Ao final de uma quinta-feira, último dia do mês de Abril, véspera do feriado do dia do trabalhador e de um apetecível fim-de-semana prolongado, era muita a azáfama e movimento em torno das grandes metrópoles do país com muita gente a querer sair do buliço das cidades dirigindo-se para locais mais pacatos e sossegados, aproveitando mais um dia de descanso que o calendário proporcionara. Porém, em alguns pontos do país, mais de duas dezenas de jovens ultimavam preparativos e partiam de suas casas, atravessando a mesma mundana confusão, tendo como destino a cidade de Coimbra, onde no dia seguinte, partiriam para uma longa carminhada até Fátima. Assim começou a III Peregrinação a Pé a Fátima do Carmo Jovem. Começou à porta de cada uma das nossas casas, pois a peregrinação de cada um começa dentro do seu próprio coração, no momento em que deixa o conforto e aconchego do lar e enfrenta o mundo.
Depois de algumas horas de viagem seja de comboio, metro ou automóvel, eis-nos, enfim, chegados à cidade dos estudantes que por aqueles dias vivia as suas festas académicas. Junto ao Carmelo de Coimbra, num local chamado Penedo da Saudade e sítio combinado para o ponto de encontro entre todos os peregrinos, esperavam-nos três irmãs do Carmelo Secular, entre as quais a Presidente Nacional, Maria Emília André, que amavelmente nos deram as boas vindas e logo de seguida nos guiaram até ao local onde iríamos passar aquela noite: a Casa do Noviciado das Irmãs Doroteias. À nossa espera tínhamos uma pequena ceia preparada por estas senhoras irmãs do Carmelo Secular e que foi sendo composta e recheada por mais algumas migalhas que trouxeramos de nossas casas; a saber, o bolo das Alhadas, trazido pelas irmãs Teresa e Carla Romeiro e o bolo de chocolate trazido pela Célia directamente de Moinhos da Gândara.
Iniciou-se assim um belo momento de convívio que proporcionou a primeira troca de impressões e conhecimentos.Em seguida e já numa sala anexa iniciou-se o acolhimento propriamente dito, no qual foi apresentada a própria peregrinação e cada participante individualmente. Era-mos mais de duas dezenas de peregrinos, alguns estreantes, outros já repetentes pela segunda e pela terceira vez, um grupo que à primeira vista bastante heterogéneo pelas diferentes faixas etárias representadas e pelas responsabilidades que lhe andam associadas, mas que posteriormente se viria a revelar bastante coeso e unido.
Foi um momento bastante divertido e ao mesmo tempo bastante interessante, onde podemos conhecer um pouco mais de cada um e desde logo pusemos em prática o que o Apóstolo nos pedira para os próximos dias: sermos e andarmos alegres!
A hora já ia adiantada quando nos deitamos com a certeza, porém, que poucas horas depois iniciaríamos, bem cedinho, no Carmelo de Santa. Teresa a III peregrinação a pé a Fátima do Carmo Jovem.