Estarei onde precisarem de mim!
Já não sou jovem. Mas gosto de ajudar como se ainda o fosse. Por isso quando os jovens do Carmo Jovem me pediram apoio eu fiquei lisongeado. Há uma faceta que marca a minha vida: ser prestável a quem precisa de mim. Foi isso que fiz, nada mais. Esse é o meu estilo.
Acompanhar os jovens Carmelitas a Fátima foi para mim muito agradável. Eu já tinha ido a Fátima três ou quatro vezes no apoio a peregrinos a pé. Por isso, me sensibilizei ainda mais, porque eram jovens e inexperientes, desconhecedores dos sacrifícios e das distâncias.
Outra coisa me surpreendeu: eram jovens de vários lugares do norte do País. Isso para mim foi inesperado. E mais me surpreendeu o entendimento entre eles, a maneira como obedeciam à voz de comando, sem que ninguém abafasse ninguém.
Gostei da organização. E gostei muito da maneira como foram recebidos aqui e além. Não eram conhecidos em lado nenhum, mas deram-se a conhecer e fizeram-se receber muito bem. Onde pernoitaram havia sempre almas boas a recebê-los! Isso tem muito mérito!
Gostei de os ver rezar. Eram simples e eu entrava nas orações deles. Aliás, foram cuidadosos: ofereceram-me o guião das orações e a faixa do Movimento. Guardei o guião para rezar em casa durante o ano e a faixa ainda a trago no carro. Eu rezei com eles e afligi-me por eles, como um pai. Consolei-os, animei-os, recolhi os mais cansados ou desesperados, ri com eles.
Quem vai ajudar peregrinos sofre muita solidão. É preciso servi-los e animá-los. Adiantamo-nos a eles, ficamos a vê-los a aparecer e desaparecer. As falas são curtas porque não os podemos empatar. E há sempre a preocupação de não estar a ajudar onde se é mais preciso. É por isso que é muito difícil apoiar os que vão a caminho. Mas a verdade é que foram eles quem mais me apoiou. Fui eu o mais beneficiado. Eu é que ganhei mais amizades, mais boas palavras e carinhos! Ó quantos amigos tenho eu mais!
Gostei tanto deles que na última noite dormi com eles no chão duma casa! Ó que noite bem dormida! Afinal eu era peregrino como eles, peregrino com, e precisava de me sentir em família, acolhido em família, eu, que durante o dia os servia e por isso os via tão pouco!
O lema da Peregrinação era parecido a «Ir para Maria». Ora foram eles que me ajudaram a ir para ela, a aproximar-me dela e de Jesus. Sinto-me mais da Igreja, mais amado e acarinhado. Isso conseguiram eles para mim.
No último dia toda a minha família caminhou com eles! Foi um dia lindo! O Santuário ainda estava longe, mas eles cantavam, eles riam, eles rezavam, eles levavam a minha família toda com e eles. E eu tenho que lhes agradecer isso, porque foi realmente muito bom!
No fim eu estava mais novo, eles mais amigos e eu mais confortado com a Igreja que é uma espécie de mãe para mim! Muito obrigado, pois, ao Carmo Jovem. Estarei onde precisarem de mim!
ANTÓNIO BRANCO - 60 anos - Gafanha da Nazaré
Acompanhar os jovens Carmelitas a Fátima foi para mim muito agradável. Eu já tinha ido a Fátima três ou quatro vezes no apoio a peregrinos a pé. Por isso, me sensibilizei ainda mais, porque eram jovens e inexperientes, desconhecedores dos sacrifícios e das distâncias.
Outra coisa me surpreendeu: eram jovens de vários lugares do norte do País. Isso para mim foi inesperado. E mais me surpreendeu o entendimento entre eles, a maneira como obedeciam à voz de comando, sem que ninguém abafasse ninguém.
Gostei da organização. E gostei muito da maneira como foram recebidos aqui e além. Não eram conhecidos em lado nenhum, mas deram-se a conhecer e fizeram-se receber muito bem. Onde pernoitaram havia sempre almas boas a recebê-los! Isso tem muito mérito!
Gostei de os ver rezar. Eram simples e eu entrava nas orações deles. Aliás, foram cuidadosos: ofereceram-me o guião das orações e a faixa do Movimento. Guardei o guião para rezar em casa durante o ano e a faixa ainda a trago no carro. Eu rezei com eles e afligi-me por eles, como um pai. Consolei-os, animei-os, recolhi os mais cansados ou desesperados, ri com eles.
Quem vai ajudar peregrinos sofre muita solidão. É preciso servi-los e animá-los. Adiantamo-nos a eles, ficamos a vê-los a aparecer e desaparecer. As falas são curtas porque não os podemos empatar. E há sempre a preocupação de não estar a ajudar onde se é mais preciso. É por isso que é muito difícil apoiar os que vão a caminho. Mas a verdade é que foram eles quem mais me apoiou. Fui eu o mais beneficiado. Eu é que ganhei mais amizades, mais boas palavras e carinhos! Ó quantos amigos tenho eu mais!
Gostei tanto deles que na última noite dormi com eles no chão duma casa! Ó que noite bem dormida! Afinal eu era peregrino como eles, peregrino com, e precisava de me sentir em família, acolhido em família, eu, que durante o dia os servia e por isso os via tão pouco!
O lema da Peregrinação era parecido a «Ir para Maria». Ora foram eles que me ajudaram a ir para ela, a aproximar-me dela e de Jesus. Sinto-me mais da Igreja, mais amado e acarinhado. Isso conseguiram eles para mim.
No último dia toda a minha família caminhou com eles! Foi um dia lindo! O Santuário ainda estava longe, mas eles cantavam, eles riam, eles rezavam, eles levavam a minha família toda com e eles. E eu tenho que lhes agradecer isso, porque foi realmente muito bom!
No fim eu estava mais novo, eles mais amigos e eu mais confortado com a Igreja que é uma espécie de mãe para mim! Muito obrigado, pois, ao Carmo Jovem. Estarei onde precisarem de mim!
ANTÓNIO BRANCO - 60 anos - Gafanha da Nazaré