A cerimónia de reabertura do processo de canonização do Beato Nuno está marcada para a tarde do próximo dia 13 de JUlho, das ruínas do Convento do Carmo, em Lisboa, e vai ser presidida pelo Cardeal patriarca, D. José Policarpo.
O padre carmelita Francisco José Rodrigues, vice-postulador da causa, disse ao Correio da Manhã que “a retoma deste processo é um acto de inteira justiça e até peca por tardia”.
“A sua vida plena de virtudes, a sua obra e as graças recebidas pelos seus devotos são motivos mais do que suficientes, em nosso entender, para elevação de D. Nuno Álvares Pereira a Santo da Igreja de Deus”, afirmou o padre Francisco Rodrigues.
Aliás, já em meados da década de 40, aquando da abertura, pela primeira vez, da causa de canonização do Santo Condestável, o Papa de então, Pio XII, pretendia reconhecer, por despacho, a santidade do carmelita Beato Nuno, acto que acabou por não se concretizar por influência do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Salazar.
Segundo veio a saber-se mais tarde, o Governo de então fez tudo para impedir o decreto do Papa Pio XII, porque pretendia que a canonização tivesse lugar no âmbito de uma cerimónia solene, com grande pompa e circunstância, eventualmente acompanhada de visita papal, o que, no pós-segunda Guerra Mundial, poderia dar boa imagem nacional e internacional do Governo e enaltecer o orgulho nacional. Só que, as coisas não correram bem e o processo foi arquivado.
Em 1960, no âmbito do sexto centenário do seu nascimento, as relíquias do Beato Nuno percorreram o país e a Ordem do Carmo reabriu novamente o processo de canonização. Pouco tempo depois rebentou a Guerra do Ultramar e, mais uma vez, o assunto morreu à nascença.
Mais de quatro décadas depois, contando com o apoio de todos os bispos portugueses e aproveitando o facto de a Congregação da Causa dos Santos ser presidida por um Cardeal português, D. José Saraiva Martins, a Ordem do Carmo e o Patriarcado de Lisboa reabrem o processo de canonização do Beato Nuno, convictos de que “à terceira vai ser de vez”.
Mas o reconhecimento passou também pela atribuição do seu nome a numerosas instituições. Há liceus, escolas profissionais e até selos postais que têm perpetuado a sua memória. Papel que também desempenham as obras de arte que nele se inspiraram.
O Convento do Carmo de Lisboa foi mandado construir por D. Nuno Álvares Pereira, tendo as obras começado em 1389. Em 1397 foi entregue aos Carmelitas de Moura, realizando-se ali o primeiro Capítulo Geral dos Carmelitas Portugueses em 1423.
A vida santa de um combatente
D. Nuno Álvares Pereira nasceu a 24 de Junho de 1360 em Cernache do Bonjardim, concelho da Sertã, distrito de Castelo Branco. Aos 13 anos de idade foi armado cavaleiro em Santarém e, com apenas 16 anos, casou com D.ª Leonor de Alvim, fixando residência em cabeceiras de Basto. Em 1381 foi nomeado Fronteiro-Mor do Alentejo e, em 1383, decide apoiar a causa do Mestre de Avis.A 8 de Abril de 1384, na Batalha dos Atoleiros, usa pela primeira vez a famosa táctica do quadrado, sendo, a 6 de Abril do ano seguinte, nomeado Condestável e Mordomo-Mor do Reino.O Convento do Carmo de Lisboa foi mandado construir por D. Nuno Álvares Pereira, tendo as obras começado em 1389. Em 1397 foi entregue aos Carmelitas de Moura, realizando-se ali o primeiro Capítulo Geral dos Carmelitas Portugueses em 1423.
A vida santa de um combatente
Vitória de Aljubarrota
A 14 de Agosto consegue uma retumbante vitória em Aljubarrota e a 2 de Outubro sai vitorioso em Valverde.
Considerado o mais brilhante estratega militar da sua época e um dos melhores da História de Portugal, é o Patrono da Infantaria.A 25 de Julho de 1415 sai numa expedição a Ceuta e em 1422 fixa residência no Carmo, em Lisboa. No dia 24 de Julho de 1423 doa, definitivamente, a Igreja e o Convento que mandara construir à Ordem Carmelita.A 15 de Agosto desse ano recebe o hábito carmelita e renuncia a todos os seus títulos mobiliárquicos.Morreu aos 71 anos, no dia 1 de Abril de 1431 (dia de Páscoa), sendo sepultado no Carmo (hoje ruínas).
Fonte CM
Considerado o mais brilhante estratega militar da sua época e um dos melhores da História de Portugal, é o Patrono da Infantaria.A 25 de Julho de 1415 sai numa expedição a Ceuta e em 1422 fixa residência no Carmo, em Lisboa. No dia 24 de Julho de 1423 doa, definitivamente, a Igreja e o Convento que mandara construir à Ordem Carmelita.A 15 de Agosto desse ano recebe o hábito carmelita e renuncia a todos os seus títulos mobiliárquicos.Morreu aos 71 anos, no dia 1 de Abril de 1431 (dia de Páscoa), sendo sepultado no Carmo (hoje ruínas).
Fonte CM