O caminho faz-se ao andar. Anda. Não seja a vida esse imenso deserto em que não se colhem palavras.
Já não sei onde fui buscar esta sentença… acho que é de algum pensador daqueles iluminados, mas lembro-me de ter “tropeçado” nela pouco depois de ter voltado da peregrinação a Fátima a pé e de a ter guardado. Guardei porque a mensagem é importante. É daquelas que dá para dizer – É isso mesmo!
O caminho faz-se ao andar, como nós andamos pelas estradas até Fátima. É preciso andar, sair, ir, avançar, para nos encontrarmos e encontrarmos os outros que caminham connosco e que nos podem ajudar a percorrer aquele outro caminho que não é de terra, mas espiritual!
A peregrinação a Fátima foi uma experiência marcante em diversos sentidos. Mas para além do óbvio desafio físico, que facilmente se recupera, fica a noção que a persistência, a entreajuda e o espírito de caminhada para um objectivo nos podem fazer ultrapassar muitos obstáculos na vida. Andamos muito, sofremos com dores, descansamos pouco mas chegamos! Mais importante ainda, tentamos, saímos, fomos, buscamos caminhos… vivemos!
De tudo o que guardo no coração da peregrinação, o que quero transmitir é a coragem de ir e depois a fé em chegar…
ELSA PINTO - 26 Anos - Avessadas