Muita gente tem o costume de dizer sempre mal dos padres, de os desprezar constantemente. (...) Faríeis melhor se rezásseis por eles. Muitos há que nunca rezam pelo seu pastor; a isto se chama ser ingrato. Pois que, pelo contrário, o padre incessantemente reza por vós, quando oferece o sacrifício divino, quando tem Nosso Senhor entre as suas mãos.
Obedeceis ao vosso interesse se pedirdes a Deus pelos padres: quanto mais santos são, maiores são também as graças que para vós obtém. É preciso que rezemos muito, principalmente nas Têmporas, na altura das ordenações, para que Deus nos dê bons padres. Quanto bem eles nos podem fazer, se forem santos! Mas quando o não forem, nunca digais mal. Aquele que desprezais é talvez o que vos trará a absolvição na hora da morte; ou talvez vos exponhais à privação do ministério sacerdotal no derradeiro instante.
Dizeis: é um homem como qualquer outro... Certamente! É feito de corpo e alma como qualquer outro. Mas é o seu ministério que importa tomar em consideração; foi investido de poderes pelo próprio Deus. Ide, ensinai todas as nações. Assim como meu Pai me enviou, Eu vos envio. Tal como um rei que entrega ao seu embaixador um tesouro que este deve distribuir como lhe apraz, assim Deus colocou entre as mãos dos padres todos os méritos da sua Morte e Paixão, para que nos fossem distribuídos.
S. João Maria Vianney