terça-feira, 24 de agosto de 2010

Queridos amigos carmelitas do Acampaki júnior


JM+JT


Queridos amigos carmelitas do Acampaki júnior,
Jesus, esteja presente em vossos corações!

1. Recebi notícias da vossa fé. Recebi belas palavras de amizade, palavras que nascem de corações jovens carmelitas. Jovens carmelitas, que carminham a meu lado, orientados por quem «sabemos que nos ama»! Obrigada pelo vosso carminho que se cruza no meu carminho espiritual.

…(e notícias da Raquel? Ela não escreve? Não responde às cartas que enviamos? Nós colocamos nos envelopes as nossas moradas…uh!)

2. Pois bem amigos, aqui vos envio notícias da minha fé…
Eu, Raquel, ando como o bom Deus quer. Quem me vê no Carmelo, quem conhece um pouco da minha história na história do Carmo, diz que, num hoje, ando ainda mais feliz! É verdade. Ando ainda mais feliz no Carmelo de Santa Teresa em Coimbra, a descobrir o que é a vocação de uma carmelita. (quantos horizontes ainda por descobrir!)
Carminho entregue nas mãos de Deus. Comparo o Carmelo a uma grande colmeia. Todas as abelhas trabalham pela unificação da Sua morada. Assim é no Carmelo. Somos células vivas, prisioneiras no Amor de Deus. (eis como me vejo, como vejo cada uma das minhas irmãs na comunidade onde me encontro.)
No Carmelo, o que mais voa é o tempo. Quando me encontro envolvida num determinado ofício, eis que a voz de Deus (o sino) me convida a entrar «mais adentro». Aprendi com São João da Cruz que: «no silêncio e na esperança está a minha paz!». E quando sou eu a tocar o sino a voz de Deus ecoa um pouco rouca… mesmo assim, o tempo no Carmelo é único. Não troco esta minha morada por nada!

3. No meio de todo este tempo, no tempo em que tudo Amo, em que tudo se faz amar, encontro outro tempo. Encontro um tempo para vos abraçar e acarinhar. Não sois vós, «filhos» da minha primeira herança? Este tempo também vos pertence. Neste tempo são horas de amar. São horas para amar! Penso em vós, acarinho-vos n´Ele.
Alguns de vós, nas cartas que me enviaram, faziam referencia à alegria que reinava por poderdes participar no Acampaki. Alegro-me com a vossa alegria. O quanto, a mim, me dava também ânimo organizar o Acampaki com os meus dois irmãos, Frei João e Frei Ricardo. (meses de reuniões, leitura, risos, choros, pc, contactos, estrada, compras… maravilhosas aventuras quando o amor é Amado!)
A nossa prioridade era acolher e integrar bem cada jovem que chegava até nós. Bendito seja Deus!
Mas… tudo tem o seu tempo, no tempo de Deus! Num hoje, organizo de outra forma, entrego a minha vida nas mãos de Deus junto à Cruz acompanhada pelo silêncio da "Senhora da capa branca", Maria nossa mãe!

(E para quando o regresso ao Acampaki?)
4. O regresso ao Acampaki, será desde o Carmelo de Coimbra. Acamparei na "tenda do encontro" com cada um de vós a meu lado. Será um CarmeliKampi. Que vos parece?

5. Quanto a cada um de vós, é tempo de serdes verdadeiros jovens carmelitas. Que sejais nas vossas jovens vidas: «casa que Deus edifica» [1 Cor 3,9]. O Acampaki não termina ao sair do portão da Quinta do Menino Jesus de Praga, em Deão. Continua na vossa vida. Enchei de alegria os vossos corações e continuai a saltar, a gritar, a carminhar com o Carmo Jovem nas estradas da vida, "mochai" muito… mas, não esqueçais que Ele quer continuar a acampar em vós. Esquecereis vós o vosso melhor amigo? Não esqueçais deste também.

É tempo de acolherdes este tempo, o vosso tempo, no tempo de Deus! Esse tempo tem que ser bem consumido. Não tenhais medo de arriscar, de serdes radicais em Deus e por Deus. Fazei bom uso d´Ele. «Carminhai enquanto tendes luz» [Jo 12, 2-5]. Ainda aí estais? Ide… Carminhai.

6. E como não sei dizer melhor, aqui fica um espaço em branco para que possais escrever todos os elogios que mereceis. (uns por terem sido aventureiros e terem aceite o convite para participar. Outros por terem trabalhado arduamente na realização desta actividade)

7. Que o Deus da esperança, nos carminhos da vida, seja para sempre louvado.

É tudo, no tudo!
«Só Deus Basta!»


Carmelo de Coimbra, 24. VIII.' 10
Dia da Reforma do Carmelo Teresiano