quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Maria Babo, a AcampaKi monitora


Olá a todos!
Mais um acampáki passou, o meu terceiro acampáki passou.
Os sentimentos e emoções que me ocupam antes e depois de cada acampáki são, ao mesmo tempo, iguais e diferentes todos os anos. Antes do acampaki começar, o sentimento de dúvida pois não sei como será, se vou gostar, se vou sentir a necessidade de mudança dentro de mim como sentia nos anos anteriores. Depois do acampaki terminar chega o período de verdadeira reflexão, em que voltamos a tomar contacto com a sociedade e a perceber o que mudou em nós durante aquela semana que passamos algures no meio da natureza.
No meu caso, ao voltar a casa, volto à minha rotina normal onde tenho acesso aos bens que não estavam comigo em Deão e, estranhamente, estando tudo tão organizado, sinto algo diferente dentro de mim; uma vontade de mudar, de fazer, de ser, de pensar de forma diferente. Para mim isto é viver em acampaki, é parar a minha vida durante uma semana, ir para a Quinta do menino Jesus de Praga com jovens carmelitas como eu e olhar como um estranho a minha vida. Tudo o que fiz, o que não fiz, o que fiz bem e o que fiz mal, e tomar decisões sobre o que tenho de mudar em mim para que possa ser melhor não só para mim mas também para os outros.
Este ano conheci gente nova: o Zé, o Carlos, a Paula e a Jéssica, e com eles cresci mais um bocado. É disto que se trata o Acampaki e o Carmo jovem, é estarmos juntos, rezarmos juntos, divertimo-nos juntos e no fim de cada atividade estarmos mais próximos uns dos outros e do nosso grande Amigo, sempre com Santa Teresa de Jesus (a quem temos dado especial atenção) e São João da Cruz a encaminhar-nos até ele.
Toda a gente faz um caminho durante a sua vida e eu escolhi orgulhosamente fazer um carminho. Porquê? Perguntam vocês. Isso nem eu sei responder, digo-vos apenas que levo o Carmo bem pertinho do meu coração e por isso mesmo continuo com esta cruz ao pescoço que não tenho a mínima vontade de tirar.
Não sei como o meu carminho será no próximo ano, só sei que será muito diferente daquele que fiz ate agora, também não sei se conseguirei participar em tantas atividades do Carmo jovem como participava até agora, mas sei que o Acampaki estará sempre na minha agenda e o Carmo jovem no meu coração.
Assim me despeço, com saudações de quem leva o Carmo no coração para quem, certamente, também o leva no seu,
                                                                              Maria Babo