quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Leva-me mais longe, ver mais longe



SAUDAÇÃO DO RESPONSÁVEL DA PASTORAL


Olá! Olá a todas e a todos!
Que alegria podermos parar e de novo montar as tendas lado a lado!
Se bem vejo há aqui gente nova entre nós!
Que bom: a gotinha está a crescer! É bom estarmos todos por aqui. Serão oito dias maravilhosos e cheios de vcampakis.
(vcampaki é o mesmo que amigo!
Quem fica por casa come das mesmas couves. Quem sai de casa saboreia os espargos da surpresa!
Saúdo-vos a todos vós, jovens carmelitas, meus amigos e amigos de Teresa, que ousastes sair do redondel da courela do vosso quotidiano. Sim, assim é que é! Se é bom frequentar os torrões da comarca é também muito bom ousar voar para mais longe, ir para mais além. Obrigado por terdes vindo!
Os horizontes são sempre para mais além. Mais além de além. Quem se contenta com caminhos do tamanho da sombra é feliz, mas tu, jovem carmelita, és maior que os teus passos e os teus pulmões precisam deste ar fresco que se vive entre os amigos. E como somos grandes quando subimos montanhas! Como renascemos quando inauguramos caminhos novos!
Peço-vos uma coisa: lede com atenção os textos da Santa Madre Teresa que nos forem aparecendo a diário. E como eu também vós haveis de notar o muito que ela insiste em fazer amigos. Tu precisas de amigos, eu preciso de amigos, Teresa precisou de amigos. Que bom é precisar de amigos, até para que nos chamem a atenção de não estarmos a ousar crescer tanto quanto devíamos!
Aos velhos amigos: sede todos bem-vindos! Já nos conhecemos doutras fainas e borrascas. Já todos sabemos que connosco é assim: venha o que vier, suceda o que suceder, nós seguimos em frente!
Obrigado por isso. Sejam bem-vindos.
Aos novos amigos que vão chegando, sede igualmente bem-vindos: Por aqui existem coisas que são assim e outras assim-assim e algumas porque sim. Mas existe também todo o espaço para as vossas coisas, as vossas originalidades e criatividade, para a vossa realização e bem-estar.
Bem-vindos! Obrigado por terem vindo.
O Vcampaki sempre teve a Aldeia das Famílias, cujo nome é o dos Bem-aventurados Zélie e Louis Martin. Mas era uma aldeia fantasma, que só enchia nos últimos dois dias, em que recebíamos os nossos queridos emigrantes.
Porém, temos uma boa notícia para o Vcampaki: finalmente temos uma família a tempo inteiro connosco! É uma família, pá! Uma família com papá, mamã e meninas. Vamos desfrutar deles. Honrá-los-emos com muito gosto e neles todos os papás e meninos e meninas.
Bem-vindos! Obrigado por terem vindo.
Saúdo com particular alegria o Bruno Areias. É o nosso Chef! Reparem bem: Este ano, caprichamos! Até trazemos um Chef verdadeiro! Já olharam bem para a estampa do homem? Ele e a Jana são uma família! Por isso o Vcampaki tem dobrada alegria, pois recebe duas famílias. Duas famílias jovens do Carmo! Assim é que é! E mais para mais, do Carmo!
A Jana e o Bruno são dois sábios, dois jovens sábios que sabem ser simples. (São sábios porque simples!) Porque são sábios e simples estão connosco: são como Teresa. São de Teresa. Não lhes pagaremos, porque a amizade não se (a)paga. Porém, a dívida soberana do Carmo Jovem fica muito penhorada e nós cativos da sua amizade!
(E a Comandante-em-Chefe teve de vir sozinha, porque o Zé trabalha. Mas para o ano não escapam: queremo-los aos dois connosco! E já serão três!)
Obrigado, Bruno! Obrigado Jana! Obrigado João! Obrigado Zé! Sem vós não haveria Vcampáki. E se houvera não seria tão simpático!
Lugar especial para Teresa de Cepeda, nossa convidada especial. Ela é a amiga especial de todos, a quem escutaremos com atenção. Porque é madre e santa.
(Desculpem não falar nos cinco vcampakis que faltam. Mas, como já disse, somos todos bem-vindos.)
Titulei esta saudação Leva-me mais longe, Ver mais longe. A amizade leva-nos mais longe. Na verdade, todos precisamos que os amigos fiquem perto, mas não como mamãs-galinhas! Queremos que nos levem para longe. Que voem connosco como as águias! Obrigado, portanto, por virem repousar neste ninho das águias! Havemos de voar! Eu já estou voar! Sim, eu vejo mais longe. E o que ao longe vejo muito me esperança e alegra.
Que belo é poder ver ao longe!
Quero contar-vos uma pequena historieta do Papa João XXIII. Este Bom Papa confidenciou a um amigo que como não podia abandonar jamais o Vaticano e muito ali se aborrecia, subia, de quando em vez, ao terraço e, de binóculos, se punha a ver uma por uma as cúpulas das igrejas de Roma. E seguidamente imaginava que em redor da cada igreja haveria gente feliz e gente sofredora; anciãos solitários e pares de jovens alegres. Gente amargurada e gente esmagada. E enquanto ia pensando em todos, por todos rezava a Deus pedindo-Lhe que os abençoasse e os consolasse das suas dores.
Bonito!
Que belo é subir ao Vcampaki para juntos vermos mais longe!
E não deixar ir a fé de férias!

Frei João Costa