quarta-feira, 30 de abril de 2008

A Peregrinação começou... Acolhimento

No acolhimento no Convento do Carmo, o Sr. Branco ofereceu um quadro com a faixa JOVENS LEIGOS EM MOVIEMTNTO CARMELITAS que o acompanhou no carro, desde a Peregrinação a Pé a Fátima do ano passado até ao dia de hoje. De imediato lhe foi oferecida uma outra faixa.

Bem haja Sr. António Branco...

SAUDAÇÃO DO PROVINCIAL DA ORDEM AOS PEREGRINOS

A Regra da Ordem Carmelita recomenda «viver em obséquio de Jesus Cristo», mas fá-lo dum modo extensivo a todos os cristãos:
«Muitas vezes e de muitos modos, os Santos Padres estabeleceram como cada um – qualquer que seja o estado de vida a que pertença ou a forma de vida religiosa que tiver escolhido – deve viver em obséquio de Jesus Cristo e servi-l’O fielmente com coração puro e recta consciência» (n. 2).
A vida «em obséquio de Jesus Cristo» é o essencial da vida cristã, ou seja, viver em obediência a Jesus Cristo que Se tornou modelo perfeito de obediência ao Pai.
A obediência ao Pai consiste na resposta aos seus desígnios de amor. Estes desígnios são únicos e irrepetíveis. Cada ser humano tem um valor único, o sangue do Filho de Deus derramado para curar a desobediência da humanidade e realizar a reconciliação com a divindade. A essência do cristianismo é Cristo, ser cristão é ser outro «Cristo» e ser carmelita é uma forma específica de ser cristão.
Os jovens que peregrinam a Fátima na carminhada organizada pelo Carmo Jovem, nos dias 1 a 4 de Maio de 2008, são convidados a conformar a sua vida cristã com a realidade da peregrinação da terra para o céu, do homem para Deus, da Igreja peregrina para a Jerusalém celeste. O Carmelo é uma inumerável multidão de testemunhas e guias desta caminhada de perfeição e subida ao monte. O Pai espera-nos no céu, Jesus Cristo caminha connosco, o Espírito Santo é a força da nossa juventude.
A Senhora do Carmo, a Irmã Lúcia e os Carmelitas da Domus Carmeli intercedem por vós para que sejais generosos na obediência a Jesus Cristo: «fazei tudo o que Ele vos disser». Caminhai em obséquio de Jesus Cristo e oferecei a peregrinação como uma liturgia viva que procede do vosso coração puro em ordem a uma recta consciência.
Em Fátima espero por vós.

P. Pedro Lourenço Ferreira
Provincial OCD

sábado, 26 de abril de 2008

Peregrinar

Ir em peregrinação significa caminhar para uma meta.
Isso confere também ao caminho e à sua fadiga uma beleza própria.
O impulso para a fé cristã, o início da Igreja de Jesus Cristo,
só foi possível porque existiam em Israel
pessoas que não se contentavam como o habitual,
mas que, sobretudo, perscrutavam o horizonte à procura de algo maior.
E porque os seus corações esperavam,
puderam reconhecer em Jesus o Enviado de Deus.
Precisamos dum coração igualmente inquieto e aberto.
Esse é o centro da peregrinação.
Ainda hoje não é suficiente ser e pensar como os demais.
O projecto da nossa vida ultrapassa o quotidiano.
Nós precisamos de Deus,
desse Deus que nos mostrou o seu rosto e nos abriu o coração:
Jesus Cristo.
Na verdade, existem muitas personagens na história
que tiveram belas e comovedoras
experiências de Deus.
Contudo, essas experiências continuam a ser humanas,
com as suas humanas limitações.
Só Jesus é Deus, e por isso só Jesus é a ponte
que põe o ser humano em contacto imediato com Deus.

Papa Bento XVI,
no Santuário Mariano de Mariazel, Áustria, no dia 8 de Setembro de 2007

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Testemunhos VII - Peregrinação a Fátima- 2007

O igual não nos serve. Pelo menos eu preciso do diferente. Fui à peregrinação a pé de 2007 em busca de algo diferente, para jovens diferentes. Precisamos de propostas diferentes, de gratuidade. Caminhar em peregrinação é nos tempos que correm uma perda de tempo. Há tantas coisas para fazer! Andar com Deus sem olhar ao relógio; andar com os amigos, ajudá-los e ser ajudado para não desanimar.
Fui também em memória da Irmã Lúcia e porque me sinto muito próximo dela. É bom sentir o seu apelo a aprofundar o Evangelho e a seguir Jesus.
Fui ainda porque quis chegar como peregrino à Domus Carmeli que por aqueles dias começava a ficar funcional. Poderia entrar ali de fato e cheirando a água de colónia. Mas pareceu-me que gostava de a saudar com o pó dos caminhos, o cansaço dos quilómetros e o suor do corpo.

RICARDO LUÍS - 29 anos - Caíde de Rei Lousada

domingo, 20 de abril de 2008

Crónica do encontro de (in)formação


Dias 12 e 13 de Abril: dias memoráveis pela realização do Encontro de (In)formação do Movimento Carmo Jovem.
Embora com um nome ligeiramente alterado (anterior Encontro de Formação de Líderes) mantém o carisma e sempre a inovação de (In)formar todos os que ligados à nossa Gotinha pretendam descobrir algum tema pertinente e interessante sobre a grande família do Carmo. Este ano: “Regra: 800 anos de carminhos pelo mundo”.
Sob o olhar sereno da paisagem de Viana do Castelo fomos acolhidos pelo Convento do Carmo que habita naquela cidade. Sem demoras iniciamos o encontro com a oração da manhã tendo como premissa de reflexão a passagem bíblica “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui Eu que vos escolhi”.
À semelhança de todos os encontros em que já participei, as horas tornam-se mais curtas, o tempo é escasso para aproveitar e beber de todo o ambiente que preenche o ar destes nossos encontros, assim, sem demora e sem pressa, ouvimos o ensinamento. Este ano realizado pelo Frei João Costa sobre a Regra “Primitiva” da Ordem da Bem Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, que Santo Alberto, patriarca de Jerusalém outorgou aos carmelitas, e confirmada por Inocêncio IV.
Esta regra constituía, o regulamento que orientava os monges que há 800 anos deixaram as ordens que lutavam pela segurança dos peregrinos à terra Santa e habitaram o Monte Carmelo.
Na actualidade constitui o regulamento mais antigo e básico da Ordem do Carmo, onde muitos homens e mulheres alcançam a santidade vivendo com exactidão o amor que gera amor.
Ouvimos, lemos e reflectimos sobre o conteúdo actual deste documento. Uns momentos em grupo, outros individualmente, separados pelo alegre convívio do almoço.
Durante a tarde, o tema que imperou o encontro foi enriquecido com as palavras do Padre Fernando Reis, Conselheiro para a Pastoral Juvenil e cada um de nós recebeu a “Regra Jovem do Carmo inspirada na regra que S. Alberto de Jerusalém outorgou aos Carmelitas”.
Após o lanche, apesar do vento e das ameaças de chuva, passeamos pelo centro da cidade e no final da tarde rezamos o Terço Vocacional numa das capelas do Convento. Seguiu-se o jantar sempre acompanhado e servido com convívio.
O serão foi preenchido com um momento de oração, a vigília “Onde não há amor, põe amor e encontrarás Amor” (S. João da Cruz). A presença de Jesus, a força da oração e a partilha permitiram de um modo ou outro, uma participação activa e entusiasta de todos.
O fim-de-semana passou rápido, como todos os momentos bons. O Domingo de manhã foi tempo de oração e de reunião de coordenação em que todos participamos. Foram discutidas e propostas as futuras actividades do movimento e foi marcante o entusiasmo com ideias e projectos para dinamizar os próximos encontros do Carmo Jovem que se estenderam pelo almoço.
A história deste fim-de-semana completa-se com o reparo ao acolhimento da comunidade que tão bem nos recebeu. Resta dizer que nas despedidas todos foram embora satisfeitos e com certeza mais enriquecidos e cheios de força…porque sem dúvida, cada encontro nos faz crescer mais um bocadinho.

Andreia Eiras – Guarda

sábado, 19 de abril de 2008

Testemunhos VI - Peregrinação a Fátima 2007

O caminho faz-se ao andar. Anda. Não seja a vida esse imenso deserto em que não se colhem palavras.
Já não sei onde fui buscar esta sentença… acho que é de algum pensador daqueles iluminados, mas lembro-me de ter “tropeçado” nela pouco depois de ter voltado da peregrinação a Fátima a pé e de a ter guardado. Guardei porque a mensagem é importante. É daquelas que dá para dizer – É isso mesmo!
O caminho faz-se ao andar, como nós andamos pelas estradas até Fátima. É preciso andar, sair, ir, avançar, para nos encontrarmos e encontrarmos os outros que caminham connosco e que nos podem ajudar a percorrer aquele outro caminho que não é de terra, mas espiritual!
A peregrinação a Fátima foi uma experiência marcante em diversos sentidos. Mas para além do óbvio desafio físico, que facilmente se recupera, fica a noção que a persistência, a entreajuda e o espírito de caminhada para um objectivo nos podem fazer ultrapassar muitos obstáculos na vida. Andamos muito, sofremos com dores, descansamos pouco mas chegamos! Mais importante ainda, tentamos, saímos, fomos, buscamos caminhos… vivemos!
De tudo o que guardo no coração da peregrinação, o que quero transmitir é a coragem de ir e depois a fé em chegar…

ELSA PINTO - 26 Anos - Avessadas


quarta-feira, 16 de abril de 2008

Testemunhos V - Peregrinação a Fátima 2007

Eu fui na peregrinação a pé a Fátima do Carmo Jovem, porque gosto deles e me sinto jovem carmelita como eles. Aliás, desde há muitos anos que o sinto eu e a minha mulher Glória. Pensei que indo com eles eles me levariam até Fátima, coisa que eu duvidava que outro grupo o fizesse por mim. Os pés traíram-me — eu sabia que tinha uns pés impossíveis para caminhar! —, mas ainda assim caminhei todos os dias, caminhei mais dias do que cheguei a pensar que caminhasse e gostei de o fazer. Nas horas em que não pude caminhar dei apoio e gostei de o dar, porque eu gosto muito de animar os que andam cansados.
Infelizmente encontro-me emigrado este ano, pois se estivesse em Portugal não se veriam livres de mim pelos caminhos de Nossa Senhora e de Jesus.


ÉLSIO COSTA - 24 anos - Caíde de Rei (Lousada)

81.º aniversário natalício do Papa Bento XVI (1927-2008)

Cardeal Joseph Ratzinger, Papa Bento XVI, nasceu em Marktl am Inn, diocese de Passau (Alemanha), no dia 16 de Abril de 1927 (Sábado Santo), e foi baptizado no mesmo dia. O seu pai, comissário da polícia, provinha duma antiga família de agricultores da Baixa Baviera, de modestas condições económicas. A sua mãe era filha de artesãos de Rimsting, no lago de Chiem, e antes de casar trabalhara como cozinheira em vários hotéis.
Passou a sua infância e adolescência em Traunstein, uma pequena localidade perto da fronteira com a Áustria, a trinta quilómetros de Salisburgo. Foi neste ambiente, por ele próprio definido «mozarteano», que recebeu a sua formação cristã, humana e cultural.
O período da sua juventude não foi fácil. A fé e a educação da sua família prepararam-no para enfrentar a dura experiência daqueles tempos, em que o regime nazista mantinha um clima de grande hostilidade contra a Igreja Católica. O jovem Joseph viu os nazistas açoitarem o pároco antes da celebração da Santa Missa.
Precisamente nesta complexa situação, descobriu a beleza e a verdade da fé em Cristo; fundamental para ele foi a conduta da sua família, que sempre deu um claro testemunho de bondade e esperança, radicada numa conscienciosa pertença à Igreja.
Nos últimos meses da II Guerra Mundial, foi arrolado nos serviços auxiliares anti-aéreos.
Recebeu a Ordenação Sacerdotal em 29 de Junho de 1951.
Um ano depois, começou a sua actividade de professor na Escola Superior de Freising.
No ano de 1953, doutorou-se em teologia com a tese «Povo e Casa de Deus na doutrina da Igreja de Santo Agostinho». Passados quatro anos, sob a direcção do conhecido professor de teologia fundamental Gottlieb Söhngen, conseguiu a habilitação para a docência com uma dissertação sobre «A teologia da história em São Boaventura».
Depois de desempenhar o cargo de professor de teologia dogmática e fundamental na Escola Superior de Filosofia e Teologia de Freising, continuou a docência em Bonn, de 1959 a 1963; em Münster, de 1963 a 1966; e em Tubinga, de 1966 a 1969. A partir deste ano de 1969, passou a ser catedrático de dogmática e história do dogma na Universidade de Ratisbona, onde ocupou também o cargo de Vice-Reitor da Universidade.
De 1962 a 1965, prestou um notável contributo ao Concílio Vaticano II como «perito»; viera como consultor teológico do Cardeal Joseph Frings, Arcebispo de Colónia.
A sua intensa actividade científica levou-o a desempenhar importantes cargos ao serviço da Conferência Episcopal Alemã e na Comissão Teológica Internacional.
Em 25 de Março de 1977, o Papa Paulo VI nomeou-o Arcebispo de München e Freising. A 28 de Maio seguinte, recebeu a sagração episcopal. Foi o primeiro sacerdote diocesano, depois de oitenta anos, que assumiu o governo pastoral da grande arquidiocese bávara. Escolheu como lema episcopal: «Colaborador da verdade»; assim o explicou ele mesmo: «Parecia-me, por um lado, encontrar nele a ligação entre a tarefa anterior de professor e a minha nova missão; o que estava em jogo, e continua a estar – embora com modalidades diferentes –, é seguir a verdade, estar ao seu serviço. E, por outro, escolhi este lema porque, no mundo actual, omite-se quase totalmente o tema da verdade, parecendo algo demasiado grande para o homem; e, todavia, tudo se desmorona se falta a verdade».
Paulo VI criou-o Cardeal, do título presbiteral de “Santa Maria da Consolação no Tiburtino”, no Consistório de 27 de Junho desse mesmo ano.
Em 1978, participou no Conclave, celebrado de 25 a 26 de Agosto, que elegeu João Paulo I; este nomeou-o seu Enviado especial ao III Congresso Mariológico Internacional que teve lugar em Guayaquil (Equador) de 16 a 24 de Setembro. No mês de Outubro desse mesmo ano, participou também no Conclave que elegeu João Paulo II.
Foi Relator na V Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos realizada em 1980, que tinha como tema «Missão da família cristã no mundo contemporâneo», e Presidente Delegado da VI Assembleia Geral Ordinária, celebrada em 1983, sobre «A reconciliação e a penitência na missão da Igreja».
João Paulo II nomeou-o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e Presidente da Pontifícia Comissão Bíblica e da Comissão Teológica Internacional, em 25 de Novembro de 1981. No dia 15 de Fevereiro de 1982, renunciou ao governo pastoral da arquidiocese de München e Freising. O Papa elevou-o à Ordem dos Bispos, atribuindo-lhe a sede suburbicária de Velletri-Segni, em 5 de Abril de 1993.
Foi Presidente da Comissão encarregada da preparação do Catecismo da Igreja Católica, a qual, após seis anos de trabalho (1986-1992), apresentou ao Santo Padre o novo Catecismo.
A 6 de Novembro de 1998, o Santo Padre aprovou a eleição do Cardeal Ratzinger para Vice-Decano do Colégio Cardinalício, realizada pelos Cardeais da Ordem dos Bispos. E, no dia 30 de Novembro de 2002, aprovou a sua eleição para Decano; com este cargo, foi-lhe atribuída também a sede suburbicária de Óstia.
Em 1999, foi como Enviado especial do Papa às celebrações pelo XII centenário da criação da diocese de Paderborn, Alemanha, que tiveram lugar a 3 de Janeiro.
Desde 13 de Novembro de 2000, era Membro honorário da Academia Pontifícia das Ciências.
Na Cúria Romana, foi Membro do Conselho da Secretaria de Estado para as Relações com os Estados; das Congregações para as Igrejas Orientais, para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, para os Bispos, para a Evangelização dos Povos, para a Educação Católica, para o Clero, e para as Causas dos Santos; dos Conselhos Pontifícios para a Promoção da Unidade dos Cristãos, e para a Cultura; do Tribunal Supremo da Signatura Apostólica; e das Comissões Pontifícias para a América Latina, «Ecclesia Dei», para a Interpretação Autêntica do Código de Direito Canónico, e para a revisão do Código de Direito Canónico Oriental.
Entre as suas numerosas publicações, ocupam lugar de destaque o livro «Introdução ao Cristianismo», uma compilação de lições universitárias publicadas em 1968 sobre a profissão de fé apostólica, e o livro «Dogma e Revelação» (1973), uma antologia de ensaios, homilias e meditações, dedicadas à pastoral.
Grande ressonância teve a conferência que pronunciou perante a Academia Católica Bávara sobre o tema «Por que continuo ainda na Igreja?»; com a sua habitual clareza, afirmou então: «Só na Igreja é possível ser cristão, não ao lado da Igreja».
No decurso dos anos, continuou abundante a série das suas publicações, constituindo um ponto de referência para muitas pessoas, especialmente para os que queriam entrar em profundidade no estudo da teologia. Em 1985 publicou o livro-entrevista «Relatório sobre a Fé» e, em 1996, «O sal da terra». E, por ocasião do seu septuagésimo aniversário, publicou o livro «Na escola da verdade», onde aparecem ilustrados vários aspectos da sua personalidade e da sua obra por diversos autores.
Recebeu numerosos doutoramentos «honoris causa»: pelo College of St. Thomas em St. Paul (Minnesota, Estados Unidos), em 1984; pela Universidade Católica de Eichstätt, em 1987; pela Universidade Católica de Lima, em 1986; pela Universidade Católica de Lublin, em 1988; pela Universidade de Navarra (Pamplona, Espanha), em 1998; pela Livre Universidade Maria Santíssima Assunta (LUMSA, Roma), em 1999; pela Faculdade de Teologia da Universidade de Wroclaw (Polónia) no ano 2000.

Fonte: www.vatican.va

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Saudação aos jovens Carmelitas

Celebramos os 800 anos da Regra do Carmo!
É uma fórmula de vida que continua válida e actual. Passados tantos anos ela é uma referência para nós, Padres Carmelitas. E é também para vós, jovens Carmelitas, uma referência. Este projecto de vida continua válido!
O século XXI continua a ter filhos dos profetas, que querem viver a experiência de Deus. Por isso vos peço: segui em frente! Na Regra do Carmo encontrais princípios orientadores para a vossa vida. Para o vosso caminho.
A vossa presença neste encontro de (IN)formação do Carmo Jovem significa que quereis beber da fonte, que não quereis ser canas agitadas pelo vento. Segui, pois, esta carminhada!

Padre Fernando Reis, Conselheiro para a Pastoral Juvenil
Carmo de Viana do Castelo e 12 de Abril

domingo, 13 de abril de 2008

O que nos sugere este símbolo?

Um monte, uns traços sem mais, uma rotunda, entroncamento…

Ao abrir a revista Notícias Magazine de hoje, deparei-me com um artigo que se intitulava: «o que revelam os desenhos», escrito por Gabriela Oliveira. E mais curiosa fiquei pelo artigo quando folheando a revista para ler o pronunciado artigo me deparei com outro título: «É preciso ouvir os desenhos». Continuei a ler descontraidamente o artigo no qual se dizia que «os desenhos infantis revelam muito sobre o seu mundo» …

Desenhos , imagens, interpretação!...
Remeti para o vivido no fim de semana da Jornada de (IN)formação do Movimento Carmo Jovem. Na desfolhada deste mundo rabiscado e pensado por outros, nos detivemos também nós Jovens Carmelitas. Tal como uma criança, partimos na descoberta da simbologia apresentada no desenho que aqui encontrais. Muito este desenho nos disse… não se encontram concluídas as nossas observações, tal como o símbolo, são carminhos abertos.

Em grande grupo partilhamos o que para nós representava, a mensagem que este nos queria transmitir e para as dimensões que este nos transportava. Neste ouvir dos desenhos, neste saber ler e interpretar, vemos o Carmo, vemos flores que desabrocham na terra que convergem para o céu, uma Cruz que une carminhos, um centro que é Cristo.

Estradas da vida que convergem para a dimensão espiritual carmelita, que não se fecham em si e que permanecem abertas na destapada de cada carminho florido. Os santos, as estrelas do escudo carmelita são por si só este jardim que todos os dias deixam sementes, deixa-nos amar, vermelho cor de fogo, de chama de sangue jorrado na flor da vida. O Carmo é um jardim que germina e estará sempre em flor se existir uma semente lançada à terra!

Linhas de encontro, no qual Cristo é o centro e neste centro encontramos muitas dimensões de sentido para a vida Carmelita. Faltará uma flor no topo daquela Cruz? Será a nossa pautada pelo trajecto destas linhas de vida excepcional e reconhecida por homens e mulheres que trazem a experiência de Deus no coração, pelos quatro quadrantes do mundo?

Eis caminhos e leituras de vida interior capazes de conquistar o centro do nosso próprio Ser. Cristo Centro sempre nos converge para Ele, Ele é o caminho, Ele é a própria meta. E nesta liberdade poderemos escolher, pois muitos carminhos nos são apresentados.

Cabe-nos a nós a real tarefa da interpretação e desta interpretação poderá surgir individual e colectivamente uma história de amor, uma história de união e disponibilidade para servir ainda não revelada na sua totalidade!


Verónica Parente

Síntese da dinâmica da Jornada de (in)formação

Existem dias assim. Capazes de nos confrontar com realidades vividas por antepassados que hoje nos marcam, que fazem com que voemos mais alto, que não nos acomodemos e aprendamos ainda mais sobre o que somos, no lar da Ordem Carmelita Descalça.

No início de mais uma Jornada de (in)Formação, nós, os Jovens Carmelitas, reunidos em Viana do Castelo nos dias 12 e 13 do presente, partilhamos numa dinâmica mensagens fortes de descoberta.

Jovem Carmelita, partilha…

Um desejo:
× De ver crescer o Carmo Jovem;
× Continuar o carminho já deixado por outros;
× Paz no mundo;
× Que esta pequena gota que somos, nunca deixe de o ser;
× Felicidade, amor, harmonia e muita paz para o mundo;
× Crescer na fé;
× Estar bem comigo e com os outros;
× Continuar a ser feliz;
× Carminhar juntos;
× Viver muitos e muitos anos para conviver com o Carmo;
× Continuar a minha carminhada com Cristo;
× Crescer como jovem carmelita;
× Que se mantenha viva a chama do Carmo Jovem;
× Encontrar a minha missão na Igreja;
× Construir uma óptima vida profissional e fazer crescer a luz que em mim quer brilhar.

Um segredo:
× Às vezes dá-me vontade de mandar tudo às urtigas…
× Amar sem limites;
× Confiar em Deus e no seu projecto para mim, para ti, para nós;
× Se dissesse, deixava de ser segredo, mesmo que não saibam que é meu;
× Gostava de lutar pela paz no mundo;
× Somos muito fortes no espírito carmelita;
× Gosto muito de (re)ver este pessoal;
× Tenho orgulho de ser de Cristo ;
× Local de refúgio: o mar;
× Adoro vir;
× Não é segredo que trago o Carmo no coração;
× Nem sempre acreditar nas próprias convicções;
× Desisto facilmente se não consigo as coisas à primeira.

Uma necessidade:
× De crescer com o Carmo Jovem;
× Ser bom filho do Pai;
× Amar e orar;
× Tempo a sós «com Quem sabemos que nos ama»;
× Agradecer-Lhe quando algo de bom acontece;
× Amar;
× Continuar a ser Carmelita;
× Carminhar juntos;
× Falar ao Pai;
× Que sejamos capazes de ir mais além;
× De não parar de ser quem sou;
× Conviver com os amigos;
× Vir aos encontros;
× Ter fé e acreditar;
× Nunca perder a vontade de viver.

Uma dúvida…
× Se temos crescido o que Deus precisa que cresçamos;
× Cada um de nós é capaz de mais;
× Valerá a pena este carminho muitas vezes doloroso?;
× Para onde vai o carminho?;
× Porque várias vezes nos esquecemos de rezar?;
× Para onde vou?;
× Quem sou eu?;
× Seremos capazes de carminhar juntos?;
× Porque é que os Carmelitas tem necessidade de rezar?;
× Será que sou capaz?;
× Acreditar nas capacidades pessoais;
× Muitas vezes não sei como fazer discernir o outro.


Concluímos que para atingir um fim é preciso carminhar e voar mais alto, partir na aventura para poder regressar. Voar mais alto sem desânimos e desfalecimentos. Ninguém poderá jamais ficar para trás. Todos somos convidados a partir. No Domingo do Bom Pastor, temos necessidade de O seguir. A messe é grande e todos temos muito que fazer! Somos assalariados e o Mestre paga e paga a todos por igual, tanto aos últimos como os primeiros se os trabalhos forem feitos com amor, desinteresse e transparência em justiça e na verdade das palavras que pronunciamos no correr da nossa passagem.

Compromissos de amor verdadeiro.

É preciso carminhar apesar dos solavancos da vida. Embora seja cansativo, também há pequenas paragens para que nos possamos reanimar e ganhar forças. Desapeguemo-nos do nosso cantinho e gozemos do encontro com o novo, o desconhecido! Aprender a sair e carminhar, aprender a seguir a missão a que fomos chamados… Neste caminhar temos que enfrentar ventos e tempestades no carminho, mas se não ensaiarmos o voo da carminhada jamais atingiremos a meta…

Não podemos ficar parados!

Isto foi escrito em minutos e resume dois pequenos dias. Talvez tenham ficado marcas de crescimento e responsabilidade, de entrega e amor. Talvez se vislumbre um voo mais alto, uma vontade nova de continuação do que se iniciou há 800 anos. Na história do Movimento ficará a memória dum pequeno grupo reunido em Viana do Castelo com sorrisos lidos. Porém, todos somos responsáveis por este carminho de amor. O Movimento Carmo Jovem espera-nos com estas mesmas apostas. Todos temos lugar. O Mestre vai a nosso lado. Esta carminhada que já leva 15 anos não pode parar!

Estamos na Primavera, e como andorinhas regressámos a casa. Continuaremos a formar um bando! Que ninguém falte… Olhemos a natureza que renasce, admiremo-la! Como piam as andorinhas umas pelas outras, para que nenhuma se perca! Seremos nós capazes? Aqueles Santos Padres legaram-nos esta audaz aventura. Seremos nós capazes de levar pelo Mundo o Carmo no coração?

Está confirmada a esperança de continuar a carminhar os carminhos iniciados!
Verónica Parente

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Regra: 800 anos pelos carminhos do mundo

12-13 de Abril
Encontro de (In)formação

Convento de Viana do Castelo

Oração pelas vocações carmelitas



Senhor,
como S. Teresa, nossa mãe,
e como S. João da Cruz, nosso pai,
nós, Carmelitas, somos, amamos e servimos a Igreja de Jesus
e estamos aonde ela nos chama a estar.

Nós somos peregrinos com a Igreja peregrina
a caminho de Emaús e de Betânia,
de Gaza, Jerusalém, Galileia, Antioquia, Roma
ou qualquer uma das sete partidas do mundo.

Nós amamos o que a nossa Mãe Igreja ama,
porque no coração da Mãe
nós só sabemos o único exercício do amor.

Nós somos serviço na Igreja de Cristo
com a toalha que ele nos pôs à cintura
e com a água e bacia de Quinta-feira Santa.

Este cajado, Senhor, e estas sandálias,
representam o nosso compromisso com a vossa Igreja.

O nosso serviço de Carmelitas é caminhar com a Igreja,
com o sentir da Igreja,
com o amar da Igreja.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Regra do Carmo



Norma de vida,
fonte velha de inspiração
que flui água sempre nova
carminho seguro de protecção!

Acolhe-a,
ama-a e acolhe com graça
os frutos do carminho
colhidos e partilhados por homens e mulheres
servindo com alegria
em obséquio a Jesus Cristo!

Com rigor e transparência
a Regra nos foi deixada.

Depositaram-nos uma legado em palavras
que hoje norteia vidas comunitárias.

Presentes diários
de trabalho e de missão.

Rega comunidades,
infunde chama de perseverança,
vence e orienta
consciências se cansam no carminho.

Nesta velha fonte de 800 anos,
nasce sempre água nova
de reflexão e oração.
Liberdade,
alegria
no silêncio de um Monte,
nunca vazio,
íntimo de encontro!

Amando-a,
encontraremos a Solidão.
Encontrando-a
amá-la-emos
eternamente no coração!

terça-feira, 8 de abril de 2008

ITERINÁRIO A EFECTUAR EM 4 PASSOS

1 MAI – QUI - 07h00 AVEIRO Ílhavo Vagos Calvão Mira 2 MAI – SEX - 06h00 MIRA Corujeira Tocha Alhadas 3 MAI – SAB - 06h00 ALHADAS Figueira da Foz Marinha das Ondas Guia Água Formosa ILHA 4 MAI – DOM - 06h00 ILHA Feteira Barracão Caranguejeira Santa Catarina Fátima

Testemunhos IV - Peregrinação a Fátima 2007

Fui à peregrinação a pé de 2007 porque gosto dos Carmelitas, a minha família do espírito. Gosto muito de caminhar com eles, e habitualmente, ano após ano, no Verão fazia-o em Espanha. Quando queria caminhar ia para lá, era uma pena que o não fizesse cá. Foi uma alegria poder caminhar com Ele em casa, na minha terra, até ao regaço da Mãe.

VERÓNICA PARENTE - 31 anos - Viana do Castelo

segunda-feira, 7 de abril de 2008

ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

Senhor, Pai Santo,
que amais o mundo que criastes
e não vos cansais de o contemplar e concluir que tudo é bom!

Ao ser humano, criado à vossa imagem e semelhança,
confiastes a missão de guardar
a vossa obra e quisestes chamar homens
e mulheres para, conVosco, a conduzir à realização plena.

A fim de consumar este projecto, enviastes ao mundo
o vosso Filho Jesus Cristo que, nos mostrou o Caminho
para a felicidade a que aspiramos.

Chamando alguns de entre os seus discípulos,
partilhou com eles a sua Missão
e enviou-os a levar o Evangelho a toda a parte.

Este chamamento foi confirmado pelo Espírito Santo
e, ao longo dos últimos vinte séculos,
continuamente repetido e acolhido
por tantos e tantas que têm entregado
a sua vida por esta causa preciosa.

Também agora, Pai Santo, Vos pedimos
que continueis a chamar, de entre nós,
aqueles que escolheis para partilhar a Missão de vosso Filho:
no ministério ordenado;
na vida consagrada activa;
na vida monástica e contemplativa;
na vida laical e matrimonial…

Pedimo-Vos a graça da abertura do coração
para correspondermos sempre com generosidade e prontidão.
Confirmai com o vosso Santo Espírito
a acção e missão daqueles a quem chamastes e enviastes;
confortai-os nas dificuldades e desânimos.

Confiamos, também, esta causa
à protecção de Maria, a serva atenta e fiel à vossa vontade,
e a S. Paulo, Apóstolo firme e zeloso do Evangelho.
A Vós, Pai Santo, pelo vosso Filho Jesus Cristo,
no Espírito Santo, sejam dadas honra e glória
pelos séculos dos séculos.
Ámen.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

O Movimento do Carmo Jovem saúda a Comissão de Pastoral Juvenil


Em boa hora o Espírito Santo desceu sobre o X Capítulo Provincial da nossa Ordem. Por isso, hoje, com uma grande alegria e uma enorme satisfação, em nome dos jovens do Movimento Carmo Jovem, envio uma feliz saudação à equipa da Pastoral Juvenil.

Que Nossa Senhora do Carmo, nossa Mãe e Senhora do SIM, nos acolha sob o seu manto, nos ilumine e nos anime. Os Jovens Carmelitas querem ver em vós o inflamado desejo que animou Teresa de Jesus e S. João da Cruz a ser testemunhas do amor de Deus, e anunciadores da Boa Nova de Jesus, nos diferentes carminhos da vida e da história!

Contamos convosco! Contem connosco!
Bem hajam!

Verónica Parente, Coordenadora…

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Saudação do Conselheiro da Pastoral Juvenil

Após a conclusão do X Capítulo Provincial realizado em Avessadas nos dias 25-28 de Março, reuniu no dia seguinte o Conselho Provincial e deste Conselho saíram diversas nomeações.

No que diz respeito mais concretamente aos jovens temos o seguinte:

* Director da Pastoral Juvenil: P. João Manuel Teixeira da Costa
* Director do Carmo Jovem: P. João Manuel Teixeira da Costa

A seguir foi nomeada a Comissão de Pastoral Juvenil:

* P. João Manuel Teixeira da Costa
* P. António Fernando Sá dos Reis
* P. Manuel Dias Vieira da Costa
* P. Jorge dos Santos Vaz
* P. Agostinho Gonçalves de Castro
* P. Avelino Fernandes Lopes
* P. Vasco Nuno da Costa

O referido Director, P. João Manuel Teixeira da Costa, tem toda a legitimidade e autorização para levar a bom termo os planos pastorais antecipadamente marcados.
E desejo, de coração, que tudo concorra para a glória de Deus e o bem da Igreja.

P. Fernando Reis
1º Cons. Prov.