domingo, 8 de março de 2009

A INCOMPARÁVEL PACIÊNCIA DE PROCURAR O ALTO - O LUGAR DO JOVEM NA IGREJA CATÓLICA E NA SOCIEDADE CIVIL - III

4.2. Ordem dos Padres Carmelitas Descalços e o Movimento Carmo Jovem
“A Igreja tem tantas coisas belas a dizer e a mostrar ao mundo: não só pelo seu património artístico (...). Para citar só dois, Francisco de Assis com o seu cântico ao irmão Sol e S. João da Cruz com os seus poemas. O belo tem tudo a ver com o bem. O belo pode realizar a síntese do verdadeiro e do bem.” (Cardeal Daneels). Há, portanto, um património que deve ser dado a conhecer aos jovens. O Carmo Jovem foi um espaço encontrado pela Ordem para dar relevo ao papel dos jovens e para lhe dar espaço de crescimento na fé.
O Movimento procura abranger jovens de várias idades e de várias zonas geográficas de Portugal. Refira-se ainda a autonomia construtiva que o Movimento tem perante a Ordem. Esta liberdade responsável permite um crescimento saudável. Destacaria, brevemente, duas ideias: o facto de muitas das actividades serem, de facto, significativas e perdurarem como momentos de carminho para sempre na memória de muitos jovens (recordo, por exemplo, o Acampaki, a Clarminhada) e a aproximação feita pelos religiosos, nomeadamente o Frei João, por falarem, com palavras e gestos, uma linguagem juvenil. 5. O lugar do jovem na sociedade civil Os jovens católicos não podem esquecer que são jovens no mundo e do mundo que não esquecem o caminho: Jesus. Por isso, em todos os locais devem apresentar uma vida de autenticidade e de testemunho. Respeitando o outro enquanto ser crente ou não, o jovem católico deverá assumir-se enquanto tal, reafirmando a sua fé como uma decisão pessoal que compromete toda a vida. Por tudo isto, julgo que o jovem católico não se também pode excluir da vida civil. Assim, deve ser, por exemplo, politicamente interessado. 6. Conclusão “É próprio da condição humana e, particularmente, da juventude buscar o Absoluto, o sentido e a plenitude da existência. Amados jovens, não vos contenteis com nada menos do que os mais altos ideais! Não vos deixeis desanimar por aqueles que, desiludidos da vida, se tornaram surdos aos anseios mais profundos e autênticos do seu coração. Tendes razão para não vos resignardes com diversões insípidas, modas passageiras e projectos redutivos. Se mantiverdes com ardor os vossos anelos pelo Senhor, sabereis evitar a mediocridade e o conformismo, tão espalhados na nossa sociedade.” (João Paulo II)