No dizer do papa S. Pio X Santa Teresinha «é a maior santa dos tempos modernos». Exagerando um pouco, poderia perguntar-se sobre se existirá alguém cuja vida não tenha sido tocada, directa ou indirectamente, pela Santita como alguns também lhe chamam.
Teresinha, Teresa Martin, Santa Teresa de Lisieux, Santa Teresinha, Santa Teresinha do Menino Jesus são nomes para a mesma a mesma pessoa: Irmã Teresa do Menino Jesus e da Santa Face, carmelita descalça francesa, do séc. XIX.
Na sua curta existência Teresinha compreendeu bem que o Menino Jesus se entregou total e confiadamente ao Pai do céu (por isso se chamou do Menino Jesus). E compreendeu também que Jesus se fez homem para morrer e ressuscitar (por isso se chamou da Santa Face).
Olhando Jesus menino, Teresinha escolheu o caminho da infância para modelo espiritual. E assim, foi simples de coração e inabalável na esperança. Amou e confiou em Deus. Aos que têm dificuldades e provações, na escola ou na família; aos que sofrem ou não acabam de sair do túnel das dúvidas e incertezas ela diz: Coragem! Confiança!
Como homem Jesus sofreu, teve fome, sede e cansaço. A morte dos amigos incomodou-O e fizeram-no chorar, e as traições sofreu-as com a mesma incompreensão de qualquer um de nós. Ele quis ser um homem inteiro como nós, e por isso sofreu: subiu o Calvário e foi cravado numa cruz; antes, fora escarrado, espezinhado, flagelado, coroado de espinhos, esbofeteado, caluniado, desprezado.
A Face torturada de Jesus revela que Deus quis sofrer por nós. Porque é Amor. Foi esse amor que Teresinha quis viver e experimentar no ocaso da sua vida durante a terrível doença que a matou, a então incurável tuberculose.
Teresinha quis imitar Jesus, e por isso, como carmelita descalça se chamou Irmã Teresa do Menino Jesus e da Santa Face. Ela quis imitar Jesus, totalmente, absolutamente, do princípio ao fim. Será impossível compreender um amor assim? Talvez ao homem, mas não a Deus. Porque é Deus quem modela os corações à imagem de seu Filho Jesus.
Frei João Costa