Um busto de Santa Edith Stein, religiosa de origem judaica assassinada por nazistas e canonizada em 1998 por João Paulo II, foi instalado esta Quinta-feira no templo Walhalla, em Donaustauf (sul da Alemanha).
Desde o século XIX, esta igreja acolhe, por tradição, estátuas e placas de homenagem a personalidades alemãs de destaque.
A escultura da religiosa, carmelita e filósofa é a número 129 do panteão e a sexta de uma mulher, depois de há seis anos, ter sido honrada a memória de Sophie Scholl, integrante do grupo «La Rosa Blanca», de resistência estudantil contra o nazismo. O pedido para que esta santa da Igreja católica tivesse um busto na igreja foi apresentado por um particular, em 1986. A aprovação chegou 20 anos depois.
Edith Stein, devia ser, segundo o arcebispo emérito de Munique e Freising, o Cardeal Friedrich Wetter, "um exemplo para os jovens".
"Precisamos de pessoas coerentes nas suas ideias e actos, que tenham os pés no chão, comprometidas com valores que tornem a vida mais humana".
Edith Stein, nascida em Wroclaw, na Polónia, converteu-se do judaísmo ao catolicismo aos 30 ano. Trabalhou como professora de pedagogia até ser inabilitada pelo nazismo, devido à sua origem judia, em 1933.
Naquele mesmo ano, ingressou na Ordem das Carmelitas em Colónia, onde adoptou o nome de Irmã Teresa Benedita da Cruz. Em 1938, fugiu para a Holanda, e quatro anos depois, foi presa e deportada para o campo de concentração de Auschwitz, onde morreu.
Em 1933, Stein escreveu uma carta ao Papa Pio XII, advertindo sobre a crescente perseguição contra os judeus na Alemanha nazista e os crimes cometidos pelo Terceiro Reich.
Redacção/Rádio Vaticano