domingo, 16 de maio de 2010

NOSSO PASTOR POR UMA NOITE

Padre Aníbal Pimentel Castelhano
O Padre Aníbal Pimentel Castelhano foi o pastor por uma noite do Carmo Jovem. Na noite de 14 de Maio estivemos em Coimbra na II Clarminhada.
Nascia a 9 de Dezembro de 1943, um dos quatro filhos de Aníbal Marques Castelhano e de Rosa da Costa Pimentel. Baptizado como Aníbal Pimentel Castelhano, diz que de Castelhano só tem o nome, já que é um português de gema, sendo natural de Seixo de Mira.
Ao longo da sua vida, tem vindo a apurar o gosto pela leitura, sendo de seu particular interesse, livros de índole religiosa, apreciando também livros relacionados com a Psicologia. Quanto ao futebol, assiste, aplaudindo todos os que correm nos relvados, não torcendo por nenhuma equipa particular. Parte do seu percurso escolar foi feito no Seminário e, até aos 18 anos, tudo não passou de um percurso escolar normal, sem decisões de grande peso. A sua maior influência foi, sem dúvida, a sua família, em especial, o seu pai. Este era uma pessoa muito ligada à Igreja, tendo plantado no seu filho a semente que o iria “puxar” para o sacerdócio. Para fortalecer esta ideia que surgia, parte do seu grupo de amigos frequentava o seminário, escolhendo também o caminho da consagração.
Foi assim, ao atingir a maioridade, que começou a equacionar o problema de Deus e a ponderar seriamente sobre qual seria o seu caminho. Iniciou, então, Teologia no Seminário Maior de Coimbra. Como jovem dinâmico e incessante na descoberta da sua vocação, procurou, na Teologia, resposta para as suas dúvidas. Confessa que, de início, foi uma grande desilusão, pois a Teologia não lhe fornecia soluções para as suas equações de vida, apenas teorias e filosofias sobre Deus, que não provavam por a+b, o que ele tentava descobrir. Contudo, este foi o ponto de arranque para que começasse a procurar por si, a “estudar Deus”.
Todo este processo demorou mais dois anos, tomando a sua decisão absoluta aos 20 anos. Foi ordenado a 11 de Agosto de 1968.
Em relação às razões que o levaram ao sacerdócio, revela que “Uma pessoa apaixonada perde a cabeça e o coração! Por isso, o compromisso com Ele é uma consequência lógica.”. Declara ainda que, à medida que se vai percebendo o profundo Amor de Deus, gera-se a seguinte preocupação: “se Deus é tão bom, havendo que abanar o mundo para que ele O conheça!”. Esta torna-se uma exigência de vida, há um desejo constante de transformação do mundo. É uma missão de “ser ponte entre os homens e Deus, pegar nos dois e aproximá-los”.
Continuando a sua viagem, veio de Leiria para Coimbra, ficando como Presidente da Cáritas, vivendo no Monte Formoso e estando desligado de qualquer paróquia. Frequentava, assiduamente, a eucaristia presidida pelo seu afilhado, Pe. João Lavrador, no Carmelo de Santa Teresa. Habituou-se ao Carmelo e o Carmelo a si, de modo que, como uma sequência de vida, tornou-se Capelão do Carmelo de Santa Teresa. Actualmente, além de Capelão, é Pró-Vigário Geral, Promotor da Justiça e Presidente da Obra do Frei Gil.
[Cristiane Macedo I Coimbra]