Não soube então onde entrava;
Porém, quando ali me vi, (…)
grandes coisas entendi;
não direi o que senti,
que fiquei não o sabendo,
toda a ciência transcendendo. [São João da Cruz]
Falar sobre uma actividade como AAcampaki, logo nos momentos seguintes é duro; todos os momentos que vivi individualmente ou em grupo fazem ainda eco no meu coração… a procura de uma explicação desses momentos de forma racional é difícil… o mais importante ficará sempre por dizer, ficará sempre entre os espaços das palavras que escrevo.
As expectativas, à partida para esta actividade do Carmo Jovem, existiam para todos os participantes. Eu não fugia à regra… as expectativas eram altas, tendo em consideração o Acampaki de 2007. Não sei dizer, no entanto, se este foi melhor. Diferente foi de certeza.
Marcaram-me de forma especial as conferências. Estas foram sempre interpelativas, pediam resposta interior e envolvência. Com os testemunhos que fomos ouvindo, era impossível manter-se alheio. As conferências e as suas temáticas não foram distantes do mundo e dos jovens. Foram testemunhos com rosto, vida e coração.
Depois, o AAcampaki é sempre um momento de caminho diferente. Longe das minhas coisas tão necessárias das quais não sinto falta nesta semana. A mata, a piscina, o santuário preenchem profundamente os espaços deixados vazios… alargam-nos e enriquecem-nos. A oração e o silêncio são pacificadores, mas também provocadores. Levam-me ao encontro de um lugar que nem sempre encontro no dia-a-dia…
Os amigos que se revêem ou que se conhecem são especiais. Tornam os momentos muito significativos. A partilha, os abraços, as lágrimas e os sorrisos são partes do carminho que faço… como partir sendo o mesmo?
Na verdade, este foi (é) só um tempo “para partilhar qualquer coisa que ainda podemos guardar cá dentro um lugar a salvo para onde correr” [Mafalda Veiga]
Obrigado a todos…
Jorge Fernando Teixeira, 27 anos
S. João da Cruz (Caíde de Rei)