quinta-feira, 29 de novembro de 2007

29 de Novembro – BB. Dionísio da Natividade e Redento da Cruz

Os Bem-aventurados Dionísio da Natividade e Redento da Cruz são os primeiros mártires da nossa Ordem. Foram martirizado no dia 29 de Novembro de 1938, em Achém, Ilha da Sumatra. Tinham 38 e 40 anos respectivamente. Dionísio era sacerdote e Redento era religioso. O primeiro era francês, o segundo português. O francês era um intelectual, o português guerreiro. Ambos eram Carmelitas. Ambos, como irmãos e companheiros, vestiram o hábito de Nossa Senhora do Carmo, que, no dia do martírio, foi lavado com o sangue do testemunho fiel.
No Outono de 1638 o Embaixador português pediu que o Padre Dionísio comandasse a frota portuguesa que visitaria Achém. Os superiores aceitaram e o Padre Dionísio solicitou a companhia do fervoroso e sempre bem disposto Frei Redento para o acompanhar. E foram.
No dia 25 de Outubro desse ano aportaram em Achém, onde foram falsamente recebidos pela população e rei muçulmanos, antecipadamente instigados pelos protestantes holandeses contra os católicos.
Foram persuadidos, compelidos e torturados para que abandonasse a fé cristã. Não o fizeram. Antes e privavam de tudo o que lhes era necessário para socorrerem os seus mais de sessenta companheiros de infortúnio.
O sempre jovial foi o primeiro a ser martirizado, a golpe de cimitarra que lhe abriu a cabeça a meio. Cumpria-se assim o seu sonho e desejo de martírio. O padre Dionísio, a seu pedido, foi o último, para de crucifixo na mão erguida animar um a um os companheiros, incluindo um sacerdote indiano que recusou a libertação.
Que o sangue do primeiro mártir Carmelita, B. Redento da Cruz, seja, para nossa alegria, semente de novas vocações.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Pregão do Advento


Anuncio-vos que o Advento está a começar.
Erguei o olhar, limpai os olhos, perscrutai o horizonte.
Apurai a vossa sensibilidade. Apurai o ouvido.
Captai os gritos e os sussurros, o vento e a vida...

Começamos o Advento: uma vez mais renasce a esperança no horizonte.
Ao longe, começa a clarear o Natal.
Um Natal sossegado e íntimo, pacífico e fraterno,
solidário e encarnado,
e também superficial, desvinculado, violento...;
mas sempre, sempre desposado com a esperança.

É Advento, essa menina esperança,
que, sem saber como, todos levamos nas entranhas;
uma chama tremeluzenta, impossível de apagar,
que atravessa a espessura das eras e dos tempos;
um caminho de solidariedade bem percorrido;
a alegria contida em cada trajecto;
umas pegadas que não enganam;
uma gravidez cheia de vida;
um contido anúncio de Boa Nova;
uma ternura que transborda...

Estai alerta. Escutai.
Isaías grita cheio de esperança:
— Caminhemos à luz do Senhor.
Com esperança, João Baptista apregoa:
— Convertei-vos, porque está a chegar o reino de Deus.

Com toda a esperança dos pobres de Israel,
Com toda a esperança, Maria sussurra uma palavra de aceitação:
— Faça-se em mim, segundo a tua palavra!

Rejubilai! Saltai de alegria!
Vesti-vos com as melhores roupas, com roupas de festa.
Perfumai-vos com perfumes caros.
Que se veja bem que estais alegres!
Que se veja bem que Deus vem!
Avivai a alegria, a paz e a esperança.
Preparai o caminho: já chega o nosso Salvador.

Deus vem. Deus está a chegar. Já está à porta.
Acordai para a vida!

439.º aniversário da nossa fundação


Ocorrem hoje os 439 anos da fundação da nossa família. Foi na aldeiazinha de Duruelo.

* No Verão de 1567, Santa Teresa de Jesus e S. João da Cruz encontram-se pela primeira vez, no locutório do recém fundado convento das Carmelitas, da cidade de Medina del Campo.
* Em Julho de 1568, no mesmo sítio, S. João da Cruz vestiu o primeiro hábito de Carmelita Descalço, feito pela Santa Madre Teresa de Jesus.
* Em Agosto desse mesmo ano, S. João da Cruz acompanha Santa Teresa à fundação de Valladolid e durante alguns dias conhece a vida que levam a Madre Teresa e as suas freiras.
* Em Setembro, Frei João vai para Duruelo, uma desconhecidíssima e paupérrima aldeia de 20 casas. Aí, durante alguns meses, transforma uma casa em ruínas no primeiro convento da Ordem dos Carmelitas Descalços.
* No dia 27 de Novembro chegam ao convento Frei António de Herédia, um diácono chamado Frei José, o Provincial e mais três carmelitas. Aí se encontra Frei João da Cruz acompanhado por um operário e por seu irmão Francisco de Yepes que o ajudou nas obras e acompanhava o Santo no apostolado.
* No dia 28 de Novembro de 1568, primeiro domingo do Advento, na celebração da Eucaristia, presidida pelo Provincial, fez-se a inauguração oficial do primeiro convento de Carmelitas Descalços.
* No livro de profissões encontra-se em primeiro lugar a de nosso pai S. João da Cruz, que diz: «Eu, Frei João da Cruz faço profissão e prometo obediência, castidade e pobreza a Deus Nosso Senhor e à Virgem Maria, Nossa Senhora, e ao reverendo padre frei João Baptista, Geral da Ordem, segundo a Regra primitiva, isto é, sem mitigação, até à morte».
* Aquela semente pequenina que S. João da Cruz semeou em Duruelo, cresceu e desenvolveu-se. Hoje é uma grande família estendida pelo mundo inteiro. Peçamos ao Senhor a graça de servir sempre o reino de Deus tal como nos ensinou nosso pai S. João da Cruz e como ele, seremos no mundo, também nós, sinais vivos de Deus.

sábado, 24 de novembro de 2007

O voo de gansos

Ah! Se nós os jovens fôssemos como os gansos!
Como eu sonho com eles!
Jamais voam desordenadamente, mas em “>”.
Voando assim, aumentam a capacidade de voo.
Compartilham a mesma direcção e voam mais rápido.
Permanecem unidos e em sintonia, poupando esforços.
Compartilham a liderança e respeitam-se mutuamente.
Reúnem habilidades e poupam nos esforços.
Mantêm a coragem e progridem mais.
Grasnam o seu grito de guerra para animar ainda mais.
Motivam-se e incentivam-se; não abandonam os que enfraquecem.
Estão unidos nas dificuldades do voo e não se separam no descanso.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

«Sou propriedade dos outros» [São Rafael Kalinowski]


Na semana passada e início desta semana convidaram-nos a ler por várias vezes o blog do Carmo jovem, este fazia referência à vida de São Rafael Kalinowski. Pergunto-me se já tinha ouvido falar dele? A resposta remete-se a um não sei… não me apercebi que me tivesse aliciado anteriormente como me interpolou agora. Não o conhecia, não o conheço, mas fiquei a conhecer mais um pouco e assim quero continuar a perceber conhecendo. Obrigada Frei João.

Apreciarmos e envaidecermo-nos por este Homem pertencer à vinha do Carmelo é conseguir ver nas pequenas grandes obras Homens e Mulheres de vida humilde e simples que viveram e contemplaram a presença de Deus em suas vidas! Destes nos narra a história do Carmelo…

Gostava de partilhar convosco a seguinte frase retirada dos seus escritos transcrita do blog: «Sou propriedade dos outros» Esta frase ressoa na razão. Mas talvez nesta não encontre a resolução. Nós somos propriedade dos outros, afinal não somos livres?! Como podemos ser propriedade dos outros?! De facto se aprofundarmos esta dimensão racional o individualismo, egocentrismo entrelaça-nos. Penso que estas palavras têm que ser compreendidas na dimensão do serviço, do nascer para servir e escutar as vozes que ecoam no deserto, que se inculcam em noites, em dias de silêncio, que admiram olhares e sentem o peso da humanidade que nos conquista. Somos e seremos propriedade dos outros na medida em que nos damos e nos dispomos a dar aos outros o pouco que somos… ser detentores de poderes avassaladores que desenraízam, jamais nos fortalecerá e nos deixará antever paisagens amorosas de serviço...

Que nos deixemos cimentar por estas vidas que nos animam a seguir o Mestre dos mestres, que os nossos actos e gestos sejam portadores da transparência do amor de Deus que tanto cativou a vida de São Rafael Kalinowski e que num hoje nos alicia a nós, jovens deste movimento juvenil carmo jovem a perseverar e a amar cada vez mais o Amor!

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

São Rafael Kalinowski

Aparentemente, mais anjo que homem
Celebra-se hoje solenemente a memória litúrgica de São Rafael Kalinowski, nosso irmão carmelita, polaco. Esta memória é ainda reforçada porque neste ano ocorrem os 100 anos da sua morte.
Frei Rafael foi beatificado por João Paulo II, em Cracóvia, no dia 22 de Junho de 1983. E foi solenemente canonizado também por João Paulo II, no dia 17 de Novembro de 1991. Esse era o ano do IV Centenário da morte de São João da Cruz.
José Kalinowski (Frei Rafael de São José) nasceu em Vilnius, actual capital da Lituânia, no dia 1 de Setembro de 1835. Teve uma óptima educação familiar e professional. Foi engenheiro, professor, capitão do exército russo e Ministro de Guerra da Lituânia e da Polónia.
Depois de abandonar o exército russo, alistou-se no da sua pátria. Organizou a insurreição polaca e lituana de 1863 contra a Rússia, mesmo sabendo que a contenda estava perdida à partida. Mas ele era um patriota e essa é a razão por que a nação polaca lhe tem tanta estima, como era o caso do Papa João Paulo II.
Perdida a batalha não deixou perder a guerra. Foi feito prisioneiro e condenado à morte. Mas a sua fama de santo e de anjo bondade evitou a execução, pois os russos não quiseram oferecer um mártir de reconhecido valor à Polónia.
Comutaram-lhe a pena para 10 anos de trabalhos forçados, na Sibéria. Para aí partiu depois de se despedir da família e de Nossa Senhora do Carmo, no Santuário de Ostra Brama. No terrível calvário de 6000 quilómetros apoiou os seus companheiros de infortúnio com a sua oração, os seus bens e o seu dinheiro. Muitos morreram, muitos se suicidaram, muitos caíram na depressão e na destruição. José Kalinowski redescobre a fé que o sustém e o ajuda apoiar os seus compatriotas e até as povoações russas com quem se cruza e que são vítimas do isolamento e do analfabetismo.
Viveu uma verdadeira experiência de noite escura, que o renova e transforma para Deus.
Foi declarado livre um ano antes, mas decidiu permanecer em cativeiro para preparar até ao fim um grupo de meninos a quem dava a catequese para a Primeira Comunhão. Findo o seu trabalho, depois de largos meses, aceitou, então regressar.
A sua vida, mesmo antes de ser re-conquistado por Cristo, foi dedicada à formação, ora de crianças ora de jovens, ora de jovens religiosos ora de jovens sacerdotes.
Uma vez libertado foi-lhe proibido permanecer na sua terra. Por essa razão aceitou ser professor particular do príncipe Augusto Czartowski, também já beatificado. Por essa razão e devido à pouca saúde do Príncipe percorreu a Europa durante três anos.
Aos 42 anos de idade entrou nos Carmelitas Descalços. Foi ordenado sacerdote no Carmo de Czerna, perto de Cracóvia, em 1882, aos 47 anos de idade. No ano seguinte foi eleito Prior de Czerna, o único convento carmelitano polaco que não fora encerrado pelos russos. Revelou-se então um profundo organizador e promotor da vida carmelitana e diligente formador de várias gerações de Carmelitas. É por isso considerado o restaurador do Carmo na Polónia.
Um dia, antes de regressar ao seio da Igreja, ajoelhou-se num confessionário. Mas estava vazio... Regressou a casa desolado e mais determinado a converter-se. Talvez por isso se dedicou ao ministério do Confessionário e da direcção espiritual com alegria e generosidade. Trabalhou ardentemente pela unidade da Igreja cheio de zelo pelo Senhor, Deus dos exércitos.
Era devotíssimo de Nossa Senhora. Por ela, para que fosse melhor servida e amada fez também florescer na Polónia a Ordem Secular.
Os jovens foram o centro da sua atenção. Convencido de que se deve apostar na juventude apostou na sua formação integral. A colina do Carmo de Wadowice tornou-se com a sua presença um pequeno farol onde ele recebia os peregrinos vindos dos confins da Polónia para se confessarem consigo e dele receberem o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo.

Morreu no dia 15 de Novembro de 1907. Celebramos os 100 anos da sua morte. Dele alguém disse «tinha todas as virtudes dos anjos e nenhum dos defeitos humanos».

Oração de São Rafael a Nossa Senhora

Virgem Santíssima, Mãe Imaculada,
olhai misericordiosamente as angústias
da minha alma a vós consagrada para sempre.
Sede para mim um escudo defensor
dos ataques do Inimigo;
aplacai as tempestades do meu espírito;
imprimi em meu coração
a Paixão do vosso divino Filho;
infundi em mim a contrição por amor;
mostrai-me o caminho da sincera penitência
das minhas constantes infidelidades;
fazei que eu morra desejando a Deus;
conservai-me o último dos últimos
no reino dos Santos e dos Justos;
não tardeis a libertar-me
das contínuas preocupações pela salvação;
e pela vossa misericórdia acolhei-me a mim,
tão miserável, no repouso eterno de Deus.
Amen.

Algumas datas de São Rafael Kalinowski

Nasceu no dia 1 de Setembro de 1835, em Vilnius (Polónia/Lituânia). 1843: Estudou no Instituto dos Nobres, de Vilnius, de que seu pai André era director. 1850: Conclui brilhantemente os estudos secundários. 1851-1852: Estudou na Escola de Agricultura em Hory-Horki, perto de Orsza. 1853: Mudou de área, entrando na Academia de Engenharia de Nicholayev. 1853: Alista-se no exército russo. 1856: Promovido a Segundo-Tenente do exército russo. 1857: Formou-se como engenheiro do exército russo. 1857: Trabalhou como professor de matemática. 1857: Promovido a Primeiro-Tenente do exército russo. 1858-1860: Dirigiu os trabalhos de construção do caminho de ferro de Kursk/Kiev/Odessa. 1860: Transferido para Bresta-Litovsk. 1862: Promovido a Capitão do exército russo. 1863: Abandonou o exército russo e une-se à Insurreição Polaca contra a ocupação russa, como Ministro do Departamento de Guerra no Escritório Executivo na Lituânia. 24 de Março 1864: Preso e encarcerado num antigo convento dominicano. 9 de Abril 1864: Declarou formalmente a sua participação na Insurreição. Junho e Julho 1864: Condenado à morte por fuzilamento. A sentença foi posteriormente cumutada para 10 anos de trabalhos forçados na Sibéria. Julho 1864: Começa a caminhada de nove meses para os trabalhos forçados, Sibéria. 15 de Abri 1865: Chegou às minas de sal de Usole, perto de Irkursk, Sibéria. 1868: Destacado para Irkursk. 1871-1872: Faz pesquisa meteorológica para a secção da Sibéria da Companhia Geográfica Russa. Participou também na expedição da pesquisa de Benedict Dybowski a Kultuk, no Lago Baikal. 24 Julho 1873: Partiu para Carev, na província de Astrakhan, e depois para Smolensk. 23 Abril 1874: Um ano antes do fim da pena, regressou a Varsóvia com a proibição de permanecer na sua terra. 1874-1877: Foi tutor do Príncipe Augusto Czartoryski. Viaja pela Europa. 1877: Entra nos Carmelitas Descalços da Austria, com o nome de Frei Rafael de São José. 15 Janeiro 1882: Ordenado sacerdote em Czerna, pelo bispo Albin Dunajewski. 1883: Nomeado Prior do convento em Czerna. 1884: Fundou o Convento das Irmãs Carmelitas Descalças, em Przemysl. 1888: Fundou o Convento das Irmãs Carmelitas Descalças em Lwow (Ucrânia). 1889: Nomeado Visitador e Vigário provincial dos Carmelitas da Polónia. 1892: Funda faculdade, seminário, igreja, e convento Carmelita de Wadowice. 1892-1907: Documentou a vida da Madre Theresa Marchocka, Carmelitana Descalça do século XVII, para ajudar com a sua beatificação 15 de Novembro 1907: Faleceu vítima da tuberculose no Carmo de Wadowice, Polónia. 20 de Novembro 1907: Enterrado no cemitério do convento de Czerna. 1934: Inicia-se o Processo de beatificação. 1936: Exumação dos seus restos mortais e movidos para um túmulo na capela de São João da Cruz, do Convento de Czerna . 1938: Conclusão da primeira etapa do Processo do beatificação. 11 de Outubro 1980: Promulgação do Decreto sobre a Heroicidade das suas virtudes. 7 de Outubro 1982: Aprovação da Heroicidade das suas virtudes. 22 de Junho 1983: Beatificado pelo papa João Paulo II em Blonie (Cracóvia), Polónia. 10 de Julho 1990: Milagre aprovado: cura do Reverend Mis. 26 de Novembro, 1990: Aprovação da sua canonização. 17 de Novembro 1991: Canonizado pelo papa João Paulo II, quatrocentos anos após a morte de São João da Cruz. O dia da sua memória litúrgica: 19 de Novembro. O ano de 2005 é o 400º aniversário da chegada das Irmãs Carmelitas Descalças à Polónia. São Rafael é padroeiro do ecumenismo, especialmente com os cristãos orientais São Rafael é padroeiro da comunidade polaca do Canadá.

domingo, 18 de novembro de 2007

Testemunho do P. Mieczyslaw Jósef Kuznowicz

Segunda-feira, dia 19 de Novembro, ocorrem os 100 anos da morte de São Rafael Kalinowski, Carmelita polaco. É uma graça enorme poder celebrar o I Centenário da sua morte. Em vida chamavam-lhe O Santo.
Não era, de facto, um homem vulgar. Fez-se Carmelita aos 42 anos de idade.
Viveu marcado pelo sofrimento. É recordado pela sua nobreza, bondade e generosidade. De si mesmo dizia: «Sou propriedade dos outros». Era sobretudo um homem de Deus, solícito para a comunhão com Ele. A todos recordava: «Os Carmelitas existimos para conversar com Deus em todas as nossas acções».

Dele disse o P. Mieczyslaw Jósef Kuznowicz, Jesuita:


«Um dia, algures no ano de 1906 ou 1907, eu descia do combóio na estação de Cracóvia. Então ouvi que agente se alvoroçava e corria nas minhas costas, dizendo: «Aí vem o Santo! Aí vem o Santo!». Eu parei e pude ver como muitas pessoas se ajoelhavam diante do Servo de Deus, Padre Rafael Kalinowski. A veneração das gentes à pessoa do Padre Rafael produziram em mim uma tal impressão, que jamais a pude esquecer. E muitas vezes tenho dito a muitas pessoas que se me pude ver um santo neste mudo, eu o vi na pessoa do Servo de Deus Padre Rafael Kalinowski de São José, Carmelita Descalço

Testemunho do P. Wenceslau Nowakowski

Segunda-feira, dia 19 de Novembro, ocorrem os 100 anos da morte de São Rafael Kalinowski, Carmelita polaco. É uma graça enorme poder celebrar o I Centenário da sua morte. Em vida chamavam-lhe O Santo.
Não era, de facto, um homem vulgar. Fez-se Carmelita aos 42 anos de idade.
Viveu marcado pelo sofrimento. É recordado pela sua nobreza, bondade e generosidade. De si mesmo dizia: «Sou propriedade dos outros». Era sobretudo um homem de Deus, solícito para a comunhão com Ele. A todos recordava: «Os Carmelitas existimos para conversar com Deus em todas as nossas acções».

Dele disse o P. Wenceslau Nowakowski, Capuchinho, colega de São Rafael nos trabalhos forçados no desterro da Sibéria:


«José Kalinowski, actualmente Padre Rafael, Prior dos Carmelitas Descalços de Czerna, era um homem de grande carinho e de extraordinária amabilidade, um verdadeiro anjo de bondade. Quando os russos falavam dele, diziam: «o Santo polaco». Foi a sua fama de santidade que o salvou da forca. Quando Murawiew, o cruel governador russo de Vilna o quis enforcar, um dos seus generais explicou-lhe que Kalinowski era estimado como santo, não apenas entre os polacos mas também entre os russos. E sentenciá-lo era torná-lo mártir dos polacos. No Natal de 1865 estávamos na prisão siberiana de Usole. Éramos mais de trezentas pessoas reunidas numa só barraca, à volta das mesas para a ceia. Depois dos sacerdotes rezarem as orações em latim, fez-se um enorme silêncio cheio de comoção. Depois, segundo a tradição polaca, todos começaram a partilhar pedaços de pão obreia, desejando-se os melhores votos. Ali todos berravam por alguém a quem desejar felicidades e oferecer um pedacinho de pão com as palavras rituais. A maioria de nós rodeava Kalinowski, a quem todos amavam e admiravam. Todos queriam oferecer-lhe do seu pão unindo-se assim a ele, pensando que lhes traria felicidade. Ele andava daqui para ali: a todos sorria e dava um beijo.
As esposas dos desterrados também o chamaram. Depois foram os sacerdotes a quem ele beijava as mãos que eles escondiam, e por fim todos se abraçavam.
Esta cena não terminaria nunca, mas o cozinheiro-chefe com a sua voz potente pediu que todos se sentassem. Não o fizeram logo, pois outros se levantaram para o abraçar. Vi então muitos secarem as lágrimas depois de o terem abraçado, enquanto outros se contentaram em olhá-lo de longe como se tentassem ver nele a pátria longínqua e os seus entes queridos

sábado, 17 de novembro de 2007

Testemunho duma Carmelita Descalça

Segunda-feira, dia 19 de Novembro, ocorrem os 100 anos da morte de São Rafael Kalinowski, Carmelita polaco. É uma graça enorme poder celebrar o I Centenário da sua morte. Em vida chamavam-lhe O Santo.
Não era, de facto, um homem vulgar. Fez-se Carmelita aos 42 anos de idade.
Viveu marcado pelo sofrimento. É recordado pela sua nobreza, bondade e generosidade. De si mesmo dizia: «Sou propriedade dos outros». Era sobretudo um homem de Deus, solícito para a comunhão com Ele. A todos recordava: «Os Carmelitas existimos para conversar com Deus em todas as nossas acções».

Dele disse uma Carmelita Descalça:


«Era para as almas religiosas um pai, um irmão, o amigo mais sacrificado e o mais fiel imitador do nosso Divino Salvador... Quanto mais dificuldades uma pessoa lhe causava, mais ele mostrava a sua misericórdia e a sua entrega. Não suportava a mais pequenas das imperfeições numa pessoa consagrada

Testemunho duma mulher deportada


Segunda-feira, dia 19 de Novembro, ocorrem os 100 anos da morte de São Rafael Kalinowski, Carmelita polaco. É uma graça enorme poder celebrar o I Centenário da sua morte. Em vida chamavam-lhe O Santo.
Não era, de facto, um homem vulgar. Fez-se Carmelita aos 42 anos de idade.
Viveu marcado pelo sofrimento. É recordado pela sua nobreza, bondade e generosidade. De si mesmo dizia: «Sou propriedade dos outros». Era sobretudo um homem de Deus, solícito para a comunhão com Ele. A todos recordava: «Os Carmelitas existimos para conversar com Deus em todas as nossas acções».
Dele disse numa carta uma mulher deportada, desde a cidade de Irkurk:


«Como é bela a vida deste homem! Vive entregue à oração e ao bem-fazer; ocupa-se nas boas obras. Na cidade de Usole chamam-lhe O Santo e até o maior dos ateus teve de admirar com extraordinária modéstia a sua verdadeira superioridade. Se houvesse uma criança abandonada, ele educava-a; se houvesse um doente para atender, aí se encontrava ele; se era necessário fazer algum trabalho incómodo, era o primeiro a fazê-lo; e estava sempre presente na igreja e no confessionário; que Deus o salve por todas as suas virtudes

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Testemunho do cientista Prof. Benedykt Dybowski

Segunda-feira, dia 19 de Novembro, ocorrem os 100 anos da morte de São Rafael Kalinowski, Carmelita polaco. É uma graça enorme poder celebrar o I Centenário da sua morte. Em vida chamavam-lhe O Santo.
Não era, de facto, um homem vulgar. Fez-se Carmelita aos 42 anos de idade.
Viveu marcado pelo sofrimento. É recordado pela sua nobreza, bondade e generosidade. De si mesmo dizia: «Sou propriedade dos outros». Era sobretudo um homem de Deus, solícito para a comunhão com Ele. A todos recordava: «Os Carmelitas existimos para conversar com Deus em todas as nossas acções».

Dele disse numa carta ao irmão mais novo de S. Rafael, o Prof. Benedykt Dybowski, católico que havia abandonado a fé, com quem o nosso Santo trabalhou numa investigação científica no Lago Baika, na Sibéria:

«Tinha todas as qualidades dum anjo e nenhum dos defeitos dos humanos. A sua tolerância angelical, o seu amor pelo género humano, o seu respeito pelas opiniões diferentes, etc., faziam dele uma pessoa duma qualidade humana tal, que não existe hoje alguém parecido entre a geração actual. Se alguém pode ser considerado como santo, na primeira fila da santa memória está o padre Rafael

Testemunho do escritor Michal Janik

Segunda-feira, dia 19 de Novembro, ocorrem os 100 anos da morte de São Rafael Kalinowski, Carmelita polaco. É uma graça enorme poder celebrar o I Centenário da sua morte. Em vida chamavam-lhe O Santo.
Não era, de facto, um homem vulgar. Fez-se Carmelita aos 42 anos de idade.
Viveu marcado pelo sofrimento. É recordado pela sua nobreza, bondade e generosidade. De si mesmo dizia: «Sou propriedade dos outros». Era sobretudo um homem de Deus, solícito para a comunhão com Ele. A todos recordava: «Os Carmelitas existimos para conversar com Deus em todas as nossas acções».


Dele disse o escritor Michal Janik:

«José estava cheio de actos de misericórdia; sem se queixar suportava todas as dificuldades. A sua bondade, a sua devoção e a sua vida ascética comoveram tanto os seus companheiros de desterro que na Ladainha dos Desterrados inseriram esta litania: ‘Pela oração de Kalinowski, salvai-nos Senhor!’».

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

15 de Novembro - Comemoração dos defuntos do Carmo

Como família eclesial celebramos hoje os nossos defuntos. Fazemo-lo com gratidão, com carinho e acção de graças.
Une-nos a mesma caridade fraterna. Os que ainda peregrinamos sobre a Terra, vivendo em obséquio de Jesus Cristo, sentimo-nos profundamente enraizados e unidos aos que já partiram deste mundo e ainda esperam ver a Deus face a face.
Na peregrinação da fé estivemos unidos no mesmo amor a Cristo, no mesmo serviço à Virgem Maria e à Igreja. Por isso, a oração comum da Ordem implora ao Senhor o perdão e a misericórdia para todos os irmãos carmelitas que já morreram. Por intercessão da Virgem Maria, sinal de consolação e de esperança certa, acreditamos que chegarão quanto antes à Casa do Pai. É para eles a nossa oração. É por eles a nossa intercessão, que acreditamos muito os pode ajudar.
Um dia Deus enxugará as lágrimas de todos os olhos.
Um dia o primeiro mundo passará.
Chegará, então, por fim, o dia em que não mais haverá morte, nem luto, nem choro, nem dor.
Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso, entre os esplendores da Luz perpétua. Amen.


OREMOS
Ó Deus Criador e Redentor do género humano, Vós que sois a glória dos vossos fiéis, concedei aos nossos irmãos defuntos, a quem estamos unidos pelo mesmo Baptismo e pela mesma vocação ao Carmo, a graça de Vos contemplar eternamente, como prémio da sua vida consagrada ao serviço de Cristo e da Virgem Maria. Por Nosso Senhor Jesus Cristo...

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Papa ora diante das relíquias de S. Teresinha

Bento XVI recolheu-se hoje, quarta-feira, dia 14 de Novembro, em oração na sua capela privada, para rezar ante as relíquias de Santa Teresa de Lisieux.
Ao final da audiência geral desta quarta-feira, o Papa recordou aos peregrinos, falando em francês, que há 120 anos, «Teresinha veio encontrar-se com o Papa Leão XIII, para pedir-lhe permissão para entrar no Carmelo, apesar de ser jovem demais».
«Há 80 anos – seguiu recordando –, o Papa Pio XI a proclamava padroeira das missões e, em 1997, o Papa João Paulo II a declarava doutora da Igreja.»
«Depois desta audiência, terei a alegria de rezar ante suas relíquias, como podem fazer numerosos fiéis durante toda a semana, nas diferentes igrejas de Roma», confessou.
A peregrinação com as relíquias da santa a Roma estava encabeçada pelo bispo de Bayeux e Liseux, Dom Pierre Pican, e pelo reitor da Basílica de Lisieux, Dom Bernard Lagoutte.
Nestes últimos anos, as relíquias da Santa foram veneradas em numerosos países e lugares, com frequência custodiadas em mosteiros carmelitas. Esta vez, as relíquias permanecerão na Itália até 27 de Dezembro.

(Agência de notícias Zénit)

14 de Novembro – Todos os Santos Carmelitas

A Igreja universal celebra ao longo do ano as festas de alguns Santos de grande nomeada, ou que são portadores duma mensagem para toda a Igreja. Outros Santos há que não têm um dia só para si. Por essa razão, a Igreja elegeu há muitos anos o dia 1 de Novembro como dia de Todos os Santos. Esse é o dia de todos os grandes e os pequenos Santos, dos de nomeada e dos discretos, dos desconhecidos e dos admirados. Enfim, de todos!



A festa do dia 14 de Novembro foi instituída pelo Papa Clemente X (+1676), e funciona para nós como paralelo desse dia. É o dia de Todos os Santo Carmelitas!
Este é o dia para recordarmos todos os Santos que fecundaram a nossa Ordem ao longo de oito séculos de existência. Recordamos, pois, entre todos eles, a milhares de Santos Carmelitas que não estão oficialmente canonizados pela Igreja. Basta recordar os diversos ramos masculinos e femininos que vivem o carisma carmelitano e sobretudo a enorme multidão de cristãos que ao longo de tantos séculos se sentiu unida à nossa Ordem.
Eles são uma enorme multidão de mártires, de monges e confessores, de virgens, doutores, religiosos e religiosas que se santificaram vivendo em o carisma do Carmelo. Eles são ainda uma enorme multidão que revestiu com o santo Escapulário, e tantos outros que se fizeram Carmelitas, imitando em suas famílias a mesma aspiração à santidade.
No Livro do Apocalipse São João Evangelista diz que viu 144.000 de eleitos seguindo o Cordeiro. É um número simbólico que apenas quer indicar totalidade e plenitude. E depois completa, dizendo: «Depois vi uma multidão que ninguém podia contar».

Nós podemos considerar que nesse grupo em movimento que segue o Cordeiro estão todos os que caminham para a Montanha celeste do Carmo. Somos nós. Aí estamos nós, também! Somos todos os caminhamos ao encontro dos Santos, que do alto do Céu nos animam, dizendo: «Sede como nós»!


OREMOS
Nós Vos pedimos, Senhor, que nos assistam todos os Santos do Carmo e a protecção da Santíssima Virgem Maria, nossa Mãe, para que, seguindo fielmente os seus exemplos, sirvamos generosamente a vossa Igreja, com a oração e a acção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo...

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

8 de Novembro - Bem-aventurada Isabel da Trindade

(1880 – 1906)
Isabel Catez Rolland, é filha do capitão Francisco José Catez e de Maria Rolland. Nasceu no campo militar de Avor, diocese de Bourges, França, no dia 18 de Julho de 1880. A marca mais profunda, desde a sua primeira infância, é o seu temperamento marcado pelo mau carácter e uma sensibilidade muito apurada. Aos sete anos ficou órfã de pai. Tal veio a provocar nela a sua «conversão» e mudança de carácter, como fruto da sua vida de ascese e oração.
Foi sempre fiel às suas promessas baptismais, apesar de não faltar ás festas juvenis e aos eventos sociais. Gostou sempre de perfumes, de boas roupas e de andar na moda. Aos 14 anos fez voto de virgindade e aos 19 começou a receber as primeiras graças místicas. Era dotada dum grande talento musical que ela aperfeiçoava com longas horas de treino ao piano. Ganhou prémios e deu concertos. Na sua juventude ofereceu-se a Deus como vítima pela salvação da sua pátria, a França. Aos 18 anos sua mãe pretendeu casá-la, mas a filha respondeu: «Sou toda de Jesus». Ingressou no Carmelo de Dijon, cidade onde vivia com a sua mãe e sua irmã, no dia 2 de Janeiro de 1901, depois de alcançar a maioridade, os 21 anos de idade. Recebeu no Carmelo o nome de Irmã Isabel da Santíssima Trindade. E propôs-se ser na sua vida de carmelita: «Louvor da glória da Santíssima Trindade» e crescer, dia após dia, «no caminho de amor à Trindade». Vestiu o hábito de carmelita no dia 8 de Dezembro de 1902 e no dia 11 de Novembro de 1903 exultou de alegria ao emitir os votos religiosos na Ordem do Carmo, que ela amava com todas as forças da sua alma. A sua vida foi breve, mas consistente. E também a sua doutrina espiritual. A sua experiência de Deus Trindade foi tão profunda que podemos considerá-la como mestra de muitos cristãos até aos nossos dias. Os seus escritos não são muito extensos, mas de grande valor. Estão catalogados como Cartas, Elevações, Retiros, Notas Espirituais.
No Carmelo viveu uma vida humilde rapidamente acrisolada por intensos sofrimentos físicos e morais. Era uma autêntica adoradora em espírito e verdade. Viva para louvar a glória da Trindade, hóspeda da nossa alma. Ali, na alma, encontrou o Céu na terra, porque onde está Deus está o Céu e Deus estava nela. Este foi o seu carisma, esta foi a sua missão na Igreja.
O seu caminho de perfeição terminou no dia 9 de Novembro de 1906, dia em que morreu por causa duma úlcera no estômago.

Carminhar... junto a Él

Avessadas, 3 de Noviembre de 2007.

Cuando es Dios el que convoca, y el Espíritu el que guía nuestro camino, sólo puede llegarse al corazón, de Jesús, de Jesús niño, como sucedió este sábado en Avessadas.

Y es que sientes que tu corazón está acogido, resguardado como en casa, como si estuvieras a 1000 kms, como si vivieras en otras experiencias de camino y oración, como si estuvieras en tu habitación en la oración de la noche.

Y es increíble y sólo Dios es el que da la fuerza para que 85 chicos de varias ciudades y pueblos de Portugal acudan a su llamada tierna de Niño.

El idioma en el que se hablaba el sábado iba más allá del propio de cada uno, ya que cuando Él habla el corazón y la fe te une…

…y un paso guía a otro, y un paso confía en el otro, y se sorprende de encontrar castañas en la tierra, alguien durmiendo en un coche, un cuenco artesanal, una sonrisa, una conversación, una oración, cientos y cientos de hojas naranjas, una humilde iglesia, y una mamá que calienta nuestra alma con cafés sencillos y acogedores, a un niño asomado a una verja del jardín, una señora lavando… en definitiva, a Él en el corazón de cada una de las personas con las que hemos compartido el camino.

Mi corazón agradecido por encontrarle otra vez a Él entre vosotros, sonríe al recordar el sábado en Avessadas, a 1000 kms de distancia, dejando mecerse en las manos cuidadosas de Aquel que nos vio nacer de su amor sincero y dulce.


Porque Él es la el Camino, la Verdad y la Vida…


Cristina Salazar Fernández
Tarragona, Espanha

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Homília - Carminhada - Avessadas a Rosém - 3NOV2007

1. Somos jovens optimistas ou pessimistas? Somos jovens carmelitas e sem medo! Não temos medo de ser nem jovens, nem carmelitas. Coragem! Aventuremo-nos e percorramos o carminho que o Mestre nos chama a seguir. É para isso que a Igreja e a Ordem precisa dos jovens.

2. Nunca esta Igreja Paroquial de Rosém viu tantos jovens reunidos. E julgo que se o Carmo Jovem não regressar cá, não voltará a ver. Por isso...

3. Espero que continueis a carminhar como tendes feito até agora. Carminhai com os Mestres que a espiritualidade carmelita — S. Teresa, S. João da Cruz, S. Teresinha — vos tem para oferecer. Estes Mestre também carminharam. Aprendei com eles...

4. Posso garantir-vos que não estais sós. Nos dias de hoje existem muitos jovens que não têm medo de seguir o Mestre dos mestres. Carminhai com eles. Sabeis bem que continuam a reunir-se multidões para escutar e vibrar com a presença de Deus, que é amor.


5. Eu estive e senti-O presente na multidão que clamava e cantava nas Jornadas Mundiais da Juventude, em Santiago de Compostela, em 1989. E também noutras Jornadas, como sabeis.

6. Os jovens sentem que vale a pena, sentem o apelo e a força do Espírito e seguem-n’O. Que o Espírito Santo, Sopro de Vida, continue a sondar cada uma das vossas vidas. E assim como Zaqueu se converteu pela força do espírito de Jesus, assim vós também.

7. Zaqueu após o convite de Jesus, não disse que não. Disse sim. Um sim convicto. Este homem continuou a sondar os mistérios de Deus e a carminhar sob a brisa que é o Espírito Santo, que, mais tarde, os santos carmelitas também sentiram para depois nos incendiarem a cada um de nós de forma particular.

8. Que esta brisa suave, esta Chama que levamos gravada e não queremos apagar continue a convidar cada um de nós a soprar nos outros a alegria de dizer que vale a pena ser jovem carmelita, que vale a pena carminhar com Cristo, mesmo que seja apenas um pouco de cada vez.

9. Não temamos os nossos gestos nem os nossos sins! Não nos esqueçamos que quantos mais sins melhor…

10. Que pensará Deus dos Jovens do Carmo Jovem? Penso que os ama muito. Teresa de Jesus e João da Cruz deixaram escrito que Rezar é Amar. Se rezardes muito amais muito a Deus. E sereis muito amados por Ele.

11. Que vos posso pedir? Que como jovens carmelitas continueis a rezar e a amar cada vez mais. Não se pode ser carmelita sem rezar e sem amar. Sabei amar! O Frei João está doente e com febrezita, não está? Não vos esqueçais que a febre do amor também é prescrita como certos remédios: Quanto mais melhor!


P. Pereira, Pároco de Rosém

Sopros Finais - Carminhada - Avessadas a Rosém - 3NOV2007


A primeira carminhada do Ano Pastoral 2007/2008 foi algures nos montes, em Avessadas, ou melhor entre Avessadas e Rosém, no concelho do Marco de Canavezes. Os jovens leigos carmelitas estão de novo em movimento. Inspirando-se na Mensagem do Papa Bento XVI para a XXIII Jornada Mundial da Juventude, “Espírito Santo, Sopro de Vida” puseram alma e pés, coração e sentimento, ânimo e fé ao caminho.
Era Sábado, 3 de Novembro.
Nesta carminhada, não tivemos connosco o Frei João, Coordenador da Pastoral Juvenil da Ordem, por se encontrar adoentado. O dia, porém esteve bom, risonho, quente e acolhedor. Era Novembro, e convidava a carminhar! Foi o que fizemos.
Rezámos, cantámos, escutámos o Evangelho e depois da Verónica ter entregue o cajado à Fatinha — um dos baluartes do Carmo Jovem, natural e residente em Rosém — saímos do parque de merendas do Santuário do Menino Jesus, seguindo-a. E lá fomos por entre montes e ribeiras, encostas e penedias à procura do fim. Mal pusemos pés ao caminho ele empinou dolorosamente, mas o Espírito estava connosco e o seu sopro de vida animou-nos para não desistirmos. A primeira pausa foi no penedo junto ao Santuário de Nossa Senhora do Castelinho, aí tivemos oportunidade de fazer uma pequena reflexão alusiva ao tema desta carminhada.
Voltamos a fazer-nos à estrada, ou melhor deixou de ser estrada e passou a ser monte, por onde seguimos até à Igreja Paroquial de Santa Maria de Rosém.
Aí esperava-nos a Eucaristia, presidida pelo Pe. Pereira, Carmelita e Pároco de Rosém e Avessadas, que tão bem nos acolheu e nos recordou a sua participação na Jornada Mundial da Juventude em Santiago de Compostela, no ano de 1989. Iniciou a sua homilia questionando os jovens se eram optimistas ou negativistas? E justificou-se: “Nunca antes esta Igreja Paroquial teve tantos jovens juntos; nem se calhar nos próximos anos terá tantos jovens reunidos para uma Eucaristia!” (Apeteceu bater palmas!) Fizemos uma foto do grupo. Éramos 90 jovens (vindos de Aveiro; Braga, Caíde de Rei – Lousada; Mangualde; Avessadas, Feira Nova e Rosém - Marco de Canavezes; Penafiel; Viana do Castelo e Tarragona – Espanha: chegamos à internacionalização!).

O almoço que deliciosamente tragamos decorreu sob o olhar carinhoso de Nossa Senhora das Neves, Padroeira de Rosém. Chegada a hora certa abandonámos a casa da Mãe e voltámos à estrada que nos iria levar à casa do Filho. Ao chegarmos ao Santuário do Menino Jesus ainda tivemos tempo para ir até à Mata do Convento. Aí tivemos oportunidade de fazer um pouco mais de silêncio. Na partilha proposta fomos desafiados a assumir (declarando-as) atitudes que podiam ter como força o Espírito Santo. E houve bastantes... Por fim chegamos à Igreja do Santuário do Menino Jesus de Praga: tínhamos os pés bem cansados (coisa de que ninguém se lembrou) e as almas mais leves... Entretanto, a Fatinha devolveu o cajado à Verónica, que o recebeu em nome da Coordenação do Movimento e que novo no-lo entregará na próxima carminhada, na Figueira da Foz, no dia 16 de Fevereiro de 2008. Faltava concluir. Rezámos então a Coroinha do Menino Jesus e recebemos uma singela lembrança do Reizinho alusiva à carminhada. E sob o desígnio do cântico Guiado pela mão com Jesus eu vou fomos saindo e regressando a nossas casas. Estava (bem) finalizado mais um dia Carmelita.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Gostei de vos ver!

Olá, boa tarde carminheiros e carminheiras! Acabo de ver as fotos (apenas algumas) da Carminhada de Avessadas. Vi a última e ficou-me uma grande inveja: eu não estou lá junto dos meus amigos. Estava doente e acamado, razão porque não pude participar fisicamente. Mas espiritualmente carminhei convosco. Já me deram algumas notícias (ainda não li a crónica) e fiquei contente com o que ouvi. E mais lamentei não ter podido participar. Também vi o Padre Pereira a celebrar e com a faixa do Movimento! É assim mesmo! Parabéns a todos! Gostei de vos ver! Frei João

Fotos - Carminhada - Avessadas a Rosém - 3NOV2007