Quantos de nós já deixaram, por momentos, de acreditar no mundo? Se desiludiram com ele? Quantos de nós já se questionaram sobre o valor das pessoas ao nosso redor? Lembrar-me-ei do último favor que fiz a alguém? Afinal, o que espera o mundo de nós? Pensa numa ideia para mudar o mundo – põe-na em acção.
O nosso primeiro Entre Fitas, Palavras concretizou-se no Sábado, dia 24 de Janeiro. O filme foi Favores Em Cadeia (“Pay it Forward”) de Mimi Leder, um filme belíssimo, com uma mensagem muito forte para interiorizar.
Em Caíde de Rei já se encontravam os membros do grupo do 9º e do 10º ano de catequese, o grupo de Jovens Sementinhas, as coordenadoras da catequese de S. Pedro de Caíde de Rei, o casal Élsio e Glória, até mesmo uma mãe, prontos para receber os amigos de Viana do Castelo e de Avessadas. Ao todo, cerca de 50 pessoas.
Iniciámos com as palavras do coordenador do Movimento Carmo Jovem, Jorge Teixeira, e do P. Vasco Nuno, que nos falaram na importância que o cinema tem na transmissão de fé e para o nosso crescimento interior. Favores Em Cadeia é o filme interessante para nos ajudar nesse crescimento.
E se pensássemos um mundo ideal que se apoiasse na ajuda aos outros: faz-se um favor a alguém, e dizemos que não queremos que nos seja retribuído, mas sim a outras três pessoas que farão o mesmo a outras nove, formando, deste modo, uma cadeia crescente de bondade e respeito? Como será vista esta ideia? Uma impossibilidade? Uma utopia? Talvez sim, mas só para quem não tem fé, nem esperança de um mundo melhor, onde se pode pôr em prática os favores em cadeia.
Trevor é um menino de 12 anos, com a sua simplicidade pura e sincera. Foi ele que expôs esta ideia à sua turma, a propósito do desafio lançado pelo professor de Estudos Sociais, Mrs. Eugene Simonet: "Pensa numa ideia para mudar o mundo – põe-na em acção". O menino encarou as várias opiniões dos colegas e decidiu pôr em prática a sua teoria. Porém, apesar da enorme força de vontade, Trevor encontrou inúmeras dificuldades na concretização do “projecto ideal”. Tentou ajudar Jerry, um sem-abrigo toxicodependente; tentou ajudar o seu professor de Estudos Sociais; e tentou ajudar Adam, o seu amigo de escola, que era espancado pelos rapazes mais velhos. Todavia, chegou à conclusão de que o projecto não resultava pois não conseguiu ajudar estas pessoas.
Algo germinara, porém. A verdade é que o tempo passou e o elo não se rompeu. Por fim, a história é descoberta por um jornalista que depois de muito esforço encontra e entrevista o autor dos Favores Em Cadeia.
(E mais não se conta, para que possas surpreender-te.)
Fica, porém, sabendo que podemos mudar o mundo, ou no mínimo acreditar num mundo melhor. O espírito de mudança existe em cada um de nós. Deus coloca a semente e espera que ela germine. Vai-nos alimentando com a sua Palavra, iluminando com a sua Luz e regando com o seu amor. Cabe-nos a nós fazer com que floresça no outro, o tesouro que herdamos do Pai.
Em vistas dum mundo melhor apostemos no nosso próprio esquema de favores em cadeia. Utopia ou não, a verdade é que o sonho faz parte da vida humana, complementa-nos e faz-nos felizes.
Secretária: Ana Lúcia