A maior mulher da humanidade, depois da Santíssima Virgem, no dizer de Bossuet, teve por berço Ávila, na Espanha, capital da província do seu nome, cidade dos cavaleiros e dos Santos como é Denominada na história.
Colocada, como um ninho de águias, a mil metros de altitude sobre o nível do mar, não se compreende como um clima tão frio fosse capaz de produzir um coração tão abrasado como o de Santa Teresa, que é também conhecida na Santa Igreja pelo Serafim do Carmelo, ou Doutora Seráfica.
Não se sabe, ao certo, que população tinha Ávila nos dias de Santa Teresa, mas o que é certo é que foi uma das cidades espanholas que mais concorreu com os seus filhos, com os seus cavaleiros e com os seus cruzados para o triunfo do imperador Carlos Ⅴ em Flandres e na América, por aqueles dias descoberta e cobiçada.
Hoje, Ávila é uma estância de veraneio para fidalgos madrilenos, não contando mais de 30.000 habitantes.
O turista que a visita sente – se atraído pelos seus encantos históricos, por aquelas elegantes moradias brasonadas, por aquelas ruas solitárias, e inebria – se daquele ambiente espiritual místico-teresianao, em que a alma se sente bem. Aqui nasceu Santa Teresa, em 28 de Março de 1515, isto é, no próprio dia em que a ordem Carmelita, que ela vinha reformar e ilustrar, celebra a festa litúrgica de S. Bertoldo, Restaurador do Carmo. Foram seus pais D.Alonso de Cepeda e D. Beatriz Dávila de Ahumada, casada com este em segundas núpcias, ambos ricos, fidalgos e cristãos de gema.
Na freguesia de S. João daquela cidade, mostra-se ainda aos curiosos a pia baptismal onde, segundo a tradição, foi regenerada nas águas do Baptismo, a 4 de Abril, a nossa Santa. Exerceram na cerimónia o múnus de padrinhos D. Francisco Nunes Vela, cavaleiro de capa e espada, e D. Maria de Águia, filha do regedor daquela cidade. Nunca os sinos da paróquia de S. João repicaram mais alegres e festivos, porque até à data nenhum avilense deu à cidade de Ávila maior renome.
Nota um biógrafo de Santa Teresa que, quando o cortejo regressava ao palácio dos padrinhos, ouvia – se distintamente o bimbalhar do sino conventual do mosteiro da Encarnação. Era precisamente o dia da inauguração. Teresa, no decorrer dos anos, torná-lo-ia célebre.
[Jaime Gil Diez, Santa Teresa, Edições Carmelo]
Colocada, como um ninho de águias, a mil metros de altitude sobre o nível do mar, não se compreende como um clima tão frio fosse capaz de produzir um coração tão abrasado como o de Santa Teresa, que é também conhecida na Santa Igreja pelo Serafim do Carmelo, ou Doutora Seráfica.
Não se sabe, ao certo, que população tinha Ávila nos dias de Santa Teresa, mas o que é certo é que foi uma das cidades espanholas que mais concorreu com os seus filhos, com os seus cavaleiros e com os seus cruzados para o triunfo do imperador Carlos Ⅴ em Flandres e na América, por aqueles dias descoberta e cobiçada.
Hoje, Ávila é uma estância de veraneio para fidalgos madrilenos, não contando mais de 30.000 habitantes.
O turista que a visita sente – se atraído pelos seus encantos históricos, por aquelas elegantes moradias brasonadas, por aquelas ruas solitárias, e inebria – se daquele ambiente espiritual místico-teresianao, em que a alma se sente bem. Aqui nasceu Santa Teresa, em 28 de Março de 1515, isto é, no próprio dia em que a ordem Carmelita, que ela vinha reformar e ilustrar, celebra a festa litúrgica de S. Bertoldo, Restaurador do Carmo. Foram seus pais D.Alonso de Cepeda e D. Beatriz Dávila de Ahumada, casada com este em segundas núpcias, ambos ricos, fidalgos e cristãos de gema.
Na freguesia de S. João daquela cidade, mostra-se ainda aos curiosos a pia baptismal onde, segundo a tradição, foi regenerada nas águas do Baptismo, a 4 de Abril, a nossa Santa. Exerceram na cerimónia o múnus de padrinhos D. Francisco Nunes Vela, cavaleiro de capa e espada, e D. Maria de Águia, filha do regedor daquela cidade. Nunca os sinos da paróquia de S. João repicaram mais alegres e festivos, porque até à data nenhum avilense deu à cidade de Ávila maior renome.
Nota um biógrafo de Santa Teresa que, quando o cortejo regressava ao palácio dos padrinhos, ouvia – se distintamente o bimbalhar do sino conventual do mosteiro da Encarnação. Era precisamente o dia da inauguração. Teresa, no decorrer dos anos, torná-lo-ia célebre.
[Jaime Gil Diez, Santa Teresa, Edições Carmelo]