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Teresinha na comunidade de Lisieux |
«Há na comunidade uma irmã que tem em tudo o dom de me aborrecer. Os seus modos, as suas palavras, o seu carácter são para mim muitíssimo desagradáveis. Contudo, é uma santa freira, que deve ser muito agradável a Deus. Por isso, para não ceder à antipatia natural que eu sentia, disse-me a mim mesma que a caridade não deveria consistir em simples sentimentos, mas em obras; e dediquei-me a relacionar-me com essa irmã como se estivesse com a pessoa a quem mais amo. Cada vez que a encontrava rezava por ela. Eu sabia que isso agradava muito a Jesus, pois não existe artista que não goste de ouvir louvores por causa das suas obras. Quando sentia a tentação de lhe responder de maneira desagradável, limitava-me a dirigir-lhe o mais encantador dos meus sorrisos. E como ela ignorava absolutamente o que eu sentia por ela, nunca suspeitou porque eu me relacionava assim e vivia convencida de que a sua pessoa me era muito simpática. Um dia no recreio, disse-me com o ar mais satisfeito: “A irmã Teresa pode dizer-me o que é que a atrai tanto em mim, pois sempre que me olha vejo-a sorrir?”...»
Santa Teresinha do Menino Jesus, Ms C 14r