Ontem, dia 30 de Outubro, eu e o Ricardo Luís dirigimo-nos a Guimarães a fim de ouvirmos D. António Couto falar sobre S. Paulo. Na verdade, já sabia o que ia encontrar (pelo menos em parte). D. António Couto é um homem sábio e ao mesmo tempo humilde; para além disso é um grande pedagogo.
D. António mostrou-nos como S. Paulo teve um encontro fulminante com Cristo, no qual foi absolutamente agarrado. Este encontro rasga a vida de Paulo em duas. A que passou (que é para esquecer) e a que vem, orientada para Cristo. A sua vida passa a ser como uma seta que aponta para a meta (Cristo). Paulo, na verdade, não é autónomo é cristónomo (depende de Cristo).Para além disto importa realçar que Paulo foi, de facto, um inovador. Na verdade, na apresentação das suas cartas nunca se esquece dos seus colaboradores, antes os estima e os valoriza. Isto mostra-nos que o cristianismo não é uma aventura a sós, mas uma aventura comunitária. Temos, pois, de ter muita gente activa na Igreja, porque ser cristão é viver em rede.
Por último, gostaria de destacar a importância que assume a graça nas cartas de Paulo. Na verdade, ela envolve todas as cartas. A graça é a forma de Deus se debruçar sobre nós com carinho maternal, com um olhar cheio de ternura como uma mãe que embala o bebé e o olha.
O sucesso de Paulo deve-se, em grande parte, à sua metodologia maternal. Hoje, segundo D. António Couto, precisamos de uma Igreja afectiva, maternal e personalizada.
E termino com as primeiras palavras deste encontro. O desafio é que nos encontremos com S. Paulo e por ele com Jesus Cristo.
Jorge Fernando