E por Tudo vos digo em… A arvore, a lua e a noite. Esta árvore como tantas outras árvores que se encontram na aparência terrestre, conhece uma amiga chamada lua, ambas vivem num hasteado cenário da noite…
Neste cenário bucólico da noite, tudo lhes é particularizado, calmo, sereno... Convivem entre os sons nocturnos que convidam a espelhar sobre a claridade da lua a vida implementada na humildade de serem elas mesmas. A árvore envolve-se com esta lua, não imaginando o quanto é apreciada e acarinhada. A noite transforma-se em confidente salientando a familiaridade conquistada.
A árvore sujeita ao olhar que reflecte o peso da jornada anseia pela lua, pois nela vê reflectida a sua transparente reprodução. Sempre que o sol pensa em dormir, em se ausentar para descansar, é convidada a entrar em cena a noite. Faz-se presente, torna-se íntima.
Na noite, permanece entre frestas de silêncio, a solidão sonora do vento do deserto fundo, implantado pela tranquilidade de uma realidade que cala no mais profundo centro!
Harmoniosamente o Tudo conquista espaço e debita nesta árvore a força. Interiorizando a certeza de amanhãs que se sucedem sempre pelo culminar de um dia, esta árvore sabe que o encontro é realizável, autêntico e apesar do tudo, tranquilizante. A espera por este encontro enaltece a capacidade da delonga… O que a árvore vive e compartilha durante o dia é circunspecto na noite.
Não a conhecendo verdadeiramente uns e ajuizando outros a certeza do seu trajecto, a árvore sabe que será compreendida na noite que a espera… compreendendo-a. Na noite está o surgimento, o âmago de uma renovada vida. Esta noite traz consigo a presente calma e esperada placidez. A árvore regressa em cada dia com ânsias deste encontro e nesta verdade se quer (re)conhecer, defrontando as forças ainda não conquistadas da certeza em que crê.
Onde nos (re)vemos? Árvore, lua ou na noite?!