terça-feira, 30 de março de 2010

Caríssimos jovens

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Caíde de Rei, 27 de Março de 2010
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Caríssimos jovens de Caíde de Rei e de outras paragens!
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Gostaria de estar presente ao início da vossa “carminhada” de hoje. Um serviço de confissões na capela do Senhor dos Aflitos, em Lousada, não mo permite.
Deixo uma pequenina mensagem: que seja uma boa e frutuosa “carminhada” a esforçar a vontade de procurar, sem ambiguidades e com determinações, os valores que levam a construir um mundo verdadeiramente novo, onde jovens são os evangelizadores dos jovens!
Boa viagem!
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Um abraço para todos do pároco de Caíde de Rei:
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P. Fernando da Cunha Carvalho

domingo, 28 de março de 2010

Dia Mundial da Juventude a carminhar

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A pergunta era:
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Como vais passar o Dia Mundial da Juventude? Parado?! Nem pensar!
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Muitos foram os que não quiseram ficar parados, optaram por calçar as sapatilhas e participar na XIV CaRminhada do Carmo Jovem. Assim nos unimos a toda a Igreja na celebração do Domingo de Ramos, também Dia Mundial da Juventude. Pois bem, somos jovens, somos Igreja, somos uma gotinha carmelita no oceano da Igreja. Por isso, nos juntámos em Caíde de Rei e, mais uma vez, através da experiência do CaRminho, aprendemos a caRminhar com Jesus Cristo. Além do cajado habitual que nos acompanha em todas as actividades, desta vez levávamos uma CRUZ, sinal de que somos cristãos e de que queremos seguir os passos de Jesus. Há quem diga que somos “fraquinhos”, ainda bem! É sinal de que precisamos do Amor e da Graça de Deus! Somos “jovens fraquinhos” que encontraram na Ordem dos Padres Carmelitas uma experiência de Fé, um sinal de que ainda há lugar para os jovens na Igreja. É verdade que somos barulhentos: o som dos batuques, dos cânticos, das gargalhadas, dos que correm uns atrás dos outros em tom de brincadeira e fazem moch aos que estão mais desprevenidos. Mas este é o sinal da alegria de quem faz encontro e cultiva a amizade, uma amizade que gera a partilha da Fé e a convicção de quem quer o caRminho radical de Jesus de Nazaré. Deus queira que no próximo ano possamos, outra vez, voltar a caRminhar juntos neste dia!
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O NOSSO PASTOR POR UM DIA

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Padre Fernando da Cunha Carvalho

O Padre Fernando da Cunha Carvalho, foi o pastor do Carmo Jovem por um dia. No dia 27 de Março estivemos em Caíde de Rei na XIV Carminhada. .

Decorria o dia 8 de Março de 1927 quando na cidade de Santos, Brasil, nascia uma criança do sexo masculino, filha de pais portugueses. No seu baptismo, a 11 de Novembro de 1928, deram-lhe o nome de Fernando da Cunha Carvalho.

Foram seus pais o senhor Fernando Augusto Leite Carvalho e a senhora Maria da Glória Gonçalves da Cunha. Fernando era o mais velho de quatro irmãos (Nelson, Acácio e Nélio), todos eles com uma diferença de dois anos de idade. Regressados do Brasil em Setembro de 1938, foram residir na freguesia de Varziela, concelho de Felgueiras. Foi a partir daqui que Fernando decidiu seguir a Vida Religiosa e entrou no Seminário de S. José de Oleiros a 11 de Outubro de 1939.

Concluídos os estudos preparatórios em Oleiros, transitou para o Seminário de Santa Teresinha, Pombeiro, onde fez o Noviciado e cursou Filosofia e Teologia. A 8 de Julho de 1951 recebeu em Braga pelas mãos do Arcebispo, o subdiaconado. A 29 de Julho recebeu o grau do diaconado, em Oliveira de Azeméis. Finalmente, a 5 de Agosto no Mosteiro do Pombeiro, Fernando Carvalho foi ordenado, recebendo então a missão de ser outro Cristo na terra. No dia 6 celebrou a sua primeira missa na Capela do Seminário de Santa Teresinha e a 15 de Agosto celebrou Missa Nova na igreja de Varziela.

Foi nomeado Director do Seminário de S. José, onde assumiu também a missão de professor de humanidades clássicas (grego e latim). Depois foi transferido para o Seminário de S. Vicente de Paulo, em Mafra, onde foi Director de Noviciado e Superior, onde se manteve de 1956 a 1967. Regressa ao Seminário de S. José, onde foi Superior da Casa. Também era um fiel colaborador do pároco de Margaride, Felgueiras. No ano de 1982, abandona a província da Congregação da Missão (Padres Vicentinos).

Durante um ano esperou pela sua incorporação na Diocese do Porto e isso aconteceu a 19 de Março de 1983, aquando da sua chegada à Paróquia de S. Pedro de Caíde de Rei, Lousada. Em 1989, deu entrada na Paróquia de S. João Evangelista de Nespereira, Lousada, que pastoreou durante cerca de 20 anos.

Actualmente conta com 83 anos e dedica-se exclusivamente e de corpo e alma à Paróquia de Caíde de Rei, a sua casa há 27 anos. Aquando da comemoração dos 25 anos da sua presença em Caíde de Rei, foi homenageado com o seu nome numa via da freguesia: “Avenida Padre Fernando da Cunha Carvalho”, a avenida de ligação à Igreja Paroquial.

Pai(dre) Américo

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Pai(dre) Américo (1887 – 1956)
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Américo Monteiro de Aguiar nasceu a 23 de Outubro de 1887, no lugar do Bairro, da Freguesia de S. Salvador de Galegos, do concelho de Penafiel. A 4 de Novembro de 1887 foi baptizado. Frequentou o Ensino Primário na terra natal, depois foi para o Colégio de Nossa Senhora do Carmo, Penafiel, e posteriormente vai para o Colégio de Santa Quitéria, Felgueiras. Manifesta o desejo de entrar para o seminário, mas o pai não permitia. Acaba o liceu e começa a trabalhar numa loja de ferragens, no Porto.
Em 1906 parte para Moçambique, onde fica instalado e a trabalhar por bastante anos. Apercebe-se da realidade africana, contactando com os colonos missionários e missões católicas, fundindo os costumes, tradições e novos modos de vida, permitindo-lhe compreender a tolerância e respeito de cada cultura e religião.
Regressa definitivamente para Penafiel em 1923, e aí em conversas com um pároco amigo, mostra a vontade de ser Padre e entra no Convento de Santo António de Vilariño, em Tui (Espanha), onde permanece 9 meses como postulante, a estudar latim e ciências e mais um ano, depois da tomada do hábito. As dificuldades em se adaptar à vida monástica conduzem à sua saída em Julho de 1925, mas tenta ingressar no seminário diocesano do Porto, mas o Bispo, D. António Barbosa Leão, não dá seguimento ao seu requerimento. Contacta então o Bispo de Coimbra, D. Manuel Luís Coelho da Silva, que o aceita.
Depois de se formar em Teologia no Seminário de Coimbra, foi nomeado Perfeito do Seminário e professor de Português. É igualmente capelão em Casais do Campo, freguesia de São Martinho do Bispo e designado pároco de São Paulo de Frades, não chegando a tomar posse, incapacitado por um esgotamento. É quando D. Manuel Luís Coelho da Silva, Bispo de Coimbra, lhe entrega a Sopa dos Pobres, em 1932 que começa a revelar a sua verdadeira vocação.
Em Agosto de 1935 inicia as Colónias de Férias do Garoto da Baixa em Coimbra, estágio embrionário do que viria a ser posteriormente a Casa do Gaiato. A 7 de Janeiro de 1940, funda a primeira Casa do Gaiato em Miranda do Corvo. A segunda Casa do Gaiato, em Paço de Sousa. A 1 de Janeiro de 1941 abre o lar do Ex-Pupilo das Tutorias e dos Reformatórios, na Rua da Trindade, em Coimbra; em Junho do mesmo ano, publica o primeiro volume do Pão dos Pobres e em 1942, publica Obra da Rua. A 4 de Janeiro de 1948 seria inaugurada a Casa do Gaiato de Lisboa, situada em Santo Antão do Tojal, em Loures.
Em 1952, viagem a África; publica O Barredo, a que se seguem, em 1954, Ovo de Colombo e Viagens, no ano em que toma posse da quinta da Torre, em Beire, freguesia de Paredes, para a instalação de uma Casa do Gaiato e do Calvário, para o abrigo de doentes incuráveis. A 1 de Julho de 1955, abre a Casa do Gaiato de Setúbal.
A morte surgiu no Hospital Geral de Santo António, do Porto, a 16 de Julho de 1956 (aos 68 anos), em consequência dum desastre de automóvel em S. Martinho do Campo, Valongo, no regresso duma viagem ao sul do País. Foi exumado a 15 de Julho de 1961, no cemitério paroquial de Paço de Sousa, e trasladado no dia 17 para a Capela da Casa do Gaiato de Paço de Sousa, onde jaz em campa rasa, como fora seu desejo.
Foi um importante benfeitor português que dedicou a sua vida aos mais carenciados, principalmente aos jovens, que se traduziram em inúmeras realizações, das quais a mais conhecida e relevante que é a Casa do Gaiato.
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XIV CARMINHADA - 27|MAR|10 - Caíde de Rei

sábado, 27 de março de 2010

Domingo de Ramos

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Com o Domingo de Ramos,

iniciamos a Semana Santa.

«Aproximam-se os dias solenes da paixão salvadora

e da ressurreição gloriosa» de Jesus Cristo

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quinta-feira, 25 de março de 2010

Oh, dia feliz! | Anunciação do anjo a Maria


Então chamou um Arcanjo,


Que São Gabriel se dizia,
Enviou-o a uma donzela
Que se chamava Maria,
De cujo consentimento
O mistério dependia;
Na qual a Santa Trindade
De carne ao Verbo vestia;
E, embora dos Três a obra,
Somente num se fazia;
Ficou o Verbo encarnado
Nas entranhas de Maria.
E o que então só tinha Padre,
Já Madre também teria,
Embora não como outra
Que de varão concebia,
Porque das entranhas dela
Sua carne recebia;
Pelo qual Filho de Deus
E do Homem se dizia.
[São João da Cruz, IN PRINCIPIO ERAT VERBUM]

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terça-feira, 23 de março de 2010

Betinha, em terras de Missão: «kel il bonito!»

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Altar da Igreja
.Um menino que gostou muito da simpatia da Betinha.
Depois das 9h da manhã. O Espírito gato em Missão em Cabo Verde.
Vista da varanda da casa onde mora, lá no fundo a escola...
Na praia com uma menina que lhe pede para tirar uma foto.
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Olá amigos(as) carmelitas!
Para quem não me conhece chamo-me Luís Cardoso, tenho 23 anos e habito na linda cidade de Braga. Para facilitar o (re)conhecimento, dou-vos uma pista: sou o namorado da Betinha. Como sabeis, a Betinha encontra-se em Cabo Verde, na Ilha de Santiago, mais concretamente em Pedra Badejo, num estágio/ voluntariado. Foi na Carminhada em Cantanhede, no dia 13 de Fevereiro, que vos foi dado a conhecer este seu projecto. Projecto que vocês de uma forma ou de outra o abraçaram e muito bem. Estais recordados? «Que belo dia», o recorda com emoção a Betinha quando dele me fala! Num hoje, escrevo para vos dar notícias da sua nova aventura. Estas palavras são dirigidas a todos os amigos que me perguntam como é que ela se encontra. Aqui vos deixo notícias.
Para ela, o acesso à net é limitadíssimo, só tem acesso na Câmara, o que faz com que não vos escreva com tanta regularidade e seja eu a dar «feed-back» do que por lá se vai passando.
Quando a Betinha chegou a cabo Verde, a primeira impressão foi muito positiva, o acesso da capital até à pequena cidade, onde iriam ficar instaladas era relativamente bom, alcatroado e bem sinalizado, ao chegarem a casa encontraram uma casa acolhedora, com as condições necessárias para ficar durante três meses… Afinal, aquilo até é evoluído como cá? Estimados amigos, a resposta não é muito positiva. Não é tudo igual… Vejamos alguns pontos. Estando elas em casa, a conhecerem os espaços, a instalarem-se… quando tentaram abrir a torneira, para lavar as mãos, nem uma gota de água. E agora?! Todos nós sabemos que a Betinha, já tem o espírito gotinha do Carmo Jovem, mas ela necessitava mesmo de uma gotinha de água… Foi então, que tomaram conhecimento que a água só corre nas torneiras mais ou menos das 5h às 9h… (E nós quanta água deixamos correr nas nossas torneiras sem necessidade?!)
Betinha e as duas colegas durante três meses, tem que economizar a água, pois ao chegarem a casa para lavar as mãos, para cozinhar, para lavar a loiça, para descarregar o autoclismo, para um banho de regador… quantos bidões terão que encher e muito poupar! Que vos parece esta aventura?!
Após a primeira noite, a recuperar da viagem, levantaram-se e ei-las a encher os bidões da água para terem acesso à água durante o dia. Tarefa terminada, foram visitar a povoação e conhecer as pessoas com as quais irão conviver durante estes meses. O presidente da Câmara, os assessores e delegados. O delegado da Educação, foi o guia nos primeiros dias.
Enquanto conheciam a localidade, a reacção das pessoas era interessantíssima, olhavam para elas como de Et´s se tratassem, ouviam expressões do género: «-olhem as brancas!» (No local onde elas se encontram raramente se encontram europeus…é um facto!)
No primeiro Domingo, a Betinha e as amigas foram à missa. Uma missa com muito ritmo, um coro de crianças lindíssimo, que cantavam muito bem, o tempo da missa não é igual ao nosso, é demorado para se poder estar com Ele e com a comunidade. É tempo de festa, de alegria, de comunhão. Não olhamos para o relógio aborrecidos para ver quanto tempo o padre falou... O padre é português, há 30 anos que se encontra em terras de missão. A comunidade muito acolhedora e toda a comunidade muito simpática.
Eis os primeiros passos da Betinha, passos descritos de uma gotinha que se encontra longe, mas com o coração bem perto de nós. Deixo algumas frases que ela me escreveu nos primeiros dias: «Luís, resta-me acrescentar, que este primeiro impacto, trouxe-me um sentimento de esperança, esperança de me tornar mais forte, esperança de crescer como pessoa, esperança de aprender e poder partilhar um pouco desta cultura (por sinal, com marcas diferentes da nossa). A Esperança é a palavra que encontro para descrever tudo o que sinto. Nesta esperança em poder ajudar os outros que se encontram ao meu redor tenho a certeza, que eles me ajudaram a crescer muito mais! Cresceremos uns com os outros.»
Nestas palavras, agradeço a força que recebemos de todos. De todas as gotinhas do Carmo Jovem. Estou certo que ela está com a nossa força, com a nossa coragem de carminhar e nunca desistir de carminhar. A Betinha, está em Cabo Verde com a nossa força, com a nossa ajuda, a ajudar quem precisa…
Beijos e Abraços para todos e desculpem lá, nunca é demais enviar…
UM ENORME BEIJO E UM FORTE ABRAÇO PARA ELA!
FORÇA BETINHA!
Termino com uma frase Cabo-Verdiana que ela usa sempre que comigo fala: «kel il bonito!»
Gotinhas, prometo que darei mais novidades logo que possível.
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[Luís Cardoso - Braga]
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sábado, 20 de março de 2010

V Domingo da Quaresma

Quaresma: tempo de revisão sincera da nossa vida
à luz dos ensinamentos evangélicos.
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terça-feira, 16 de março de 2010

Ricardo Araújo Pereira e a questão de Deus

"Para nós, ateus, a morte é um sono sem sonhos e nós continuamos com um mau perder em relação a isso. Não é fácil. E por isso, onde é que eu vou buscar conforto? À Bíblia (não sei se já ouviram falar). Especialmente a um dos meu livros favoritos, que é o do Eclesiastes."
AQUI no sítio do Secretariado da Pastoral da Cultura