segunda-feira, 13 de julho de 2009

Primeira festa litúrgica dos pais de Santa Teresinha

Numerosas famílias participarão da cerimónia
LISIEUX, sexta-feira, 10 de julho de 2009 (ZENIT.org).- O arcebispo de Milão, o cardeal Dionigi Tettamanzi, presidirá, neste domingo, 12 de Julho, em Lisieux, França, a primeira festa litúrgica dos esposos Louis (1823-1894) e Zélie (1831-1877) Martin. O cardeal Tettamanzi convidou especialmente as famílias de sua diocese para que o acompanhem a Lisieux para a festa destes dois esposos, pais de Santa Teresa do Menino Jesus e da Santa Face, beatificados conjuntamente em 19 de outubro de 2008. O cardeal foi quem iniciou o processo para examinar a cura inexplicável de um bebé, Pietro Schilirò, de Monza, aprovada pela congregação romana para as causas dos santos para o processo de beatificação. O reitor do santuário de Lisieux, Dom Bernard Lagoutte, também convidou as famílias a participar desta celebração, com o conselho do pai de Teresa: “Seja feliz”. A missa acontecerá às 10h30 na basílica do Santuário de Lisieux. A data de 12 de Julho foi escolhida para celebrar a festa litúrgica dos esposos Martin por ser o aniversário de seu casamento, em Alençon, à meia-noite de 12 de julho de 1858, na igreja de Notre-Dame. Pietro Schilirò, quinto filho de Valter e Adele Leo nasceu em 25 de Maio de 2002 no Hospital Saint-Gérard de Monza, na Itália. Da sala de parto foi levado imediatamente para a unidade de tratamento intensivo por uma grave insuficiência respiratória. Foi entubado e ligado a um respirador. Em 3 de Junho, os médicos declararam em perigo de morte. Seus pais chamaram o Pe. Antonio Sangalli, carmelita, de Monza, para baptizar Pietro com urgência, e assim o fez. Com o consentimento de seus pais, realizou-se uma biopsia no bebé em 6 de Junho para propiciar um diagnóstico. Isso implicava um grande risco para o pequeno. Pe. Sangalli propôs então a seus pais, que conhecia desde há anos, que rezassem uma novena a Louis e Zélie Martin, e eles aceitaram, pedindo a numerosos parentes e amigos que se unissem a eles. O resultado da biopsia não foi bom. Contudo, os médicos surpreenderam-se ao constatar que o menino suportava a ventilação dos pulmões sem sucumbir. O Dr. D’Alessio, cirurgião do Hospital de Legnano (Milão), declarou que o exame macroscópio apresentava-se nas piores condições e que, em sua opinião, o estado de Pietro era desesperador. O Dr. Capellini, do Hospital de Monza, depois de examinar seu histórico, falou de uma má formação congénita devido a um insuficiente amadurecimento pulmonar. O Dr. Zorloni advertiu a família do quadro mortal e que se extrairiam mostras post portem do recém-nascido para os exames futuros. A família e seus amigos começaram uma segunda novena. Em 13 de Junho, após a oração do rosário, Pe. Sangalli reiterou o pedido a Louis e Zélie Martin para fazer-lhes conhecer a vontade de Deus e para curar o menino. Em 2 de Julho, o respirador foi retirado do bebé e em 27 abandonou o hospital. Tinha 33 dias. Em 14 de Setembro, Pietro foi levado à paróquia de Monza para receber os ritos complementares ao batismo em presença de 400 pessoas que deram graças. Muitos médicos aconselharam seus pais que uma comissão da Igreja examinasse o caso de seu filho. De 31 de Dezembro de 2002 a 3 de Janeiro de 2003, a família Schilirò, com Pietro, de sete meses; o padre Sangalli, que se converteu em vice-postulador da causa dos esposos, e um grupo de peregrinos italianos foram a Lisieux para agradecer. Em 10 de Junho de 2003 (após a intervenção de dezenas de testemunhos, entre eles sete médicos), na capela do arcebispado de Milão, o cardeal arcebispo reconheceu a origem milagrosa desta cura. Bento XVI, em uma carta de preparação do VI Encontro Mundial das Famílias, apresentou Marie Zélie Guérin e Louis Martin como “modelos exemplares de vida cristã para as famílias de hoje”.