Mais uma vez, é ao olhar através de uma janela que me recordo do único acampamento no qual me sinto a transformar em alguém melhor e diferente. Nunca poderei pôr em palavras aquilo que senti durante todo o AAcampaki, que, para mim, foi o segundo acampamento dinamizado pelo Carmo Jovem que vivi intensamente.
No ano que precedeu o AAcampaki, Cristo acampou entre nós, e, no meu entender, todos “acampamos” com Ele. Terminada essa gloriosa semana, o desejo de muitos, inclusive o meu, era de partir logo para o próximo Acampaki, mas, como a vida não é um mar de rosas, tivemos de esperar um ano para poder desfrutar de mais uma semana em Deão. Será correcto afirmar que essa espera foi parcialmente dizimada pelas carminhadas.
Eventualmente, mal as bem merecidas e bem ditas férias começaram, o que mais ansiava era poder voltar a Deão para mais um Acampaki. Como era de esperar, fomos bem recebido pelos velhos amigos e ajudamos a que os novos recrutas se sentissem em casa, tarefa que se demonstrou ser de um nível de dificuldade muito reduzido pois, senti que eram os novos “Acampakis” que nos faziam sentir mais confortáveis, visto terem sido uma mais-valia no desenrolar do acampamento e uma óptima expansão da nossa família.
Sem deixar uma única possível margem de crítica negativa, as actividades realizadas no AAcampaki foram extremamente enriquecedoras e fantásticas. Refiro-me não só às interessantes palestras como também à Clarminhada, que foi pessoalmente uma experiência nova, embora só tenha prestado auxílio aos “clarminhantes” durante o percurso pedonal, tendo sido um dos membros do “carro-vassoura”. Mesmo assim, adorei a experiência e espero que o nível de originalidade das actividades se mantenha constante.
Jamais poderei comparar o AAcampaki com o Acampaki, visto que ambos foram magníficos e abordaram temas diferentes e extremamente interessantes e enriquecedores, ajudando-nos a crescer em sabedoria na presença de Deus, a formar novas amizades e a fortalecer outras, e, no meu caso, aprender a trabalhar em grupo. Talvez o termo grupo não seja o mais apropriado, visto que o conceito que advém do mesmo não é tão forte e capaz de justificar aquilo que nós realmente somos e juntos formamos e sempre seremos: uma família.
Deste AAcampaki, guardo a mensagem “Alarga a tua tenda” e trabalharei para que tal aconteça, devagar, devagarinho, sempre com o espírito caracol.
Francisco Martins, 17 anos
Aldeia de S. João da Cruz (Caíde de Rei)