terça-feira, 6 de março de 2007

Peregrinação a Pé - FÁTIMA



[Aproximemo-nos de Maria]

- 28, 29, 30 de Abril e 1 de Maio -

O caminho
faz-se ao andar.
Anda.
Não seja a vida
esse imenso deserto
em que não se colhem
palavras.
Se buscas a Deus,
muito mais o Amado
te busca.
Vem.
Deixa-te amar
Deixa-te buscar.
Deixa-te caminhar
Deixa-te alcançar.
Deixa-te animar.
És amada por Deus.
És amado por Deus.
És vivido por Ele.
Saúda as auroras
acolhe o sol,
salta pocinhas,
salta barreiras,
cruza os rios,
bebe as fontes,
saúda as encruzilhadas.
Cala as noites
canta à lua.
E não será dito
mais do que precisas;
não verás
mais do que podem os olhos.
Vem
como se tivesses
um canteiro de flores no peito!



Iterinário a efectuar em 4 passos:

28 ABR – SÁB - 06h00
AVEIRO
Ílhavo
Vagos
Calvão
Mira

29 ABR – DOM - 06h00
MIRA
Corujeira
Tocha
Alhadas

30 ABR – SEG - 06h00
ALHADAS
Figueira da Foz
Marinha das Ondas
Guia
Água Formosa
ILHA

1 MAI – TER - 06h00
ILHA
Feteira
Barracão
Caranguejeira
Santa Catarina
Fátima

ASPECTOS A TER EM ATENÇÃO:
- Dá-se preferência aos peregrinos com idades entre os 21 e os 35 anos;
- Os participantes deverão levar saco cama e haverá carrinhas para transportar as bagagens de cada um dos peregrinos, já que nem tudo é necessário para peregrinar;
- As inscrições poderão ser efectuadas até ao dia 31 de Março;
Informações adicionais poderão ser obtidas através do e-mail carmojovem@gmail.com


Rilke, o poeta, viveu algum tempo em Paris. Todos os dias percorria uma rua cheia de gente acompanhado por uma amiga francesa.
Numa esquina dessa rua havia uma mulher a pedir esmola. A mulher estava sempre no mesmo lugar, imóvel como uma estátua, com a mão estendida para os passantes e os olhos cravados no chão.
Rilke nunca lhe dava nada. Ao contrário, a sua acompanhante dava-lhe frequentemente.
Um dia a francesa perguntou-lhe: «porque nunca dás uma esmola à pobre mulher?»
«Devemos chegar-lhe ao coração, não apenas às mãos.», respondeu o poeta.
No dia seguinte Rilke trazia vinha com uma rosa lindíssima, recém aberta, que pousou delicadamente na mão da mulher. E preparou-se para retomar o caminho.
Aconteceu então o inesperado: a mulher levantou os olhos, olhou o poeta, levantou-se doridamente do solo, pegou na mão do homem e beijou-lha. Depois partiu apertando a rosa contra o seu seio.
Durante uma semana ninguém a viu. Oito dias depois, porém, ali estava a mulher, silenciosa e imóvel como sempre, de novo sentada na mesma esquina de sempre.
«Durante estes dias em que não recebeu esmolas, de que viveu ela?», perguntou a jovem francesa?
«Da rosa», respondeu o poeta.