quarta-feira, 25 de abril de 2007
Morreu um porteiro carmelita!
Era carmelita, indiano, de Vayalar (Kerala). Chamava-se Frei Tito Arimathil, tinha 76 anos de idade e era desde há 43 um simples e humilde porteiro da Faculdade de Teologia Pontifícia Teresianum, em Roma.
As crónicas chamam-lhe humilde porteiro carmelita.
Morreu discreto como convém a um porteiro. A sua morte não se fez anunciar. Morreu de infarte no passado dia 5 de Abril, dia em que Nosso Senhor convida os seus discípulos para a Última Ceia (Ou será a primeira?).
Gerações e gerações de estudantes carmelitas conheceram-no ali, no seu posto. Era fiel e acolhedor, dizem. Um carmelita inteiro!
Como era da sua competência, pela manhã, preparou a comida para os pobres que às quintas-feiras se aproximavam da sua portaria mendigando uma migalha. Foi depois à Capela saudar o Senhor da Casa, que é Senhor dos dons, o Senhor quer tudo dá. Após alguns momentos de oração sentiu-se mal, reclinou-se no banco e entrou em coma.
Nesta Quinta-feira Santa os pobres de Roma comeram a sua merenda, ele a Ceia!
Agora que se foi, fica a recordação dum irmão carmelita que se santificou na portaria dum convento. Era «serviçal e amável, atento e fiel, humilde, disponível e sorridente».
Era um porteiro único. Era um porteiro Carmelita, pronto!