sexta-feira, 27 de junho de 2008

AACAMPÁKI – 27 JUL a 3 AGO

Cada momento AAcampáki é uma descoberta

AAcampáki é tempo de silêncio

Descobrir o conteúdo dos símbolos e sinais cristãos, através de celebrações simples e vividas

Um convite: Aprende de Cristo!


São Paulo, na sua carta aos Efésios, convida a cada um de nós a aprender de Cristo, «Vós porem não aprendestes assim de Cristo» [cf. Ef 4, 20].


Podemos fazer mil e uma coisas, projectar e implementar o maior dos caminhos, dedicar-nos a ouvir, a ler, a … se não nos dedicarmos a conhecer pessoalmente a Cristo, se não cravarmos este nome no nosso coração, no nosso mundo, nas nossas palavras e acções, em vão são as obras que praticamos.

O apóstolo Paulo, cravou em si a solicitude do amor de Cristo, foi companheiro de caminho, peregrino, pisou caminhos pautados pela interioridade do conhecimento alicerçado na Verdade. Passou muitas dificuldades, mas a fonte não secou. Permaneceu e bebeu água Viva. Ele estava n´Ele. Com Ele aprendeu amar apesar da fragilidade e pequenez.

Vejo em São Paulo, um homem de fé, um exemplo para nós jovens desta vinha carmelita, deste jardim que floriu e que continua a florir se nos dispusermos a tal. Se nos aventurarmos n´Ele. Leio em São Paulo, ensinamentos, palavras maiores que me remetem a conhece-Lo.

Conhecer Cristo, a sua verdade, humanidade, divindade, a sua realeza na qual nos devemos enamorar. Aprendamos deste homem a mergulhar neste remoinho de amor, aprendamos a desejar este encontro.

São Paulo é um amigo, que nos convida ao Amigo dos amigos. Conhecer a sua vida é consciencializarmo-nos que devemos permanecer n´Ele e não afastados d’Ele, continuemos a aprender d´Ele.

Cartaz Acampaki - 27 JUL a 3 AGO


quarta-feira, 25 de junho de 2008

AACAMPÁKI – 27 JUL a 3 AGO


Cada momento AAcampáki é uma descoberta


AAcampáki é tempo de piscina, jogos, lazer

Descobrir e potenciar a criatividade de maneira lúdica

terça-feira, 24 de junho de 2008

AACAMPÁKI – 27 JUL a 3 AGO


Cada momento AAcampáki é uma descoberta


AAcampáKi é tempo de encontro

Descobrir a aventura de viver o encontro com os outros e com Deus!

domingo, 15 de junho de 2008

Carmo (Jardim) do futuro



«Tive um sonho.
Sonhei imensos prados verdes intercalados com as mais variadas flores e um imenso fervilhar de vida. Havia montanhas e as aves, árvores e fontes cristalinas e refrescantes.
De manhãzinha fui ao jardim, e sentada num rochedo, saboreei sofregamente a brisa suave.
Apliquei-me com honestidade na disciplina de olhar, de me olhar e de deixar-me ser olhada e dei graças pelo toque delicado!
Fechei os olhos.
O murmúrio do suave balancear das árvores, o restolhar das folhas, a passagem subtil de algum animal, uma pinha a despenhar-se no vazio – qualquer ruído destacado no silêncio – foi o bastante para me precipitar num estado de alerta, de louvor a acção de graças.
E então olhei, olhei à procura d´Ele!
A sua mão serena me aconchegava, a sua voz acalmava a tempestade, o seu respirar acalmava os meus medos, a sua palavra saciava a minha fome.
A sua presença inebriou-me de alegria.
Ficamos horas a falar.
A imagem de Cristo pintou-se na minha alma. Como era também tamanha a minha sede de água fresca de Deus! Que deleite descansar nas mãos de Chama de Amor Viva, na fonte inesgotável de Amor!
Acabei por adormecer no regaço do meu Pai.
É com este sonho que eu vejo o Carmo do futuro. Digamos que será como uma escola de alpinistas. Nos dias de amanhã serão cada vez mais as propostas inundadas de ilusão que atropelam o olhar deixando a escolha difícil. Serão poucos os que se lembrarão de que a verdadeira realidade está ali, no cimo do Monte, aonde só se chega por caminhos divinos sendo o mais seguro aquela que Tu indicaras – para isso é preciso ficar em silencio a falar com Ele, é preciso Amar! – a todos custará subir, porque muitas coisas impedirão de avançar e irão puxar-nos para baixo. Ali, lentamente, com esforço e trabalho, cantando e rezando, em silêncio e solidão, subimos, passo a passo, até ao cimo da Montanha do Carmo. Por fim contemplaremos a glória de Deus infinitamente bom.
É preciso saborear a brisa suave do amanhecer com o coração puro e disponível para amar e ser amado. È preciso nunca esquecer que Ele também está no rigor das tempestades.
Está sempre pronto a desviar-nos para a calmaria. Está sempre pronto a abraçar-nos e a aconchegar-nos.
Mas nisso ficarei descansada, o Carmo plantou, com muito cuidado, as sementinhas do Futuro. O Jardim do Carmo será um lugar para todas as espécies de flores, cada uma com o seu encanto e brilho próprios.
Nos somos essas flores. Todas elas diferentes, no entanto iguais num único sentido e o mais importante: somos flores do jardim do Carmo.
Será necessário que todos cuidemos deste nosso jardim.
Só assim poderemos vê-lo crescer no futuro.»

Vai ver, não perdes nada

http://redir.mivzakon.co.il/use/use.aspx?id=20325

Beatificação da Irmã Maria Josefina de Jesus Crucificado (1894-1948) (III)


Conclusão
Muitas poderiam ser as leituras actualizadas da experiência de Ir. Maria Josefina, para entrar no tempo em que vivemos, para tentar compreender como uma existência teologal fale aos nossos dias, toque as nossas exigências mais verdadeiras. Tentemos alguns percursos interpretativos.O Cardeal Sepe, na mensagem endereçada à diocese e Nápoles, por ocasião da Beatificação de Ir. Maria Josefina de Jesus Crucificado, justamente fala da modernidade da vida e da mensagem da Irmã em relação a dois âmbitos: o eclesial (em relação à pessoa do Bispo, dos sacerdotes, dos consagrados e das consagradas, dos fiéis) e social (em relação a todos os irmãos e irmãs da cidade de Nápoles).Neste momento histórico particular da cidade de Nápoles, adiciono alguns elementos, que creio, representem a alma do testemunho de Ir. Maria Josefina; refiro-me à bem-aventurança da pureza do coração (Mt.5,8) e à bem-aventurança daqueles que choram (Mt.5,4).“Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt. 5,8). À sua Igreja, mas também à nossa, seja qual for, Ir. Maria Josefina recorda a sua vida bela, a transparência do seu coração de adolescente e a bondade da sua vida quotidiana. Em uma palavra, nos coloca na estrada da bem-aventurança dos puros de coração, nos convida a crer que os meninos, os adolescentes representam esta cultura da vida limpa. Eles salvarão o mundo da poluição existencial e ambiental e por esta razão, como recorda Papa Bento XVI, o verdadeiro desafio é o educativo. Um desafio que passa pela universidade da vida que é família, verdadeiro útero de cada existência. Nápoles deve dar voz aos seus “scugnizzi”, como o mundo aos seus pequenos; é importante re-escutar a cultura da limpeza interior, da transparência do coração e dos olhos que torna cada criatura contemplativa, capaz de admiração diante da vida e de Deus.“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados” (Mt.5,4). À sua cidade, mas também à nossa, seja qual for, Ir. Maria Josefina recorda que a vida consiste em sentir o outro como alguém que me pertence. Ela, para nos dizer que ninguém está sozinho, sobretudo na experiência da dor, quanto tudo pode reduzir-se em espaço de desespero, foi disponível a viver atipicamente a sua vocação de monja de clausura, correndo sobre o fio da ortodoxia carismática do Carmelo, profeticamente atravessando a fronteira da distinção entre contemplativos e activos, exercitando a ministerialidade da consolação, da misericórdia sem “se” e sem “mas”, da solidariedade sem fronteiras, até sentir o outro, independente da sua condição social, como alguém que habitava as veias, que corria nas auto-estradas das suas artérias, da sua vida. Ela, uma Carmelita Descalça, revela-se muito capaz de estar profundamente erradicada na vida da sua Igreja e da sua cidade, colocando à mostra a fantasia de Deus, como capacidade de amor elevado ao máximo, como possibilidade de construir a civilização do amor, uma sociedade mais igual e solidária, capaz de acolher e de escutar, de integrar e abrir espaços de esperança sustentáveis.Por tudo isto, com toda a Igreja e a Ordem do Carmelo, louvemos a Trindade, fonte de toda a beleza e de todos os dons.


P. Luigi Gaetani, Ocd

sábado, 14 de junho de 2008

Beatificação da Irmã Maria Josefina de Jesus Crucificado (1894-1948) (II)

Soube sacrificar, sem dúvida, o seu ideal de escondimento à vontade de Deus, expressa pelos superiores. “Como queria passar as minhas horas na cela – dizia -, mas as almas me esperam e a tudo devo renunciar por amor a eles”. Nos seus propósitos escrevia: “Esta é a minha vida, ó Jesus: actividade de obediência, de fé, de zelo para levar-te às almas, para conduzi-las a ti.... Que me importa que isto me custe sacrifícios? Não me fez, tu, mamãe das almas? Darei a elas todas as minhas energias por teu amor, resistirei ao trabalho, mesmo sentindo-me faltar as forças, contente de sofrer até a morte, desde que as almas se salvem e te glorifiquem, ó Jesus”.É fortemente teresiano o seu zelo pelas almas, erradicado no amor de Deus e na obediência à Igreja, capaz de motivar a vida contemplativa e acendê-la do único amor, aquele de Cristo.6. Finalmente monja Carmelita Descalça.Josefina, como a irmã Antonietta e as outras jovens que viviam sobre a colina de S. Maria ai Monti, junto aos Ponti Rossi, sempre se sentiram Carmelitas Descalças, mas eram também conscientes que, depois de tantos anos de experiência Teresiana, faltava ainda a aprovação oficial por parte da Ordem dos Carmelitas Descalços e por parte da Igreja.Josefina vai a Roma e encontra pessoalmente o Cardeal Rossi, carmelita Descalço, o P. Guglielmo, Geral da Ordem, e o Prefeito da Congregação dos Religiosos, o Cardeal Lépicier. A eles apresenta a situação da comunidade e o vivo desejo de ser confirmada entre as Carmelitas Descalças.Após três meses, no dia 7 de Dezembro de 1932, o Papa Pio XI aprova a fundação do Carmelo em Ponti Rossi, Nápoles, como mosteiro de Carmelitas Descalças.No dia 30 de Janeiro onze terciárias recebem o hábito e iniciam o noviciado. Josefina tem então 39 anos. No dia 6 de Agosto de 1933 Josefina Catanea torna-se, com a primeira profissão, Irmã Josefina de Jesus Crucificado. A Jesus, naquele dia solene e íntimo, pede uma graça: “Que eu não seja jamais privada do dom preciosíssimo do sofrer”. Jesus a contentou e a configurou a si até o último instante da sua vida. Ir. Maria Josefina, consciente de ter sido escutada, escreve alguns anos mais tarde: “Quando penso que Jesus me colocou com Ele sobre a Cruz, sinto em mim uma maternidade espiritual, uma ternura pelas almas, uma alegria grande, profunda que não sei dizer”.Ir. Maria Josefina, a este ponto, tem um só medo: não amar o Amor. Por isto quer convergir tudo sobre Jesus, vive uma concentração cristológica, um esponsal elevado ao máximo. Escreve: “Fazer-me crucificar com Jesus para morrer com Ele, para ressurgir com Ele”. Aqui encontramos a síntese pascal da sua existência, o seu percurso espiritual. Anota em um outro escrito: “Ó Jesus, absorve-me em ti, aprofunda-te em mim, transforma-me em Ti, faz que eu viva só de Ti”. Como S. Teresa de Jesus, Ir. Maria Josefina está dizendo, ao seu modo, a partir da sua experiência: “Só Deus basta”.A devoção a Maria.A devoção de Ir. Maria Josefina à Virgem é grande. Ela explica assim àqueles que se admiram da sua familiaridade com Ela: “Sinto na alma a ternura que a SS.ma Virgem tem pelas almas”. Tem clara a consciência que Maria de Nazaré opera na sua ida e na vida daqueles que encontra no Carmelo, escreve: “Quero a completa transformação do meu espírito n’Ele”.Ir. Maria Josefina, na escola do Carmelo, aprendeu que a verdadeira devoção a Maria é toda interior, que a verdadeira imitação começa nos espaços interiores da Virgem, que é preciso habitá-la dentro, olhá-la dentro para poder verdadeiramente imitá-la. Assim, o verdadeiro devoto de Maria transforma-se mariforme e se reencontra, ao mesmo tempo, por graça, sempre mais cristificado. Escreve sobre este aspecto: “Maria, nenhum outro, deve unir a nossa alma a Deus bendito, com união íntima de adesão ao divino querer”.O amor aos sacerdotes.Não existe Carmelita Descalça que não nutra um amor grande aos sacerdotes, um amor que nasce da dimensão teologal e encontra fundamento na comunhão dos santos, naquele eclesiologia de comunhão que leva a viver a Igreja como “corpo”, com sentido de corresponsabilidade e de companhia.Ir. Maria Josefina, desde o início da sua missão, vê os sacerdotes como os “prediletos”; para eles oferece a sua vida de contemplativa, com eles vive a missão de mãe. Recebe-os no Carmelo com extrema delicadeza e amor, a eles dedica tempo e atenção, reza com eles e por eles oferece a si mesma, faz brilhar, em cada encontro, a sua altíssima e belíssima vocação.A beleza de uma vida vivida às últimas consequências.Os últimos meses da vida de Ir. Maria Josefina são assinalados pelo sofrimento e pela presença do Amado Senhor: “Sofro muitíssimo, mas sou feliz”.No dia 14 de Março de 1948, frei Romualdo lhe dá a santa comunhão. À tarde chega ao mosteiro o Cardeal Ascalesi que a abençoa e lhe dirige estas últimas palavras: “Se Deus te quer vai, minha filha, te deixo livre: faz a vontade de Deus”. Às 19:10h do dia 14 de março de 1948, domingo da Paixão, Ir. Maria Josefina contempla finalmente a radiante beleza do seu amado Senhor Crucificado e ressuscitado, a beleza daquele que por toda a vida a foi configurando lentamente a si. Tinha 54 anos.No dia 27 de Dezembro do mesmo ano o Card. Assalesi inicia em Nápoles o processo informativo.No dia 3 de janeiro de 1987, Papa João Paulo II proclama a heroicidade com que viveu as virtudes.

Beatificação da Irmã Maria Josefina de Jesus Crucificado (1894-1948) (I)

Domingo, dia 1º de Junho de 2008, na Catedral de Nápoles, o Sr. Cardeal S. Excia. Crescenzio Sepe, Arcebispo metropolitano de Nápoles, proclamará Beata a Venerável Irmã Maria Josefina de Jesus Crucificado (1894-1948 – no século Josefina Catanea), monja da Ordem dos Carmelitas Descalços, que viveu no Mosteiro de Ponti Rossi, Nápolis.Como traçar, brevemente, a existência teologal desta nossa irmã no Espírito? O que evidenciar do seu percurso humano e espiritual que a levou a configurar-se plenamente ao mistério pascal de Jesus Cristo? Em que termos considerar seu profundo e radical amor pelos sofrimentos do povo? Tentaremos percorrendo a sua vida.Uma adolescência serena e uma vida bela.A adolescência de Josefina se passa serena a Nápoles, na intimidade familiar, sustentada pela doçura da mãe Concetta e da discreta presença do pai Francisco, da amizade das irmãs Antonietta e Maria, do testemunho cristão da avó materna, Antonietta Grimaldi.Josefina, “Pinella” como a chamavam em família, testemunha uma vida bela, iluminada pela transparência do seu coração de menina e de adolescente, por aquela bondade celeste e que colore de beleza a terra. Os traços desta beleza emergem considerando a bondade da sua vida quotidiana em casa e na escola, analisando os tantos gestos de caridade a favor dos pobres e anciãos, na sua experiência de oração feita de confiança e abandono em Deus.Uma busca vocacional inquieta.A busca vocacional de Josefina é estreitamente ligada à da sua irmã Antonietta, ainda que se revelam traços completamente originais e personalíssimos. Quando, em 1908, Antonietta tenta a vida do Carmelo Teresiano, junto às Carmelitas Descalças do Arco Mirelli, Nápolis, Josefina tem 14 anos. A tentativa da irmã fale, parece por causa da frágil saúde, e retorna à sua casa. Em Agosto de 1910, porém, sob a guia do Frei Romualdo de Santo Antônio, Carmelita Descalço, Antonietta dá início, sobre a colina de Santa Maria ai Monti, junto aos Ponti Rossi, a uma experiência de vida que se inspira no Carmelo Teresiano. O início se dá como leiga terciária e a vida é marcada pela pobreza, pelo trabalho e a oração.Josefina vive intensamente a experiência da irmã, deixa-se interpelar por tudo o que lhe acontece em torno e dentro de si, experimenta quanto “Deus é um Deus ciumento” (Dt.6,15). Assim vive uma luta interior entre as exigências do amor divino, que sentia crescer em si, e os reclames do amor familiar, sobretudo daquele materno, até que, em Março de 1918, aparentemente sem uma opção definitiva, vai ao Carmelo para uma breve estadia. Esta permanência no Carmelo durou por toda a vida!Os primeiros anos no Carmelo e a doença.Os primeiros anos no Carmelo dos Ponti Rossi não foram fáceis. Josefina os vive provada por diversas doenças, até adoecer de bronco-pleurite. Fica gravemente enferma, lhe é administrada a unção dos enfermos. Não morre, mas também não se cura por cinco longos anos. Sempre doente, pregada em um leito de dor.Em Junho de 1922 passa mal com uma forma de tuberculose na espinha dorsal. Fica irreconhecível, totalmente contraída pela dor, quase imóvel. As curas médicas não produzem algum efeito sobre ela. Josefina é no limite da suportação humana, mas a Jesus pede para “dar-lhe algo da sua Paixão, mas de modo escondido, só a Ele conhecido”. Via tudo dentro e transforma os seus sofrimentos, unida ao Mistério de Cristo, em oferta de amor pelo Pai e pelos homens, seus irmãos”.A cura e a ministerialidade da escuta e do discernimento.O tempo da sua doença termina no dia 26 de Junho de 1923 quando Josefina cura-se instantaneamente só pelo contacto com a relíquia de São Francisco Xavier. Josefina, logo depois da cura, diante do tabernáculo, repete: “a via que tu novamente me doastes, Senhor, a gastarei para morrer a tudo o que é terreno, para viver verdadeiramente em Ti... Quero que seja para a tua glória, toda a minha vida. Não quero nada para mim nesta terra, a não ser o teu amor. Dai-me almas. Ofereço-me como vítima (de amor) pelos teus sacerdotes”.Deste dia em diante não só Josefina tem clara a sua vocação mas, nesta história de relação entre ela e o seu amado Senhor, é envolvida a mesma comunidade, o mesmo espaço físico onde vivem. De fato, sobre a estrada dos Ponti Rossi, a partir daquele dia, encontra-se sempre alguém que sobe ao Carmelo. Tem quem sobe à procura de uma palavra de conforto, quem por uma oração; outros vão em busca do sentido da sua vida, ou para reencontrar o eus perdido.Frei Romualdo, como o Cardeal Ascalesi, solicitam a Josefina de desenvolver este apostolado de acolhida e de escuta na “porta da tenda”, entre as exigências da vida contemplativa e apostólica. Um ministério que a torna capaz de fazer companhia à humanidade sofrida, de ler no íntimo do coração, até à conversão e à pacificação.“Divido as penas de cada coração, apresento a Deus todos os suspiros, todas as lágrimas que irrigam esta terra”. Em uma outra circunstância anota: “São confiadas às minas orações um grande número de pessoas. Tive a impressão que todos estivessem no meu sangue, todos irmãos, todos meus filhos”. Neste levar os outros, todos os outros, na sua existência, Josefina amadurece as experiências místicas mais profundas. Como dirá o Vaticano II, Josefina sente que “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo, e nada existe de genuinamente humano que não encontre eco no seu coração” (Vat. II, Gaudium et spes, Proemio). Foi um apostolado extremo o seu, vivido com vivo sentido de obediência ao Pastor da Igreja local, o Cardeal Ascalesi, e o seu director espiritual, Frei Romualdo; foi uma experiência de ardente e terníssima maternidade espiritual sobre cada limbo de humanidade. Esta maternidade a vive como chama viva que tudo acende, como empatia que tudo assimila e transforma, como busca do seu amado Jesus.A dimensão contemplativa da vida.No meio de tanto apostolado, Josefina tem os olhos fixos em Jesus, vive com Ele em uma intimidade profunda. Escreve: “Como é doce viver com Deus, conversar com Ele, doar-se a Ele, escutá-lo, amá-lo e não ter nada sobre a terra que nos distraia dele”. Palavras, estas, que carregam uma profunda carga vital, que trás à luz a capacidade de Josefina de viver totalmente unificada, compacta, profundamente reconciliada, sem nenhuma dicotomia entre vida activa e contemplativa. Escreve com extrema lucidez: “A missão no mundo não impede a vida e vida em um mosteiro, porque o verdadeiro mosteiro não está na solidão do corpo, mas no desnudamento do coração de toda vanidade” (cf. S. João da Cruz, C. B, III, 3).Este é o segredo da sua relação com Cristo. Este é o segredo da sua alegria, enquanto se doa aos irmãos. A sua actividade não é evasão, distracção, gosto pessoal, mas participação na obra do Reino dos céus, configuração a Cristo nu, transparência do coração.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Um tostão para o Santo António

Andava um garoto a pedir um tostãozinho para o Santo António. Uns davam, outros não. Até que passou por ele um senhor de sobretudo comprido, até aos pés, e de sandálias, vejam bem. E se estava frio! O garoto, cá de baixo, reparou no desconcerto, não deu importância. E vá de pedir: — Dê-me um tostãozinho para o Santo António... O senhor do sobretudo castanho todo esfarrapado debruçou-se para o miúdo e, sorrindo, disse-lhe assim: — Tanto andas tu a pedir como eu. Hoje ainda não me deram nada. — A mim já — respondeu o garoto. — Quer ver? E mostrou-lhe, na palma da mão, umas tantas moedas. O mendigo contou-as. — Davam e sobravam para pagar uma sopa e um pão, ali, na taberna da esquina — observou o mendigo. — Mas eu não tenho fome — preveniu o garoto. — A minha mãe deu-me de almoçar, ainda agora. O senhor mendigo suspirou e disse: — Pois a minha mãe já morreu. Deve ser por isso que ainda não comi nada, hoje... O mocinho olhou para o homem, a certificar-se se seria verdade o que ele dizia. Os olhos tristes do mendigo garantiram-lhe que sim. Foi a vez de o garoto suspirar: — Este dinheiro era para eu comprar berlindes... O homem de sandálias admirou-se: — Mas tu, há bocadinho, não pedias para o Santo António? O garoto riu-se: — É um costume. Quero eu lá saber do Santo António! É tudo para os berlindes. O mendigo não estranhou a revelação. Percebia-se, a conversa ia ficar por ali. Despediu-se: — Ainda tenho hoje muito que andar. Adeus e boa colheita. O rapazinho viu-o descer a ruela, num passo cansado. Então, num impulso, correu atrás dele e puxou pela ponta da corda, que o homem trazia à roda da cintura: — Tome lá para um pão e para uma sopa. Mas não vá ali àquela casa da esquina, que são uns mal-encarados. Na outra rua abaixo, há mais onde comer. O homem de sandálias e sobretudo roto, que lhe davam um ar de frade de antigamente, agradeceu as moedas e o conselho e seguiu caminho. O garoto voltou ao seu poiso. E quando, pouco depois, porque estava frio, meteu as mãos nos bolsos, encontrou-os atulhados de berlindes... António Torrado

quarta-feira, 11 de junho de 2008

II ACAMPAKI - 27 JUL a 3 AGO

1. O que é o Acampaki?
É um acampamento de Jovens Leigos Carmelitas. Propomos dedicar parte das nossas férias a viver em grupo a espiritualidade carmelita. (Tu já sabes o que é!)

2. Local
Quinta do Menino Jesus de Praga, em Deão, Viana do Castelo.

3. Data
Semana de 27 de Julho a 3 de Agosto de 2008.

4. O que poderei encontrar?
Encontrarás certamente tempo para fazer amigos e aprofundar amizades. Tempo para conhecer a natureza e reconhecer Deus nela e em nós.

5. Quais são os objectivos?
O Acampáki deseja promover a amizade entre os Jovens Leigos Carmelitas. Firmar a história de amizade de cada um com o Amigo. Contactar com a natureza. Favorecer os tempos livres.

6. Não te esqueças de trazer na mochila
Avental
Calçado de caminhada
Chapéu
Chinelos
Copo
Corta-vento (casaco)
Fato de banho
Higiene pessoal
Lanterna ou foco
Pano de cozinha
Prato
Protector solar
Saco cama
Talher
Tijela / malga
Toalha de praia
Toalha de rosto
7. Preço de inscrição:
55 Euros
+
1 colher de arroz
1 batata
1 cebola
1 cenoura
1 chouriço
1 dente de alho
1 lata de atum
1 limão
1 leite
1 ovo
1 pepino
1 pimento
1 salsicha
1 tomate

No acto de inscrição solicitamos a compreensão dos participantes para o pagamento de 25 Euros para ajudar nas despesas inerentes a preparação do acampamento. A inscrição deverá ser efectuada até ao dia 12 de Julho.
Se não tiveres tenda, se tiveres dificuldades no pagamento, sê sincera (o) e fala connosco... Frei João ou Verónica.

8. Destinatários
Jovens de ambos os sexos entre os 15 e 25 anos.

9. Vai ser mesmo assim?
Sim. Vai ser mesmo assim. Vai ser como todos quisermos. Porque somos amigos e sabemos que o melhor Amigo também acampáki connosco!

10. Como chegar
Pela A28 – PORTO - VIANA Seguir pela Saída 22, em direcção a Ponte de Lima/Ponte da Barca: 0,3 km Continuar em frente: 0,2 km Continuar em frente, para N203: 1,0 km Virar à esquerda, para continuar na N203: 5,2 km (até a Portucel Viana) Curva ligeira à direita: 1,8 km Virar à esquerda: 0,3 km Virar à direita: 0,2 km: Quinta do Menino Jesus!

Para mais informações, contacta-nos pelo e-mail
carmojovem@gmail.com

terça-feira, 10 de junho de 2008

Oração do Acampaki

Pai! Senhor de tudo o que existe, nós queremos carminhar para Vós! Queremos acampar convosco! Amparados pela vossa graça, Vos glorificamos sem cessar. Infundi em nós a confiança absoluta de que sois nosso Pai e que sempre conduzis a barca da nossa existência. Acendei em nossos corações o fogo sagrado do vosso Amor e para benefício da Igreja e da Humanidade aumentai a fecundidade da Vinha do Carmo. Abençoai os nossos sacerdotes, religiosos e religiosas. Abençoai os jovens em formação prestes a consagrar-se. Abençoai os jovens que estudam a sua vocação. Abençoai os jovens casais, os adolescentes e jovens. Abençoai os nossos avós, pais e irmãos. Todos juntos, queremos ser flores deste belo jardim. Acompanhai-nos no carminho deste dia (noite). Acompanhai-nos no Acampáki da nossa vida. Que a Virgem Maria, nossa mãe e Senhora do Carmo, sacrário vivo e delicadeza do vosso terno amor, nos conceda a alegria do seu olhar, e ampare a firmeza do nosso seguimento. Que Jesus, nosso Acampáki, viva em nossas vidas a fim de que aumente em nós a fidelidade e o amor. Queremos continuar a seguir Jesus como amigos fortes seus! E queremos pedir-lhe: Ó Jesus, acampáki, no meu coração. Que a minha vida, animada pelo Espírito Santo, seja para todos um viva chama de amor. Assim, com ternura e em humildade e confiança, glorificaremos a Santíssima Trindade que delicadamente mora em nossos corações. Amén.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

II Acampaki - 27 JUL a 3 AGO

ALARGA O ESPAÇO DA TUA TENDA
Já chegou o Verão!
As searas estão loiras, maduros os caminhos.
Segue, tu és o convidado!
Não te demores: Entra!


Carminham passos o caminho!
Não estás só. Ele arde em ânsias!
Espera-nos!

Alarga o coração:
Já chega o Rei!

Abre o coração, alarga o espaço da tua tenda:
são muitos os amigos que traz!
Deixa que Ele te olhe e te anime:
Há festa onde Ele está!

Há um porto de abrigo,
onde se cosem velas e se restauram mastros.
Vem!
Que o teu coração bata ao ritmo d'Ele.

Ele vem!
Espera-O! Não te esperes.
Abre-Lhe as portas:
Ele quer morar aqui.
Em ti!
Permanentemente.
Tens espaço na tenda para O receber?

Não procures mais.
Ele está. Aqui. Nos amigos.
Em ti. Em nós. Na amizade.
Na tua tenda.
Vive-O. Saboreia a sua presença.
Vem para enriquecer-Te!

Deixa que entre e crave em teu coração
O valor de levar até ao fim o amor!