domingo, 13 de abril de 2008

O que nos sugere este símbolo?

Um monte, uns traços sem mais, uma rotunda, entroncamento…

Ao abrir a revista Notícias Magazine de hoje, deparei-me com um artigo que se intitulava: «o que revelam os desenhos», escrito por Gabriela Oliveira. E mais curiosa fiquei pelo artigo quando folheando a revista para ler o pronunciado artigo me deparei com outro título: «É preciso ouvir os desenhos». Continuei a ler descontraidamente o artigo no qual se dizia que «os desenhos infantis revelam muito sobre o seu mundo» …

Desenhos , imagens, interpretação!...
Remeti para o vivido no fim de semana da Jornada de (IN)formação do Movimento Carmo Jovem. Na desfolhada deste mundo rabiscado e pensado por outros, nos detivemos também nós Jovens Carmelitas. Tal como uma criança, partimos na descoberta da simbologia apresentada no desenho que aqui encontrais. Muito este desenho nos disse… não se encontram concluídas as nossas observações, tal como o símbolo, são carminhos abertos.

Em grande grupo partilhamos o que para nós representava, a mensagem que este nos queria transmitir e para as dimensões que este nos transportava. Neste ouvir dos desenhos, neste saber ler e interpretar, vemos o Carmo, vemos flores que desabrocham na terra que convergem para o céu, uma Cruz que une carminhos, um centro que é Cristo.

Estradas da vida que convergem para a dimensão espiritual carmelita, que não se fecham em si e que permanecem abertas na destapada de cada carminho florido. Os santos, as estrelas do escudo carmelita são por si só este jardim que todos os dias deixam sementes, deixa-nos amar, vermelho cor de fogo, de chama de sangue jorrado na flor da vida. O Carmo é um jardim que germina e estará sempre em flor se existir uma semente lançada à terra!

Linhas de encontro, no qual Cristo é o centro e neste centro encontramos muitas dimensões de sentido para a vida Carmelita. Faltará uma flor no topo daquela Cruz? Será a nossa pautada pelo trajecto destas linhas de vida excepcional e reconhecida por homens e mulheres que trazem a experiência de Deus no coração, pelos quatro quadrantes do mundo?

Eis caminhos e leituras de vida interior capazes de conquistar o centro do nosso próprio Ser. Cristo Centro sempre nos converge para Ele, Ele é o caminho, Ele é a própria meta. E nesta liberdade poderemos escolher, pois muitos carminhos nos são apresentados.

Cabe-nos a nós a real tarefa da interpretação e desta interpretação poderá surgir individual e colectivamente uma história de amor, uma história de união e disponibilidade para servir ainda não revelada na sua totalidade!


Verónica Parente