segunda-feira, 7 de junho de 2010

PELOS VALES DA ALEGRIA


Olá, queridos amigos e amigas peregris!
Eis-nos a andar. De novo. Somos de novo comunidade a caminho.
O desbravar do caminho e a alegria do caminhar serão a nossa oração pessoal; o começo, as paragens e o fim serão a nossa oração comunitária.

A oração é o cume da existência cristã. Bastaria viver só para ter-se a oportunidade de rezar, para manter esse diálogo silencioso e amoroso com Quem sabemos que nos ama. E no entanto, não rezaríamos se o Espírito não irrompesse em nós para nos surpreender rezando em nossa companhia, em nós e por nós.

Essa é a nossa alegria: o Espírito Santo reza em nós, desperta-nos para o louvor e o agradecimento, para a purificação e para a prece, para a intimidade com Jesus e o Pai, para operdão e a contemplação. Essa é a nossa alegria: quando o mundo nos subjuga e tudo nos obriga a comprar, o Espírito irrompe mansinho em nós como um menino e desperta-nos para o que é grátis, para o que é dom, para o sorriso e o beijo, para o dar as mãos e o aconchego do coração.

Essa é a nossa alegria: existe muito dom a dar-se, e poucos a receber. Nós, porém, queremos recebê-l’O! O coração dos casais do Carmo Jovem querem desatravancar-se e recebê-l’O. Os namorados e noivos do Carmo Jovem querem aprender o abecedário do amor para amá-l’O.

Os jovens querem destuitar a sofreguidão da vida para beber o Rumorejo que acalma e sacia.
Essa é a nossa alegria: podemos ser tão pobres tão pobres que por quatro dias conseguiremos viver do que nos dão.

Do que nos dão os caminhos, os passarinhos e as flores; os bosques, as colinas e as árvores; as gentes, os peregrinos e os meninos que virão ao nosso encontro. Os dias e as noites, os companheiros, os sacerdotes e as madrinhas dar-nos-ão tanto que nem eles sabem que tanto têm para dar.
Essa é a nossa alegria: receber. Tu vais saber receber.
Essa é a nossa alegria: partilhar. Tu vais querer partilhar, tu vais querer ser dom.

O Carmo Jovem sabe de ciência certa e experiência feita que tem sido para muitos causa de alegria.
Vamos sê-lo mais uma vez. Vamos para o caminho para crescer na alegria de dar mais que de receber. Muitos se alegram e se alegrarão connosco. Vamos com a certeza de que o Espírito de Jesus vai connosco pelos caminhos e vales da alegria. Porque Ele é alegria. A sua alegria e a sua paz estejam nos nossos corações a fim de O darmos a quem vier ao nosso encontro e nos receber.

O Espírito Santo alegrar-se-á connosco. Nós abrimos-Lhe a nossa vida como se abre um templo. Abrimos-lhe o coração como se abre a porta dum sacrário. Essa é a alegria do Espírito Santo: que O deixemos caminhar connosco, rezar em nossa companhia.
Nós somos do Espírito de Jesus, o Espírito da alegria.
Alegria e paz par ti, meu irmão, minha irmã! Alegria e paz para vós, queridos peregris! Alegria para vós, ó templos e sacrários da Alegria! Alegria e paz para vós amigos de Amigo tão alegre!

Podíamos não fazer a Peregrifáti? Sim, estivemos quase para não fazê-la. Podíamos não fazê-la, mas não seria a mesma coisa e a alegria não seria a mesma. Como todos bem sabemos.
Obrigado por teres vindo, por seres causa da minha alegria, por, juntos, alegrarmos o Espírito Santo.

Ámen! Aleluia!
Ámen! Júbilo e aleluia!

Frei João Costa,
Pastoral Juvenil OCD