segunda-feira, 21 de junho de 2010

CRONICAZ de um Perigri, letra D



DEPOIS
Depois recomeçamos. É o regresso ao quotidiano. É como colocar as peças no tabuleiro. No caso de alguns é começar a pensar na organização da próxima. Na cabeça de todos é já buscar um buraquinho de tempo e de sensibilidade para continuar a peregrinar. Depois? Depois é tempo de não se desistir de se ser peregrino, humilde peregrino.



DESISTÊNCIAS
Não houve. O que é uma alegria. Todos chegámos. E em primeiro! Conta-se, porém, a história de certo peregrino do Carmo Jovem que passou pelo carro. E quando o digníssimo traseiro se encontrava já bem refastelado, o nosso cronista Fernão Lopes registou em sua crónica: «Fulano de tal desistiu!» E o pobre ao ver-se perpetuado na história como um frraquinho logo saltou do veículo, que, ao que parece, nem chegou a suster a marcha convenientemente. E recomeçou a marcha. Porém, ainda assim faltou ao assustado peregrino ir da Rotunda Norte à Rotunda Sul, para completar o caminho que andou de boleia! Fica para o ano.



DESPEDIDA
A despedida é sempre o mais difícil. Durante quatro dias o caminho da peregrinação gera dores e afeições que se nos colam à alma e que tardam ou jamais desaparecem. Nascem ali uns laços que laçam como se fossemos família. Por isso tanto custam a deslaçar. Deve ser assim em todos os grupos. Mas no Carmo Jovem não deve, é mesmo! A despedida é sempre tão longa, tão longa como uma Missa do Frei João. É o que dizem!