, Coronel Ron Garan. Garan fez parte da tripulação da mais recente viagem da nave Discovery, que ocorreu de 31 de Maio a 14 de Junho passados, com o objectivo de acoplar o módulo do laboratório japonês Kibo (Esperança) à Estação Espacial Internacional. A missão do astronauta consistiu em sair para o espaço preso por uma correia a um pé a fim de colocar o módulo na posição correcta e efectuar algumas reparações no exterior da Estação Espacial. A NASA preparou um vídeo da missão, pelo que a comunidade das Carmelitas pode escutar e ver alguma das coisas que se passa na Discovery e na Estação Espacial. Foi certamente uma apaixonante e muito esclarecedora tarde para a comunidade carmelitana. Com razão as monjas estão muito agradecidas ao comandante Garan pela partilha desta experiência aventureira. Aliás, na passada Primavera passada o Comandante tinha telefonado à comunidade pedindo-lhe orações pela sua viagem no espaço e oferecendo-se para levar algum objecto sagrado que as Irmãs lhe entregassem. Que haveria de ser? Por fim a comunidade lembrou-se das palavras de Santa Teresinha: «Sinto em mim uma vocação de Apóstolo… Quereria percorrer a Terra, pregar o teu nome e plantar sobre solo infiel a tua Cruz gloriosa. Mas, ó meu Amado, uma só missão não me bastaria! Quereria anunciar ao mesmo tempo o Evangelho nas cinco partes do mundo, até às ilhas mais remotas…». Com esta evocação as Carmelitas entregaram ao astronauta uma relíquia de Santa Teresinha. Durante 14 dias este restinho teresiano percorreu 9.177.030 quilómetros do espaço em torno da Terra, a uma velocidade de 27.291 km/hora. Durante todo esse tempo, com uma oração intensa, a comunidade pediu a Santa Teresinha a sua chuva de rosas desde o espaço sobre o mundo. De facto, a sua vocação universal chegou até aos confins do espaço!