Pois é! Mais um Acampáki terminado! No entanto, nunca termina aquilo que se lá viveu e que ficará nas memórias por tempo incerto, na esperança, porém, que o próximo Acampáki chegue para que se torne a “viver” de novo.
O que posso dizer sobre o AAAcampáki? Nem sei bem, e o que sei vão ser poucas as palavras para o dizer. Pois bem, foi uma semana a acampar com Ele. Foi uma semana em que tivemos momentos para tudo, desde silêncio, oração, partilha, alegria, diversão, união, amizade…sentimentos sem conta.
Durante esta semana foram muitas as actividades, desde uma caça ao tesouro, a levar o balde à tasca, os saraus, o cinema ao ar livre, a piscina… Destaco as conferências com os “professores”. Começámos as “aulas” com um político membro do Conselho Nacional do PSD, César Brito, sob o tema “a política com paixão”, um tema que me interessou bastante pelo facto de também me interessar por política; uma outra “lição” foi sob a orientação da D. Alice Montargil, uma Carmelita Secular, que de corpo e alma relatou a sua ligação com o Carmo, através de uma vida de entrega fabulosa; Marta Carvalho, uma psicóloga invisual, foi outra “professora” que fez um relato de vida fantástico, mostrando ter uma “visão da vida” que extravasava o limite, e isso evidenciava que “ caminhar é não desistir de caminhar!”; por fim tivemos connosco Bento Amaral, um tetraplégico, professor universitário, engenheiro, enólogo do Vinho do Porto, que demonstrava uma “movimentação da vida” fantástica, que apesar de tudo parecer estar perdido aquando do acidente na praia que o levou a uma cadeira de rodas, nunca desistiu de caminhar e é um exemplo de vida que devemos seguir. De facto foi esta última conferência que mais me marcou.
Das actividades realizadas também destaco a noite de Adoração ao Santíssimo. Já estamos habituados a ter uma noite “radical” e este ano foi a Adoração durante toda a noite, em que o “Amigo esperou por nós!” e durante uma hora estivemos com Ele, por entre algum sono e bocejos, mas sempre com os olhos postos Nele. Saliento também a “hora de silêncio”, que era um bom momento para nos encontrarmos com nós mesmos, para fazer uma análise do que somos e fazemos, para planear o contínuo percorrer do nosso carminho…
Pois bem! Não sei que mais dizer. Resta-me dizer, para concluís, que foi bom estar uma semana com a família do Carmo Jovem.
Este ano o animal escolhido foi o gato e, portanto, durante esta semana forma muitos os miaus…”Dai-me um lugar no vosso coração” era o lema, e eu dei-Lhe um lugar no meu.
Luís Peixoto, 18 anos
Aldeia de São João da Cruz, Caíde de Rei