quinta-feira, 29 de março de 2007

Algumas datas da Irmã Lúcia

28 de Março de 1907 - Nascimento. 30 de Março de 1907 - Baptismo. 1917 - Aparições de Nossa Senhora. 3 de Outubro de 1928 - Profissão no Instituto de S. Doroteia. 25 de Março de 1948 - Entrada no Carmelo de S. Teresa, Coimbra. 31 de Maio de 1949 - Profissão como Carmelita Descalça. 13 de Fevereiro de 2005 - Falecimento. 19 de Fevereiro de 2006 - Transladação para o Santuário de Fátima. Acerca da data do seu nascimento, a Irmã Lúcia escreveu em 1989: “Meu Pai era muito assíduo em levar os filhos à pia baptismal. Quando eu nasci – ouvi contar a minha Mãe, numa entrevista com o Dr. Formigão, que a interrogou, perguntando em que dia eu fazia anos –, a Mãe respondeu: “Nós dizemos que é no dia 22 de Março, porque ela foi registada como tendo nascido neste dia, mas, na verdade, não é bem assim. Ela nasceu no dia 28 de Março de 1907. Era Quinta-Feira Santa; pela manhã, fui à Santa Missa e comunguei, pensando voltar de tarde, a visitar o Santíssimo, mas já não pôde ser, que, nessa tarde, nasceu ela” (só então tive conhecimento de qual era o verdadeiro dia dos meus anos, o que não admira, porque, nesse tempo em Fátima, não se ligava nenhuma importância ao dia dos anos, nem se fazia festa; por isso, era um assunto de que se não falava); “no entanto, como está registada como nascida no dia 22, continuamos a dizer que faz anos nesse dia. O Pai tratou logo do baptizado. Não lhe convinha na próxima semana, por motivo dos seus trabalhos, mas, como estava mandado que os pais levassem os filhos a baptizar aos oito dias, depois de nascidos – que, de contrário, pagavam multa -, o Pai resolveu dá-la como nascida no dia 22, para que o pároco a baptizasse no Sábado de Aleluia, que era o dia 30 do mesmo mês."

Largos dias têm cem anos

A Irmã Lúcia, Pastorinha de Fátima e Carmelita, fez cem anos. Noventa e oito cumpriu-os na terra, dois no céu. Por que no céu não há tempo, há quem diga que ela não fez cem anos. Talvez. Mas na nossa memória e no nosso coração ela fez. Foi bonito ver que não se perdeu a memória dela. E que lhe cantamos os parabéns, com a ternura com que se cantam a uma irmã e avó. Claro que ela não precisa do nosso afecto, nem que lhe cantemos os Parabéns a Você. Mas nós precisamos de lhe cantar, de dizer para nós que a senda que ela trilhou pode ser a nossa e que a sua busca de santidade pode ser por nós percorrida e é imitável.
Largos dias têm cem anos. Largas histórias têm aquela vida de singelo recolhimento e escondimento. Sinto e senti que sempre a amámos. Agora que está em Deus sinto que a amamos ainda mais, que nos sentimos mais seus irmãos e, mais que órfãos, nos sentimos verdadeiramente guiados pelo seu apelo e exemplo.
O Carmelo de Santa Teresa de Coimbra editou um pequeno postal, em memória do Centenário. O postal mostra os claustros do Carmelo e uma linda fotografia da Irmã Lúcia, como a gostamos de recordar. Foi feliz a legenda: «O mundo para mim é apenas o caminho para Deus». Que assim seja para nós. Que ele seja uma oportunidade e não uma perda; embora seja verdade que para se ganhar o céu haja que perder o mundo. Para isso o mundo é mundo e o céu é o ceu. Um é o caminho, outro a meta.
Oh! Que festa terá havido no céu!
Feliz aniversário, Irmã Lúcia!

segunda-feira, 26 de março de 2007

A oração do Dia Mais Feliz

Hoje é o Dia Mais Feliz da história. Melhor dito: Porque não pôde celebrar-se ontem, dia 25 de Março, celebra-se hoje a Solenidade da Anunciação e Incarnação do Verbo de Deus no seio da Virgem Maria. Este é o dia (a celebração) do Dia Mais Feliz da história, porque Deus é connosco. Cada dia tem a sua história, a deste é esta. E tem também a sua oração. A deste dia da Incarnação é muito bela, muito profunda e talvez um pouco esquecida. Chama-se a Oração do Angelus, porque essa é a primeira palavra que se diz quando a oração é rezada em língua latina. Antes rezava-se três vezes ao dia. Era uma maneira bela de quebrar o jugo da faina diária e elevarmos o olhar para Deus. É assim a oração deste dia: - O Anjo do Senhor anunciou a Maria: - E Ela concebeu do Espírito Santo. (Reza-se a) Avé Maria... - Eis aqui a escrava do Senhor: - Faça-se em mim, segundo a tua palavra. (Reza-se a) Avé Maria... - O Verbo de Deus se fez homem: - E habitou entre nós. (Reza-se a) Avé Maria... - Rogai por nós, Santa Mãe de Deus: - Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. OREMOS Infundi, Senhor, a vossa graça em nossas almas para que nós, pela Anunciação do Anjo, conhecemos a Encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, sejamos conduzidos, pela Sua Paixão e Morte na Cruz, à glória da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amen. (Reza-se 3 vezes a) Glória ao Pai...

www.carmelitas.pt/pj


Nós os Carmelitas, somos homens e mulheres, rapazes e raparigas, que desejamos viver o nosso compromisso de baptizados, construindo a fraternidade proposta por Jesus Cristo, em contínua presença de Deus, como a Virgem Maria; ao serviço da Igreja e segundo o projecto de vida proposto por João da Cruz e Teresa de Jesus.


Se queres conhecer a perspectiva juvenil deste olhar e desta adesão visita www.carmelitas.pt/pj

sexta-feira, 23 de março de 2007

AUSÊNCIA QUE NOS UNE

«Parece começar finalmente esse ballet de Primavera.
Os dias acordam de um pulo.
As flores já se advinham nas árvores molhadas

e quase consigo ver os frutos que se vão
Pintando de sol.
De Ti sabemos pouco.
És o silêncio, o sem rosto, a não evidência,
a “ausência que nos une”.
Mas és também Tu nas quedas do Outono
e nas mortes dos Invernos.
És Tu a quem procuramos nos gestos claros
e públicos e naqueles que tecemos apenas na intimidade.
É por Ti a eternidade, Senhor.
Procuramos-te como a semente que na terra
escura empurra o seu rebanho para o pôr-do-sol.
E sei que também as coisas gritam por Ti.
(As vezes consigo ouvi-las.)
Assim, entrelaçamos todos uns nos outros como
raízes de uma arvore intemporal,
procuramos-Te no erguer largo dos troncos do esforço
de cada dia e respiramos-te nas brisas verdes desta imensa floresta.
Que nunca morram, Senhor, nem de pé
morram, as nossas árvores, que nunca se apaguem em nós
esta consciência de floresta Humana por Ti amorosamente tecida.»

Concerto Projecto Água Viva

Por momento, uma voz límpida banhou de água fresca as nossas almas,
aquelas que numa suave noite de quase Primavera
subimos à Igreja do Carmo de Aveiro.
Foi no dia 16 de Março.
Nada nos levou ali a não ser a ânsia de Água Viva
que de quando em vez brota serena e nos impele a buscá-la gratuitamente.
Alguns trazem frescura nos lábios e abraços no coração.
Foi isso que ontem ouvimos.
Cativou-nos a simplicidade desenvolta e a generosidade
de quem é companheiro de caminho.
O momento foi muito lindo e terno, profissional q.b. e tão profundo,
quão certo é saber-se que quem tem fontes a nascer no peito
não as pode beber inteiramente.
Muito obrigado.
Ajudaram-nos a cuidar melhor das nossas pedras,
Testemunharam a beleza da partilha,
derramaram Água Viva sobre nós e os nossos,
saciaram sedes que só se saciam com fidelidade
e afeiçoaram as nossas pedras vivas,
que somos nós os membros do edifício espiritual do Carmo.
Muito obrigado. Deus vos abençoe.



terça-feira, 20 de março de 2007

Que tens tu, Jesus?

Que tens Tu, Jesus? Que perdoas tudo aquilo que o homem não perdoa? Que esqueces o que nenhum ser humano esquece? Que vais ao fundo das coisas, enquanto nós ficamos saciados com o banal? Que tens Tu, Jesus? Porque te interessas mais por resgatar corações que as pré-histórias dessas pessoas? Porque perscrutas sempre o futuro quando nós nos regalamos mais com o passado? Tu, Senhor, tens a força do amor de Deus. Tu tens a garantia de quem Te envia. Tu tens a Lei do Amor e não as leis humanas. Tu sentes compaixão pela humanidade. Tu tens olhos que veem o que nós não vemos. Tu tens olhos que não vem o que frequentemente nós vemos, mesmo que não exista. Que tens Tu, Jesus? Tens a medida e o jeito de medir de Deus, que são muito diferentes dos nossos. Tens pensamentos divinos, muito diferentes dos humanos. Repugnas o pecado, mas compreendes e amas o pecador. Ah! Aqui estou eu, Senhor. Aqui estou eu, pecador. Sim. Sou pecador, mas muitas vezes, a maioria das vezes, converto-me em juiz implacável! Mesmo que eu tenha um milhão de razões, faz, Senhor, com que eu conte até três ou até cem vezes três, para que alcance usar aquilo em que sobressaíste: A misericórdia!

quarta-feira, 14 de março de 2007

«A João da Cruz»




"No entardecer da vida
seremos julgados pelo amor.”
[S. João da Cruz]



Homem de muitos "carminhos"... deixou-se conduzir eterna e incansavelmente por Deus... a verdade de sua vida: Segui-lo de alma e coração... amante do silêncio, que partia com naturalidade quando a obediência, a amizade dos outros o pedia... que canta sobre o mistério da vida, sobre o mistério do AMOR...

«Hoje queremos que regresses
Pois o mundo necessita
Que ilumines com a chama,
Com a chama de amor viva
Tanta escuridão que ofusca
As nossas vidas.
Na cruz encontra o Homem
O caminho da vida
Pela cruz vai mais leve
Ao amor mais verdadeiro
Pela noite, pela noite
À madrugada.
Nossa sede se apaga
Se descobrimos a fonte
Fonte secreta que mana
No mais fundo da vida
Oh, que bem sei eu a fonte
Mesmo de noite!»

Deixas-me regressar, Senhor?

Afastei-me e arrumei-Te no silêncio, afastei-me e fingi que não acreditava nem esperava nada de Ti. Desviei-me e perscrutei todas as rotas, menos a tua. Desprezei-me e tive a lata de atirar as culpas para Ti. Distraí-me e tudo o que tinha por felicidade ruiu. Deixas-me regressar, Senhor? Pensei que sentenciarias como um juiz, mas eu é que fui injusto nos meus juízos. Cansei-me a pensar que Tu decidirias como eu. Custou-me regressar, porque me assustavam as portas fechadas. Arruinei-me e nem o meu amor próprio me animava. Deixas-me regressar, Senhor? Idealizei um mundo maravilhoso: Sem riscos nem obrigações. Construi o mundo ideal: Sem preocupações pelos outros. Despi-me da minha dignidade, só para que me aplaudissem os que julguei que me amavam, mas que logo me abandonaram na berma. Desnudei-me, Senhor, e o que é pior: também Te atirei fora. Deixas-me regressar, Senhor? Apontarás na agenda de casa as minhas ausências? Contarás a minha soberba e a minha auto-suficiência? Pedir-me-ás de volta o que Te pedi e depois desperdicei? Quando me vires ao longe vais virar-me as costas? Claro que te deixo regressar, meu filho! Sai de tudo aquilo que te pareceu melhor que o nosso lar. Regressa da orfandade em que tens vivido. Entra. Esta é a tua casa. Entra e veste-te de festa. Vem. Senta-te e com o teu irmão come do mesmo pão do Pai. Toma banho e perfuma-te para que a tua vida passada fique no passado. Sim, filho. Abraça-me. Abraça-me, meu filho. Vós os homens sois como sois, mas eu tenho um coração de Pai! E, hoje, mais que nunca, o meu coração transborda de alegria. Não há maior felicidade para um Pai que a de voltar a ver o seu filho, não há maior sorriso no rosto dum Pai que quando torna feliz um filho. Sim, corre. Corre! Corre, meu filho! A tua demora desassossega a minha alma! Não demores, porque nem os erros do teu caminho errado me desassossegaram tanto como o teu atraso. Vem, regressa. Eu, teu Pai, te espero. Não te preocupes com o teu irmão: havemos de convencê-lo!

terça-feira, 13 de março de 2007

Carminhada - Aveiro - 31 Março 2007

NÃO SEJAS SONSO!

Somos sal, somos luz. E às vezes nem uma nem outra coisa. Somos contra, ou nem damos conta do que somos. E é pior isso. Não ser nada, ficar a meio caminho, não ser quente nem frio é desagradável ao paladar de Deus. Ele não gosta de sal a meias, nem de luz quase escura. Deus gosta de quem se afirme, de quem caminhe, de quem não tenha medo de temperar a vida dos demais, de quem cuja vida ilumina outras vidas.
Se o teu sal anda fraco, se a tua luz está a perder o brilho vem carminhar. Caminha com Jesus. Ele tempera e ilumina a vida.
Não sejas sonso. Não sejas apagado. Junta-te a Jesus e caminha com Ele.


Aspectos a ter em atenção:
- As carminhadas são abertas a todos os jovens;
- A caminhada tem 18 km (8+10);
- Início às 9h00, na Marinha da Troncalhada (a caminho da Gafanha (praias) – Rotunda da saída da A25);
- Tempo de pausa, reflexão e almoço às 11h30, no Santuário Schoenstatt;
- O almoço será partilhado, devendo cada participante levar de casa;
- Procura levar calçado confortável e já usado; roupa conveniente (um impermeável…);
- Haverá um carro vassoura (podem lá deixar ficar as mochilas com a comida), mas a maior honra dos condutores de carros vassoura é chegar ao fim vazios;
- Caminha ligeiro de equipagem;
- Nem tudo é necessário para caminhar…;
- A caminhada termina às 17h30 na Igreja do Carmo em Aveiro, seguida de Eucaristia do Domingo da Paixão e Dia Mundial da Juventude às 18h30.



CONFIRMAÇÃO
A confirmação de participação na Carminhada deverá ser efectuada até ao dia 24 de Março por mail: carmojovem@gmail.com ou aveiro@carmelitas.pt.

sexta-feira, 9 de março de 2007

Neste III Domingo da Quaresma

Se alguém precisar de liberdade e eu puder ajudar: converte-me num pequeno libertador. Se me julgar o melhor e que a minha vida é perfeita: enche o meu coração de humildade. Se penso que o teu chamamento é para todos: converte os meus ouvidos surdos à tua Palavra. Se caio no erro de pensar que o pecado é coisa de velhos: dá-me um consciência capaz de diferenciar o bom do mau. Se me canso de caminhar na busca do teu rosto: converte o meu cansaço em nova intensidade apostólica. Se no caminho não me alimento da tua Eucaristia: converte-me ao apreço pelo teu Corpo e Sangue. Se este tempo de graça não tem relevo na minha vida: faz, Senhor, que se converta em tempo de reflexão. Se me julgo livre, quando ainda sou escravo: converte-me, Senhor, para buscar junto de Ti a liberdade. Se me sinto só e abatido, deprimido e angustiado: desvela-me a segurança de saber que sempre me buscas. Se pergunto demasiado por Ti: converte-me à compreensão da Tua vontade. Se, como a figueira não dou frutos, converte a minha vida seca em algo frutífero. Se te sinto próximo, mas vivo longe da Tua vontade: converte-me em instrumento de louvor. Se me deixo levar pelas falsas aparências, converte os meus impulsos em pensamentos rectos. Se aceito as ofertas pagãs que me surgem no dia a dia: converte-me a Ti para que eu só dê valor ao que vale.

quinta-feira, 8 de março de 2007

Concerto com entrada livre - Grupo Água Viva - Aveiro

Os jovens carmelitas de Aveiro — do Grupo Adoramus Te e do Grupo Voces Carmeli — patrocinam o concerto Dai e dar-se-vos-á, de música espiritual, pelo Grupo Água Viva.
A entrada é livre, porém o ofertório recolhido reverterá em favor das obras do Adro da nossa Igreja.
A nossa presença e patrocínio é uma resposta de reconhecimento ao muito que recebemos da nossa comunidade do Carmo. Ainda há muito por fazer. É por isso que damos as mãos para ajudar.
Será na Sexta-feira dia 16 de Março, pelas 21h30, na nossa Igreja do Carmo.
Joana Quina e António Matos, jovens carmelitas agradecidos.



A atenção a dar aos jovens

No dia 22 de Fevereiro, o Papa Bento XVI encontrou-se com os sacerdotes de Roma. Como de costume, manteve uma sessão de perguntas e respostas. Eis um excerto do que respondeu quando o Pe. Maurizio Secondo Mirilli lhe perguntou sobre a atenção a dar aos jovens:
Bento XVI: A juventude deve ser uma prioridade do nosso trabalho pastoral, porque ela vive num mundo distante de Deus. Os jovens têm necessidade de muito acompanhamento, para poderem realmente encontrar este caminho. Eles devem ver que se pode viver a fé nesta época, que não se trata de algo do passado, mas que hoje é possível viver como cristão e assim encontrar realmente o bem. Recordo-me de um elemento autobiográfico nos escritos de São Cipriano. «Vivi neste nosso mundo, diz ele, totalmente afastado de Deus, porque as divindades tinham morrido e Deus não era visível. E vendo os cristãos, pensei: é uma vida impossível, isto não se pode realizar no nosso mundo! Mas depois, encontrando-me com alguns deles, entrando na sua companhia, deixando-me guiar no catecumenado, neste caminho de conversão a Deus, pouco a pouco compreendi: é possível! E agora estou feliz por ter encontrado a vida. Compreendi que aquela outra não era vida e, na verdade confessa eu sabia mesmo antes que aquela não era a vida verdadeira.» Parece-me muito importante que os jovens encontrem pessoas, tanto da sua idade como mais maduras, em que possam ver que a vida cristã hoje é possível, e é também razoável e realizável. Portanto, o primeiro ponto é a experiência, que depois abre a porta também ao conhecimento. Somente se há uma certa experiência é possível, depois, compreender. Recordo-me de um conselho que Pascal dava a um amigo não crente. Ele dizia: «Experimenta um pouco fazer as coisas que um crente faz, e depois com esta experiência verás que tudo isto é lógico e verdadeiro.»Quanto aos grandes temas, diria que é importante conhecer a Deus. Na Carta aos Efésios, São Paulo diz: "Lembrai-vos de que nesse tempo estáveis... sem esperança e sem Deus... Mas em Jesus Cristo vós, que outrora estáveis longe, agora estais perto" (2:12-13). Assim a vida tem um sentido que me guia também nas dificuldades. Naturalmente, neste caminho acompanham-nos os Santos. Apesar dos numerosos problemas, eles viveram e foram as "interpretações" verdadeiras e vivas da Sagrada Escritura. Cada um tem o seu Santo, de quem pode aprender melhor o que significa viver como cristão.

«Jovens leigos Carmelitas: A Carminho de Damasco»


«Saulo, entretanto, respirando sempre ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, foi ter com o Sumo Sacerdote e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, se encontrasse homens e mulheres que fossem desta Via, os trouxesse algemados para Jerusalém. Estava a caminho e já próximo de Damasco, quando se viu subitamente envolvido por uma intensa luz vinda do Céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: «Saulo, Saulo, por que me persegues?» Ele perguntou: «Quem és Tu, Senhor?» Respondeu: «Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Ergue-te, entra na cidade e dir-te-ão o que tens a fazer.»
Os seus companheiros de viagem tinham-se detido, emudecidos, ouvindo a voz, mas sem verem ninguém. Saulo ergueu-se do chão, mas, embora tivesse os olhos abertos, não via nada. Foi necessário levá-lo pela mão e, assim, entrou em Damasco, onde passou três dias sem ver, sem comer nem beber.
Havia em Damasco um discípulo chamado Ananias. O Senhor disse-lhe numa visão: «Ananias!» Respondeu: «Aqui estou, Senhor.» O Senhor prosseguiu: «Levanta-te, vai à casa de Judas, na rua Direita, e pergunta por um homem chamado Saulo de Tarso, que está a orar neste momento.» Saulo, entretanto, viu numa visão um homem, de nome Ananias, entrar e impor-lhe as mãos para recobrar a vista. Ananias respondeu: «Senhor, tenho ouvido muita gente falar desse homem e a contar todo o mal que ele tem feito aos teus santos, em Jerusalém. E agora está aqui com plenos poderes dos sumos sacerdotes, para prender todos quantos invocam o teu nome.»
Mas o Senhor disse-lhe: «Vai, pois esse homem é instrumento da minha escolha, para levar o meu nome perante os pagãos, os reis e os filhos de Israel. Eu mesmo lhe hei-de mostrar quanto ele tem de sofrer pelo meu nome.»
Então, Ananias partiu, entrou na dita casa, impôs as mãos sobre ele e disse: «Saulo, meu irmão, foi o Senhor que me enviou, esse Jesus que te apareceu no caminho em que vinhas, para recobrares a vista e ficares cheio do Espírito Santo.» Nesse instante, caíram-lhe dos olhos uma espécie de escamas e recuperou a vista. Depois, levantou-se e recebeu o baptismo. Depois de se ter alimentado, voltaram-lhe as forças e passou alguns dias com os discípulos, em Damasco. Começou, então, imediatamente, a proclamar nas sinagogas que Jesus era o Filho de Deus. (Act 9, 1-20)


Convidados a ser aventureiros na subida ao Monte Carmelo, aventuramo-nos a descobrir o que o «Caminho de Damasco» nos tinha a transmitir.
Fomos irradiados pelo Amor, no qual S. Paulo, se deixou conquistar e nos convida num hoje à conversão, «convidados a sermos Ananias», no seio das nossas comunidades. Na adversidade e na cegueira, este Homem, entende que Jesus lhes quer ensinar sobre o seu destino… E nós dispomo-nos a tal?
No encontro com debilidade e na fragilidade, sintamos a força que nos impulsiona para a luta e nunca para a desistência.

Nós, jovens leigos Carmelitas, não poderemos deixar de caminhar, pois reconhecemos os Mestres como aliados, mestres que nos ajudam através da sua experiência de vida e se tornam verdadeiros guias espirituais nos caminhos que temos que percorrer.

Somos chamados a proclamar «a boa Nova» e a dar testemunho do Ressuscitado que continua a fazer eco nos nossos corações, incentivando-os a sermos fiéis à sua missão.



Reflexão Individual
1 Tempo da Quaresma, de deserto, oração, escuta da Palavra, morrer para nascer de novo, tempo de conversão, tempos de mudança…. S. Paulo, foi capaz de escutar para que ocorressem verdadeiras mudanças no seu modo de agir. E nós, mantemo-nos inertes ou aventuramo-nos nos caminhos?
2 É-nos exigido que sejamos radicais, somos seguidores de Cristo, tal como S. Paulo? De que moldes experimentamos e/ou enfrentamos as adversidades?
3 Que deveria mudar na minha vida para seguí-l’O de uma forma mais «radical»? Quais os meus medos?


quarta-feira, 7 de março de 2007

Converte-me, Senhor

Estamos em Quaresma, e quase a chegar ao Terceiro Domingo! De algo temos de nos converter. Para isso nos dá o Senhor este tempo favorável! De que tens de te converter? Aqui vai uma sugestão-oração: Dos nossos des-encontros conTigo; CONVERTE-NOS, SENHOR! Nas nossas des-esperanças e preocupações: CONVERTE-NOS, SENHOR! Das nossas dúvidas e friezas: CONVERTE-NOS, SENHOR! Do nosso orgulho e soberba: CONVERTE-NOS, SENHOR! Da nossa comodidade e avareza: CONVERTE-NOS, SENHOR! Para que Te encontremos e não Te percamos: CONVERTE-NOS, SENHOR! Para que estejamos sempre dispostos a porcurar-Te: CONVERTE-NOS, SENHOR! Para que sejamos conscientes das nossas limitações: CONVERTE-NOS, SENHOR! Da nosso afastamento de Ti: CONVERTE-NOS, SENHOR! Da nossa surdez e cegueira espiritual: CONVERTE-NOS, SENHOR! Da nossa maneira de ver e sentir a vida: CONVERTE-NOS, SENHOR!

Encontro de Formação/Reunião de Coordenação - Avessadas

No passado sábado, dia 4 de Março, no Convento de Avessadas...


terça-feira, 6 de março de 2007

Peregrinação a Pé - FÁTIMA



[Aproximemo-nos de Maria]

- 28, 29, 30 de Abril e 1 de Maio -

O caminho
faz-se ao andar.
Anda.
Não seja a vida
esse imenso deserto
em que não se colhem
palavras.
Se buscas a Deus,
muito mais o Amado
te busca.
Vem.
Deixa-te amar
Deixa-te buscar.
Deixa-te caminhar
Deixa-te alcançar.
Deixa-te animar.
És amada por Deus.
És amado por Deus.
És vivido por Ele.
Saúda as auroras
acolhe o sol,
salta pocinhas,
salta barreiras,
cruza os rios,
bebe as fontes,
saúda as encruzilhadas.
Cala as noites
canta à lua.
E não será dito
mais do que precisas;
não verás
mais do que podem os olhos.
Vem
como se tivesses
um canteiro de flores no peito!



Iterinário a efectuar em 4 passos:

28 ABR – SÁB - 06h00
AVEIRO
Ílhavo
Vagos
Calvão
Mira

29 ABR – DOM - 06h00
MIRA
Corujeira
Tocha
Alhadas

30 ABR – SEG - 06h00
ALHADAS
Figueira da Foz
Marinha das Ondas
Guia
Água Formosa
ILHA

1 MAI – TER - 06h00
ILHA
Feteira
Barracão
Caranguejeira
Santa Catarina
Fátima

ASPECTOS A TER EM ATENÇÃO:
- Dá-se preferência aos peregrinos com idades entre os 21 e os 35 anos;
- Os participantes deverão levar saco cama e haverá carrinhas para transportar as bagagens de cada um dos peregrinos, já que nem tudo é necessário para peregrinar;
- As inscrições poderão ser efectuadas até ao dia 31 de Março;
Informações adicionais poderão ser obtidas através do e-mail carmojovem@gmail.com


Rilke, o poeta, viveu algum tempo em Paris. Todos os dias percorria uma rua cheia de gente acompanhado por uma amiga francesa.
Numa esquina dessa rua havia uma mulher a pedir esmola. A mulher estava sempre no mesmo lugar, imóvel como uma estátua, com a mão estendida para os passantes e os olhos cravados no chão.
Rilke nunca lhe dava nada. Ao contrário, a sua acompanhante dava-lhe frequentemente.
Um dia a francesa perguntou-lhe: «porque nunca dás uma esmola à pobre mulher?»
«Devemos chegar-lhe ao coração, não apenas às mãos.», respondeu o poeta.
No dia seguinte Rilke trazia vinha com uma rosa lindíssima, recém aberta, que pousou delicadamente na mão da mulher. E preparou-se para retomar o caminho.
Aconteceu então o inesperado: a mulher levantou os olhos, olhou o poeta, levantou-se doridamente do solo, pegou na mão do homem e beijou-lha. Depois partiu apertando a rosa contra o seu seio.
Durante uma semana ninguém a viu. Oito dias depois, porém, ali estava a mulher, silenciosa e imóvel como sempre, de novo sentada na mesma esquina de sempre.
«Durante estes dias em que não recebeu esmolas, de que viveu ela?», perguntou a jovem francesa?
«Da rosa», respondeu o poeta.

O dia 16 de Julho é a festa nacional do Chile

O dia 16 de Julho é o dia de Nossa Senhora do Carmo. Todos o sabemos, claro. E muitos sabíamos que ela era a Padroeira principal da nação chilena. O decreto lei nº 20.148, de 27 de Dezembro de 2006, estabelece que o dia de Nossa Senhora do Carmo seja o dia do feriado nacional daquela república. A proposta da lei foi votada pelos parlamentares na Assembleia da República e depois promulgada pela senhora presidenta da República do Chile, Michelle Blanchet e pelo senhor ministro do Interior, Belisario Velasco. Nem tudo são recuos, há também pequenos sinais que tremeluzem na cidade dos homens. A Senhora da Capa Branca lance o seu olhar sobre tão nobre nação.

Morreu o Frei Luis Filipe

Morreu o Padre Frei Luis Filipe, nosso irmão Carmelita Descalço. Na verdade morreu no dia 28 de Fevereiro, na cidade do Funchal, na nossa Comunidade, mas ainda não havia blog, logo a notícia não pôde ainda ser aqui comentadarezada. O Frei Luis Filipe era português, mas pouco conhecido entre nós, pois vivera muito anos no Brasil. Chegara recentemente a Portugal, no dia 4 de Janeiro, para se integrar na nossa Província religiosa. Era por isso que o não conhecíamos. Como bom português, corria-lhe sangue luso nas veias; daquele sangue que ferve quando vê arados que vão ficando parados por falta de mãos que os conduzam. Ele era assim, por isso se ofereceu: aqui em Portugal começam a haver muitos arados que, ou alguém agarra ou a ferrugem os corrói. Por isso veio. Estava no Funchal há poucos dias. Ali recebera a Primeira Comunhão, ali o Senhor da vida e da vinha o chamou a si. O Senhor é o senhor, por isso Ele entende coisas que nós nem sequer intuimos. Nós não entendemos porque um frade ainda jovem morreu no seu posto, aos poucos dias de em Portugal ter pegado no arado. Porquê, Senhor? Como havemos de entender, nós que estávamos contentes com a sua vinda e integração, uma morte assim tão prematura? Se ele nos fazia tanta falta, como nos fazem falta outros como ele, porque houve de morrer? O Senhor entende o que não entendemos. E eu quero crer que o enviou até nós para que o conhecêssemos e amássemos. Para que nos víssemos e nos falássemos. Para que sonhássemos projectos e juntos lançássemos sementes à terra. Está visto, o seu trabalho não era o de lavrar, mas ode semear. Não era o de colher, mas o de abençoar. Não era o de ficar aqui, mas o de velar desde lá. Amen. Assim seja. Mesmo que não compreenda e veja a falta que aqui faz e o mar de arados parados. Ainda assim, Senhor, o que a razão não compreende a fé aceita. Porém, deixa-me que te rogue e te peça não apenas mãos mas corações também. Que te rogue alguém que venha para o seu lugar, mãos fortes, corações ardentes. Não é justo haver tanto que semear e depois faltarem braços, mãos e corações. Quem virá, Senhor? Quem enviarás? Quem o substituirá? Porque ficam tantas vinhas por cultivar? Porquê? Não vês a sede que alastra e as ervas daninhas que assaltam? Frei Luis Filipe, vela por nós e abençoa-nos desde as Vinhas eternas para que não percamos a alegria de quem espera a Primavera da promessa. Paz à sua alma.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Lembram-se???

Que saudades.... Ainda se lembram deste dia???? Foi num dos nossos retiros na Guarda (penso eu) que visitamos as irmãs Carmelitas. Foi giríssimo... (mesmo com a viola desafinada) ;) Ajudem-me a recordar esta visita... Beijos e abraços a todos, Osvaldo.

Crónica da Carminhada em Braga (3/02/2007)

Em Braga continuamos a carminhar. Foi no passado dia 3 de Fevereiro. Braga é diferente de Caíde de Rei, por isso a carminhada também o foi. O ponto de reunião foi na surpreendente e acolhedora Igreja de São Vicente — a do Carmo estava ocupada com missas. O Grupo Apocalipse fez um acolhimento assaz diligente e simpático que procurou integrar a todos. Depois, o P. Jorge Vaz, Carmelita de Braga, deu início à carminhada: leu o Evangelho de Bartimeu e mandou-nos sair pela cidade fora em direcção ao Bom Jesus procurando descobrir e seguir o Senhor nas surpresas da vida. E lá fomos, éramos uns 80 jovens provindos de Avessadas, Aveiro, Braga, Caíde e Viana do Castelo.
Rapidamente galgámos as ruelas velhas da cidade, cruzámos avenidas e rodovias e aterrámos num parque desportivo. O tempo estava muito frio, muito frio mesmo e ameaçava chuva fria: mas ninguém desanimava. Enquanto o rebanho se juntava o sr. Pinto distribuía água. O dia parecia dispensá-la, mas haveríamos de beber mais do que pensaríamos. Rezámos. Pausadamente.
Arrancámos. Logo depois iniciavam-se as hostilidades com a subida ao monte. Os músculos, empedernidos de demasiado tempo passado no aconchego de cadeiras e sofás, queixavam-se. Mas ninguém cedeu. O carminho é a cruz e por isso aí vamos nós rezando e cantando Onde moras, Rabi? Onde moras, Jesus?
Chegámos ao Escadório do Bom Jesus, ali ao lado está o elevador. Podíamos seguir Santa Teresinha e ir para lá, mas preferimos a vida de cireneus e fizemo-nos às escadas. São ou dizem que são 580. Há quem se disponha a contá-las, com a ajuda do telemóvel. No fim as contas não dão certas, mas são praí umas 565... Não andaram longe as contas. Pelo caminho cruzámo-nos com turistas e desportistas de fim-de-semana e ainda com gente que vem a rezar. Não somos pioneiros, somos seguidores.
Lá em cima fizemos uma pausa técnica: havia que recuperar forças, apreciar a paisagem, tirar mais umas fotos, descansar o olhar, ir falar ao Bom Jesus.
Descemos. Descemos por outro caminho, como ensina o Evangelho. Era mais fácil, mais convidativo. Não sabemos bem para onde vamos, mas, em baixo, no Carmelo da Imaculada Conceição, a equipa do sr. Pinto já anda a preparar as tralhas (musicais e outras) para a Missa.
Ah, afinal um Carmelo é isto? E porque tem de ter aquelas grades?
Presidiu à Eucaristia com ganas e muita energia o P. Jorge Vaz. O carminho é a cruz, o carminho é a cruz, disse-nos várias vezes. E por ser verdade, no final deu-nos a cruz a beijar porque esse carminho é afinal também altar, berço, tálamo e sinal maior...
Terminada a missa chegara a hora de retemperar forças. Dispersamo-nos pelo terreiro, abrimos merendeiros e aí vamos nós. O tempo estava frio, e havia que dar ao dente. E demos com gosto. É nestas alturas que se nos torna muito fácil louvar o Criador, ó que boas coisas as nossas mães sabem fazer!
Depois do almoço lavamos os dentes com chiclete e fomos visitar as Irmãs. Fomos para uma sala (locutório) e não cabíamos, tiramos cadeiras e não cabíamos, ficamos de pé e não cabíamos, de joelhos idem. Por fim ficámos como estávamos. Ainda nos disseram que se podiam equilibrar as coisas, passando algumas para o lado de lá, o delas, claro, mas nenhuma quis. Talvez mais tarde. Mas cantámos, cantámos, cantámos. E elas também. Chegada a hora não havia muita vontade de sair: lá fora estava frio e cá dentro havia paz. Porém, o que tem de ser tem muita força, e lá nos viemos embora. Talvez regressemos noutra altura.
Começamos a descer. Agora sim, iríamos conhecer a Igreja do Carmo e encerrar a sessão. A carminhada três já começara. Será em Aveiro quando o calendário marcar o dia 31 de Março.

Post Scriptum
Não há como agradecer a disponibilidade, o sorriso, os cânticos, a abundante fruta para a sobremesa e a alegria das Irmãs Carmelitas de Braga. Os agradecimentos vão ainda para toda a equipa do Carmo Jovem de Braga (Apocalipse) que foi excelente na organização, e para a Equipa Coordenadora pelo apoio que tem dado a esta iniciativa.

Crónica da Carminhada em Caíde de Rei (4-11-2006)

A primeira carminhada foi em Caíde de Rei ou melhor entre Caíde de Rei e o Santuário de Nossa Senhora da Aparecida, no Concelho de Lousada. Os jovens leigos carmelitas estão em movimento. Inspirando-se na Bem-aventurada Isabel da Trindade puseram alma e pés, coração e sentimento, ânimo e fé ao caminho. Era Sábado, 4 de Novembro, e até o tempo nos convidava a desanimar. Não assim a organização e muito menos o P. Fernando Carvalho, Pároco de São Pedro de Caíde de Rei, que entende que «estas coisas se devem multiplicar, por que se beneficiam os jovens também beneficiam as famílias e as comunidades». Rezamos, cantamos, escutamos o Evangelho e depois do P. Fernando Carvalho ter entregue o cajado à Aura saímos da Igreja de S. Pedro seguindo-a e lá fomos por entre montes e ribeiras à procura do fim. Houve pausas e pesos, coisas que sempre há nestas coisas de Deus. Afinal 15 km a caminhar, a descer e a subir, provoca amolgadelas mas não desânimos fatais. A honra do carro vassoura é chegar ao fim vazio, e chegaria. A Senhora da Aparecida vive num monte íngreme, duro, cruel. A gente vê-o desde longe e hesita, porque nunca mais lá chegamos. É um monte que mete medo até aos motores dos carros. Mas não a nós que o venceremos para estarmos mais perto da Mãe que nos leva a Jesus. Já no monte enxugamos o suor, refrescamo-nos e aos pés da Mãe descansamos. Como é bom descansar junto duma Mãe tão bonita! Depois celebramos a Eucaristia presidida pelo Frei João. Eram 14h00 quando abrimos os nossos farnéis e comemos merecidamente o que as carrinhas da Junta de Freguesia de Caíde de Rei nos trouxeram. Fizemos uma foto do grupo. Podem contar: éramos mais de 150 jovens (Lousada – Caíde de Rei e Nogueira; Braga; Aveiro; Amarante; Avessadas)! A tarde ainda ameaçou mais chuva. Mas, mais uma vez, sem medo, nos fizemos ao caminho: havia que concluir bem o que bem fora começado. E lá fomos concluir em 5 km o regresso mais breve que a partida. À chegada, no Auditório do Centro Paroquial de São Pedro de Caíde de Rei, tínhamos os pés cansados (coisa de que ninguém se lembrou) e as almas mais leves. Rezamos um Pai Nosso e agradecemos ao Padroeiro a atenção havida connosco. O Ricardo Luis e a Vera Pinto entregaram ao Tiago e ao Diogo (do Apocalipse, Braga) o cajado que marcará a segunda carminhada, que será em Braga (3 de Fevereiro). As próximas carminhadas serão em Aveiro (31 de Março) e em Viana do Castelo (2 de Junho). As fotos são para que te animes a caminhar ou rezes por nós, porque ninguém merece caminhar só. Obrigado.

XIII Horeb (Porto)...

Decorreu nos dias 29 e 30 de Setembro e 1 de Outubro, entre a Casa Diocesana de Vilar e a Igreja de Stella Maris, no Porto, o XIII Horeb do Carmo Jovem, que juntou 35 jovens provindos de Avessadas, Aveiro, Braga, Guarda, Porto e Viana do Castelo.
O Movimento do Carmo Jovem encontra-se em re-formatação, mas a realização de mais este Horeb (o 13!) deve ser lida como a vontade dos jovens Carmelitas em conhecerem os mestres do Carmo (B. Isabel da Trindade) e trilhar as suas pegadas deixadas na história e na Igreja. Ir em frente, ir mar adentro é renovadamente o desafio que nos pomos. Assim foi, assim será.
O encontro foi dedicado à figura da «Bem-aventurada Isabel da Trindade, Carmelita e profeta da interioridade». Ao longo da manhã de Sábado tivemos, sobretudo, dois professores. O Pe. Alpoim Portugal que fez uma abordagem à sua biografia e o António José, Carmelita Secular, que desde a sua riqueza pessoal nos falou da profunda e abundante interioridade da vida da nossa irmã Isabel da Trindade.
O XII Horeb do Carmo Jovem foi a maneira dos jovens carmelitas assinalarem a passagem do centésimo aniversário da sua morte. Para toda a Ordem e também para nós jovens a jovem Isabel continua hoje a propor-nos os caminhos da profundidade, da abundância de vida e da intimidade com Deus.
A celebração final contou com a presença do Provincial da Província Portuguesa, Pe. Pedro Lourenço Ferreira que muito nos honrou com a sua presença. Particularmente agradáveis de ouvir foram as suas palavras de que o Carmo Jovem «é parte da família do Carmo, e que, como tal, está chamado a viver e a defender o espírito da Ordem». A mensagem foi ouvida e foi já levada para as nossas casas, gabinetes, trabalhos e espaço de encontro nos conventos onde nos reunimos.
Somos jovens, somos Carmelitas. O apelo à interioridade é para nós, ainda que frequentemente muito nos custe mergulhar.








III Encontro Ibérico de Jovens Carmelitas – Toledo

Decorreu em Toledo, entre 11 e 14 de Agosto, o III Encontro Ibérico de Jovens Carmelitas. Após a realização dos anteriores encontros, Segóvia (2002 - Juntos junto à fonte) e Viana do Castelo (2004 – Entrar no livro da Vida), eis que surge mais um encontro. E não podíamos faltar. E não faltamos.
Encontraram-se em Toledo, 70 jovens provindos de diversos locais de Portugal – Avessadas, Aveiro, Braga, Guarda e Viana do Castelo; e de Espanha – Valência, Madrid, Medina del Campo, Valladoid...
Na viagem até Toledo, nós, jovens portugueses, visitamos muito rapidamente Ávila, o Convento de S. Teresa - La Santa, e o Mosteiro da Encarnação, local onde a Santa viveu muito anos e de onde partiu para lançar a epopeia fundacional que o Espírito Santo lhe despertara. Depois foi Toledo. No Convento de João da Cruz de Toledo, num ambiente muito ibérico, juvenil e festivo, tivemos oportunidade de falar sobre a jovem B. Isabel da Trindade, de visitar diversos locais históricos da cidade anfitriã com destaque para o Convento fundado por S. Teresa de Jesus. Ali tocamos alguns objectos utilizados pela Santa aquando da sua passagem por esse local. Generosas e solícitas as Irmãs Carmelitas mostraram-nos: um tambor da Santa que ela tocava nas festas, um selo, um autógrafo, o códice do Livro da Vida. Pelas grades do locutório os objectos passaram-nos para as mãos, que de repente tremeram tal era o peso da história que nelas caía.
No seguimento dos anteriores encontros, e segundo o espírito que desde a origem preside a estes encontros, viveu-se um clima de muita paz e serenidade, de oração e convívio, em consonância com a espiritualidade vivida na Ordem.
O próximo encontro ibérico está já agendado para o ano 2008 em Portugal em local a designar.







O nosso blog...

Já faltava um blog do nosso movimento... Este será mais um dos nossos espaços de encontro. Aqui poderemos deixar testemunhos, notícias, pensamentos, etc… Este é o nosso espaço e todos poderão participar… Beijos e abraços para todos… MCJ