sábado, 13 de dezembro de 2008

Novena de São João da Cruz | 9.º Dia

Serenidade
Ant. Bem eu sei a fonte que mana e corre, embora seja noite. Aquela eterna fonte não a vê ninguém e bem sei onde é e donde vem, embora seja noite. V. Rogai por nós, Santo Pai, João da Cruz. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oração a São João da Cruz Ó glorioso S. João da Cruz, que vivestes sempre com o desejo de vos assemelhardes a Jesus Cristo, e Este, Crucificado, e nada desejastes com tanto ardor até ao último instante da vossa santa vida, senão manifestardes no vosso corpo a imagem viva do Senhor Jesus Cristo. O vosso coração generoso enchia-se de santa paz no meio dos maiores sofrimentos e aflições. Eu vos peço, pela glória que merecestes por tantos sofrimentos, dignai-vos interceder por nós e ajudai-nos a suportar corajosamente as tribulações e adversidades. Fazei-nos caminhar sempre com os olhos postos na coroa gloriosa que nos está reservada no céu e que o Senhor como justo Juiz nos dará a nós como vos cingiu a fronte, no dia da vossa glória. Do seio de Deus, onde reinais brilhante de glória, escutai, eu vos peço as nossas suplicas e apresentai-as à benevolência com que Deus vos escuta. Obtende-me a graça que vos peço e fazei que eu viva sempre para glória do senhor, seguindo os vossos exemplos na terra, possa eu ser vosso companheiro no céu. Ámen. Meditação do poema de São João da Cruz, o Pastorinho Um Pastorinho, só, está penando, privado de prazer e de contento, posto na pastorinha o pensamento, seu peito de amor ferido, pranteando. Não chora por tê-lo o amor chagado, pois não lhe pena o ver-se assim dorido, embora o coração esteja ferido, mas chora por pensar que é esquecido. Que só o pensar que está esquecido por sua bela pastora, é dor tamanha, que se deixa maltratar em terra estranha, seu peito por amor mui dolorido. E disse o Pastorinho: Ai, desditado! de quem do meu amor se faz ausente e não quer gozar de mim presente, seu peito por amor tão magoado! Passado tempo em árvore subido ali seus belos braços alargou, e preso a eles o Pastor se ficou, seu peito por amor mui dolorido. Comentário A nossa vida sobre a terra deve ser como foi a de Jesus: vida de amor. Por amor incarnou no seio de Maria e por amor entregou os seus belos braços à cruz. Por amor veio à terra, e por amor sofreu nela porque o seu amor pela humanidade, a sua bela Pastora, não foi correspondido. São João da Cruz em toda a sua vida sentiu no coração uma fogueira de amor que o levava a entregar-se aos outros, à Igreja e a Cristo. Foi um homem dum só voo, um pássaro solitário em ásperos caminhos, por isso, com admirável serenidade soube superar as tempestades deste mundo. [in Música Calada em Oração - OCD]