PAIS
As três peregrinações anteriores tiraram-nos de casa no Dia da Mãe. Era sempre uma pena. Aliás, é sempre uma pena não trazer os pais. A alguns custa mesmo muito. Mas nunca são esquecidos. Eles, os irmãos, os amigos, os que nos ajudam, os colegas. Desta vez trouxemos com particular afecto os pais da Raquel.
PALMAS
À chegada somos todos heróis. Todos merecemos palmas. Só um de nós passou pelo carro de apoio e nele não deve ter ido mais meio quilómetro. Todos as merecemos, portanto.
Conforme a tradição a última etapa termina na Rotunda do Peregrino. Depois dum refresco e das palmas e abraços que todos merecemos, de t-shirt bem posta, lá vamos em direcção à Capelinha onde encerramos a Peregrinação. Palmas, pois, para todos. Para o ano há mais palmas.
PÉS
Há quem julgue que o segredo são os pés, mas julgo não o serem. Mas são como um baluarte inexpugnável. São os pés que se firmam nos caminhos, são eles que nos levam, que nos fazem voar. Levam o peso todo em cima, sofrem todo o calor do alcatrão. São quem mais sofre, julgo eu. São também quem mais reza. São mesmo crucificados, por isso merecem todos os cuidados e atenções.