É preciso deixar as seguranças do telefone, do e-mail, dos próximos... Durante um tempo, deixar todos esses contactos que tranquilizam, para estar próximo de si mesmo. É uma vertigem. O silêncio é uma experiência de escuta. Escuta de si, de uma palavra. No silêncio, despertam-se as águas profundas da nossa existência. Não é de todo um repouso! No primeiro dia, descobre-se o silêncio, a liturgia, os horários. Quando o exotismo deixa de ser novidade, podem surgir momentos de revolta, de resistência, de medo. Um retiro é uma aventura interior, uma experiência extrema que é preciso ousar. Seria uma pena não se arriscar.
[Enevista de Christophe Henning - In Croire - SNPC 09.08.09]