Aceitei peregrinar sem promessa a ninguém.
Fui para ver como é um grupo a andar...
e só sabia onde estava o fim do caminho.
Nada mais.
"Não sabemos para onde vais,
como podemos nós saber o caminho?"
Conhecia poucos do grupo,
via em todos a imagem e semelhança da verdade e da vida.
Confiei nos que já tinham experimentado aqueles caminhos
e deixei-me caminhar, deixei-me levar...
Senti-me manipulado sem sentir que andava!
Experimentei, em caminhos bons e em caminhos maus,
a minha capacidade de ajustar a natureza a mim:
o único ali diferente na cor...
Adaptei a natureza a mim,
como o animal se adapta à natureza.
Não imaginava o banho em conjunto: todos iguais!
Ressonei e outros velaram!
Alguém me denominou poeta.
Poeta é quem sabe escrever, pensei. Poeta eu!?
Chegámos.
Ao fim de três dias,
descobri que Cristo e os irmãos do caminho são o CAMINHO.
Na Eucaristia, ao olhar o meu braço nu,
vi que tinha uma cor igual a antes.
Mas diferente!...
FREI SIMSTON LIVERA
Stella Maris (Porto) - 26 anos