«Teresa nasceu no dia 28 de Março de 1515, em Ávila, Espanha. Com treze anos apenas, Teresa perdeu a mãe, pelo que se encomendou a Nossa Senhora, pedindo-lhe que fosse a sua mãe. Depois da sua morte da Teresa, na companhia de seus primos e primas, dá-se às futilidades e vaidades próprias da sua idade, lidas e aprendidas nos romances que adorava ler.
Seu pai interna-a no Colégio de Nossa Senhora da Graça. Uma jovem freira da comunidade foi então mestra na prática do bem. Começa a pensar em ser freira, e entra no convento da Encarnação, das Carmelitas, porque nele entrou também Joana Soares, sua amiga. Como o pai não quer dar-lhe licença, Teresa foge de casa, muito embora esta decisão lhe tenha causado profundo sofrimento.
Passando por muitos sofrimentos e sempre com a ajuda de Deus, fundou o primeiro convento, de S. José de Ávila, da nova família do Carmo. Foi a inauguração deste primeiro convento a 24 de Agosto de 1562, dia em que Teresa se descalçou, mudou de hábito e começou a chamar-se Teresa de Jesus. A cidade de Ávila quis destruir o convento, mas sendo obra de Deus, Ele mesmo venceu mais estas dificuldades.
A sua segunda fundação foi em Medina del Campo, onde conheceu S. João da Cruz, ficando encantada com ele e pedindo-lhe que fosse o primeiro frade Carmelita Descalço.
Em 1571, foi nomeada prioresa da Encarnação, seu antigo convento. Começou o seu mandato colocando as chaves do convento nas mãos duma imagem de Nossa Senhora colocando-a na cadeira da prioresa, enquanto, por sua vez, se sentou, no chão, a seu lado.
Dezassete foram os Carmelos fundados pela Santa Madre. O último foi o de Burgos. O Inverno ia rigorosíssimo e a saúde de Teresa muito fraca. Regressando a Ávila mandaram-na por Alba de Tormes, onde caiu de cama dizendo: "Não me lembro de me ter deitado tão cedo desde há muitos anos". Não mais se levantou.
Perguntaram-lhe se, morrendo queria ser enterrada em Ávila, ao que respondeu perguntando: "Mas aqui não terão um pouco de terra que me emprestem até ao dia do Juízo?", após o que morreu dizendo: "Enfim, Senhor, morro filha da Igreja!". Eram nove horas da noite do dia 4 de Outubro de 1582. Nesse ano, o calendário foi actualizado pelo que o dia seguinte era o 15 de Outubro.
Um dia disseram-lhe: "Madre, dizem que sois bonita, inteligente e santa. Que dizeis de vós mesma?". Teresa respondeu: "Bonita, vê-se bem. Inteligente, penso que nunca fui tonta. E santa, a ver vamos e Deus o queira!"».