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27 de Março de 2010 era o Dia Mundial da Juventude, o Domingo de Ramos na Paixão de Cristo e , tal como em 2008, decorreu em Caíde de Rei mais uma carminhada por esta ocasião, desta vez a XIV CaRminhada promovida do Carmo Jovem cujo homenageado foi o Padre Américo, sob a frase “Sou um revolucionário pacífico, um pobre que sangra, um pai que chora, um português que ama”, bem como o Padre Fernando Carvalho (pároco de Caíde de Rei), o nosso pastor por um dia.
Por volta das 8h, nós os Sementinhas, começamos a juntar-nos para ultimar os preparativos para que naquele dia tudo corresse bem e daí em diante começaram a chegar mais jovens carmelitas, cheios de força, entusiasmo e muita alegria (e ainda algum sono certamente) para um dia que acabava de nascer em que o sol parecia querer despertar detrás das nuvens, mas o S.Pedro esteve do nosso lado, não fosse ele o padroeiro de Caíde de Rei.
Com alguma adrenalina, era tempo de fazermos os primeiros “cliks” espontâneos cujas fotos reveladas instantaneamente ficarão guardadas na nossa mente. Todos se concentravam na Praça de S.Pedro (além de Roma, Caíde também tem uma). Tudo estava propício…. Como sempre, Frei João, Verónica, a Maria João, entre outros, todos com a boa disposição, animação e a alegria habitual….os jovens mais pequenitos, ainda com sono, outros já mais despertos, pregando alguma partidas aos amigos…e claro, os Sementinhas mantendo o espirito brincalhão e alegre que é habitual, muito embora com alguma responsabilidade “sobre os ombros”, mas quando se quer, tudo se consegue… Reunida toda a gente, excepto um grupo de jovens de Aveleda que viria a juntar-se mais tarde e já sem sono nenhum, deslocamo-nos até ao interior da Igreja Paroquial de S. Pedro de Caíde de Rei, onde à entrada foram sendo entregues os guiões por algumas Sementinhas.
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Na igreja demos o inicio da nossa Carminhada. O cajado foi entregue das mãos da Maria João, em representação de Cantanhede, onde foi a última Carminhada, para as mãos do João, representando Caíde. Entre vários cantos, ainda com o volume um pouco abaixo do habitual (faltava a viola ainda), o Luís, em nome de Caíde de Rei, fez uma breve saudação e leu-se uma pequena biografia do pai(dre) Américo e do padre Fernando Carvalho, os nossos homenageados. O Padre Carvalho, pároco de Caíde, na impossibilidade de estar presente, deixou uma mensagem amiga a todos, desejando-nos uma “boa e frutuosa Carminhada“. Houve tempo ainda para que o Luís referisse algumas normas básicas de segurança a cumprir durante algumas partes do percurso da Carminhada que nos esperava e cantando, lá pusemos nós pés ao caminho.
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É de notar que nesta Carminhada, ao contrario do habitual, contamos com a companhia de um cruz que seguiu na frente juntamente com o cajado, e que nos guiou ao longo de todo o dia.
Saímos da igreja, cheios de vontade e força, mas ainda deu tempo para os mais esquecidos irem buscar a sua faixa. Mochilas na carrinha e aí vamos nós…
Igreja – rotunda – virar na 3ª saída, e “toca a subir para acordar”… Passada a escola EB 2,3, fomos em direcção à Casa de Vila Verde: tempo para a 1ª paragem na “Pedra Grande”. Aqui fizemos a nossa segunda oração da manhã, com canções à mistura. Foi também tempo de todos beijaram a cruz, segurada pelo Sementinha Jorge. Pés ao caminho, por entre grandes vinhas de vila verde e desfrutando a paz do campo, eis-nos chegados à Capela de S.Bartolomeu, na freguesia de Aveleda, onde o grupo jovens de Aveleda já nos esperava. Como nunca é demais, mais um pequeno momento de oração. Posteriormente, fomos em direcção à Igreja Romana de Aveleda, para a tão esperada pausa para se recarregarem energias, o almoço. Alimentamo-nos e ainda houve tempo para jogar, rir, conviver, …
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Posto isto, foi hora de carminhar de novo, e poucos metros à frente eis a 3ª paragem: a Capela de Santo Ovídeo, onde um dos jovens de Aveleda nos contou um pouco a história daquela capela e escrevemos num pequeno cartão uma “má acção” e se colou na cruz que nos acompanhava.
De novo a caminho, por entre natureza verdejante, fomos andando e acabamos por chegar de novo a Caíde de Rei, onde paramos no Cruzeiro onde se fez um pequeno momento de silêncio, oração, e, após se distribuíram os ramos de oliveira, fez-se a sua bênção. Fomos em procissão até à Igreja, dois a dois, em silêncio…
Chegados ao adro da Igreja, algum tempo para ultimar as coisas para a eucaristia, comer alguma coisita e tudo em acção para a Eucaristia de Domingo de Ramos na Paixão do Senhor. O Auditório do Centro Social e Paroquial de Caíde de Rei estava cheio e a procissão de entrada foi-se fazendo, e ao fundo “já se ouvem nossos passos a chegar”…Eucaristia um pouco longa, como é habitual nesta ocasião, mas valeu a pena.
E foi assim que aconteceu mais uma Carminhada, sob o espírito carmelita, sempre com o Carmo no coração…
Que venha a próxima!
[Pedro Sousa e Luís Peixoto I Caíde de Rei]