quinta-feira, 8 de novembro de 2007

8 de Novembro - Bem-aventurada Isabel da Trindade

(1880 – 1906)
Isabel Catez Rolland, é filha do capitão Francisco José Catez e de Maria Rolland. Nasceu no campo militar de Avor, diocese de Bourges, França, no dia 18 de Julho de 1880. A marca mais profunda, desde a sua primeira infância, é o seu temperamento marcado pelo mau carácter e uma sensibilidade muito apurada. Aos sete anos ficou órfã de pai. Tal veio a provocar nela a sua «conversão» e mudança de carácter, como fruto da sua vida de ascese e oração.
Foi sempre fiel às suas promessas baptismais, apesar de não faltar ás festas juvenis e aos eventos sociais. Gostou sempre de perfumes, de boas roupas e de andar na moda. Aos 14 anos fez voto de virgindade e aos 19 começou a receber as primeiras graças místicas. Era dotada dum grande talento musical que ela aperfeiçoava com longas horas de treino ao piano. Ganhou prémios e deu concertos. Na sua juventude ofereceu-se a Deus como vítima pela salvação da sua pátria, a França. Aos 18 anos sua mãe pretendeu casá-la, mas a filha respondeu: «Sou toda de Jesus». Ingressou no Carmelo de Dijon, cidade onde vivia com a sua mãe e sua irmã, no dia 2 de Janeiro de 1901, depois de alcançar a maioridade, os 21 anos de idade. Recebeu no Carmelo o nome de Irmã Isabel da Santíssima Trindade. E propôs-se ser na sua vida de carmelita: «Louvor da glória da Santíssima Trindade» e crescer, dia após dia, «no caminho de amor à Trindade». Vestiu o hábito de carmelita no dia 8 de Dezembro de 1902 e no dia 11 de Novembro de 1903 exultou de alegria ao emitir os votos religiosos na Ordem do Carmo, que ela amava com todas as forças da sua alma. A sua vida foi breve, mas consistente. E também a sua doutrina espiritual. A sua experiência de Deus Trindade foi tão profunda que podemos considerá-la como mestra de muitos cristãos até aos nossos dias. Os seus escritos não são muito extensos, mas de grande valor. Estão catalogados como Cartas, Elevações, Retiros, Notas Espirituais.
No Carmelo viveu uma vida humilde rapidamente acrisolada por intensos sofrimentos físicos e morais. Era uma autêntica adoradora em espírito e verdade. Viva para louvar a glória da Trindade, hóspeda da nossa alma. Ali, na alma, encontrou o Céu na terra, porque onde está Deus está o Céu e Deus estava nela. Este foi o seu carisma, esta foi a sua missão na Igreja.
O seu caminho de perfeição terminou no dia 9 de Novembro de 1906, dia em que morreu por causa duma úlcera no estômago.