quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

É SUFICIENTE

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«Naquela região havia uma tremenda seca como nunca se tinha visto. A erva tinha secado. As árvores mais frágeis já estavam todas mortas. Nem sequer uma gota de água chovia do céu. Os animais estavam a morrer aos milhares. Poucos tinham força para fugir desta aridez desértica.
. A secura era cada dia maior. Até as fortes e velhas árvores, que afundavam as suas raízes na profundidade da terra, perdiam as suas folhas. Todas as fontes e nascentes tinham secado. Rios e ribeiros não tinham uma gota de água.
. Apenas uma pequena flor permaneceu com vida, porque uma pequeníssima nascente lhe dava ainda um par de gotas de água.
. Mas a nascente estava a ficar desesperada:
. - Tudo é aridez e morte. E eu nada posso fazer. Que sentido têm as minhas gotas de água?
. Ali próximo estava uma velha e robusta árvore. Ouviu a lamentação e, antes de morrer, disse à nascente:
. - Ninguém espera de ti que faças com que o deserto floresça. A tua missão é a de manteres com vida essa pequena flor. Nada mais.»
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[autor desconhecido]
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Quantos de nós não agem como esta nascente? Quantas vezes não vivemos cada dia com um catálogo de lamentações a nosso lado? Procuramos grandes coisas para completar os dias e esquecemo-nos das pequenas coisas que somos capazes de ver, de fazer... Sufocámos o pensamento sempre com mais, mais e mais… Experimenta andar com uns binóculos, com uma lupa, tenta ver o mundo numa outra dimensão, olha para as pequenas coisas, pequenos gestos de amor, ternura, simplicidade, olha e admira... Estes olhares jamais são pequenos perante o olhar de Deus. Uma missão: ama ainda mais o amor que carece ser amado! É suficiente!
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