domingo, 9 de outubro de 2011

Crónica da Enfermeira Anabela na noite branca do Vcampaki



A enfermeira Anabela trabalha nas Urgências do Hospital de Viana do Castelo e veio falar connosco na noite branca do Vcampaki sobre a sua vida e sobre as suas noites brancas do seu trabalho.
No dia 2 de Agosto a enfermeira Anabela chegou ao acampamento por volta das 00:00horas, depois de todas as apresentações feitas, foi-lhe oferecida a faixa do Carmo jovem.
Quando faz o turno da noite, começa as 23:30 horas e acaba o seu turno às 08:00 horas.
A enfermeira consegue conciliar o seu trabalho com a sua família, o seu marido é bombeiro voluntário, e os seus dois filhos são compreensivos e percebem que a mãe trabalha naquilo que realmente gosta.
Quando os quatro enfermeiros designados para o turno da noite nas Urgências, chegam ao hospital tudo está desorganizado e existem ainda várias pessoas á espera nas Urgências. Estes profissionais de saúde encarregam-se de organizar, internar e tratar estes pacientes.
Com alguns pacientes é mais complicado realizar a triagem do que outros, estes pacientes podem ser confusos com aquilo que sente, por isso, estes enfermeiros têm de utilizar a sua intuição e sabedoria, a enfermeira Anabela disse-nos que gostava deste trabalho das Urgências.
Por vezes este trabalho pode-se tornar revoltante ou frustrante, quer pela superlotação das Urgências, quer pela correria habitual do seu emprego e por vezes por ter de lidar com pessoas tão diferentes e por vezes com emoções fortes pela situação que estão a viver no momento, algumas pessoas podem testar a paciência destes enfermeiros, que tentam perceber que todos somos diferentes e tentam perceber os pacientes e a sua família.
A sua “vitamina revigorante” desta enfermeira não é a cafeína mas sim a adrenalina consequente da sua profissão.
A relação entre médicos e enfermeiros é boa nas Urgências, fazem tudo em prol da vida do paciente. Nas épocas festivas – Natal, Páscoa… - é bastante complicado os enfermeiros das Urgências terem férias ou folgas, já que são as épocas de maior actividade nos Hospitais.
A enfermeira Anabela afirma que não se arrepende de ter escolhido esta profissão.
Foi criada num ambiente católico, mas agora diz ser uma católica não praticante, já que não concorda com alguns aspectos da Igreja Católica. Mesmo assim, sabe que os pacientes, as pessoas de fé morrem de uma forma mais pacífica, assim como as famílias dos doentes encontram uma força na capela do Hospital.