domingo, 30 de agosto de 2009
Conto: A Árvore a lua e a noite!
XXII Domingo do Tempo Comum
sábado, 29 de agosto de 2009
Os gritos dos acampakids
Na caça a tesouro, cada equipa esmerou-se em criar um grito que se ouvisse em tudo o Estádio Acampáki. Aqui ficam os gritos que foram solenemente ouvidos, na Eucaristia de Domingo, a Mesa onde também se partilhou com as nossas famílias as vivências do Acampáki Júnior.
http://acampakijr.blogspot.com/2009/08/os-gritos-dos-acampakids.html
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Testemunho II - Acampáki Júnior
Olá, :) aqui estou para dar o meu testemunho!!!
Bem, para além de ser uma das malucas da piscina, tive muito orgulho naquilo que me ensinaram!!!
Adorei passar 3 dias ao vosso lado, foi espectacular, gostaria de repetir muitas mais vezes!
:s humm (...)
http://acampakijr.blogspot.com/2009/08/testemunho-ii-acampaki-junior.html
«Tesourinhos» do Carmo Jovem
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Testemunho IX - Cada Acampáki tem um encanto especial
Testemunho VIII - Não acampei sozinho
Cada vez que releio a palavra AAAcampáki, apenas lembro os momentos em família que por lá passei, do contacto com a natureza, o descobrir Deus em tudo aquilo que nos rodeia... e é impressionante o número de coisas que nos afastam da presença d'Ele. Acampáki estivemos em paz, nós e Ele.
Deste meu primeiro Acampáki, levo todas as "aulas" dadas por tão ilustres professores... foram lições importantes que nos enriquecem a alma. Destaco A Drª Marta que sem sombra de dúvida foi a que mais me tocou. Marta, psicóloga invisual com uma história de vida capaz de aquecer os corações mais frios... que belo testemunho nos passou!
A actividade que mais gostei, foi sem dúvida a adoração nocturna ao Santíssimo. Acordar a meio da noite e saber que Ele estava à minha espera, para me fazer companhia durante uma hora! Foi simplesmente brilhante!
O montar e desmontar das tendas foi também um aspecto que a mim me marcou muito. Pela primeira vez, acampei, e dando-Lhe um lugar no meu coração sinto que não acampei sozinho e que cheguei mais perto d'Ele.
Foi uma semana repleta de novas amizades e descobertas. Grandes amizades estas que para sempre estarão no meu coração. Obrigado por tudo!
Miguel Aguiar, 20 anosquarta-feira, 26 de agosto de 2009
Transverberação do coração de Santa Teresa
Testemunho VII - Deus inquieta e não deixa acomodar.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
«Tesourinhos» do Carmo Jovem
... a aventura dos Encontros Ibéricos não terminou no primeiro… O nosso blog foi procurar o II Encontro Ibérico e encontrou um filme… O II Encontro Ibérico realizou-se no Convento do Carmo na cidade de Viana do Castelo, nos dias 12,13,14 e 15 de Agosto de 2004. Dias em que descobrimos o centro do precioso Castelo, que nos fala Santa Teresa de Jesus, onde habita a preciosa pérola que é Deus no mais profundo da alma e entramos «mais adentro na espessura» conhecendo São João da Cruz. Neste encontro participaram cerca de 100 jovens de toda a Península Ibérica, que na tarde do dia 14 de Agosto efectuaram um passeio orante, a sair do Convento do Carmo, passando pelo jardim municipal, que culminou com a entrada no forte do Castelo Santiago da Barra. Aqui vos deixamos um «tesourinho» do momento orante ao findar da tarde no interior do castelo. Que bem que cantamos… será que agora estamos mais afinados?
Testemunho VI - Uma semana de miaus!
Pois é! Mais um Acampáki terminado! No entanto, nunca termina aquilo que se lá viveu e que ficará nas memórias por tempo incerto, na esperança, porém, que o próximo Acampáki chegue para que se torne a “viver” de novo.
O que posso dizer sobre o AAAcampáki? Nem sei bem, e o que sei vão ser poucas as palavras para o dizer. Pois bem, foi uma semana a acampar com Ele. Foi uma semana em que tivemos momentos para tudo, desde silêncio, oração, partilha, alegria, diversão, união, amizade…sentimentos sem conta.
Durante esta semana foram muitas as actividades, desde uma caça ao tesouro, a levar o balde à tasca, os saraus, o cinema ao ar livre, a piscina… Destaco as conferências com os “professores”. Começámos as “aulas” com um político membro do Conselho Nacional do PSD, César Brito, sob o tema “a política com paixão”, um tema que me interessou bastante pelo facto de também me interessar por política; uma outra “lição” foi sob a orientação da D. Alice Montargil, uma Carmelita Secular, que de corpo e alma relatou a sua ligação com o Carmo, através de uma vida de entrega fabulosa; Marta Carvalho, uma psicóloga invisual, foi outra “professora” que fez um relato de vida fantástico, mostrando ter uma “visão da vida” que extravasava o limite, e isso evidenciava que “ caminhar é não desistir de caminhar!”; por fim tivemos connosco Bento Amaral, um tetraplégico, professor universitário, engenheiro, enólogo do Vinho do Porto, que demonstrava uma “movimentação da vida” fantástica, que apesar de tudo parecer estar perdido aquando do acidente na praia que o levou a uma cadeira de rodas, nunca desistiu de caminhar e é um exemplo de vida que devemos seguir. De facto foi esta última conferência que mais me marcou.
Das actividades realizadas também destaco a noite de Adoração ao Santíssimo. Já estamos habituados a ter uma noite “radical” e este ano foi a Adoração durante toda a noite, em que o “Amigo esperou por nós!” e durante uma hora estivemos com Ele, por entre algum sono e bocejos, mas sempre com os olhos postos Nele. Saliento também a “hora de silêncio”, que era um bom momento para nos encontrarmos com nós mesmos, para fazer uma análise do que somos e fazemos, para planear o contínuo percorrer do nosso carminho…
Pois bem! Não sei que mais dizer. Resta-me dizer, para concluís, que foi bom estar uma semana com a família do Carmo Jovem.
Este ano o animal escolhido foi o gato e, portanto, durante esta semana forma muitos os miaus…”Dai-me um lugar no vosso coração” era o lema, e eu dei-Lhe um lugar no meu.
Luís Peixoto, 18 anos
Aldeia de São João da Cruz, Caíde de Rei
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
domingo, 23 de agosto de 2009
Testemunho V - AAAcampáki!!!...
XXI Domingo do Tempo Comum
sábado, 22 de agosto de 2009
Notas Finais VII - acabando de começar...
O empenho de todos os aaacampákis permitiu ainda que se fizesse a despedida da piscina com o último mergulho (quase último já que este estava destinado a outra pessoa, verdade Senhor Branco?).
O almoço foi debaixo da ramada e tivemos a companhia da família da Cristiane.
Depois do almoço ultimaram-se os pormenores que faltavam e preparámo-nos para a Eucaristia. Os pais e familiares já estavam no Santuário e nós partimos desde o acampamento em procissão, cantando.
A Eucaristia como sempre foi intensa, emotiva e participada!!!
O padre ajudou e até o Jorge falou. Os chefes das aldeias também. O Ricardo Luís chorou e todos rezámos e cantámos.
Partimos, de seguida, para a bênção de todos os aaacampákis e familiares nas respectivas aldeias e terminámos cantando a Estrela Polar. (Já virou tradição!)

Após a bênção preparou-se a mesa que é sempre um outro belo lugar de encontro e lanchámos todos, partilhando momentos, trocando palavras sorrisos e muitos abraços de despedida.
No entretanto, o Frei João, que já estava melhor lá mergulhou com a ajuda de uma montanha de mãos amigas (o último mergulho: parabéns, Frei João!)!!! Foi, é certo, atraiçoado pelas costelas, mas o ponto forte dum adversário é antecipar o ponto franco de quem litiga!
Desmontámos então as tendas e todas as outras coisas do acampamento, levando tudo ao seu estado original, que outro grupo viria depois de nós. Reconheça-se que esta não é a tarefa mais agradável e que todos colaboraram: acampákis e pais. E que com a ajuda de todos se colocou tudo de acordo com a harmonia primordial da Quinta. Reconheça-se que chegados aqui sempre há alguém que lhe custa desconstruir o vivido, mas o melhor fica sempre guardado no coração que é lá que lavamos o Carmo. É também significativa a alegria dos pais: por um lado levam os filhos para casa substancialmente melhores, por outro lado reclamam para eles um acampapais. E não deixam de ter razão, mas venham de lá essas forças!
A foto dos obreiros finais não foi fácil de fazer, porque ou a emoção era muito ou a concentração de técnicos não ajudou, pois cada um tinha a sua mezinha. Por fim conseguiu-se e nem está nada mal.
O dia ainda tinha imensa luz quando chegamos ao Carmo de Viana. Havia coisas para guardar, porque o AAAAcampáki é já daqui a um ano.
Testemunho IV - AAAcampa aki no meu coração…
Jesus, este ano, encarregou-se de me desviar do meu caminho habitual e convidou-me a carminhar junto de outros, no Aaacampáki que jamais esquecerei e que já levo no coração.
Assim, desde o montar ao desmontar das tendas, belos dias se passaram. Pois, durante toda a semana, o sol fez questão de nos iluminar e aquecer, naquelas tardes que já deixam saudade. E nem o frio da noite conseguiu tirar aqueles sorrisos que se encontravam estampados na face de cada um. Foi uma semana bem passada em que a palavra tristeza era estritamente proibida, por isso, para quem andasse mais “murcho”, havia sempre a mangueira☺. Mas, o Aaacampáki não se baseou apenas nisto.
Entre toda aquela onda de risos e gargalhadas, havia também histórias interessantes de gente ainda mais interessante que me ajudou a ver o mundo de uma forma melhor e, por isso, um grande obrigado a todas essas pessoas que apesar de todas as dificuldades conseguem enfrentar as barreiras que todos os dias as atormentam. E já que estou nos agradecimentos… obrigado a todos os acampákis que tão bem me receberam e acolheram neste meu primeiro ano. Graças a todos eles, eu encontrei um lugar no coração onde levo o Carmo jovem!
Rafaela Soares, 16 anos
Aldeia de Santa Teresinha, Avessadas
Testemunho III - AAAcampáki no coração, AAAAcampáki já no pensamento…
Este ano participei pela primeira vez no Acampáki, ou melhor no AAAcampáki, pois este já é o terceiro…
Durante esta semana, Deus convidou-nos a abandonar o conforto dos nossos lares e a “dar-Lhe um lugar no nosso coração”. Ele já habitava no meu coração. No entanto, esse pequeno cantinho que eu lhe tinha concedido cresceu ao longo da semana…
Longe das pequenas distracções que costumam preencher o nosso dia-a-dia e, que por vezes nos afastam d’ Ele, a Sua voz soou mais alto nos nossos corações e permitiu que Ele acampasse connosco.
Durante todo o Acampáki, o sol brilhou e tornou os nossos dias mais resplandecentes e as nossas actividades mais interessantes! Desde a caça ao tesouro aos saraus, passando pela adoração (entre muitas outras), todas elas nos aproximaram uns dos outros e de Deus. Fomos também visitados pelos “professores”, que com as suas histórias de vida, nos fizeram perceber como por vezes desistimos de carminhar e de lutar por razões insignificantes, quando comparadas com os obstáculos que eles tiveram de enfrentar.
Alguém me havia dito que o Acampáki era uma experiência extremamente enriquecedora e que tudo ficava na memória! Após o ter vivido, posso, de facto, confirmar que é totalmente verdade! Talvez por ter sido tão bem recebida nesta grande família que é o Carmo Jovem ou pelos laços de amizade que foram criados e fortalecidos.
Para finalizar, só me resta agradecer a todos e comunicar que a minha pré-inscrição no AAAAcampáki já está feita! ☺
Diana Madureira, 15 anos
Aldeia de Santa Teresinha, Avessadas
Testemunho II - Na urgência de aprender a voar
Falar do AAAcampáki é uma “cena estranha, men”!!!
Terceira vez na Quinta do Menino Jesus, como se fosse a primeira... foi uma semana verdadeiramente diferente, verdadeiramente intensa e única... profundamente densa. O silêncio esteve instalado em mim como o ruído de um riacho...
As pessoas marcaram-me, como sempre... os abraços e as palavras são como tatuagens, distintas e penetrantes!
Tal como nos outros Acampákis, os professores e os seus testemunhos de vida me deram a alegria de subir à mata e a busca da assimilação de tudo quanto disseram para a minha vida... Marcou-me muito (e quando digo muito, digo tanto como se fosse uma experiência totalmente outra) o testemunho de vida de Bento Amaral e de Maria do Carmo: vida como sinónimo de felicidade e de entrega profunda!!! E não precisavam sequer de ter falado. Bastou um primeiro olhar, um primeiro gesto para o sentir... o que disseram depois só fortaleceu o que já tinha “visto” antes. E já diz Saint-Exupéry “só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.” Será possível dizer que o Amor não existe???
Depois é tudo: o silêncio, o encontro com o Amigo (tão diferente do resto do ano), o estar longe estando tão perto, a busca e o encontro... os amigos...
Por isso, “Quem ama, ama para sempre. Nunca faças nada para sempre. Excepto amar.” [Mia Couto]
Obrigado a todos!
Abreijos.
Jorge Teixeira, 28 anos
Aldeia de São João da Cruz, Lousada
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Acampáki Júnior - 02. VIII. 2009
Era Domingo e o sol, desta vez, presenteou-nos com a sua presença. A rotina dos dias anteriores ajudou a que as tarefas da manhã acontecessem de forma muito organizada. Pois… é sempre assim, quando estamos a chegar ao fim é quando parece que estamos a começar a entrar no ritmo! (Alguns até já seriam capazes de lavar a louça a todas as refeições e tomar duche todos os dias em três minutos!)Bento Amaral
Este é um excerto da crónica de Laurinda Alves sobre Bento Amaral e Maria do Carmo. Podem ler a crónica na íntegra aqui.
Notas Finais VI – Um grande dia, um grande homem e um grande sarau
Um pouco antes da hora marcada chegou o nosso professor, o Eng.º Bento Amaral que veio acompanhado pela nossa professora, Maria do Carmo, sua esposa. O Bento, como quer que o tratem, é tetraplégico e muito falho de movimentos, por isso se a mulher o tirou do carro e o colocou na cadeira de rodas, nós, os alunos, levámo-lo para a Sala e acomodámo-lo para o ouvirmos. O resumo da aula está noutro lugar (http://carmojovem.blogspot.com/2009/08/pode-chegar-se-sem-coracao-ao-fim-do.html), mas faz muito sentido dizer aqui que não poderíamos achar melhor supedâneo para o Professor: terra atapetada de folhas de eucalipto e austrália, uma enorme rocha ao lado e o Santuário também, árvores altas e pássaros que por ali cantam, e alunos calados, vivos e atentos a seus pés. Foi uma aula inolvidável que dificilmente se repetirá no Acampáki. O sumário não foi registado, pois cada um o fez para si. Mas poderia ser mais ou menos assim: Nasceste para ser feliz e sê-lo-ás se te encontrares como homem ou mulher, ainda que as vicissitudes da história e da tua vida se revoltem contra ti. Porque te haverias de revoltar se tens forças para continuar e procurar mudar em ti o que está ao teu alcance?
Se alguém de fora nos visse acharia muito estranho aquele magote de putos sentados num monte no meio das árvores, aos pés dum homem em cadeira de rodas. Pensaria que éramos tolinhos. E se isso o for, então o somos. Ali, porém, aprendíamos uma grande lição de vida e de fé, de amor à Igreja e a Jesus, de esperança e confiança nas forças humanas próprias e alheias, mas sobretudo em Deus e Nossa Senhora. Ali estava um homem quase só cabeça, mas um homem inteiro, que ama e que sofre, que reza e que canta, que pensa reflecte e trabalha, que investiga e sorri, que ouve com muita atenção e responde a tudo, é solidário e voluntário, é desportista olímpico e campeão, professor e provador de vinhos, apóstolo e orante, mestre e sempre aluno, marido, filho e irmão, um cidadão comprometido com o progresso da sua comunidade, apreciador do vinho, batatas fritas, bolo e melão da nossa mesa!
Ah!, ali víamos um homem, onde muitos um farrapo!
Raramente se está perante um homem inteiro como naquela manhã esteve o Carmo Jovem! (Que privilégio!)
Ali estava um homem completo, porque precisa dos outros para quase tudo!
O almoço foi ao ar livre, debaixo da ramada. A mesa foi colocada estrategicamente ao comprido para facilitar o acesso aos nossos convidados, Bento e Maria do Carmo... e foi bom estar à mesa assim! Foi um encontro diferente: uma refeição quase eucarística, diga-se!
A tarde foi de preparação do Sarau da Noite. (Não se dizia atrás que o Acampáki é exigente?) E cada Aldeia arregaçou as mangas da imaginação e buscou a maior criatividade... no segredo. O levantar da cortina seria só à noite. E como é interessante ver que todos já perceberam a regras do jogo: dar o melhor para chupar até ao tutano o melhor do Acampáki: a alegria, a festa e a amizade vividas em comunidade!
E assim foi. Depois do jantar (bom como sempre que nem parece de Acampáki!) preparámos o espaço: o nosso Royal Albert Hall com red carpet e tudo e equipámo-nos com os nossos melhores fatos: os saco-cama, e lá fomos para a plateia (porque nos camarotes estavam desde há muito as estrelas do firmamento!)...
A Ana Lúcia de São João da Cruz apresentou o Sarau (a nossa apresentadora oficial tinha outro show agendado, mas não de gala nem em sala tão bela!). Apresentou-o bem, aqueceu o ambiente e animou as tropas.
E as Aldeias lá foram apresentando os seus números: uns com originalidade e outros com muita. E no à-vontade igual! Começámos pela aldeia do Casal Martin que apresentou os patronos da sua aldeia e fez, com recurso a um vídeo, uma retrospectiva das actividades do Carmo Jovem. Levou os aaacampákis a recordarem momentos vividos de forma intensa e feliz. Seguiu-se a aldeia de Santa Teresinha que criou um hino do AAAcampáki que alegrou os espectadores.
Posteriormente, actuou a aldeia de S. João da Cruz, que nos prendou com a segunda edição da TV ACAMPÁKI. E tivemos Preço Certo em Euros, notícias e muito mais... e fizeram reportagem de todas as cenas mais excêntricas e caricatas deste nosso acampamento. O sarau prosseguiu com a apresentação do Amigo Secreto. Para uns foi a confirmação de quem lhes escreveu, para outros foi a surpresa total. E foi o abraço-secreto e a foto!!!!
Voltámos às apresentações dos grupos e seguiu-se a aldeia de Santa Teresa que nos trouxe, juntamente com a Nandinha e a Elsa, um número musical com os seus músicos e belos cantores!!!
Faltava a aldeia de Isidoro Bakanja que dramatizou de alguns momentos mais burlescos de alguns dos aaacampákis, nos quais aparecia Isidoro Bakanja a harmonizar os ânimos. Por último, subiram à cena os bosses que nos trouxeram o “Diz que é uma espécie de AAAcampáki”. E os quatro gatos (na verdade, duas eram gatas) dançaram, beberam chá, mostraram vários sketches “gravados”, tesourinhos deprimentes do CJ e cantaram a “Tendinha” dos Xutos & Pontapés.
E terminou o Sarau. Terminou tão de noite que já era outro dia. Por isso (confessamos o nosso erro!) fomos para a tenda sem a oração em comum. Amanhã que já é hoje promete ser um grande dia e de muita oração também. Ficamos perdoados? Até amanhã.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Oração pelas férias
«Tesourinhos» do Carmo Jovem
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Notas Finais V – Dia do Perdão
Esta chegou e trouxe-nos também a sua irmã, a Ana. São naturais e vivem em Barcelos; ambas invisuais, sobretudo a Marta que começou a cegar no fim do Secundário. A crónica poderá ser vista noutro lugar do blog (http://carmojovem.blogspot.com/2009/08/caminhar-e-nao-desistir-de-caminhar.html)
Com palavras simples e sentidas que a todos tocaram a Marta partilhou connosco a sua vida e os seus sentimentos, a sua fé e a busca que faz em Igreja, as suas dúvidas e anseios, a sua solidão e a necessidade que sente de ter uma comunidade que a acolha e a faça crescer no amor; partilhou em especial aqueles sentimentos que lhe surgiram a partir do momento em que o seu problema visual aumentou. Falou-nos da sua falta de autonomia, da sua necessidade de amigos, da sua alegria em partilhar a sua vida, na sua vontade de viver... isto sem nunca, nunca desistir.
E depois das palmas e das prendas ficaram connosco, em comunidade, partilhando sorrisos e cânticos, a refeição e oração e o carinho que lhes dispensámos.
A parte da tarde foi para a Festa do Perdão e juntaram-se a nós os sacerdotes Pe. Agostinho Castro, Superior do Carmo de Braga donde alguns de nós procedemos e também membro da Comissão da Pastoral Juvenil da Ordem, e Pe. Joaquim Maciel, do Carmo de Viana do Castelo. A eles o nosso muito obrigado.
A Festa, que é como quem diz, as confissões correram bem.
Cada aaacampáki acorreu à confissão na alegria de sentir acolhido tal como é e de ser abraçado e perdoado pelo Pai. Rezámos e cantámos muito, enquanto as confissões decorreram. Foi uma tarde inteira, porque alguns nunca mais se calavam (e ainda dizem que os Padres falam muito!)
Depois desta alegria, seguiu-se a piscina e o divertimento que lhe é intrínseco. A alegria atrai alegria, como é óbvio!
O divertimento continuou nesta sexta-feira. Claro que nem tudo é divertir. Existe a Hora M, que é a hora do Chefe Costa e dos Chefes das aldeias e que eles cumprem como mandam as melhores Leis da Sapatilha; existe a Hora da Descasca, dedicada à batata; a Hora do talher, em que temos de varrer, cuidar e alindar o Refeitório como se fora para um casamento duma Princesa; e se o chefe se lembra inventa uma beata no chão…; e há a Hora do Silêncio; e a de preparar algo mais, ou isto e aquilo. Enfim, quase se pode dizer que existiu muito divertimento, sim, mas também muito compromisso e responsabilidade e que estes são pilares sólidos para o bom convívio comunitário carmelitano do AAAcampáki. Por isso: Alegria, sim; muito trabalho também. Fora isso, alegria, alegria que o Acampáki está a terminar e vai de dar mais um biracu na piscina.
E chegou o jantar e jantámos. A comida era boa e todos comeram com um apetite de náufragos. Daquele apetite que assusta uma cozinheira habilitada a salvamentos de última hora, a recursos inesperados e a soluções in extremis. Enfim, terminado o jantar bem comido e melhor regado a água deslavada em Sunquik, alguém perguntou: E será que ainda temos fome para logo? Logo era o After-hours, um tempo quase para lá do tempo, em que nos dedicamos a saltar, a correr, a bailar e a arremedar ao som da música e do ondular da poeira do terreiro. Foi pela noite dentro, depois das 22:00h até às 23:00; ou um pouco mais além, valha a verdade, que no dia seguinte ainda tínhamos professores de gabarito para receber e ouvir!!!!
O Diogo Limões é o DJ e os restantes abanámos o capacete como quase-doidos varridos (que são os que estão por varrer completamente!), ou melhor, como aaacampákis que querem atrasar o tempo impedindo que passe e o Acampáki termine. E há que dizer que esse-para- -além-do-tempo foi um tempo de alegria e abraços pela noite dentro. E há também que dizer, que alguns têm o capacete bem duro e pesado que é de fugir. Outros como o Frei João encostaram o capacete ao travesseiro queixando-se de constipação, mas o que ele não sabe mesmo é abaná-lo. E outros ainda abanam como se fosse essa a profissão de todos os dias, e se calhar será porque treino também é obrigação de profissional.
E quando chegou a hora dos Patinhos, que sempre chega: Plim!
Plim, vamos para os sacos onde esticamos o esqueleto e arrumamos o molho d’ossos. Alguns adormecem logo, deixando conversas a meio que retomam depois de passar pelas brasas sem que ninguém lhes pergunte nada. (Famoso ficou aquele que tendo adormecido a meio duma conversa, acordou quando sentiu um ronco mais alto. E como antes conversava e digitava SMS logo se pôs a concluir (sem olhar e a dormir, claro) a que faltava enviar e fora interrompida pela cortina do sono que entretanto caíra.) Sinais dos tempos.
Bem, vamos dormir. E a crónica também. O dia de amanhã será longo, mas o fim do AAAcampáki é já ali.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Por que cabe o Carmo Jovem no seu coração?
Foi cantando o cântico espiritual de S. João da Cruz, que recebemos alegremente a madrinha do Carmo Jovem, a D. Alice Montargil. Logo a sua energia e vivacidade nos começava a contagiar e a preparar o nosso espírito para uma aula que tinha como tema a questão: “Por que cabe o Carmo Jovem no seu coração?”.
Começámos então por conhecer um pouco da sua vida para percebermos como foi deixando espaço no seu coração para Ele. Nascida em Coimbra, mudou-se para Lisboa aos 9 anos. Estudou Ciências até ao antigo 7.º ano, contudo não continuou os estudos pois não aceitavam mulheres no curso de Teologia. Iniciou o seu percurso como catequista aos 17 anos na paróquia de Nossa Senhora de Fátima, na qual também fez parte do secretariado.
Desde nova tinha um espírito exigente e tenta passar essa mensagem a todos os que ama. Quando se tratou de escolher o marido escolheu aquele que ainda hoje se mantém a seu lado, feliz, acompanhando-a sempre há já 46 anos. Foi viver para as Alhadas, Figueira da Foz. Mais uma paróquia que precisava de ser animada e dinamizada. Assim começou as equipas de casais e os cursos de cristandade na Figueira. Activa onde quer que esteja, mas sempre com a família em primeiro lugar. E assim foi referindo que a sua vida tem sido vivida em comunidade. E só em comunidade nos sentimos realizados e felizes, pois sozinhos não somos nada. Sozinhos não podemos amar o próximo, não podemos crescer no Amor. É necessário mobilizar os jovens, pois são eles que têm força para lutar e agarrar o amanhã.
Quando se refere a filhos diz: “Deus não me deu um filho… deu-me muitos!”, “Quando uma mulher engravida, no princípio, já tem o filho dentro de si e ainda não sabe. Comigo aconteceu o mesmo: fiquei grávida do Carmo Jovem e quando vos conheci, apaixonei-me! Eu amo-vos porque sou amada!”.
Ainda antes de nos conhecer, entrou para o Carmelo Secular de Coimbra e explicou-nos quem eram os carmelitas seculares: leigos que procuram viver fielmente a sua vocação de baptizados, pondo em prática o Evangelho com a ajuda da espiritualidade carmelita, constituindo-se em pequenas fraternidades. Justificando-se dizia: “A espiritualidade carmelita é a forma para o meu pé. Não queria deixar essa espiritualidade só para mim.”. E assim confirma-nos que há muita alegria onde há muita espiritualidade, algo que nós começamos a experimentar agora, neste início de vida.
E neste carminho construímos a nossa personalidade. Como dizia a nossa madrinha: “…o núcleo da personalidade está no coração. E como comunidade vocês têm-me dado muito! É muito bom viver em comunidade.”. E ainda bem que assim é, visto que recebemos e aprendemos muito com a nossa madrinha. Afinal, uma madrinha orienta parte do carminho dos afilhados! E que alma esta que se impressiona com a nossa generosidade e paciência: diz-nos que quando fomos de propósito às Alhadas durante a peregrinação a Fátima, já estava grávida de nós. Quando nos viu a ir embora, sentiu o coração cheio de ternura, estava a viajar connosco internamente. Apaixonou-se completamente por nós, amou o Carmo Jovem. Revela-nos ainda que quando fizemos a carminhada em Alhadas teve aquela reacção “a minha alma está parva!” porque ficou surpreendida ao ver tanta gente! Então aproveitou para nos deixar uma homenagem.
No entanto também se sente desafiada por nós: pela nossa radicalidade, entusiasmo e abertura aos outros. Pois as coisas são verdadeiras se são por dentro! Expressava com emoção: “Somos almas criadas para a grandeza!” e diz ainda que continuará em actividade quando entrar no céu: “O céu não é uma pasmaceira! Há sempre actividade. A Trindade é uma dinâmica.”.
No final desta conferência tão enriquecedora a nossa madrinha deixa-nos a resposta à questão que constituía o tema: a espiritualidade carmelita é a solução para o mundo de hoje, onde faltam os afectos. Nós devemos comunicar alegria, amor, amizade. Nós somos o futuro! O Carmelo é o coração! E como dizia Santa Teresinha “Quero passar o meu Céu fazendo bem na terra”.

