«Sempre gostei do deserto. Sentamo-nos numa duna de areia. Não se vê nada. E no entanto, alguma coisa brilha em silêncio.
O que embeleza o deserto, disse o principezinho, é que ele oculta um poço algures. Fiquei perturbado por compreender de repente este misterioso brilho da areia… -Tenho sede dessa água, disse o principezinho, dá-me de beber… E compreendi o que ele tinha procurado! Ergui o balde até aos seus lábios. Ele bebeu, com os olhos fechados. Era aprazível como uma festa. Esta água era muito mais do que um alimento. Nascida da caminhada sob as estrelas… Fazia bem ao coração, como uma dádiva». [Princepezinho de Sain-Exupery]